O secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, confirmou nesta terça-feira, 8, a primeira morte por covid-19 no Estado causada pela nova subvariante BQ.1, associada à alta de casos da doença em outros países. A secretaria já havia confirmado dois casos na capital dessa nova versão da Ômicron na manhã desta terça, mas não tinha divulgado o óbito.
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Conforme o secretário, a vítima é uma mulher de 72 anos e que vivia acamada. “Era uma paciente que já tinha comorbidades. Não temos o detalhamento neste momento da condição vacinal, mas a vigilância epidemiológica está analisando as informações”, afirmou ele à imprensa durante evento de inauguração do Instituto Perdizes, unidade do Hospital das Clínicas voltada para atendimento de dependentes químicos.
O secretário afirmou ainda que o Estado está analisando e fazendo sequenciamento genético de outros casos para verificar se a nova subvariante já infectou mais vítimas. Ele ressaltou a importância de todos completarem o esquema vacinal, especialmente neste momento de introdução de nova subvariante no País e alta de casos.
“Tivemos muitos pacientes que deixaram de fazer a 4ª dose e, dessa forma, não estão idealmente protegidos, principalmente em relação às novas variantes. Atualizar a sua condição vacinal é a melhor forma de proteção da covid e de suas variantes”, alertou Gorinchteyn, que é médico infectologista.
Nova subvariante também já foi detectada em mais 3 Estados
Casos da nova subvariante já foram registrados no Rio, no Rio Grande do Sul e no Amazonas por meio de sequenciamento genético realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O Brasil tem visto alta de casos de covid-19 nas últimas semanas. A nova onda da doença pelo mundo veio junto com duas novas subvariantes da Ômicron, a BQ.1 e a XBB, que já têm causado impacto na Europa, na China, nos Estados Unidos e agora começa a crescer no Brasil.
As subvariantes são mutações dos coronavírus. A BQ.1, por exemplo, é “descendente” da BA.5, que era uma das prevalentes em todo o mundo, junto com a BA.4 - todas subvariantes da Ômicron.
Alguns especialistas dizem que a transmissibilidade da BQ.1, assim como da XBB, tende a ser maior do que a de outras variantes que já circulam no País. Não há, porém, evidências científicas que confirmem esse potencial maior de contágio.