Quem tem câncer de mama pode ter filho? Empreendedora realizou esse sonho e compartilha sua história


Aos 24 anos, a empreendedora social passou a ver a vida de outra forma graças ao diagnóstico da doença. Hoje compartilha sua trajetória no Instagram

Por Ana Lourenço

Basta trocar algumas palavras com a empreendedora social Linda Rojas para se contagiar com a sua alegria. Alegria, segundo ela, por ter ganhado uma nova chance de vida, depois do câncer de mama.

”Você vai para um buraco tão fundo, para um lugar tão escuro, que quando os efeitos passam você se dá conta das pequenas felicidades. É impossível não sorrir”, conta ela.

Cinco anos depois de ter o câncer, Linda teve uma recidiva na mesma mama. Hoje, ela conta sobre sua jornada no Instagram, incluindo as superações da doença e a realização do sonho da sua vida, de ser mãe. Além de produzir conteúdo, ela auxilia grandes empresas em consultorias sobre a visão do paciente. “Muita coisa ainda é tabu”, diz ela em entrevista ao Estadão.

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”Eu aprendi que a felicidade coexiste com momentos tristes, angustiantes e de medo”, declara Linda. Enquanto enfrentava o câncer, ela se casou, se reaproximou de entes queridos, criou um canal de informação e descobriu a força do seu corpo. “Você tira os óculos e começa a enxergar e reconhecer as alegrias diárias, porque elas existem e podem ser uma coisa muito simples”, afirma.

A trajetória de Linda com a doença começou aos 24 anos. O fato de ser jovem, segundo ela, ajudou, de certo modo, a encarar a experiência de uma forma mais leve. “A inexperiência e a juventude fizeram com que me arriscasse mais nas coisas. Não sabia o que estava acontecendo direito e fui no automático e com vivacidade enfrentar essa etapa”, conta.

Ao mesmo tempo, ela teve de tomar uma decisão sobre o seu futuro, afinal ela sempre sonhou em ser mãe e o tratamento de quimioterapia poderia afetar sua fertilidade. “Fui direcionada pelos médicos a fazer o congelamento de óvulos antes do tratamento, mas pelo alto custo do procedimento, na época, não pude fazer”, diz.

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Linda com o seu filho Martín, de 11 meses Foto: Aldo Barranco

Cinco anos depois, Linda teve uma recidiva – e se o primeiro tratamento já era um risco, o segundo tornava tudo ainda mais difícil. “O primeiro foi fisicamente mais difícil, tive muitos efeitos colaterais, mas o segundo foi emocionalmente mais complicado. Você se sente traída por tudo em que você confia”, desabafa.

BLOQUEADORES

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Somado a isso, o tipo de tumor que ela teve era receptor hormonal, o que significa que desde 2012 (data do primeiro diagnóstico) Linda fazia uso de bloqueadores hormonais, que, como consequência, trouxeram uma menopausa precoce.

Mas, apesar de todas as probabilidades, ela virou mãe de Martín, que hoje tem 11 meses. “Eu sofri tanto e foi tão difícil concretizar esse sonho de ter um filho, que agora eu e meu marido lidamos da forma mais harmoniosa possível. Eu não posso amamentar, mas outras facetas na maternidade são tão maravilhosas, que eu me conecto com ele de outras maneiras e que conseguem suprir essa falta”, divide ela.

Meu filho é um símbolo de esperança e mostra o quanto nosso corpo é forte, poderoso e capaz de se regenerar. Ele me curou de dois cânceres e ainda assim foi capaz de ser morada do meu bebê.

Linda Rojas, empreendedora social

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A doença fez com que Linda entrasse em uma jornada de autoconhecimento e descobertas. Ao se ver como paciente, ela identificou diversas possibilidades de melhorias no atendimento, inclusive a respeito do psicológico tanto de quem vive com o câncer como de seus familiares.

AMPARADA

Seu marido, por exemplo, foi de extrema importância para que ela se sentisse amparada. “Não precisa ser um marido, mas qualquer pessoa. Uma amiga, um familiar ou até o seu médico”, reflete. Linda conta ter enxergado a necessidade de ter uma plataforma com linguagem mais fácil na área de saúde. Foi assim que ela decidiu criar o Instagram @umalindajanela em 2016. ”Por que a saúde tem de ter uma linguagem difícil com palavras que a gente não entende?”, indaga.

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Ali, ela também usou suas habilidades aprendidas na faculdade de Relações Públicas para auxiliar grandes empresas da área. “Além de aproximar as empresas do paciente, quero levar uma mensagem de superação”,

Hoje, Linda fala de sua rotina no Instagram – que conta com quase 28 mil seguidores – e faz questão de celebrar cada vitória. “Quando completei cinco anos sem câncer, ano passado, foi um momento de muita renovação e comemoração. Infelizmente nada me garante que o câncer não volte, mas já evoluí cinco anos, o que antes eu não havia conseguido.”

Basta trocar algumas palavras com a empreendedora social Linda Rojas para se contagiar com a sua alegria. Alegria, segundo ela, por ter ganhado uma nova chance de vida, depois do câncer de mama.

”Você vai para um buraco tão fundo, para um lugar tão escuro, que quando os efeitos passam você se dá conta das pequenas felicidades. É impossível não sorrir”, conta ela.

Cinco anos depois de ter o câncer, Linda teve uma recidiva na mesma mama. Hoje, ela conta sobre sua jornada no Instagram, incluindo as superações da doença e a realização do sonho da sua vida, de ser mãe. Além de produzir conteúdo, ela auxilia grandes empresas em consultorias sobre a visão do paciente. “Muita coisa ainda é tabu”, diz ela em entrevista ao Estadão.

”Eu aprendi que a felicidade coexiste com momentos tristes, angustiantes e de medo”, declara Linda. Enquanto enfrentava o câncer, ela se casou, se reaproximou de entes queridos, criou um canal de informação e descobriu a força do seu corpo. “Você tira os óculos e começa a enxergar e reconhecer as alegrias diárias, porque elas existem e podem ser uma coisa muito simples”, afirma.

A trajetória de Linda com a doença começou aos 24 anos. O fato de ser jovem, segundo ela, ajudou, de certo modo, a encarar a experiência de uma forma mais leve. “A inexperiência e a juventude fizeram com que me arriscasse mais nas coisas. Não sabia o que estava acontecendo direito e fui no automático e com vivacidade enfrentar essa etapa”, conta.

Ao mesmo tempo, ela teve de tomar uma decisão sobre o seu futuro, afinal ela sempre sonhou em ser mãe e o tratamento de quimioterapia poderia afetar sua fertilidade. “Fui direcionada pelos médicos a fazer o congelamento de óvulos antes do tratamento, mas pelo alto custo do procedimento, na época, não pude fazer”, diz.

Linda com o seu filho Martín, de 11 meses Foto: Aldo Barranco

Cinco anos depois, Linda teve uma recidiva – e se o primeiro tratamento já era um risco, o segundo tornava tudo ainda mais difícil. “O primeiro foi fisicamente mais difícil, tive muitos efeitos colaterais, mas o segundo foi emocionalmente mais complicado. Você se sente traída por tudo em que você confia”, desabafa.

BLOQUEADORES

Somado a isso, o tipo de tumor que ela teve era receptor hormonal, o que significa que desde 2012 (data do primeiro diagnóstico) Linda fazia uso de bloqueadores hormonais, que, como consequência, trouxeram uma menopausa precoce.

Mas, apesar de todas as probabilidades, ela virou mãe de Martín, que hoje tem 11 meses. “Eu sofri tanto e foi tão difícil concretizar esse sonho de ter um filho, que agora eu e meu marido lidamos da forma mais harmoniosa possível. Eu não posso amamentar, mas outras facetas na maternidade são tão maravilhosas, que eu me conecto com ele de outras maneiras e que conseguem suprir essa falta”, divide ela.

Meu filho é um símbolo de esperança e mostra o quanto nosso corpo é forte, poderoso e capaz de se regenerar. Ele me curou de dois cânceres e ainda assim foi capaz de ser morada do meu bebê.

Linda Rojas, empreendedora social

A doença fez com que Linda entrasse em uma jornada de autoconhecimento e descobertas. Ao se ver como paciente, ela identificou diversas possibilidades de melhorias no atendimento, inclusive a respeito do psicológico tanto de quem vive com o câncer como de seus familiares.

AMPARADA

Seu marido, por exemplo, foi de extrema importância para que ela se sentisse amparada. “Não precisa ser um marido, mas qualquer pessoa. Uma amiga, um familiar ou até o seu médico”, reflete. Linda conta ter enxergado a necessidade de ter uma plataforma com linguagem mais fácil na área de saúde. Foi assim que ela decidiu criar o Instagram @umalindajanela em 2016. ”Por que a saúde tem de ter uma linguagem difícil com palavras que a gente não entende?”, indaga.

Ali, ela também usou suas habilidades aprendidas na faculdade de Relações Públicas para auxiliar grandes empresas da área. “Além de aproximar as empresas do paciente, quero levar uma mensagem de superação”,

Hoje, Linda fala de sua rotina no Instagram – que conta com quase 28 mil seguidores – e faz questão de celebrar cada vitória. “Quando completei cinco anos sem câncer, ano passado, foi um momento de muita renovação e comemoração. Infelizmente nada me garante que o câncer não volte, mas já evoluí cinco anos, o que antes eu não havia conseguido.”

Basta trocar algumas palavras com a empreendedora social Linda Rojas para se contagiar com a sua alegria. Alegria, segundo ela, por ter ganhado uma nova chance de vida, depois do câncer de mama.

”Você vai para um buraco tão fundo, para um lugar tão escuro, que quando os efeitos passam você se dá conta das pequenas felicidades. É impossível não sorrir”, conta ela.

Cinco anos depois de ter o câncer, Linda teve uma recidiva na mesma mama. Hoje, ela conta sobre sua jornada no Instagram, incluindo as superações da doença e a realização do sonho da sua vida, de ser mãe. Além de produzir conteúdo, ela auxilia grandes empresas em consultorias sobre a visão do paciente. “Muita coisa ainda é tabu”, diz ela em entrevista ao Estadão.

”Eu aprendi que a felicidade coexiste com momentos tristes, angustiantes e de medo”, declara Linda. Enquanto enfrentava o câncer, ela se casou, se reaproximou de entes queridos, criou um canal de informação e descobriu a força do seu corpo. “Você tira os óculos e começa a enxergar e reconhecer as alegrias diárias, porque elas existem e podem ser uma coisa muito simples”, afirma.

A trajetória de Linda com a doença começou aos 24 anos. O fato de ser jovem, segundo ela, ajudou, de certo modo, a encarar a experiência de uma forma mais leve. “A inexperiência e a juventude fizeram com que me arriscasse mais nas coisas. Não sabia o que estava acontecendo direito e fui no automático e com vivacidade enfrentar essa etapa”, conta.

Ao mesmo tempo, ela teve de tomar uma decisão sobre o seu futuro, afinal ela sempre sonhou em ser mãe e o tratamento de quimioterapia poderia afetar sua fertilidade. “Fui direcionada pelos médicos a fazer o congelamento de óvulos antes do tratamento, mas pelo alto custo do procedimento, na época, não pude fazer”, diz.

Linda com o seu filho Martín, de 11 meses Foto: Aldo Barranco

Cinco anos depois, Linda teve uma recidiva – e se o primeiro tratamento já era um risco, o segundo tornava tudo ainda mais difícil. “O primeiro foi fisicamente mais difícil, tive muitos efeitos colaterais, mas o segundo foi emocionalmente mais complicado. Você se sente traída por tudo em que você confia”, desabafa.

BLOQUEADORES

Somado a isso, o tipo de tumor que ela teve era receptor hormonal, o que significa que desde 2012 (data do primeiro diagnóstico) Linda fazia uso de bloqueadores hormonais, que, como consequência, trouxeram uma menopausa precoce.

Mas, apesar de todas as probabilidades, ela virou mãe de Martín, que hoje tem 11 meses. “Eu sofri tanto e foi tão difícil concretizar esse sonho de ter um filho, que agora eu e meu marido lidamos da forma mais harmoniosa possível. Eu não posso amamentar, mas outras facetas na maternidade são tão maravilhosas, que eu me conecto com ele de outras maneiras e que conseguem suprir essa falta”, divide ela.

Meu filho é um símbolo de esperança e mostra o quanto nosso corpo é forte, poderoso e capaz de se regenerar. Ele me curou de dois cânceres e ainda assim foi capaz de ser morada do meu bebê.

Linda Rojas, empreendedora social

A doença fez com que Linda entrasse em uma jornada de autoconhecimento e descobertas. Ao se ver como paciente, ela identificou diversas possibilidades de melhorias no atendimento, inclusive a respeito do psicológico tanto de quem vive com o câncer como de seus familiares.

AMPARADA

Seu marido, por exemplo, foi de extrema importância para que ela se sentisse amparada. “Não precisa ser um marido, mas qualquer pessoa. Uma amiga, um familiar ou até o seu médico”, reflete. Linda conta ter enxergado a necessidade de ter uma plataforma com linguagem mais fácil na área de saúde. Foi assim que ela decidiu criar o Instagram @umalindajanela em 2016. ”Por que a saúde tem de ter uma linguagem difícil com palavras que a gente não entende?”, indaga.

Ali, ela também usou suas habilidades aprendidas na faculdade de Relações Públicas para auxiliar grandes empresas da área. “Além de aproximar as empresas do paciente, quero levar uma mensagem de superação”,

Hoje, Linda fala de sua rotina no Instagram – que conta com quase 28 mil seguidores – e faz questão de celebrar cada vitória. “Quando completei cinco anos sem câncer, ano passado, foi um momento de muita renovação e comemoração. Infelizmente nada me garante que o câncer não volte, mas já evoluí cinco anos, o que antes eu não havia conseguido.”

Basta trocar algumas palavras com a empreendedora social Linda Rojas para se contagiar com a sua alegria. Alegria, segundo ela, por ter ganhado uma nova chance de vida, depois do câncer de mama.

”Você vai para um buraco tão fundo, para um lugar tão escuro, que quando os efeitos passam você se dá conta das pequenas felicidades. É impossível não sorrir”, conta ela.

Cinco anos depois de ter o câncer, Linda teve uma recidiva na mesma mama. Hoje, ela conta sobre sua jornada no Instagram, incluindo as superações da doença e a realização do sonho da sua vida, de ser mãe. Além de produzir conteúdo, ela auxilia grandes empresas em consultorias sobre a visão do paciente. “Muita coisa ainda é tabu”, diz ela em entrevista ao Estadão.

”Eu aprendi que a felicidade coexiste com momentos tristes, angustiantes e de medo”, declara Linda. Enquanto enfrentava o câncer, ela se casou, se reaproximou de entes queridos, criou um canal de informação e descobriu a força do seu corpo. “Você tira os óculos e começa a enxergar e reconhecer as alegrias diárias, porque elas existem e podem ser uma coisa muito simples”, afirma.

A trajetória de Linda com a doença começou aos 24 anos. O fato de ser jovem, segundo ela, ajudou, de certo modo, a encarar a experiência de uma forma mais leve. “A inexperiência e a juventude fizeram com que me arriscasse mais nas coisas. Não sabia o que estava acontecendo direito e fui no automático e com vivacidade enfrentar essa etapa”, conta.

Ao mesmo tempo, ela teve de tomar uma decisão sobre o seu futuro, afinal ela sempre sonhou em ser mãe e o tratamento de quimioterapia poderia afetar sua fertilidade. “Fui direcionada pelos médicos a fazer o congelamento de óvulos antes do tratamento, mas pelo alto custo do procedimento, na época, não pude fazer”, diz.

Linda com o seu filho Martín, de 11 meses Foto: Aldo Barranco

Cinco anos depois, Linda teve uma recidiva – e se o primeiro tratamento já era um risco, o segundo tornava tudo ainda mais difícil. “O primeiro foi fisicamente mais difícil, tive muitos efeitos colaterais, mas o segundo foi emocionalmente mais complicado. Você se sente traída por tudo em que você confia”, desabafa.

BLOQUEADORES

Somado a isso, o tipo de tumor que ela teve era receptor hormonal, o que significa que desde 2012 (data do primeiro diagnóstico) Linda fazia uso de bloqueadores hormonais, que, como consequência, trouxeram uma menopausa precoce.

Mas, apesar de todas as probabilidades, ela virou mãe de Martín, que hoje tem 11 meses. “Eu sofri tanto e foi tão difícil concretizar esse sonho de ter um filho, que agora eu e meu marido lidamos da forma mais harmoniosa possível. Eu não posso amamentar, mas outras facetas na maternidade são tão maravilhosas, que eu me conecto com ele de outras maneiras e que conseguem suprir essa falta”, divide ela.

Meu filho é um símbolo de esperança e mostra o quanto nosso corpo é forte, poderoso e capaz de se regenerar. Ele me curou de dois cânceres e ainda assim foi capaz de ser morada do meu bebê.

Linda Rojas, empreendedora social

A doença fez com que Linda entrasse em uma jornada de autoconhecimento e descobertas. Ao se ver como paciente, ela identificou diversas possibilidades de melhorias no atendimento, inclusive a respeito do psicológico tanto de quem vive com o câncer como de seus familiares.

AMPARADA

Seu marido, por exemplo, foi de extrema importância para que ela se sentisse amparada. “Não precisa ser um marido, mas qualquer pessoa. Uma amiga, um familiar ou até o seu médico”, reflete. Linda conta ter enxergado a necessidade de ter uma plataforma com linguagem mais fácil na área de saúde. Foi assim que ela decidiu criar o Instagram @umalindajanela em 2016. ”Por que a saúde tem de ter uma linguagem difícil com palavras que a gente não entende?”, indaga.

Ali, ela também usou suas habilidades aprendidas na faculdade de Relações Públicas para auxiliar grandes empresas da área. “Além de aproximar as empresas do paciente, quero levar uma mensagem de superação”,

Hoje, Linda fala de sua rotina no Instagram – que conta com quase 28 mil seguidores – e faz questão de celebrar cada vitória. “Quando completei cinco anos sem câncer, ano passado, foi um momento de muita renovação e comemoração. Infelizmente nada me garante que o câncer não volte, mas já evoluí cinco anos, o que antes eu não havia conseguido.”

Basta trocar algumas palavras com a empreendedora social Linda Rojas para se contagiar com a sua alegria. Alegria, segundo ela, por ter ganhado uma nova chance de vida, depois do câncer de mama.

”Você vai para um buraco tão fundo, para um lugar tão escuro, que quando os efeitos passam você se dá conta das pequenas felicidades. É impossível não sorrir”, conta ela.

Cinco anos depois de ter o câncer, Linda teve uma recidiva na mesma mama. Hoje, ela conta sobre sua jornada no Instagram, incluindo as superações da doença e a realização do sonho da sua vida, de ser mãe. Além de produzir conteúdo, ela auxilia grandes empresas em consultorias sobre a visão do paciente. “Muita coisa ainda é tabu”, diz ela em entrevista ao Estadão.

”Eu aprendi que a felicidade coexiste com momentos tristes, angustiantes e de medo”, declara Linda. Enquanto enfrentava o câncer, ela se casou, se reaproximou de entes queridos, criou um canal de informação e descobriu a força do seu corpo. “Você tira os óculos e começa a enxergar e reconhecer as alegrias diárias, porque elas existem e podem ser uma coisa muito simples”, afirma.

A trajetória de Linda com a doença começou aos 24 anos. O fato de ser jovem, segundo ela, ajudou, de certo modo, a encarar a experiência de uma forma mais leve. “A inexperiência e a juventude fizeram com que me arriscasse mais nas coisas. Não sabia o que estava acontecendo direito e fui no automático e com vivacidade enfrentar essa etapa”, conta.

Ao mesmo tempo, ela teve de tomar uma decisão sobre o seu futuro, afinal ela sempre sonhou em ser mãe e o tratamento de quimioterapia poderia afetar sua fertilidade. “Fui direcionada pelos médicos a fazer o congelamento de óvulos antes do tratamento, mas pelo alto custo do procedimento, na época, não pude fazer”, diz.

Linda com o seu filho Martín, de 11 meses Foto: Aldo Barranco

Cinco anos depois, Linda teve uma recidiva – e se o primeiro tratamento já era um risco, o segundo tornava tudo ainda mais difícil. “O primeiro foi fisicamente mais difícil, tive muitos efeitos colaterais, mas o segundo foi emocionalmente mais complicado. Você se sente traída por tudo em que você confia”, desabafa.

BLOQUEADORES

Somado a isso, o tipo de tumor que ela teve era receptor hormonal, o que significa que desde 2012 (data do primeiro diagnóstico) Linda fazia uso de bloqueadores hormonais, que, como consequência, trouxeram uma menopausa precoce.

Mas, apesar de todas as probabilidades, ela virou mãe de Martín, que hoje tem 11 meses. “Eu sofri tanto e foi tão difícil concretizar esse sonho de ter um filho, que agora eu e meu marido lidamos da forma mais harmoniosa possível. Eu não posso amamentar, mas outras facetas na maternidade são tão maravilhosas, que eu me conecto com ele de outras maneiras e que conseguem suprir essa falta”, divide ela.

Meu filho é um símbolo de esperança e mostra o quanto nosso corpo é forte, poderoso e capaz de se regenerar. Ele me curou de dois cânceres e ainda assim foi capaz de ser morada do meu bebê.

Linda Rojas, empreendedora social

A doença fez com que Linda entrasse em uma jornada de autoconhecimento e descobertas. Ao se ver como paciente, ela identificou diversas possibilidades de melhorias no atendimento, inclusive a respeito do psicológico tanto de quem vive com o câncer como de seus familiares.

AMPARADA

Seu marido, por exemplo, foi de extrema importância para que ela se sentisse amparada. “Não precisa ser um marido, mas qualquer pessoa. Uma amiga, um familiar ou até o seu médico”, reflete. Linda conta ter enxergado a necessidade de ter uma plataforma com linguagem mais fácil na área de saúde. Foi assim que ela decidiu criar o Instagram @umalindajanela em 2016. ”Por que a saúde tem de ter uma linguagem difícil com palavras que a gente não entende?”, indaga.

Ali, ela também usou suas habilidades aprendidas na faculdade de Relações Públicas para auxiliar grandes empresas da área. “Além de aproximar as empresas do paciente, quero levar uma mensagem de superação”,

Hoje, Linda fala de sua rotina no Instagram – que conta com quase 28 mil seguidores – e faz questão de celebrar cada vitória. “Quando completei cinco anos sem câncer, ano passado, foi um momento de muita renovação e comemoração. Infelizmente nada me garante que o câncer não volte, mas já evoluí cinco anos, o que antes eu não havia conseguido.”

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