Diagnosticada com autismo nível 1, conhecido como autismo leve, a jornalista Renata Simões vai debater abertamente sobre o tema

Opinião|Todo autista cresce


Autistas adultos encontram desafios em terapias direcionadas e no mercado de trabalho

Não sou Nelson Rodrigues para dizer “Jovens, envelheçam”. Agora, quando converso com pessoas no espectro autista mais novas ou com menos tempo de diagnóstico que eu, apelo ao passar do tempo. Com ele, nossa vida melhora. O sofrimento da sensação de inadequação, temperado com hormônios da adolescência, é apaziguado por processos que tornam mais suave surfar a onda da vida. E, mesmo com condições estruturais que me favorecem, como as derrapadas vão acontecer posso ter rompantes independentemente de suportes que tenha acessado ao longo da juventude.

“Todo Autista Cresce” é o nome de um movimento e de um curso que a psiquiatra Raquel Del Monde oferece (a primeira aula, no dia 22 de março, é aberta). “Ninguém sai do espectro, ninguém se torna autista, quem é sempre foi.” Em 2006, o diagnóstico do filho mudou o horizonte na vida da então pediatra. Desde que começou a estudar o espectro, passou a dividir nas redes seus aprendizados.

O curso nasceu do desejo de dar informações confiáveis sobre o autismo na vida adulta. “Meu filho já saiu de casa e foi fazer faculdade. Tem a funcionalidade aparente e, ao mesmo tempo, uma dificuldade enorme em situações simples como pedir informações na rua.”

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A questão da funcionalidade é desafiadora: se as habilidades práticas são afetadas, você é chamado de retardado. Se a alta performance existe, você é questionado se “é autista de verdade” ou negligenciado na necessidade de suporte. Se assume o lado funcional, há risco de perda de oportunidades dentro da carreira. Difícil agradar à sociedade neurotípica.

“Há uma capacidade adaptativa envolvida, o indivíduo consegue elaborar por mais tempo estratégias para lidar com as dificuldades, mas a que custo?”, indaga. “Tem profissional que questiona se é certo diagnosticar quem é funcional – se está tudo bem, se casou, teve filhos, por que dar o laudo? Um motivo é que essas pessoas têm uma taxa de suicídio nove vezes maior que a população em geral.”

Os desafios enfrentados por autistas ao sair da adolescência e passar para a vida adulta variam. Aqueles que têm nível 3 de suporte precisam de supervisão e auxílio contínuo, assim como suas famílias. Autistas de níveis 1 e 2 de suporte encontram poucas terapias voltadas para adultos e menos oportunidades de trabalho. “Estamos engatinhando na questão de preparar os ambientes para receber autistas com os suportes que são necessários.”

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O curso apresenta conceitos como diagnóstico diferencial e condições coexistentes, que podem ajudar no processo de conscientização e autonomia do indivíduo. Também aborda os diferentes padrões de processamento emocional e a socialização. Os interessados em fazer a primeira aula gratuita, no dia 22 de março, às 20h, devem se inscrever aqui. A aula será ministrada online.

Tivesse eu passado por essa aula, não teria memórias de situações constrangedoras por não entender o que se fala e com quem, quem se cumprimenta e quando. Ainda bem que o tempo passa.

Não sou Nelson Rodrigues para dizer “Jovens, envelheçam”. Agora, quando converso com pessoas no espectro autista mais novas ou com menos tempo de diagnóstico que eu, apelo ao passar do tempo. Com ele, nossa vida melhora. O sofrimento da sensação de inadequação, temperado com hormônios da adolescência, é apaziguado por processos que tornam mais suave surfar a onda da vida. E, mesmo com condições estruturais que me favorecem, como as derrapadas vão acontecer posso ter rompantes independentemente de suportes que tenha acessado ao longo da juventude.

“Todo Autista Cresce” é o nome de um movimento e de um curso que a psiquiatra Raquel Del Monde oferece (a primeira aula, no dia 22 de março, é aberta). “Ninguém sai do espectro, ninguém se torna autista, quem é sempre foi.” Em 2006, o diagnóstico do filho mudou o horizonte na vida da então pediatra. Desde que começou a estudar o espectro, passou a dividir nas redes seus aprendizados.

O curso nasceu do desejo de dar informações confiáveis sobre o autismo na vida adulta. “Meu filho já saiu de casa e foi fazer faculdade. Tem a funcionalidade aparente e, ao mesmo tempo, uma dificuldade enorme em situações simples como pedir informações na rua.”

A questão da funcionalidade é desafiadora: se as habilidades práticas são afetadas, você é chamado de retardado. Se a alta performance existe, você é questionado se “é autista de verdade” ou negligenciado na necessidade de suporte. Se assume o lado funcional, há risco de perda de oportunidades dentro da carreira. Difícil agradar à sociedade neurotípica.

“Há uma capacidade adaptativa envolvida, o indivíduo consegue elaborar por mais tempo estratégias para lidar com as dificuldades, mas a que custo?”, indaga. “Tem profissional que questiona se é certo diagnosticar quem é funcional – se está tudo bem, se casou, teve filhos, por que dar o laudo? Um motivo é que essas pessoas têm uma taxa de suicídio nove vezes maior que a população em geral.”

Os desafios enfrentados por autistas ao sair da adolescência e passar para a vida adulta variam. Aqueles que têm nível 3 de suporte precisam de supervisão e auxílio contínuo, assim como suas famílias. Autistas de níveis 1 e 2 de suporte encontram poucas terapias voltadas para adultos e menos oportunidades de trabalho. “Estamos engatinhando na questão de preparar os ambientes para receber autistas com os suportes que são necessários.”

O curso apresenta conceitos como diagnóstico diferencial e condições coexistentes, que podem ajudar no processo de conscientização e autonomia do indivíduo. Também aborda os diferentes padrões de processamento emocional e a socialização. Os interessados em fazer a primeira aula gratuita, no dia 22 de março, às 20h, devem se inscrever aqui. A aula será ministrada online.

Tivesse eu passado por essa aula, não teria memórias de situações constrangedoras por não entender o que se fala e com quem, quem se cumprimenta e quando. Ainda bem que o tempo passa.

Não sou Nelson Rodrigues para dizer “Jovens, envelheçam”. Agora, quando converso com pessoas no espectro autista mais novas ou com menos tempo de diagnóstico que eu, apelo ao passar do tempo. Com ele, nossa vida melhora. O sofrimento da sensação de inadequação, temperado com hormônios da adolescência, é apaziguado por processos que tornam mais suave surfar a onda da vida. E, mesmo com condições estruturais que me favorecem, como as derrapadas vão acontecer posso ter rompantes independentemente de suportes que tenha acessado ao longo da juventude.

“Todo Autista Cresce” é o nome de um movimento e de um curso que a psiquiatra Raquel Del Monde oferece (a primeira aula, no dia 22 de março, é aberta). “Ninguém sai do espectro, ninguém se torna autista, quem é sempre foi.” Em 2006, o diagnóstico do filho mudou o horizonte na vida da então pediatra. Desde que começou a estudar o espectro, passou a dividir nas redes seus aprendizados.

O curso nasceu do desejo de dar informações confiáveis sobre o autismo na vida adulta. “Meu filho já saiu de casa e foi fazer faculdade. Tem a funcionalidade aparente e, ao mesmo tempo, uma dificuldade enorme em situações simples como pedir informações na rua.”

A questão da funcionalidade é desafiadora: se as habilidades práticas são afetadas, você é chamado de retardado. Se a alta performance existe, você é questionado se “é autista de verdade” ou negligenciado na necessidade de suporte. Se assume o lado funcional, há risco de perda de oportunidades dentro da carreira. Difícil agradar à sociedade neurotípica.

“Há uma capacidade adaptativa envolvida, o indivíduo consegue elaborar por mais tempo estratégias para lidar com as dificuldades, mas a que custo?”, indaga. “Tem profissional que questiona se é certo diagnosticar quem é funcional – se está tudo bem, se casou, teve filhos, por que dar o laudo? Um motivo é que essas pessoas têm uma taxa de suicídio nove vezes maior que a população em geral.”

Os desafios enfrentados por autistas ao sair da adolescência e passar para a vida adulta variam. Aqueles que têm nível 3 de suporte precisam de supervisão e auxílio contínuo, assim como suas famílias. Autistas de níveis 1 e 2 de suporte encontram poucas terapias voltadas para adultos e menos oportunidades de trabalho. “Estamos engatinhando na questão de preparar os ambientes para receber autistas com os suportes que são necessários.”

O curso apresenta conceitos como diagnóstico diferencial e condições coexistentes, que podem ajudar no processo de conscientização e autonomia do indivíduo. Também aborda os diferentes padrões de processamento emocional e a socialização. Os interessados em fazer a primeira aula gratuita, no dia 22 de março, às 20h, devem se inscrever aqui. A aula será ministrada online.

Tivesse eu passado por essa aula, não teria memórias de situações constrangedoras por não entender o que se fala e com quem, quem se cumprimenta e quando. Ainda bem que o tempo passa.

Não sou Nelson Rodrigues para dizer “Jovens, envelheçam”. Agora, quando converso com pessoas no espectro autista mais novas ou com menos tempo de diagnóstico que eu, apelo ao passar do tempo. Com ele, nossa vida melhora. O sofrimento da sensação de inadequação, temperado com hormônios da adolescência, é apaziguado por processos que tornam mais suave surfar a onda da vida. E, mesmo com condições estruturais que me favorecem, como as derrapadas vão acontecer posso ter rompantes independentemente de suportes que tenha acessado ao longo da juventude.

“Todo Autista Cresce” é o nome de um movimento e de um curso que a psiquiatra Raquel Del Monde oferece (a primeira aula, no dia 22 de março, é aberta). “Ninguém sai do espectro, ninguém se torna autista, quem é sempre foi.” Em 2006, o diagnóstico do filho mudou o horizonte na vida da então pediatra. Desde que começou a estudar o espectro, passou a dividir nas redes seus aprendizados.

O curso nasceu do desejo de dar informações confiáveis sobre o autismo na vida adulta. “Meu filho já saiu de casa e foi fazer faculdade. Tem a funcionalidade aparente e, ao mesmo tempo, uma dificuldade enorme em situações simples como pedir informações na rua.”

A questão da funcionalidade é desafiadora: se as habilidades práticas são afetadas, você é chamado de retardado. Se a alta performance existe, você é questionado se “é autista de verdade” ou negligenciado na necessidade de suporte. Se assume o lado funcional, há risco de perda de oportunidades dentro da carreira. Difícil agradar à sociedade neurotípica.

“Há uma capacidade adaptativa envolvida, o indivíduo consegue elaborar por mais tempo estratégias para lidar com as dificuldades, mas a que custo?”, indaga. “Tem profissional que questiona se é certo diagnosticar quem é funcional – se está tudo bem, se casou, teve filhos, por que dar o laudo? Um motivo é que essas pessoas têm uma taxa de suicídio nove vezes maior que a população em geral.”

Os desafios enfrentados por autistas ao sair da adolescência e passar para a vida adulta variam. Aqueles que têm nível 3 de suporte precisam de supervisão e auxílio contínuo, assim como suas famílias. Autistas de níveis 1 e 2 de suporte encontram poucas terapias voltadas para adultos e menos oportunidades de trabalho. “Estamos engatinhando na questão de preparar os ambientes para receber autistas com os suportes que são necessários.”

O curso apresenta conceitos como diagnóstico diferencial e condições coexistentes, que podem ajudar no processo de conscientização e autonomia do indivíduo. Também aborda os diferentes padrões de processamento emocional e a socialização. Os interessados em fazer a primeira aula gratuita, no dia 22 de março, às 20h, devem se inscrever aqui. A aula será ministrada online.

Tivesse eu passado por essa aula, não teria memórias de situações constrangedoras por não entender o que se fala e com quem, quem se cumprimenta e quando. Ainda bem que o tempo passa.

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