Cuidado paliativo é caminho para melhor qualidade de vida


Hoje, o tratamento não é mais voltado apenas a doentes terminais, mas sim para o bem-estar do paciente e de familiares

Por Estadão Blue Studio

O conceito de cuidados paliativos se dissocia cada vez mais da noção equivocada de que são aplicáveis apenas em doentes terminais. “Quanto mais precocemente o atendimento for instituído na jornada do paciente, maiores os benefícios colhidos”, diz Ramon Teixeira Costa, intensivista do A.C.Camargo Cancer Center e membro da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP). “Ajuda no controle da dor, do enjoo da quimioterapia, e as chances de aderência ao tratamento aumentam.”

Paliativo deriva do latim pallium e significa manto. “O sentido é proteção”, diz Ramon. Esse modelo se originou nos anos 1960, na Inglaterra, para pacientes oncológicos incuráveis. Foi oficializado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabeleceu que os cuidados paliativos consistem em assistência multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e familiares, abrangendo da prevenção e alívio do sofrimento até aspectos sociais, psicológicos e espirituais.

Para pacientes terminais, a abordagem paliativista trabalha o luto antecipatório com a família e cuida para que o paciente tenha uma morte sem dor e agonia por meio da sedação paliativa.

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Alívio e dignidade

A chamada psico-oncologia é um desses recursos de alívio para o paciente, que lida com questões difíceis e até a comunicação em casa tende a ficar prejudicada. “Às vezes ele quer falar sobre seus desejos, mas os familiares desconversam. O psicólogo pode fazer essa intermediação”, diz Raquel Farias, psicóloga do Instituto Integra Saúde.

Elìna Borges lançou livro sobre sua jornada Foto: Acervo Pessoal
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“Não é porque você tem um ‘atestado de morte’ que não vai morrer dignamente, preparado, junto com a sua família e com questões resolvidas.”

A farmacêutica aposentada Adriana Noventa do Nascimento, 58 anos, recorreu à psicoterapia ao ser diagnosticada com câncer de mama. “Eu desabafava, ficava mais calma, e me foram sugeridos livros para pintar”, conta Adriana, que ainda investiu em origami.

A psicóloga Elìna Borges, 60 anos, de Goiânia, teve câncer nos ductos biliares com metástase no fígado. Foram 24 sessões de quimioterapia até submeter-se à cirurgia de alto risco. Curada, narrou sua jornada no livro A travessia do deserto – uma estratégia para a vida (Editora Kelps). Elìna nunca questionou o porquê do câncer. “Chorei três minutos quando recebi o diagnóstico, depois fui atrás do que poderia ser feito. O ‘deserto’ vem para você aprender algo”, acredita. Ela procurou amparo na psicoterapia, nutrição, acupuntura e religiosidade.

O conceito de cuidados paliativos se dissocia cada vez mais da noção equivocada de que são aplicáveis apenas em doentes terminais. “Quanto mais precocemente o atendimento for instituído na jornada do paciente, maiores os benefícios colhidos”, diz Ramon Teixeira Costa, intensivista do A.C.Camargo Cancer Center e membro da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP). “Ajuda no controle da dor, do enjoo da quimioterapia, e as chances de aderência ao tratamento aumentam.”

Paliativo deriva do latim pallium e significa manto. “O sentido é proteção”, diz Ramon. Esse modelo se originou nos anos 1960, na Inglaterra, para pacientes oncológicos incuráveis. Foi oficializado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabeleceu que os cuidados paliativos consistem em assistência multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e familiares, abrangendo da prevenção e alívio do sofrimento até aspectos sociais, psicológicos e espirituais.

Para pacientes terminais, a abordagem paliativista trabalha o luto antecipatório com a família e cuida para que o paciente tenha uma morte sem dor e agonia por meio da sedação paliativa.

Alívio e dignidade

A chamada psico-oncologia é um desses recursos de alívio para o paciente, que lida com questões difíceis e até a comunicação em casa tende a ficar prejudicada. “Às vezes ele quer falar sobre seus desejos, mas os familiares desconversam. O psicólogo pode fazer essa intermediação”, diz Raquel Farias, psicóloga do Instituto Integra Saúde.

Elìna Borges lançou livro sobre sua jornada Foto: Acervo Pessoal

“Não é porque você tem um ‘atestado de morte’ que não vai morrer dignamente, preparado, junto com a sua família e com questões resolvidas.”

A farmacêutica aposentada Adriana Noventa do Nascimento, 58 anos, recorreu à psicoterapia ao ser diagnosticada com câncer de mama. “Eu desabafava, ficava mais calma, e me foram sugeridos livros para pintar”, conta Adriana, que ainda investiu em origami.

A psicóloga Elìna Borges, 60 anos, de Goiânia, teve câncer nos ductos biliares com metástase no fígado. Foram 24 sessões de quimioterapia até submeter-se à cirurgia de alto risco. Curada, narrou sua jornada no livro A travessia do deserto – uma estratégia para a vida (Editora Kelps). Elìna nunca questionou o porquê do câncer. “Chorei três minutos quando recebi o diagnóstico, depois fui atrás do que poderia ser feito. O ‘deserto’ vem para você aprender algo”, acredita. Ela procurou amparo na psicoterapia, nutrição, acupuntura e religiosidade.

O conceito de cuidados paliativos se dissocia cada vez mais da noção equivocada de que são aplicáveis apenas em doentes terminais. “Quanto mais precocemente o atendimento for instituído na jornada do paciente, maiores os benefícios colhidos”, diz Ramon Teixeira Costa, intensivista do A.C.Camargo Cancer Center e membro da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP). “Ajuda no controle da dor, do enjoo da quimioterapia, e as chances de aderência ao tratamento aumentam.”

Paliativo deriva do latim pallium e significa manto. “O sentido é proteção”, diz Ramon. Esse modelo se originou nos anos 1960, na Inglaterra, para pacientes oncológicos incuráveis. Foi oficializado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabeleceu que os cuidados paliativos consistem em assistência multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e familiares, abrangendo da prevenção e alívio do sofrimento até aspectos sociais, psicológicos e espirituais.

Para pacientes terminais, a abordagem paliativista trabalha o luto antecipatório com a família e cuida para que o paciente tenha uma morte sem dor e agonia por meio da sedação paliativa.

Alívio e dignidade

A chamada psico-oncologia é um desses recursos de alívio para o paciente, que lida com questões difíceis e até a comunicação em casa tende a ficar prejudicada. “Às vezes ele quer falar sobre seus desejos, mas os familiares desconversam. O psicólogo pode fazer essa intermediação”, diz Raquel Farias, psicóloga do Instituto Integra Saúde.

Elìna Borges lançou livro sobre sua jornada Foto: Acervo Pessoal

“Não é porque você tem um ‘atestado de morte’ que não vai morrer dignamente, preparado, junto com a sua família e com questões resolvidas.”

A farmacêutica aposentada Adriana Noventa do Nascimento, 58 anos, recorreu à psicoterapia ao ser diagnosticada com câncer de mama. “Eu desabafava, ficava mais calma, e me foram sugeridos livros para pintar”, conta Adriana, que ainda investiu em origami.

A psicóloga Elìna Borges, 60 anos, de Goiânia, teve câncer nos ductos biliares com metástase no fígado. Foram 24 sessões de quimioterapia até submeter-se à cirurgia de alto risco. Curada, narrou sua jornada no livro A travessia do deserto – uma estratégia para a vida (Editora Kelps). Elìna nunca questionou o porquê do câncer. “Chorei três minutos quando recebi o diagnóstico, depois fui atrás do que poderia ser feito. O ‘deserto’ vem para você aprender algo”, acredita. Ela procurou amparo na psicoterapia, nutrição, acupuntura e religiosidade.

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