Psiquiatria e sociedade

Opinião|Aposto e ganho: proibir apostas não é a solução


Jogar e brincar com o acaso está tão presente em nossa cultura como o álcool

Você conhece a história: Judas Iscariotes traiu Jesus em troca de 30 moedas de prata. Depois disso, além de nunca mais uma criança ser batizada com esse nome (você conhece algum Judas?), os apóstolos escolheram um substituto para o traidor – lançando sorte.

Provavelmente com um tipo de dados, imagino, já que eles eram comuns entre os judeus. Israel decidiu tantas coisas por sorteio que o sábio Salomão teve de explicar em seus Provérbios que os homens podem lançar a sorte, mas quem resolve mesmo é o Senhor.

Os dados fazem parte da história humana. Jogos de tabuleiro como o egípcio Senet ou o Jogo Real de Ur eram usados para prever o futuro, talvez numa tentativa de estabelecer a sensação de controle sobre o caos que nos cerca.

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Jogar e brincar com o acaso está tão presente em nossa cultura como o álcool – muito antes de Las Vegas, as pessoas no mundo inteiro já gastavam tempo e dinheiro em aposta e bebida –, frequentemente tudo ao mesmo tempo.

Quando uma atividade é tão antiga, longeva e disseminada, há que se admitir que deve ser muito boa. Não necessariamente saudável ou virtuosa, mas certamente se não fosse prazerosa não seria quase universal.

E curiosamente tudo o que é prazeroso demais vem acompanhado de ao menos três fenômenos: 1 – gente explorando para ganhar dinheiro; 2 – gente que perde o controle; 3 – gente tentando domesticar a prática por leis, tabus, etc.

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Os sites de aposta e a manipulação dos resultados no futebol são apenas mais uma expressão desses fenômenos. O mundo digital só os potencializou: explora-se muito mais, mais gente começa a abusar, e mais esforço terá de ser feito se quisermos controlar.

A sociedade despertou para a distorção de haver empresas ganhando tanto sem pagar impostos. Já o fato de haver lances manipulados, acreditem, mobiliza menos: em vários esportes profissionais se descobrem resultados combinados, mas seja na Fórmula 1, no boxe ou no sumô, após uma indignação transitória ninguém reduz sua base de fãs.

O que me preocupa mesmo é o aumento de pessoas perdendo o controle e se tornando jogadores compulsivos; como com qualquer comportamento, facilitar as apostas aumenta sua ocorrência e o número de pessoas com problemas.

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Não creio que proibir seja a solução, mas tenho aqui uma sugestão. Em todo site de aposta só se conseguiria entrar após ler um aviso em letras garrafais: “Aposta é passatempo e não investimento. Quem aposta perde mais do que ganha. Nesse site tantos por cento de quem apostou perdeu”. Isso seria mais eficaz que proibir. Quer apostar?

Você conhece a história: Judas Iscariotes traiu Jesus em troca de 30 moedas de prata. Depois disso, além de nunca mais uma criança ser batizada com esse nome (você conhece algum Judas?), os apóstolos escolheram um substituto para o traidor – lançando sorte.

Provavelmente com um tipo de dados, imagino, já que eles eram comuns entre os judeus. Israel decidiu tantas coisas por sorteio que o sábio Salomão teve de explicar em seus Provérbios que os homens podem lançar a sorte, mas quem resolve mesmo é o Senhor.

Os dados fazem parte da história humana. Jogos de tabuleiro como o egípcio Senet ou o Jogo Real de Ur eram usados para prever o futuro, talvez numa tentativa de estabelecer a sensação de controle sobre o caos que nos cerca.

Jogar e brincar com o acaso está tão presente em nossa cultura como o álcool – muito antes de Las Vegas, as pessoas no mundo inteiro já gastavam tempo e dinheiro em aposta e bebida –, frequentemente tudo ao mesmo tempo.

Quando uma atividade é tão antiga, longeva e disseminada, há que se admitir que deve ser muito boa. Não necessariamente saudável ou virtuosa, mas certamente se não fosse prazerosa não seria quase universal.

E curiosamente tudo o que é prazeroso demais vem acompanhado de ao menos três fenômenos: 1 – gente explorando para ganhar dinheiro; 2 – gente que perde o controle; 3 – gente tentando domesticar a prática por leis, tabus, etc.

Os sites de aposta e a manipulação dos resultados no futebol são apenas mais uma expressão desses fenômenos. O mundo digital só os potencializou: explora-se muito mais, mais gente começa a abusar, e mais esforço terá de ser feito se quisermos controlar.

A sociedade despertou para a distorção de haver empresas ganhando tanto sem pagar impostos. Já o fato de haver lances manipulados, acreditem, mobiliza menos: em vários esportes profissionais se descobrem resultados combinados, mas seja na Fórmula 1, no boxe ou no sumô, após uma indignação transitória ninguém reduz sua base de fãs.

O que me preocupa mesmo é o aumento de pessoas perdendo o controle e se tornando jogadores compulsivos; como com qualquer comportamento, facilitar as apostas aumenta sua ocorrência e o número de pessoas com problemas.

Não creio que proibir seja a solução, mas tenho aqui uma sugestão. Em todo site de aposta só se conseguiria entrar após ler um aviso em letras garrafais: “Aposta é passatempo e não investimento. Quem aposta perde mais do que ganha. Nesse site tantos por cento de quem apostou perdeu”. Isso seria mais eficaz que proibir. Quer apostar?

Você conhece a história: Judas Iscariotes traiu Jesus em troca de 30 moedas de prata. Depois disso, além de nunca mais uma criança ser batizada com esse nome (você conhece algum Judas?), os apóstolos escolheram um substituto para o traidor – lançando sorte.

Provavelmente com um tipo de dados, imagino, já que eles eram comuns entre os judeus. Israel decidiu tantas coisas por sorteio que o sábio Salomão teve de explicar em seus Provérbios que os homens podem lançar a sorte, mas quem resolve mesmo é o Senhor.

Os dados fazem parte da história humana. Jogos de tabuleiro como o egípcio Senet ou o Jogo Real de Ur eram usados para prever o futuro, talvez numa tentativa de estabelecer a sensação de controle sobre o caos que nos cerca.

Jogar e brincar com o acaso está tão presente em nossa cultura como o álcool – muito antes de Las Vegas, as pessoas no mundo inteiro já gastavam tempo e dinheiro em aposta e bebida –, frequentemente tudo ao mesmo tempo.

Quando uma atividade é tão antiga, longeva e disseminada, há que se admitir que deve ser muito boa. Não necessariamente saudável ou virtuosa, mas certamente se não fosse prazerosa não seria quase universal.

E curiosamente tudo o que é prazeroso demais vem acompanhado de ao menos três fenômenos: 1 – gente explorando para ganhar dinheiro; 2 – gente que perde o controle; 3 – gente tentando domesticar a prática por leis, tabus, etc.

Os sites de aposta e a manipulação dos resultados no futebol são apenas mais uma expressão desses fenômenos. O mundo digital só os potencializou: explora-se muito mais, mais gente começa a abusar, e mais esforço terá de ser feito se quisermos controlar.

A sociedade despertou para a distorção de haver empresas ganhando tanto sem pagar impostos. Já o fato de haver lances manipulados, acreditem, mobiliza menos: em vários esportes profissionais se descobrem resultados combinados, mas seja na Fórmula 1, no boxe ou no sumô, após uma indignação transitória ninguém reduz sua base de fãs.

O que me preocupa mesmo é o aumento de pessoas perdendo o controle e se tornando jogadores compulsivos; como com qualquer comportamento, facilitar as apostas aumenta sua ocorrência e o número de pessoas com problemas.

Não creio que proibir seja a solução, mas tenho aqui uma sugestão. Em todo site de aposta só se conseguiria entrar após ler um aviso em letras garrafais: “Aposta é passatempo e não investimento. Quem aposta perde mais do que ganha. Nesse site tantos por cento de quem apostou perdeu”. Isso seria mais eficaz que proibir. Quer apostar?

Você conhece a história: Judas Iscariotes traiu Jesus em troca de 30 moedas de prata. Depois disso, além de nunca mais uma criança ser batizada com esse nome (você conhece algum Judas?), os apóstolos escolheram um substituto para o traidor – lançando sorte.

Provavelmente com um tipo de dados, imagino, já que eles eram comuns entre os judeus. Israel decidiu tantas coisas por sorteio que o sábio Salomão teve de explicar em seus Provérbios que os homens podem lançar a sorte, mas quem resolve mesmo é o Senhor.

Os dados fazem parte da história humana. Jogos de tabuleiro como o egípcio Senet ou o Jogo Real de Ur eram usados para prever o futuro, talvez numa tentativa de estabelecer a sensação de controle sobre o caos que nos cerca.

Jogar e brincar com o acaso está tão presente em nossa cultura como o álcool – muito antes de Las Vegas, as pessoas no mundo inteiro já gastavam tempo e dinheiro em aposta e bebida –, frequentemente tudo ao mesmo tempo.

Quando uma atividade é tão antiga, longeva e disseminada, há que se admitir que deve ser muito boa. Não necessariamente saudável ou virtuosa, mas certamente se não fosse prazerosa não seria quase universal.

E curiosamente tudo o que é prazeroso demais vem acompanhado de ao menos três fenômenos: 1 – gente explorando para ganhar dinheiro; 2 – gente que perde o controle; 3 – gente tentando domesticar a prática por leis, tabus, etc.

Os sites de aposta e a manipulação dos resultados no futebol são apenas mais uma expressão desses fenômenos. O mundo digital só os potencializou: explora-se muito mais, mais gente começa a abusar, e mais esforço terá de ser feito se quisermos controlar.

A sociedade despertou para a distorção de haver empresas ganhando tanto sem pagar impostos. Já o fato de haver lances manipulados, acreditem, mobiliza menos: em vários esportes profissionais se descobrem resultados combinados, mas seja na Fórmula 1, no boxe ou no sumô, após uma indignação transitória ninguém reduz sua base de fãs.

O que me preocupa mesmo é o aumento de pessoas perdendo o controle e se tornando jogadores compulsivos; como com qualquer comportamento, facilitar as apostas aumenta sua ocorrência e o número de pessoas com problemas.

Não creio que proibir seja a solução, mas tenho aqui uma sugestão. Em todo site de aposta só se conseguiria entrar após ler um aviso em letras garrafais: “Aposta é passatempo e não investimento. Quem aposta perde mais do que ganha. Nesse site tantos por cento de quem apostou perdeu”. Isso seria mais eficaz que proibir. Quer apostar?

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Provavelmente com um tipo de dados, imagino, já que eles eram comuns entre os judeus. Israel decidiu tantas coisas por sorteio que o sábio Salomão teve de explicar em seus Provérbios que os homens podem lançar a sorte, mas quem resolve mesmo é o Senhor.

Os dados fazem parte da história humana. Jogos de tabuleiro como o egípcio Senet ou o Jogo Real de Ur eram usados para prever o futuro, talvez numa tentativa de estabelecer a sensação de controle sobre o caos que nos cerca.

Jogar e brincar com o acaso está tão presente em nossa cultura como o álcool – muito antes de Las Vegas, as pessoas no mundo inteiro já gastavam tempo e dinheiro em aposta e bebida –, frequentemente tudo ao mesmo tempo.

Quando uma atividade é tão antiga, longeva e disseminada, há que se admitir que deve ser muito boa. Não necessariamente saudável ou virtuosa, mas certamente se não fosse prazerosa não seria quase universal.

E curiosamente tudo o que é prazeroso demais vem acompanhado de ao menos três fenômenos: 1 – gente explorando para ganhar dinheiro; 2 – gente que perde o controle; 3 – gente tentando domesticar a prática por leis, tabus, etc.

Os sites de aposta e a manipulação dos resultados no futebol são apenas mais uma expressão desses fenômenos. O mundo digital só os potencializou: explora-se muito mais, mais gente começa a abusar, e mais esforço terá de ser feito se quisermos controlar.

A sociedade despertou para a distorção de haver empresas ganhando tanto sem pagar impostos. Já o fato de haver lances manipulados, acreditem, mobiliza menos: em vários esportes profissionais se descobrem resultados combinados, mas seja na Fórmula 1, no boxe ou no sumô, após uma indignação transitória ninguém reduz sua base de fãs.

O que me preocupa mesmo é o aumento de pessoas perdendo o controle e se tornando jogadores compulsivos; como com qualquer comportamento, facilitar as apostas aumenta sua ocorrência e o número de pessoas com problemas.

Não creio que proibir seja a solução, mas tenho aqui uma sugestão. Em todo site de aposta só se conseguiria entrar após ler um aviso em letras garrafais: “Aposta é passatempo e não investimento. Quem aposta perde mais do que ganha. Nesse site tantos por cento de quem apostou perdeu”. Isso seria mais eficaz que proibir. Quer apostar?

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