Diagnosticada com autismo nível 1, conhecido como autismo leve, a jornalista Renata Simões vai debater abertamente sobre o tema

Opinião|Perguntei ao ChatGPT como lidar com uma crise nervosa. Veja o que ele respondeu


É preciso que os códigos melhorem, e a ajuda seja efetiva

Por Renata Simões

O sistema sensível, sobrecarregado de estímulos internos e externos, faz você perder contato com o que acontece dentro e fora da sua mente e do seu corpo. Aconteceu. De novo. Um colapso. Sigo na funcionalidade, sem saber se a crise é a foz de rios internos que estavam revoltos. Viver sob uma condição diagnosticada, seja ansiedade, fobia, ou padrão de neuroatipia, é compreender que nada impede a implosão causada pela combinação de fatores externos, internos e bioquímicos. Isso vai acontecer. E depois você vai arrastar uma âncora pela sensação de falha que vem junto.

Um momento-chave no meu processo de diagnóstico foi a consciência de que ações criavam em mim percepções distintas do outro. A literalidade e a rigidez cognitiva causam um entendimento da situação alheio a como ela se desenrola fora, já que o mundo não funciona nessa lógica. A sua mente fixa padrões de existência e segue neles. E você segue com a plena certeza até que algo quebre essa certeza. Esse é o baque: a mente processa a simultaneidade e o conflito das situações. O que está fora tão diferente do que está dentro. E trava com o choque.

Você não consegue falar, e precisa. Tenta elaborar e explicar, e só consegue escorrer e tentar esconder lágrimas que não eram para estar ali. E, de repente, percebe que está se balançando. Gabarito completo do colapso. Os dias seguem misturando vergonha, necessidade de se desculpar e explicar “olha, não é nada disso que pareceu”, a cabeça a milhão, e a administração das 24 horas e 7 dias e todas as suas tarefas.

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O AI é ótimo para responder e-mails, porém respostas emocionais e apoio ainda estão longe de estar nesse escolpo Foto: Unsplash/Awmleer

Sugeriram que eu fosse conversar com o ChatGPT. Fiquei em dúvida como um bot poderia ajudar a sair da ressaca da crise. Após o colapso, você entra numa constante dúvida da sua compreensão sobre qualquer coisa. Resolvi dar o comando “Quais os sinais do colapso? O que fazer quando estou tendo um meltdown?” A AI responde: “Os sinais que indicam são uma crescente irritabilidade, dificuldade em controlar as emoções e comunicar... se você está experimentando algum desses sinais, é importante procurar ajuda de um profissional de saúde”.

Os conselhos sobre como lidar: “Identifique os gatilhos e tente evitá-los no futuro. Respire e foque em se acalmar. Encontre um lugar confortável para relaxar”. Deu vontade de teclar “Senhora, tenho um caderno com lembretes sobre respirar, escutar, respirar de novo... acha que não tentei isso?”.

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É preciso que os códigos melhorem, e a ajuda seja efetiva. O chatGPT é preparado para escrever um e-mail. Para questões com que nem nós sabemos lidar, não. Se bem que, as últimas linhas dos conselhos artificiais era “procure alguém em que você confia, e converse sobre isso”. Perceber que tem gente que está contigo, apazigua. Ainda que no horizonte esteja a possibilidade de outra crise.

O sistema sensível, sobrecarregado de estímulos internos e externos, faz você perder contato com o que acontece dentro e fora da sua mente e do seu corpo. Aconteceu. De novo. Um colapso. Sigo na funcionalidade, sem saber se a crise é a foz de rios internos que estavam revoltos. Viver sob uma condição diagnosticada, seja ansiedade, fobia, ou padrão de neuroatipia, é compreender que nada impede a implosão causada pela combinação de fatores externos, internos e bioquímicos. Isso vai acontecer. E depois você vai arrastar uma âncora pela sensação de falha que vem junto.

Um momento-chave no meu processo de diagnóstico foi a consciência de que ações criavam em mim percepções distintas do outro. A literalidade e a rigidez cognitiva causam um entendimento da situação alheio a como ela se desenrola fora, já que o mundo não funciona nessa lógica. A sua mente fixa padrões de existência e segue neles. E você segue com a plena certeza até que algo quebre essa certeza. Esse é o baque: a mente processa a simultaneidade e o conflito das situações. O que está fora tão diferente do que está dentro. E trava com o choque.

Você não consegue falar, e precisa. Tenta elaborar e explicar, e só consegue escorrer e tentar esconder lágrimas que não eram para estar ali. E, de repente, percebe que está se balançando. Gabarito completo do colapso. Os dias seguem misturando vergonha, necessidade de se desculpar e explicar “olha, não é nada disso que pareceu”, a cabeça a milhão, e a administração das 24 horas e 7 dias e todas as suas tarefas.

O AI é ótimo para responder e-mails, porém respostas emocionais e apoio ainda estão longe de estar nesse escolpo Foto: Unsplash/Awmleer

Sugeriram que eu fosse conversar com o ChatGPT. Fiquei em dúvida como um bot poderia ajudar a sair da ressaca da crise. Após o colapso, você entra numa constante dúvida da sua compreensão sobre qualquer coisa. Resolvi dar o comando “Quais os sinais do colapso? O que fazer quando estou tendo um meltdown?” A AI responde: “Os sinais que indicam são uma crescente irritabilidade, dificuldade em controlar as emoções e comunicar... se você está experimentando algum desses sinais, é importante procurar ajuda de um profissional de saúde”.

Os conselhos sobre como lidar: “Identifique os gatilhos e tente evitá-los no futuro. Respire e foque em se acalmar. Encontre um lugar confortável para relaxar”. Deu vontade de teclar “Senhora, tenho um caderno com lembretes sobre respirar, escutar, respirar de novo... acha que não tentei isso?”.

É preciso que os códigos melhorem, e a ajuda seja efetiva. O chatGPT é preparado para escrever um e-mail. Para questões com que nem nós sabemos lidar, não. Se bem que, as últimas linhas dos conselhos artificiais era “procure alguém em que você confia, e converse sobre isso”. Perceber que tem gente que está contigo, apazigua. Ainda que no horizonte esteja a possibilidade de outra crise.

O sistema sensível, sobrecarregado de estímulos internos e externos, faz você perder contato com o que acontece dentro e fora da sua mente e do seu corpo. Aconteceu. De novo. Um colapso. Sigo na funcionalidade, sem saber se a crise é a foz de rios internos que estavam revoltos. Viver sob uma condição diagnosticada, seja ansiedade, fobia, ou padrão de neuroatipia, é compreender que nada impede a implosão causada pela combinação de fatores externos, internos e bioquímicos. Isso vai acontecer. E depois você vai arrastar uma âncora pela sensação de falha que vem junto.

Um momento-chave no meu processo de diagnóstico foi a consciência de que ações criavam em mim percepções distintas do outro. A literalidade e a rigidez cognitiva causam um entendimento da situação alheio a como ela se desenrola fora, já que o mundo não funciona nessa lógica. A sua mente fixa padrões de existência e segue neles. E você segue com a plena certeza até que algo quebre essa certeza. Esse é o baque: a mente processa a simultaneidade e o conflito das situações. O que está fora tão diferente do que está dentro. E trava com o choque.

Você não consegue falar, e precisa. Tenta elaborar e explicar, e só consegue escorrer e tentar esconder lágrimas que não eram para estar ali. E, de repente, percebe que está se balançando. Gabarito completo do colapso. Os dias seguem misturando vergonha, necessidade de se desculpar e explicar “olha, não é nada disso que pareceu”, a cabeça a milhão, e a administração das 24 horas e 7 dias e todas as suas tarefas.

O AI é ótimo para responder e-mails, porém respostas emocionais e apoio ainda estão longe de estar nesse escolpo Foto: Unsplash/Awmleer

Sugeriram que eu fosse conversar com o ChatGPT. Fiquei em dúvida como um bot poderia ajudar a sair da ressaca da crise. Após o colapso, você entra numa constante dúvida da sua compreensão sobre qualquer coisa. Resolvi dar o comando “Quais os sinais do colapso? O que fazer quando estou tendo um meltdown?” A AI responde: “Os sinais que indicam são uma crescente irritabilidade, dificuldade em controlar as emoções e comunicar... se você está experimentando algum desses sinais, é importante procurar ajuda de um profissional de saúde”.

Os conselhos sobre como lidar: “Identifique os gatilhos e tente evitá-los no futuro. Respire e foque em se acalmar. Encontre um lugar confortável para relaxar”. Deu vontade de teclar “Senhora, tenho um caderno com lembretes sobre respirar, escutar, respirar de novo... acha que não tentei isso?”.

É preciso que os códigos melhorem, e a ajuda seja efetiva. O chatGPT é preparado para escrever um e-mail. Para questões com que nem nós sabemos lidar, não. Se bem que, as últimas linhas dos conselhos artificiais era “procure alguém em que você confia, e converse sobre isso”. Perceber que tem gente que está contigo, apazigua. Ainda que no horizonte esteja a possibilidade de outra crise.

O sistema sensível, sobrecarregado de estímulos internos e externos, faz você perder contato com o que acontece dentro e fora da sua mente e do seu corpo. Aconteceu. De novo. Um colapso. Sigo na funcionalidade, sem saber se a crise é a foz de rios internos que estavam revoltos. Viver sob uma condição diagnosticada, seja ansiedade, fobia, ou padrão de neuroatipia, é compreender que nada impede a implosão causada pela combinação de fatores externos, internos e bioquímicos. Isso vai acontecer. E depois você vai arrastar uma âncora pela sensação de falha que vem junto.

Um momento-chave no meu processo de diagnóstico foi a consciência de que ações criavam em mim percepções distintas do outro. A literalidade e a rigidez cognitiva causam um entendimento da situação alheio a como ela se desenrola fora, já que o mundo não funciona nessa lógica. A sua mente fixa padrões de existência e segue neles. E você segue com a plena certeza até que algo quebre essa certeza. Esse é o baque: a mente processa a simultaneidade e o conflito das situações. O que está fora tão diferente do que está dentro. E trava com o choque.

Você não consegue falar, e precisa. Tenta elaborar e explicar, e só consegue escorrer e tentar esconder lágrimas que não eram para estar ali. E, de repente, percebe que está se balançando. Gabarito completo do colapso. Os dias seguem misturando vergonha, necessidade de se desculpar e explicar “olha, não é nada disso que pareceu”, a cabeça a milhão, e a administração das 24 horas e 7 dias e todas as suas tarefas.

O AI é ótimo para responder e-mails, porém respostas emocionais e apoio ainda estão longe de estar nesse escolpo Foto: Unsplash/Awmleer

Sugeriram que eu fosse conversar com o ChatGPT. Fiquei em dúvida como um bot poderia ajudar a sair da ressaca da crise. Após o colapso, você entra numa constante dúvida da sua compreensão sobre qualquer coisa. Resolvi dar o comando “Quais os sinais do colapso? O que fazer quando estou tendo um meltdown?” A AI responde: “Os sinais que indicam são uma crescente irritabilidade, dificuldade em controlar as emoções e comunicar... se você está experimentando algum desses sinais, é importante procurar ajuda de um profissional de saúde”.

Os conselhos sobre como lidar: “Identifique os gatilhos e tente evitá-los no futuro. Respire e foque em se acalmar. Encontre um lugar confortável para relaxar”. Deu vontade de teclar “Senhora, tenho um caderno com lembretes sobre respirar, escutar, respirar de novo... acha que não tentei isso?”.

É preciso que os códigos melhorem, e a ajuda seja efetiva. O chatGPT é preparado para escrever um e-mail. Para questões com que nem nós sabemos lidar, não. Se bem que, as últimas linhas dos conselhos artificiais era “procure alguém em que você confia, e converse sobre isso”. Perceber que tem gente que está contigo, apazigua. Ainda que no horizonte esteja a possibilidade de outra crise.

Opinião por Renata Simões

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