Covid-19: Cresce proporção de crianças entre os hospitalizados pela covid


Menos de 3% tomaram a vacina na faixa de três e quatro anos; crianças também correm o risco de sofrer com complicações da doença

Por Raisa Toledo
Atualização: Correção:

Aumentou a proporção de crianças menores de cinco anos entre os hospitalizados pela covid-19, segundo levantamento do Observa Infância, da Fiocruz. Entre 17 de julho e 10 de setembro de 2022, crianças menores de cinco anos passaram a responder por 8,5% do total das internações pela doença. Entre 2 de janeiro e 18 junho, esse grupo representava 5,6% das hospitalizações por complicações da doença.

Embora as crianças não estejam entre os grupos de maior risco para o novo coronavírus, especialistas apontam que há possibilidade de sequelas e mortes nos casos pediátricos. Entre os mais novos, a Coronavac já foi aprovada para o grupo de 3 e 4 anos, mas as taxas de procura têm sido baixas — menos de 3%. Já para a faixa entre seis meses e 3 anos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o imunizante da Pfizer em setembro, mas ainda não há previsão do governo federal de compra e distribuição do produto para esse público.

Em janeiro, as internações de crianças e adolescentes em leitos de UTI pelo coronavírus no Estado haviam aumentado 61% nos últimos dois meses, atingindo ocupação de leitos pediátricos de 60%. Foi somente naquele mês que teve início a imunização da faixa etária de cinco a 11 anos, quase trinta dias após a vacina da Pfizer para este grupo ser liberada pela Anvisa.

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Como o Estadão mostrou, o estoque baixo, a desinformação (que motiva desconfiança dos pais sobre a eficácia e a segurança da vacina) e a falta de empenho do governo Jair Bolsonaro atrapalharam o avanço da imunização infantil em vários momentos do ano. Ao longo da crise sanitária, o presidente colocou em xeque o papel dos imunizantes várias vezes e chegou a dizer que não daria o produto a sua filha de 11 anos.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde informou que a vacinação para as crianças com menos de 3 anos será analisada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI Covid-19), considerando as evidências científicas e cenário epidemiológico. “Havendo aprovação para inclusão deste público, as vacinas serão disponibilizadas para todo o Brasil, como já ocorre com as demais faixas etárias”, diz a nota.

Segundo o Observa Infância, de cada cinco pessoas internadas por complicações causadas pela covid-19, duas são crianças com menos de cinco anos Foto: Matilde Campodonico/AP
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No Estado de São Paulo, cerca de 140 mil crianças de 3 e 4 anos com comorbidades receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19, e 10,9 mil delas completaram o esquema vacinal, recebendo também a dose de reforço.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES/SP), a imunização desse grupo será ampliada a partir desta sexta-feira com uma quantidade de 2 milhões de doses de Coronavac doadas pelo Instituto Butantan.“É importante destacar que as vacinas aprovadas pela Anvisa são seguras e eficazes”, diz um comunicado.

64% das crianças vacinadas no Estado estão na capital paulista. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), 90.289 foram imunizadas com a primeira dose, o que significa uma cobertura vacinal de 29% do público estimado, e 10.603 receberam também a segunda dose — uma taxa de apenas 3,4%.

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A secretaria informou que os imunizantes contra a covid-19 estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas e megapostos, de segunda a sexta-feira, e nas AMAs/UBSs Integradas aos sábados. Aos domingos, a imunização ocorre em parques e na Avenida Paulista.

A SES/SP e a SMS disseram aguardar a inclusão no calendário determinado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e o recebimento das doses por parte do Ministério da Saúde para iniciar a vacinação de crianças que têm entre seis meses e 4 anos de idade.

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Em junho, quando as crianças com menos de cinco anos ainda não contavam com vacina aprovada para sua faixa etária, o Observa Infância divulgou pesquisa que indicava que, desde março de 2020, em média duas crianças nessa faixa etária morriam por dia por causa da doença no País. Hoje, essa média é de uma criança por dia.

Aumentou a proporção de crianças menores de cinco anos entre os hospitalizados pela covid-19, segundo levantamento do Observa Infância, da Fiocruz. Entre 17 de julho e 10 de setembro de 2022, crianças menores de cinco anos passaram a responder por 8,5% do total das internações pela doença. Entre 2 de janeiro e 18 junho, esse grupo representava 5,6% das hospitalizações por complicações da doença.

Embora as crianças não estejam entre os grupos de maior risco para o novo coronavírus, especialistas apontam que há possibilidade de sequelas e mortes nos casos pediátricos. Entre os mais novos, a Coronavac já foi aprovada para o grupo de 3 e 4 anos, mas as taxas de procura têm sido baixas — menos de 3%. Já para a faixa entre seis meses e 3 anos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o imunizante da Pfizer em setembro, mas ainda não há previsão do governo federal de compra e distribuição do produto para esse público.

Em janeiro, as internações de crianças e adolescentes em leitos de UTI pelo coronavírus no Estado haviam aumentado 61% nos últimos dois meses, atingindo ocupação de leitos pediátricos de 60%. Foi somente naquele mês que teve início a imunização da faixa etária de cinco a 11 anos, quase trinta dias após a vacina da Pfizer para este grupo ser liberada pela Anvisa.

Como o Estadão mostrou, o estoque baixo, a desinformação (que motiva desconfiança dos pais sobre a eficácia e a segurança da vacina) e a falta de empenho do governo Jair Bolsonaro atrapalharam o avanço da imunização infantil em vários momentos do ano. Ao longo da crise sanitária, o presidente colocou em xeque o papel dos imunizantes várias vezes e chegou a dizer que não daria o produto a sua filha de 11 anos.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde informou que a vacinação para as crianças com menos de 3 anos será analisada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI Covid-19), considerando as evidências científicas e cenário epidemiológico. “Havendo aprovação para inclusão deste público, as vacinas serão disponibilizadas para todo o Brasil, como já ocorre com as demais faixas etárias”, diz a nota.

Segundo o Observa Infância, de cada cinco pessoas internadas por complicações causadas pela covid-19, duas são crianças com menos de cinco anos Foto: Matilde Campodonico/AP

No Estado de São Paulo, cerca de 140 mil crianças de 3 e 4 anos com comorbidades receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19, e 10,9 mil delas completaram o esquema vacinal, recebendo também a dose de reforço.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES/SP), a imunização desse grupo será ampliada a partir desta sexta-feira com uma quantidade de 2 milhões de doses de Coronavac doadas pelo Instituto Butantan.“É importante destacar que as vacinas aprovadas pela Anvisa são seguras e eficazes”, diz um comunicado.

64% das crianças vacinadas no Estado estão na capital paulista. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), 90.289 foram imunizadas com a primeira dose, o que significa uma cobertura vacinal de 29% do público estimado, e 10.603 receberam também a segunda dose — uma taxa de apenas 3,4%.

A secretaria informou que os imunizantes contra a covid-19 estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas e megapostos, de segunda a sexta-feira, e nas AMAs/UBSs Integradas aos sábados. Aos domingos, a imunização ocorre em parques e na Avenida Paulista.

A SES/SP e a SMS disseram aguardar a inclusão no calendário determinado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e o recebimento das doses por parte do Ministério da Saúde para iniciar a vacinação de crianças que têm entre seis meses e 4 anos de idade.

Em junho, quando as crianças com menos de cinco anos ainda não contavam com vacina aprovada para sua faixa etária, o Observa Infância divulgou pesquisa que indicava que, desde março de 2020, em média duas crianças nessa faixa etária morriam por dia por causa da doença no País. Hoje, essa média é de uma criança por dia.

Aumentou a proporção de crianças menores de cinco anos entre os hospitalizados pela covid-19, segundo levantamento do Observa Infância, da Fiocruz. Entre 17 de julho e 10 de setembro de 2022, crianças menores de cinco anos passaram a responder por 8,5% do total das internações pela doença. Entre 2 de janeiro e 18 junho, esse grupo representava 5,6% das hospitalizações por complicações da doença.

Embora as crianças não estejam entre os grupos de maior risco para o novo coronavírus, especialistas apontam que há possibilidade de sequelas e mortes nos casos pediátricos. Entre os mais novos, a Coronavac já foi aprovada para o grupo de 3 e 4 anos, mas as taxas de procura têm sido baixas — menos de 3%. Já para a faixa entre seis meses e 3 anos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o imunizante da Pfizer em setembro, mas ainda não há previsão do governo federal de compra e distribuição do produto para esse público.

Em janeiro, as internações de crianças e adolescentes em leitos de UTI pelo coronavírus no Estado haviam aumentado 61% nos últimos dois meses, atingindo ocupação de leitos pediátricos de 60%. Foi somente naquele mês que teve início a imunização da faixa etária de cinco a 11 anos, quase trinta dias após a vacina da Pfizer para este grupo ser liberada pela Anvisa.

Como o Estadão mostrou, o estoque baixo, a desinformação (que motiva desconfiança dos pais sobre a eficácia e a segurança da vacina) e a falta de empenho do governo Jair Bolsonaro atrapalharam o avanço da imunização infantil em vários momentos do ano. Ao longo da crise sanitária, o presidente colocou em xeque o papel dos imunizantes várias vezes e chegou a dizer que não daria o produto a sua filha de 11 anos.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde informou que a vacinação para as crianças com menos de 3 anos será analisada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI Covid-19), considerando as evidências científicas e cenário epidemiológico. “Havendo aprovação para inclusão deste público, as vacinas serão disponibilizadas para todo o Brasil, como já ocorre com as demais faixas etárias”, diz a nota.

Segundo o Observa Infância, de cada cinco pessoas internadas por complicações causadas pela covid-19, duas são crianças com menos de cinco anos Foto: Matilde Campodonico/AP

No Estado de São Paulo, cerca de 140 mil crianças de 3 e 4 anos com comorbidades receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19, e 10,9 mil delas completaram o esquema vacinal, recebendo também a dose de reforço.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES/SP), a imunização desse grupo será ampliada a partir desta sexta-feira com uma quantidade de 2 milhões de doses de Coronavac doadas pelo Instituto Butantan.“É importante destacar que as vacinas aprovadas pela Anvisa são seguras e eficazes”, diz um comunicado.

64% das crianças vacinadas no Estado estão na capital paulista. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), 90.289 foram imunizadas com a primeira dose, o que significa uma cobertura vacinal de 29% do público estimado, e 10.603 receberam também a segunda dose — uma taxa de apenas 3,4%.

A secretaria informou que os imunizantes contra a covid-19 estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas e megapostos, de segunda a sexta-feira, e nas AMAs/UBSs Integradas aos sábados. Aos domingos, a imunização ocorre em parques e na Avenida Paulista.

A SES/SP e a SMS disseram aguardar a inclusão no calendário determinado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e o recebimento das doses por parte do Ministério da Saúde para iniciar a vacinação de crianças que têm entre seis meses e 4 anos de idade.

Em junho, quando as crianças com menos de cinco anos ainda não contavam com vacina aprovada para sua faixa etária, o Observa Infância divulgou pesquisa que indicava que, desde março de 2020, em média duas crianças nessa faixa etária morriam por dia por causa da doença no País. Hoje, essa média é de uma criança por dia.

Aumentou a proporção de crianças menores de cinco anos entre os hospitalizados pela covid-19, segundo levantamento do Observa Infância, da Fiocruz. Entre 17 de julho e 10 de setembro de 2022, crianças menores de cinco anos passaram a responder por 8,5% do total das internações pela doença. Entre 2 de janeiro e 18 junho, esse grupo representava 5,6% das hospitalizações por complicações da doença.

Embora as crianças não estejam entre os grupos de maior risco para o novo coronavírus, especialistas apontam que há possibilidade de sequelas e mortes nos casos pediátricos. Entre os mais novos, a Coronavac já foi aprovada para o grupo de 3 e 4 anos, mas as taxas de procura têm sido baixas — menos de 3%. Já para a faixa entre seis meses e 3 anos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o imunizante da Pfizer em setembro, mas ainda não há previsão do governo federal de compra e distribuição do produto para esse público.

Em janeiro, as internações de crianças e adolescentes em leitos de UTI pelo coronavírus no Estado haviam aumentado 61% nos últimos dois meses, atingindo ocupação de leitos pediátricos de 60%. Foi somente naquele mês que teve início a imunização da faixa etária de cinco a 11 anos, quase trinta dias após a vacina da Pfizer para este grupo ser liberada pela Anvisa.

Como o Estadão mostrou, o estoque baixo, a desinformação (que motiva desconfiança dos pais sobre a eficácia e a segurança da vacina) e a falta de empenho do governo Jair Bolsonaro atrapalharam o avanço da imunização infantil em vários momentos do ano. Ao longo da crise sanitária, o presidente colocou em xeque o papel dos imunizantes várias vezes e chegou a dizer que não daria o produto a sua filha de 11 anos.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde informou que a vacinação para as crianças com menos de 3 anos será analisada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI Covid-19), considerando as evidências científicas e cenário epidemiológico. “Havendo aprovação para inclusão deste público, as vacinas serão disponibilizadas para todo o Brasil, como já ocorre com as demais faixas etárias”, diz a nota.

Segundo o Observa Infância, de cada cinco pessoas internadas por complicações causadas pela covid-19, duas são crianças com menos de cinco anos Foto: Matilde Campodonico/AP

No Estado de São Paulo, cerca de 140 mil crianças de 3 e 4 anos com comorbidades receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19, e 10,9 mil delas completaram o esquema vacinal, recebendo também a dose de reforço.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES/SP), a imunização desse grupo será ampliada a partir desta sexta-feira com uma quantidade de 2 milhões de doses de Coronavac doadas pelo Instituto Butantan.“É importante destacar que as vacinas aprovadas pela Anvisa são seguras e eficazes”, diz um comunicado.

64% das crianças vacinadas no Estado estão na capital paulista. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), 90.289 foram imunizadas com a primeira dose, o que significa uma cobertura vacinal de 29% do público estimado, e 10.603 receberam também a segunda dose — uma taxa de apenas 3,4%.

A secretaria informou que os imunizantes contra a covid-19 estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas e megapostos, de segunda a sexta-feira, e nas AMAs/UBSs Integradas aos sábados. Aos domingos, a imunização ocorre em parques e na Avenida Paulista.

A SES/SP e a SMS disseram aguardar a inclusão no calendário determinado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e o recebimento das doses por parte do Ministério da Saúde para iniciar a vacinação de crianças que têm entre seis meses e 4 anos de idade.

Em junho, quando as crianças com menos de cinco anos ainda não contavam com vacina aprovada para sua faixa etária, o Observa Infância divulgou pesquisa que indicava que, desde março de 2020, em média duas crianças nessa faixa etária morriam por dia por causa da doença no País. Hoje, essa média é de uma criança por dia.

Aumentou a proporção de crianças menores de cinco anos entre os hospitalizados pela covid-19, segundo levantamento do Observa Infância, da Fiocruz. Entre 17 de julho e 10 de setembro de 2022, crianças menores de cinco anos passaram a responder por 8,5% do total das internações pela doença. Entre 2 de janeiro e 18 junho, esse grupo representava 5,6% das hospitalizações por complicações da doença.

Embora as crianças não estejam entre os grupos de maior risco para o novo coronavírus, especialistas apontam que há possibilidade de sequelas e mortes nos casos pediátricos. Entre os mais novos, a Coronavac já foi aprovada para o grupo de 3 e 4 anos, mas as taxas de procura têm sido baixas — menos de 3%. Já para a faixa entre seis meses e 3 anos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o imunizante da Pfizer em setembro, mas ainda não há previsão do governo federal de compra e distribuição do produto para esse público.

Em janeiro, as internações de crianças e adolescentes em leitos de UTI pelo coronavírus no Estado haviam aumentado 61% nos últimos dois meses, atingindo ocupação de leitos pediátricos de 60%. Foi somente naquele mês que teve início a imunização da faixa etária de cinco a 11 anos, quase trinta dias após a vacina da Pfizer para este grupo ser liberada pela Anvisa.

Como o Estadão mostrou, o estoque baixo, a desinformação (que motiva desconfiança dos pais sobre a eficácia e a segurança da vacina) e a falta de empenho do governo Jair Bolsonaro atrapalharam o avanço da imunização infantil em vários momentos do ano. Ao longo da crise sanitária, o presidente colocou em xeque o papel dos imunizantes várias vezes e chegou a dizer que não daria o produto a sua filha de 11 anos.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde informou que a vacinação para as crianças com menos de 3 anos será analisada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI Covid-19), considerando as evidências científicas e cenário epidemiológico. “Havendo aprovação para inclusão deste público, as vacinas serão disponibilizadas para todo o Brasil, como já ocorre com as demais faixas etárias”, diz a nota.

Segundo o Observa Infância, de cada cinco pessoas internadas por complicações causadas pela covid-19, duas são crianças com menos de cinco anos Foto: Matilde Campodonico/AP

No Estado de São Paulo, cerca de 140 mil crianças de 3 e 4 anos com comorbidades receberam a primeira dose da vacina contra a covid-19, e 10,9 mil delas completaram o esquema vacinal, recebendo também a dose de reforço.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES/SP), a imunização desse grupo será ampliada a partir desta sexta-feira com uma quantidade de 2 milhões de doses de Coronavac doadas pelo Instituto Butantan.“É importante destacar que as vacinas aprovadas pela Anvisa são seguras e eficazes”, diz um comunicado.

64% das crianças vacinadas no Estado estão na capital paulista. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), 90.289 foram imunizadas com a primeira dose, o que significa uma cobertura vacinal de 29% do público estimado, e 10.603 receberam também a segunda dose — uma taxa de apenas 3,4%.

A secretaria informou que os imunizantes contra a covid-19 estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas e megapostos, de segunda a sexta-feira, e nas AMAs/UBSs Integradas aos sábados. Aos domingos, a imunização ocorre em parques e na Avenida Paulista.

A SES/SP e a SMS disseram aguardar a inclusão no calendário determinado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e o recebimento das doses por parte do Ministério da Saúde para iniciar a vacinação de crianças que têm entre seis meses e 4 anos de idade.

Em junho, quando as crianças com menos de cinco anos ainda não contavam com vacina aprovada para sua faixa etária, o Observa Infância divulgou pesquisa que indicava que, desde março de 2020, em média duas crianças nessa faixa etária morriam por dia por causa da doença no País. Hoje, essa média é de uma criança por dia.

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