Diagnosticada com autismo nível 1, conhecido como autismo leve, a jornalista Renata Simões vai debater abertamente sobre o tema

Opinião|‘Como acabar com a epidemia do autismo’: O que senti quando vi esse livro


Olhando de perto, ao contrário do que dizia o ditado, todo mundo tem a sua particularidade

Por Dentro Espectro

Não é preciso estar no espectro para experimentar a sensação de que a vida o atropelou e se está roto como pano de chão. Foram assim os últimos dias por aqui, junto com a camada extra de sensibilidade autista, o que não é pior ou melhor. Desconfio de quem, ao ouvir o outro, começa na competição de sofrimento. Com o diagnóstico, e o privilégio da condição de vida que me permite experimentar a consciência de como isso atua, vem também a raiva ao me deparar com um livro intitulado Como Acabar com a Epidemia de Autismo.

Fui sugada para dentro de um túnel em que um link me levava a outro, e a outro. Cheguei ao artigo A Política Econômica do Autismo e frases como “O autismo aumenta a pobreza e a desigualdade (…) em 2015, o autismo custou aos EUA uma estimativa de R$ 268 bilhões no ano em custos diretos e perda de produtividade, e custará R$ 1 trilhão em 2025″.

Desconfio de olhar proposto pelos americanos para o assunto. Não sei se o incômodo é o argumento simplista ou puramente econômico, a lógica do “tempo é dinheiro” aplicada na vida das pessoas. Artigos que perpetuam a (falsa) ideia de que o autismo é causado pelo uso de vacina existem há tempo suficiente para que já tenham sido desmentidos. Nós, que vivemos as duas últimas eleições no Brasil, sabemos que é mais fácil espalhar mentira, seja ela disfarçada de estudo ou notícia, do que tirar a história falsa de circulação.

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O “achismo” funciona como verdade baseada no seu ponto de vista, no que se quer acreditar. O articulista cita estudos que corroboram suas ideias, e exclui os que discordam. É tanta vontade de comprovar o seu ponto que que parece esquecer que a necessária reconstrução do pacto social inclui compreensão e convivência com o diferente. O indivíduo é parte do coletivo.

O símbolo internacional do autismo é uma fita, e deve ser incluída em placas sobre atendimento prioritário Foto: Freepik

Em conversa com a comunicadora Amanda Ramalho, que lança em breve o programa Amanda no Espectro, falamos sobre pessoas próximas que foram atrás do diagnóstico se reconhecendo na fala do outro. Se umas pessoas começam a compreender sua normalidade pela neuroatipia, outras parecem ter a necessidade de caracterizar o espectro como condição fora do normal.

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Afinal, se “o autismo é uma epidemia”, é doença. Das grandes batalhas do movimento pela neurodivergência é a aceitação de que estar no espectro é um jeito de existir, pensar e entender o mundo. Uma amiga me contou da vontade de conversar com a mãe sobre autismo. Não o dela, o da mãe, que não se entende assim. Chegamos à sensação de que parte do diagnóstico é o processo de autoconhecimento. E nos deparamos com essa ideia de padrão, essa normalidade que parece mais uma convenção que realidade. Olhando de perto, todo mundo tem a sua esquisitice e particularidade. Isso sim é o normal.

Não é preciso estar no espectro para experimentar a sensação de que a vida o atropelou e se está roto como pano de chão. Foram assim os últimos dias por aqui, junto com a camada extra de sensibilidade autista, o que não é pior ou melhor. Desconfio de quem, ao ouvir o outro, começa na competição de sofrimento. Com o diagnóstico, e o privilégio da condição de vida que me permite experimentar a consciência de como isso atua, vem também a raiva ao me deparar com um livro intitulado Como Acabar com a Epidemia de Autismo.

Fui sugada para dentro de um túnel em que um link me levava a outro, e a outro. Cheguei ao artigo A Política Econômica do Autismo e frases como “O autismo aumenta a pobreza e a desigualdade (…) em 2015, o autismo custou aos EUA uma estimativa de R$ 268 bilhões no ano em custos diretos e perda de produtividade, e custará R$ 1 trilhão em 2025″.

Desconfio de olhar proposto pelos americanos para o assunto. Não sei se o incômodo é o argumento simplista ou puramente econômico, a lógica do “tempo é dinheiro” aplicada na vida das pessoas. Artigos que perpetuam a (falsa) ideia de que o autismo é causado pelo uso de vacina existem há tempo suficiente para que já tenham sido desmentidos. Nós, que vivemos as duas últimas eleições no Brasil, sabemos que é mais fácil espalhar mentira, seja ela disfarçada de estudo ou notícia, do que tirar a história falsa de circulação.

O “achismo” funciona como verdade baseada no seu ponto de vista, no que se quer acreditar. O articulista cita estudos que corroboram suas ideias, e exclui os que discordam. É tanta vontade de comprovar o seu ponto que que parece esquecer que a necessária reconstrução do pacto social inclui compreensão e convivência com o diferente. O indivíduo é parte do coletivo.

O símbolo internacional do autismo é uma fita, e deve ser incluída em placas sobre atendimento prioritário Foto: Freepik

Em conversa com a comunicadora Amanda Ramalho, que lança em breve o programa Amanda no Espectro, falamos sobre pessoas próximas que foram atrás do diagnóstico se reconhecendo na fala do outro. Se umas pessoas começam a compreender sua normalidade pela neuroatipia, outras parecem ter a necessidade de caracterizar o espectro como condição fora do normal.

Afinal, se “o autismo é uma epidemia”, é doença. Das grandes batalhas do movimento pela neurodivergência é a aceitação de que estar no espectro é um jeito de existir, pensar e entender o mundo. Uma amiga me contou da vontade de conversar com a mãe sobre autismo. Não o dela, o da mãe, que não se entende assim. Chegamos à sensação de que parte do diagnóstico é o processo de autoconhecimento. E nos deparamos com essa ideia de padrão, essa normalidade que parece mais uma convenção que realidade. Olhando de perto, todo mundo tem a sua esquisitice e particularidade. Isso sim é o normal.

Não é preciso estar no espectro para experimentar a sensação de que a vida o atropelou e se está roto como pano de chão. Foram assim os últimos dias por aqui, junto com a camada extra de sensibilidade autista, o que não é pior ou melhor. Desconfio de quem, ao ouvir o outro, começa na competição de sofrimento. Com o diagnóstico, e o privilégio da condição de vida que me permite experimentar a consciência de como isso atua, vem também a raiva ao me deparar com um livro intitulado Como Acabar com a Epidemia de Autismo.

Fui sugada para dentro de um túnel em que um link me levava a outro, e a outro. Cheguei ao artigo A Política Econômica do Autismo e frases como “O autismo aumenta a pobreza e a desigualdade (…) em 2015, o autismo custou aos EUA uma estimativa de R$ 268 bilhões no ano em custos diretos e perda de produtividade, e custará R$ 1 trilhão em 2025″.

Desconfio de olhar proposto pelos americanos para o assunto. Não sei se o incômodo é o argumento simplista ou puramente econômico, a lógica do “tempo é dinheiro” aplicada na vida das pessoas. Artigos que perpetuam a (falsa) ideia de que o autismo é causado pelo uso de vacina existem há tempo suficiente para que já tenham sido desmentidos. Nós, que vivemos as duas últimas eleições no Brasil, sabemos que é mais fácil espalhar mentira, seja ela disfarçada de estudo ou notícia, do que tirar a história falsa de circulação.

O “achismo” funciona como verdade baseada no seu ponto de vista, no que se quer acreditar. O articulista cita estudos que corroboram suas ideias, e exclui os que discordam. É tanta vontade de comprovar o seu ponto que que parece esquecer que a necessária reconstrução do pacto social inclui compreensão e convivência com o diferente. O indivíduo é parte do coletivo.

O símbolo internacional do autismo é uma fita, e deve ser incluída em placas sobre atendimento prioritário Foto: Freepik

Em conversa com a comunicadora Amanda Ramalho, que lança em breve o programa Amanda no Espectro, falamos sobre pessoas próximas que foram atrás do diagnóstico se reconhecendo na fala do outro. Se umas pessoas começam a compreender sua normalidade pela neuroatipia, outras parecem ter a necessidade de caracterizar o espectro como condição fora do normal.

Afinal, se “o autismo é uma epidemia”, é doença. Das grandes batalhas do movimento pela neurodivergência é a aceitação de que estar no espectro é um jeito de existir, pensar e entender o mundo. Uma amiga me contou da vontade de conversar com a mãe sobre autismo. Não o dela, o da mãe, que não se entende assim. Chegamos à sensação de que parte do diagnóstico é o processo de autoconhecimento. E nos deparamos com essa ideia de padrão, essa normalidade que parece mais uma convenção que realidade. Olhando de perto, todo mundo tem a sua esquisitice e particularidade. Isso sim é o normal.

Não é preciso estar no espectro para experimentar a sensação de que a vida o atropelou e se está roto como pano de chão. Foram assim os últimos dias por aqui, junto com a camada extra de sensibilidade autista, o que não é pior ou melhor. Desconfio de quem, ao ouvir o outro, começa na competição de sofrimento. Com o diagnóstico, e o privilégio da condição de vida que me permite experimentar a consciência de como isso atua, vem também a raiva ao me deparar com um livro intitulado Como Acabar com a Epidemia de Autismo.

Fui sugada para dentro de um túnel em que um link me levava a outro, e a outro. Cheguei ao artigo A Política Econômica do Autismo e frases como “O autismo aumenta a pobreza e a desigualdade (…) em 2015, o autismo custou aos EUA uma estimativa de R$ 268 bilhões no ano em custos diretos e perda de produtividade, e custará R$ 1 trilhão em 2025″.

Desconfio de olhar proposto pelos americanos para o assunto. Não sei se o incômodo é o argumento simplista ou puramente econômico, a lógica do “tempo é dinheiro” aplicada na vida das pessoas. Artigos que perpetuam a (falsa) ideia de que o autismo é causado pelo uso de vacina existem há tempo suficiente para que já tenham sido desmentidos. Nós, que vivemos as duas últimas eleições no Brasil, sabemos que é mais fácil espalhar mentira, seja ela disfarçada de estudo ou notícia, do que tirar a história falsa de circulação.

O “achismo” funciona como verdade baseada no seu ponto de vista, no que se quer acreditar. O articulista cita estudos que corroboram suas ideias, e exclui os que discordam. É tanta vontade de comprovar o seu ponto que que parece esquecer que a necessária reconstrução do pacto social inclui compreensão e convivência com o diferente. O indivíduo é parte do coletivo.

O símbolo internacional do autismo é uma fita, e deve ser incluída em placas sobre atendimento prioritário Foto: Freepik

Em conversa com a comunicadora Amanda Ramalho, que lança em breve o programa Amanda no Espectro, falamos sobre pessoas próximas que foram atrás do diagnóstico se reconhecendo na fala do outro. Se umas pessoas começam a compreender sua normalidade pela neuroatipia, outras parecem ter a necessidade de caracterizar o espectro como condição fora do normal.

Afinal, se “o autismo é uma epidemia”, é doença. Das grandes batalhas do movimento pela neurodivergência é a aceitação de que estar no espectro é um jeito de existir, pensar e entender o mundo. Uma amiga me contou da vontade de conversar com a mãe sobre autismo. Não o dela, o da mãe, que não se entende assim. Chegamos à sensação de que parte do diagnóstico é o processo de autoconhecimento. E nos deparamos com essa ideia de padrão, essa normalidade que parece mais uma convenção que realidade. Olhando de perto, todo mundo tem a sua esquisitice e particularidade. Isso sim é o normal.

Não é preciso estar no espectro para experimentar a sensação de que a vida o atropelou e se está roto como pano de chão. Foram assim os últimos dias por aqui, junto com a camada extra de sensibilidade autista, o que não é pior ou melhor. Desconfio de quem, ao ouvir o outro, começa na competição de sofrimento. Com o diagnóstico, e o privilégio da condição de vida que me permite experimentar a consciência de como isso atua, vem também a raiva ao me deparar com um livro intitulado Como Acabar com a Epidemia de Autismo.

Fui sugada para dentro de um túnel em que um link me levava a outro, e a outro. Cheguei ao artigo A Política Econômica do Autismo e frases como “O autismo aumenta a pobreza e a desigualdade (…) em 2015, o autismo custou aos EUA uma estimativa de R$ 268 bilhões no ano em custos diretos e perda de produtividade, e custará R$ 1 trilhão em 2025″.

Desconfio de olhar proposto pelos americanos para o assunto. Não sei se o incômodo é o argumento simplista ou puramente econômico, a lógica do “tempo é dinheiro” aplicada na vida das pessoas. Artigos que perpetuam a (falsa) ideia de que o autismo é causado pelo uso de vacina existem há tempo suficiente para que já tenham sido desmentidos. Nós, que vivemos as duas últimas eleições no Brasil, sabemos que é mais fácil espalhar mentira, seja ela disfarçada de estudo ou notícia, do que tirar a história falsa de circulação.

O “achismo” funciona como verdade baseada no seu ponto de vista, no que se quer acreditar. O articulista cita estudos que corroboram suas ideias, e exclui os que discordam. É tanta vontade de comprovar o seu ponto que que parece esquecer que a necessária reconstrução do pacto social inclui compreensão e convivência com o diferente. O indivíduo é parte do coletivo.

O símbolo internacional do autismo é uma fita, e deve ser incluída em placas sobre atendimento prioritário Foto: Freepik

Em conversa com a comunicadora Amanda Ramalho, que lança em breve o programa Amanda no Espectro, falamos sobre pessoas próximas que foram atrás do diagnóstico se reconhecendo na fala do outro. Se umas pessoas começam a compreender sua normalidade pela neuroatipia, outras parecem ter a necessidade de caracterizar o espectro como condição fora do normal.

Afinal, se “o autismo é uma epidemia”, é doença. Das grandes batalhas do movimento pela neurodivergência é a aceitação de que estar no espectro é um jeito de existir, pensar e entender o mundo. Uma amiga me contou da vontade de conversar com a mãe sobre autismo. Não o dela, o da mãe, que não se entende assim. Chegamos à sensação de que parte do diagnóstico é o processo de autoconhecimento. E nos deparamos com essa ideia de padrão, essa normalidade que parece mais uma convenção que realidade. Olhando de perto, todo mundo tem a sua esquisitice e particularidade. Isso sim é o normal.

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