Congresso europeu aponta tratamentos promissores contra o câncer


Esmo 2023 reúne oncologistas do mundo todo para debates sobre os últimos avanços no tratamento oncológico. Especialistas do Hospital Sírio-Libanês destacam os principais achados do encontro

Por Hospital Sírio-Libanês e Estadão Blue Studio

Cerca de 30 mil especialistas se reuniram de 20 a 24 de outubro para o congresso da European Society for Medical Oncology (Esmo, na sigla em inglês), que ocorreu em Madri, na Espanha, para discutir sobre as novidades em prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer.

Os principais destaques da edição de 2023 foram em câncer de pulmão, mas houve também apresentação de trabalhos importantes em tumores de colo de útero, mama, endométrio e bexiga, que devem mudar a prática clínica. Tratamentos promissores revelaram-se em duas classes de drogas. Uma delas, a imunoterapia, estimula o sistema de defesa a atacar as células malignas. “Estudos apontaram, pela primeira vez, que a imunoterapia pode aumentar a sobrevida de pacientes mesmo nas fases iniciais da doença”, afirma Guilherme Harada, oncologista clínico do Hospital Sírio-Libanês.

Outra classe importante é a terapia-alvo, amplamente utilizada em doença avançada e que age diretamente na mutação que causa o câncer. “Já tínhamos dados impressionantes de controle da doença no cenário inicial para os pacientes com mutação no gene EGFR e agora temos também para alteração no gene ALK”, conta a oncologista clínica Andrea Shimada, coordenadora da Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, na unidade Itaim.

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Divulgação Foto: Getty Images

Tanto a terapia-alvo quanto a imunoterapia poupam tecidos saudáveis e produzem menos efeitos colaterais do que a quimioterapia. Essas drogas são mais certeiras no tratamento contra tumores pulmonares de células não pequenas e fazem parte da oncologia de precisão.

Nessa linha, Harada salientou ainda outra pesquisa com terapia-alvo em câncer de tireoide. Para a maioria das pessoas, esse tumor é curável com cirurgia e iodoterapia. Uma parcela, no entanto, sofre metástase e precisa de tratamentos complementares. “Um estudo mostrou que uma droga chamada selpercatinibe, utilizada para câncer de pulmão, também funciona para a tireoide”, diz o médico. “Essa edição da Esmo reforçou a importância da análise molecular dos tumores o mais precocemente possível, para que o médico possa indicar os melhores tratamentos para cada caso.”

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O evento trouxe boas notícias também em relação ao tumor de mama. Nesta área, Andrea Shimada destaca uma classe importante de medicamentos, os anticorpos conjugados à droga. Eles se ligam às células tumorais e liberam a quimioterapia dentro delas, uma espécie de cavalo de troia. Foram apresentados dados atualizados de beneficio com trastuzumabe deruxtecan e os primeiros dados com datopotamabe deruxtecan também foram positivos. “Esses medicamentos ajudam a minimizar sintomas, aumentar o tempo de controle da doença e a qualidade de vida da paciente com câncer de mama. Essa classe de medicação chegou para revolucionar todas as áreas da oncologia pelo mecanismo de ação inteligente no combate da doença”, diz a médica.

Cerca de 30 mil especialistas se reuniram de 20 a 24 de outubro para o congresso da European Society for Medical Oncology (Esmo, na sigla em inglês), que ocorreu em Madri, na Espanha, para discutir sobre as novidades em prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer.

Os principais destaques da edição de 2023 foram em câncer de pulmão, mas houve também apresentação de trabalhos importantes em tumores de colo de útero, mama, endométrio e bexiga, que devem mudar a prática clínica. Tratamentos promissores revelaram-se em duas classes de drogas. Uma delas, a imunoterapia, estimula o sistema de defesa a atacar as células malignas. “Estudos apontaram, pela primeira vez, que a imunoterapia pode aumentar a sobrevida de pacientes mesmo nas fases iniciais da doença”, afirma Guilherme Harada, oncologista clínico do Hospital Sírio-Libanês.

Outra classe importante é a terapia-alvo, amplamente utilizada em doença avançada e que age diretamente na mutação que causa o câncer. “Já tínhamos dados impressionantes de controle da doença no cenário inicial para os pacientes com mutação no gene EGFR e agora temos também para alteração no gene ALK”, conta a oncologista clínica Andrea Shimada, coordenadora da Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, na unidade Itaim.

Divulgação Foto: Getty Images

Tanto a terapia-alvo quanto a imunoterapia poupam tecidos saudáveis e produzem menos efeitos colaterais do que a quimioterapia. Essas drogas são mais certeiras no tratamento contra tumores pulmonares de células não pequenas e fazem parte da oncologia de precisão.

Nessa linha, Harada salientou ainda outra pesquisa com terapia-alvo em câncer de tireoide. Para a maioria das pessoas, esse tumor é curável com cirurgia e iodoterapia. Uma parcela, no entanto, sofre metástase e precisa de tratamentos complementares. “Um estudo mostrou que uma droga chamada selpercatinibe, utilizada para câncer de pulmão, também funciona para a tireoide”, diz o médico. “Essa edição da Esmo reforçou a importância da análise molecular dos tumores o mais precocemente possível, para que o médico possa indicar os melhores tratamentos para cada caso.”

O evento trouxe boas notícias também em relação ao tumor de mama. Nesta área, Andrea Shimada destaca uma classe importante de medicamentos, os anticorpos conjugados à droga. Eles se ligam às células tumorais e liberam a quimioterapia dentro delas, uma espécie de cavalo de troia. Foram apresentados dados atualizados de beneficio com trastuzumabe deruxtecan e os primeiros dados com datopotamabe deruxtecan também foram positivos. “Esses medicamentos ajudam a minimizar sintomas, aumentar o tempo de controle da doença e a qualidade de vida da paciente com câncer de mama. Essa classe de medicação chegou para revolucionar todas as áreas da oncologia pelo mecanismo de ação inteligente no combate da doença”, diz a médica.

Cerca de 30 mil especialistas se reuniram de 20 a 24 de outubro para o congresso da European Society for Medical Oncology (Esmo, na sigla em inglês), que ocorreu em Madri, na Espanha, para discutir sobre as novidades em prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer.

Os principais destaques da edição de 2023 foram em câncer de pulmão, mas houve também apresentação de trabalhos importantes em tumores de colo de útero, mama, endométrio e bexiga, que devem mudar a prática clínica. Tratamentos promissores revelaram-se em duas classes de drogas. Uma delas, a imunoterapia, estimula o sistema de defesa a atacar as células malignas. “Estudos apontaram, pela primeira vez, que a imunoterapia pode aumentar a sobrevida de pacientes mesmo nas fases iniciais da doença”, afirma Guilherme Harada, oncologista clínico do Hospital Sírio-Libanês.

Outra classe importante é a terapia-alvo, amplamente utilizada em doença avançada e que age diretamente na mutação que causa o câncer. “Já tínhamos dados impressionantes de controle da doença no cenário inicial para os pacientes com mutação no gene EGFR e agora temos também para alteração no gene ALK”, conta a oncologista clínica Andrea Shimada, coordenadora da Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, na unidade Itaim.

Divulgação Foto: Getty Images

Tanto a terapia-alvo quanto a imunoterapia poupam tecidos saudáveis e produzem menos efeitos colaterais do que a quimioterapia. Essas drogas são mais certeiras no tratamento contra tumores pulmonares de células não pequenas e fazem parte da oncologia de precisão.

Nessa linha, Harada salientou ainda outra pesquisa com terapia-alvo em câncer de tireoide. Para a maioria das pessoas, esse tumor é curável com cirurgia e iodoterapia. Uma parcela, no entanto, sofre metástase e precisa de tratamentos complementares. “Um estudo mostrou que uma droga chamada selpercatinibe, utilizada para câncer de pulmão, também funciona para a tireoide”, diz o médico. “Essa edição da Esmo reforçou a importância da análise molecular dos tumores o mais precocemente possível, para que o médico possa indicar os melhores tratamentos para cada caso.”

O evento trouxe boas notícias também em relação ao tumor de mama. Nesta área, Andrea Shimada destaca uma classe importante de medicamentos, os anticorpos conjugados à droga. Eles se ligam às células tumorais e liberam a quimioterapia dentro delas, uma espécie de cavalo de troia. Foram apresentados dados atualizados de beneficio com trastuzumabe deruxtecan e os primeiros dados com datopotamabe deruxtecan também foram positivos. “Esses medicamentos ajudam a minimizar sintomas, aumentar o tempo de controle da doença e a qualidade de vida da paciente com câncer de mama. Essa classe de medicação chegou para revolucionar todas as áreas da oncologia pelo mecanismo de ação inteligente no combate da doença”, diz a médica.

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