Nutrição, exercício e comportamento

Opinião|Parou de emagrecer? Entenda o famoso ‘efeito platô’


Compreender o motivo por trás da estagnação no emagrecimento é o único modo de (tentar) sair dela; conheça algumas estratégias que podem ajudar

Por Desire Coelho

Quando se trata do corpo humano, todos os assuntos são complexos, mas, ao falarmos de emagrecimento, a situação é ainda mais delicada. Afinal, estamos abordando a saúde física e também emocional das pessoas – já que existe uma enorme pressão estética na sociedade.

A dificuldade em emagrecer e manter os resultados pode ocorrer por diversos motivos. Abordarei alguns pontos a seguir.

Entender os motivos da estagnação do peso é o primeiro passo para voltar a emagrecer.  Foto: Charlie's/Adobe Stock
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Você está usando bons referenciais?

Ainda hoje há pessoas que baseiam seu processo de emagrecimento somente na diminuição do peso corporal. Mas perder peso é diferente de emagrecer. Muitas vezes, o peso de uma pessoa pode estar estável ou até aumentar um pouco e, mesmo assim, ela estar emagrecendo.

Isso acontece principalmente quando se realiza um treino de força de qualidade, associado a um consumo adequado de alimentos fontes de proteína. Neste caso, é comum perder gordura e ganhar massa magra e, por isso, o peso corporal praticamente não se altera – ou até sobe um pouco.

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Quando pensamos em metabolismo, esse tipo de emagrecimento é muito bom, ainda que o peso se mantenha estável. É que, de maneira geral, quanto mais tecidos ativos você tiver no seu corpo (como os músculos), maior será o seu gasto energético e, consequentemente, mais fácil será manter o resultado – mesmo quando comemos um pouco além.

Usar outros referenciais, como roupas, fotos, evolução de treino e sensação de bem-estar, é fundamental para entender se o seu processo está realmente estagnado ou se você continua na direção certa e seu corpo só precisa de um tempo para continuar respondendo. Quando falamos de emagrecimento, muitas vezes precisamos nos libertar da balança, como já expliquei nesta coluna.

Você está sendo permissivo na alimentação?

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Muitas pessoas começam a se sentir seguras no processo de emagrecimento e, sem perceber, retomam alguns comportamentos antigos. Por exemplo: a intensidade ou frequência do treino diminui ou a porção de comida aumenta um pouco – às vezes, o indivíduo se permite comer até mais do que anteriormente.

Nesses casos, ter alguma ferramenta de automonitoramento, como um diário alimentar ou de fotos, pode ajudá-lo a entender de fato o que você está fazendo no seu dia a dia – e como traçar estratégias para controlar essa permissividade.

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A sua fome física aumentou?

Se você tem sentido um aumento importante da fome física, isso pode ser uma compensação do seu corpo em resposta ao emagrecimento. Eu sei que muitos lidam com esse processo como se ele dependesse de simplesmente mandar uma mensagem para o corpo, que precisa obedecer – mas não é bem assim que funciona.

Estamos falando de uma máquina dinâmica, eficiente e complexa. Para o emagrecimento acontecer de modo saudável e sustentável, é preciso respeitar algumas coisas, entre elas os limites do corpo.

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O aumento da fome física pode ocorrer por causa de uma inadequação da qualidade da alimentação, devido a um baixo consumo de alimentos in natura, ricos em fibras e proteínas, para citar um exemplo. Outro fator a ser considerado é uma diminuição muito abrupta na quantidade de energia consumida, gerando um efeito rebote. Nesses casos, um ajuste na alimentação pode ajudar a restaurar o processo de emagrecimento.

Porém, existe outro fator que muitos ignoram, principalmente quando diz respeito àqueles últimos quilinhos de gordura que a pessoa pode querer perder por um objetivo puramente estético: o aumento da fome física pode ser um sinal de que seu corpo está próximo de um limite. O que nos leva ao tópico abaixo.

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Será que seu corpo quer emagrecer?

O tecido adiposo é um órgão. Logo, emagrecer significa consumir parte dele. Como você acha que o seu corpo lida com isso? Se seu objetivo é ter o mínimo possível de gordura corporal, você está obedecendo a um padrão estético, e não de saúde.

Colocar o corpo no limite faz com que ele ative mecanismos compensatórios, intensifique a forma física, diminua o gasto calórico e, provavelmente, a pessoa não apenas vai parar de emagrecer, mas ainda pode ter um rebote do processo – ou seja, existe o risco de recuperar alguns quilos que já haviam sido eliminados.

Por último, mas não menos importante: se você já passou da adolescência, seu corpo não vai mudar o tempo todo. O emagrecimento é um processo de longo prazo, que exige consistência nos hábitos. Em vez de focar apenas no corpo que você deseja ter, pergunte-se: qual estilo de vida você gostaria de cultivar? Essa reflexão pode ajudar a alinhar seus objetivos de emagrecimento e saúde com a realidade.

A coerência entre o desejo e a realidade é essencial para evitar frustrações e construir uma vida mais leve e saudável.

Acima de tudo, tenha sempre em mente que saúde e magreza são coisas distintas, e que a busca pela saúde deve ser uma escolha nossa de todos os dias. Caso queira se aprofundar, tenho um livro inteiro sobre o assunto, o “Por que não consigo emagrecer?” (Editora Fontanar).

Quando se trata do corpo humano, todos os assuntos são complexos, mas, ao falarmos de emagrecimento, a situação é ainda mais delicada. Afinal, estamos abordando a saúde física e também emocional das pessoas – já que existe uma enorme pressão estética na sociedade.

A dificuldade em emagrecer e manter os resultados pode ocorrer por diversos motivos. Abordarei alguns pontos a seguir.

Entender os motivos da estagnação do peso é o primeiro passo para voltar a emagrecer.  Foto: Charlie's/Adobe Stock

Você está usando bons referenciais?

Ainda hoje há pessoas que baseiam seu processo de emagrecimento somente na diminuição do peso corporal. Mas perder peso é diferente de emagrecer. Muitas vezes, o peso de uma pessoa pode estar estável ou até aumentar um pouco e, mesmo assim, ela estar emagrecendo.

Isso acontece principalmente quando se realiza um treino de força de qualidade, associado a um consumo adequado de alimentos fontes de proteína. Neste caso, é comum perder gordura e ganhar massa magra e, por isso, o peso corporal praticamente não se altera – ou até sobe um pouco.

Quando pensamos em metabolismo, esse tipo de emagrecimento é muito bom, ainda que o peso se mantenha estável. É que, de maneira geral, quanto mais tecidos ativos você tiver no seu corpo (como os músculos), maior será o seu gasto energético e, consequentemente, mais fácil será manter o resultado – mesmo quando comemos um pouco além.

Usar outros referenciais, como roupas, fotos, evolução de treino e sensação de bem-estar, é fundamental para entender se o seu processo está realmente estagnado ou se você continua na direção certa e seu corpo só precisa de um tempo para continuar respondendo. Quando falamos de emagrecimento, muitas vezes precisamos nos libertar da balança, como já expliquei nesta coluna.

Você está sendo permissivo na alimentação?

Muitas pessoas começam a se sentir seguras no processo de emagrecimento e, sem perceber, retomam alguns comportamentos antigos. Por exemplo: a intensidade ou frequência do treino diminui ou a porção de comida aumenta um pouco – às vezes, o indivíduo se permite comer até mais do que anteriormente.

Nesses casos, ter alguma ferramenta de automonitoramento, como um diário alimentar ou de fotos, pode ajudá-lo a entender de fato o que você está fazendo no seu dia a dia – e como traçar estratégias para controlar essa permissividade.

A sua fome física aumentou?

Se você tem sentido um aumento importante da fome física, isso pode ser uma compensação do seu corpo em resposta ao emagrecimento. Eu sei que muitos lidam com esse processo como se ele dependesse de simplesmente mandar uma mensagem para o corpo, que precisa obedecer – mas não é bem assim que funciona.

Estamos falando de uma máquina dinâmica, eficiente e complexa. Para o emagrecimento acontecer de modo saudável e sustentável, é preciso respeitar algumas coisas, entre elas os limites do corpo.

O aumento da fome física pode ocorrer por causa de uma inadequação da qualidade da alimentação, devido a um baixo consumo de alimentos in natura, ricos em fibras e proteínas, para citar um exemplo. Outro fator a ser considerado é uma diminuição muito abrupta na quantidade de energia consumida, gerando um efeito rebote. Nesses casos, um ajuste na alimentação pode ajudar a restaurar o processo de emagrecimento.

Porém, existe outro fator que muitos ignoram, principalmente quando diz respeito àqueles últimos quilinhos de gordura que a pessoa pode querer perder por um objetivo puramente estético: o aumento da fome física pode ser um sinal de que seu corpo está próximo de um limite. O que nos leva ao tópico abaixo.

Será que seu corpo quer emagrecer?

O tecido adiposo é um órgão. Logo, emagrecer significa consumir parte dele. Como você acha que o seu corpo lida com isso? Se seu objetivo é ter o mínimo possível de gordura corporal, você está obedecendo a um padrão estético, e não de saúde.

Colocar o corpo no limite faz com que ele ative mecanismos compensatórios, intensifique a forma física, diminua o gasto calórico e, provavelmente, a pessoa não apenas vai parar de emagrecer, mas ainda pode ter um rebote do processo – ou seja, existe o risco de recuperar alguns quilos que já haviam sido eliminados.

Por último, mas não menos importante: se você já passou da adolescência, seu corpo não vai mudar o tempo todo. O emagrecimento é um processo de longo prazo, que exige consistência nos hábitos. Em vez de focar apenas no corpo que você deseja ter, pergunte-se: qual estilo de vida você gostaria de cultivar? Essa reflexão pode ajudar a alinhar seus objetivos de emagrecimento e saúde com a realidade.

A coerência entre o desejo e a realidade é essencial para evitar frustrações e construir uma vida mais leve e saudável.

Acima de tudo, tenha sempre em mente que saúde e magreza são coisas distintas, e que a busca pela saúde deve ser uma escolha nossa de todos os dias. Caso queira se aprofundar, tenho um livro inteiro sobre o assunto, o “Por que não consigo emagrecer?” (Editora Fontanar).

Quando se trata do corpo humano, todos os assuntos são complexos, mas, ao falarmos de emagrecimento, a situação é ainda mais delicada. Afinal, estamos abordando a saúde física e também emocional das pessoas – já que existe uma enorme pressão estética na sociedade.

A dificuldade em emagrecer e manter os resultados pode ocorrer por diversos motivos. Abordarei alguns pontos a seguir.

Entender os motivos da estagnação do peso é o primeiro passo para voltar a emagrecer.  Foto: Charlie's/Adobe Stock

Você está usando bons referenciais?

Ainda hoje há pessoas que baseiam seu processo de emagrecimento somente na diminuição do peso corporal. Mas perder peso é diferente de emagrecer. Muitas vezes, o peso de uma pessoa pode estar estável ou até aumentar um pouco e, mesmo assim, ela estar emagrecendo.

Isso acontece principalmente quando se realiza um treino de força de qualidade, associado a um consumo adequado de alimentos fontes de proteína. Neste caso, é comum perder gordura e ganhar massa magra e, por isso, o peso corporal praticamente não se altera – ou até sobe um pouco.

Quando pensamos em metabolismo, esse tipo de emagrecimento é muito bom, ainda que o peso se mantenha estável. É que, de maneira geral, quanto mais tecidos ativos você tiver no seu corpo (como os músculos), maior será o seu gasto energético e, consequentemente, mais fácil será manter o resultado – mesmo quando comemos um pouco além.

Usar outros referenciais, como roupas, fotos, evolução de treino e sensação de bem-estar, é fundamental para entender se o seu processo está realmente estagnado ou se você continua na direção certa e seu corpo só precisa de um tempo para continuar respondendo. Quando falamos de emagrecimento, muitas vezes precisamos nos libertar da balança, como já expliquei nesta coluna.

Você está sendo permissivo na alimentação?

Muitas pessoas começam a se sentir seguras no processo de emagrecimento e, sem perceber, retomam alguns comportamentos antigos. Por exemplo: a intensidade ou frequência do treino diminui ou a porção de comida aumenta um pouco – às vezes, o indivíduo se permite comer até mais do que anteriormente.

Nesses casos, ter alguma ferramenta de automonitoramento, como um diário alimentar ou de fotos, pode ajudá-lo a entender de fato o que você está fazendo no seu dia a dia – e como traçar estratégias para controlar essa permissividade.

A sua fome física aumentou?

Se você tem sentido um aumento importante da fome física, isso pode ser uma compensação do seu corpo em resposta ao emagrecimento. Eu sei que muitos lidam com esse processo como se ele dependesse de simplesmente mandar uma mensagem para o corpo, que precisa obedecer – mas não é bem assim que funciona.

Estamos falando de uma máquina dinâmica, eficiente e complexa. Para o emagrecimento acontecer de modo saudável e sustentável, é preciso respeitar algumas coisas, entre elas os limites do corpo.

O aumento da fome física pode ocorrer por causa de uma inadequação da qualidade da alimentação, devido a um baixo consumo de alimentos in natura, ricos em fibras e proteínas, para citar um exemplo. Outro fator a ser considerado é uma diminuição muito abrupta na quantidade de energia consumida, gerando um efeito rebote. Nesses casos, um ajuste na alimentação pode ajudar a restaurar o processo de emagrecimento.

Porém, existe outro fator que muitos ignoram, principalmente quando diz respeito àqueles últimos quilinhos de gordura que a pessoa pode querer perder por um objetivo puramente estético: o aumento da fome física pode ser um sinal de que seu corpo está próximo de um limite. O que nos leva ao tópico abaixo.

Será que seu corpo quer emagrecer?

O tecido adiposo é um órgão. Logo, emagrecer significa consumir parte dele. Como você acha que o seu corpo lida com isso? Se seu objetivo é ter o mínimo possível de gordura corporal, você está obedecendo a um padrão estético, e não de saúde.

Colocar o corpo no limite faz com que ele ative mecanismos compensatórios, intensifique a forma física, diminua o gasto calórico e, provavelmente, a pessoa não apenas vai parar de emagrecer, mas ainda pode ter um rebote do processo – ou seja, existe o risco de recuperar alguns quilos que já haviam sido eliminados.

Por último, mas não menos importante: se você já passou da adolescência, seu corpo não vai mudar o tempo todo. O emagrecimento é um processo de longo prazo, que exige consistência nos hábitos. Em vez de focar apenas no corpo que você deseja ter, pergunte-se: qual estilo de vida você gostaria de cultivar? Essa reflexão pode ajudar a alinhar seus objetivos de emagrecimento e saúde com a realidade.

A coerência entre o desejo e a realidade é essencial para evitar frustrações e construir uma vida mais leve e saudável.

Acima de tudo, tenha sempre em mente que saúde e magreza são coisas distintas, e que a busca pela saúde deve ser uma escolha nossa de todos os dias. Caso queira se aprofundar, tenho um livro inteiro sobre o assunto, o “Por que não consigo emagrecer?” (Editora Fontanar).

Quando se trata do corpo humano, todos os assuntos são complexos, mas, ao falarmos de emagrecimento, a situação é ainda mais delicada. Afinal, estamos abordando a saúde física e também emocional das pessoas – já que existe uma enorme pressão estética na sociedade.

A dificuldade em emagrecer e manter os resultados pode ocorrer por diversos motivos. Abordarei alguns pontos a seguir.

Entender os motivos da estagnação do peso é o primeiro passo para voltar a emagrecer.  Foto: Charlie's/Adobe Stock

Você está usando bons referenciais?

Ainda hoje há pessoas que baseiam seu processo de emagrecimento somente na diminuição do peso corporal. Mas perder peso é diferente de emagrecer. Muitas vezes, o peso de uma pessoa pode estar estável ou até aumentar um pouco e, mesmo assim, ela estar emagrecendo.

Isso acontece principalmente quando se realiza um treino de força de qualidade, associado a um consumo adequado de alimentos fontes de proteína. Neste caso, é comum perder gordura e ganhar massa magra e, por isso, o peso corporal praticamente não se altera – ou até sobe um pouco.

Quando pensamos em metabolismo, esse tipo de emagrecimento é muito bom, ainda que o peso se mantenha estável. É que, de maneira geral, quanto mais tecidos ativos você tiver no seu corpo (como os músculos), maior será o seu gasto energético e, consequentemente, mais fácil será manter o resultado – mesmo quando comemos um pouco além.

Usar outros referenciais, como roupas, fotos, evolução de treino e sensação de bem-estar, é fundamental para entender se o seu processo está realmente estagnado ou se você continua na direção certa e seu corpo só precisa de um tempo para continuar respondendo. Quando falamos de emagrecimento, muitas vezes precisamos nos libertar da balança, como já expliquei nesta coluna.

Você está sendo permissivo na alimentação?

Muitas pessoas começam a se sentir seguras no processo de emagrecimento e, sem perceber, retomam alguns comportamentos antigos. Por exemplo: a intensidade ou frequência do treino diminui ou a porção de comida aumenta um pouco – às vezes, o indivíduo se permite comer até mais do que anteriormente.

Nesses casos, ter alguma ferramenta de automonitoramento, como um diário alimentar ou de fotos, pode ajudá-lo a entender de fato o que você está fazendo no seu dia a dia – e como traçar estratégias para controlar essa permissividade.

A sua fome física aumentou?

Se você tem sentido um aumento importante da fome física, isso pode ser uma compensação do seu corpo em resposta ao emagrecimento. Eu sei que muitos lidam com esse processo como se ele dependesse de simplesmente mandar uma mensagem para o corpo, que precisa obedecer – mas não é bem assim que funciona.

Estamos falando de uma máquina dinâmica, eficiente e complexa. Para o emagrecimento acontecer de modo saudável e sustentável, é preciso respeitar algumas coisas, entre elas os limites do corpo.

O aumento da fome física pode ocorrer por causa de uma inadequação da qualidade da alimentação, devido a um baixo consumo de alimentos in natura, ricos em fibras e proteínas, para citar um exemplo. Outro fator a ser considerado é uma diminuição muito abrupta na quantidade de energia consumida, gerando um efeito rebote. Nesses casos, um ajuste na alimentação pode ajudar a restaurar o processo de emagrecimento.

Porém, existe outro fator que muitos ignoram, principalmente quando diz respeito àqueles últimos quilinhos de gordura que a pessoa pode querer perder por um objetivo puramente estético: o aumento da fome física pode ser um sinal de que seu corpo está próximo de um limite. O que nos leva ao tópico abaixo.

Será que seu corpo quer emagrecer?

O tecido adiposo é um órgão. Logo, emagrecer significa consumir parte dele. Como você acha que o seu corpo lida com isso? Se seu objetivo é ter o mínimo possível de gordura corporal, você está obedecendo a um padrão estético, e não de saúde.

Colocar o corpo no limite faz com que ele ative mecanismos compensatórios, intensifique a forma física, diminua o gasto calórico e, provavelmente, a pessoa não apenas vai parar de emagrecer, mas ainda pode ter um rebote do processo – ou seja, existe o risco de recuperar alguns quilos que já haviam sido eliminados.

Por último, mas não menos importante: se você já passou da adolescência, seu corpo não vai mudar o tempo todo. O emagrecimento é um processo de longo prazo, que exige consistência nos hábitos. Em vez de focar apenas no corpo que você deseja ter, pergunte-se: qual estilo de vida você gostaria de cultivar? Essa reflexão pode ajudar a alinhar seus objetivos de emagrecimento e saúde com a realidade.

A coerência entre o desejo e a realidade é essencial para evitar frustrações e construir uma vida mais leve e saudável.

Acima de tudo, tenha sempre em mente que saúde e magreza são coisas distintas, e que a busca pela saúde deve ser uma escolha nossa de todos os dias. Caso queira se aprofundar, tenho um livro inteiro sobre o assunto, o “Por que não consigo emagrecer?” (Editora Fontanar).

Opinião por Desire Coelho

Nutricionista e bacharel em esporte, doutora e mestre em Ciências pela USP, especialista em transtornos alimentares e em análise do comportamento. É autora do livro “Por que não consigo emagrecer?” e coautora do livro “A Dieta Ideal”

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