Dia das Crianças: dicas para comprar um brinquedo seguro e adequado à faixa etária


Produtos pirateados representam um perigo à saúde; ímãs, peças pequenas, pilhas e baterias também são pontos de atenção

Por Leon Ferrari
Atualização:

Chega o Dia das Crianças e os pedidos dos pequenos são inúmeros. Mas não dá para considerar apenas os desejos deles. “Além da idade, é importante considerar a etapa de desenvolvimento, a segurança, o interesse da criança e a qualidade do brinquedo”, resume a pediatra Sarah Saul, do Departamento de Prevenção e Enfrentamento das Causas Externas da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Outro ponto importante citado pela médica é a presença de um selo conferido por órgãos verificadores – no caso do Brasil, tem que buscar a aprovação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). “Esse selo garante que o brinquedo passou por testes de segurança e de qualidade”, informa a pediatra.

O Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidentes de Consumo (Sinmac) é uma plataforma aberta para relatos de acidentes de consumo, e serve para o órgão identificar e monitorar riscos em produtos. Ao Estadão, o Inmetro informou que os artigos da linha infantil são responsáveis por 18% dos problemas registrados entre 2018 e 2023. “Desses, 10% estão relacionados a brinquedos.”

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Os especialistas ouvidos pela reportagem frisam que os produtos pirateados, ou seja, sem nenhuma certificação, são um perigo à saúde e segurança dos pequenos.

Na operação “Criança Segura”, que ocorreu entre os dias 2 e 6 de outubro, o Inmetro encontrou um índice de irregularidade de 1,58% em estabelecimentos do País, em 1.131 ações de fiscalização. Foram verificados mais de 462 mil produtos e 7.313 foram considerados impróprios, por não conterem o selo.

A escolha de um brinquedo para as crianças precisa ser norteada por questões de segurança Foto: vchalup/Adobe Stock
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Antes da compra

Abaixo, o Estadão elencou as principais dicas de segurança apontadas pelo Inmetro, pela SBP e por Dino Lameira, especialista da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste):

  • Não compre artigos infantis em comércio informal
  • Procure o selo do Inmetro: “O selo deve estar sempre visível, impresso na embalagem, gravado ou numa etiqueta afixada no produto, e deve conter a marca do Inmetro”, informa o órgão.
  • Considere a idade, o interesse e o nível de habilidade da criança: “A faixa etária a que ele se destina deve constar na embalagem, assim como informações sobre o conteúdo, eventuais riscos e instruções de uso e de montagem, além do CNPJ e do endereço do fabricante”, diz o Inmetro.
  • Tome cuidado com brinquedos com peças pequenas: “Crianças menores de 5 anos são as de maior risco pra asfixia”, alerta Sarah, ressaltando que, nessa faixa etária, os pequenos costumam levar tudo à boca.
  • Tenha atenção redobrada se o brinquedos levar ímãs: Sarah orienta checar se o ímã está seguramente incorporado e não se solte facilmente.
  • Cuidado com pilhas ou baterias: elas devem estar em compartimentos não acessíveis à criança, de preferência parafusados, diz Lameira.
  • Evite brinquedos com correntes, tiras e cordas com mais de 15 cm: há risco de estrangulamento, destaca Lameira.
  • Verifique se o produto é acompanhado de itens de segurança no caso de skate, bicicleta, patins e patinetes
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Faixa etária

Lameira resume quais as características de brinquedos adequados para cada faixa etária. Porém, é preciso considerar individualmente as habilidades e o interesse do pequeno.

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  • Recém-nascido a 1 ano: o ideal são brinquedos macios, leves, sem peças pequenas, que emitam sons suaves. Móbiles de berço e objetos de pano são boas opções.
  • De 1 a 3 anos: brinquedos de encaixe, blocos de construção grandes, carrinhos, bonecas e pelúcias são populares. Evite brinquedos com bordas afiadas ou partes pequenas destacáveis.
  • De 3 a 6 anos: busque brinquedos que estimulem a criatividade e a imaginação, como quebra-cabeças, massinha de modelar, jogos de encaixe, bicicletas com rodas auxiliares e brinquedos educativos.
  • 6 anos ou mais: jogos de tabuleiro, brinquedos de construção mais complexos, instrumentos musicais e jogos eletrônicos apropriados costumam fazer sucesso nessa fase.

Depois da compra

Os cuidados não terminam após a compra. Há mais algumas precauções que precisam ser tomadas:

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  • Retire o brinquedo de embalagem e sacos plásticos antes de entregá-lo à criança: segundo o Inmetro, isso ajuda a prevenir acidentes com grampos e similares.
  • Não misture brinquedos de crianças de idades diferentes: o ideal é guardá-los em compartimentos diferentes
  • Caso seja necessária a montagem, siga as instruções cuidadosamente, garantindo que todos os encaixes sejam bem feitos
  • Leia bem as instruções do brinquedo e repasse-as com clareza para a criança
  • Supervisione as brincadeiras: “Crianças pequenas precisam ter uma supervisão constante. A presença e a atenção dos pais e cuidadores que ‘enriquecem’ as brincadeiras, e não necessariamente aparelhos eletrônicos e brinquedos mais caros. Eles podem, inclusive, facilitar a aproximação entre pais e filhos”, afirma Sarah.

Chega o Dia das Crianças e os pedidos dos pequenos são inúmeros. Mas não dá para considerar apenas os desejos deles. “Além da idade, é importante considerar a etapa de desenvolvimento, a segurança, o interesse da criança e a qualidade do brinquedo”, resume a pediatra Sarah Saul, do Departamento de Prevenção e Enfrentamento das Causas Externas da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Outro ponto importante citado pela médica é a presença de um selo conferido por órgãos verificadores – no caso do Brasil, tem que buscar a aprovação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). “Esse selo garante que o brinquedo passou por testes de segurança e de qualidade”, informa a pediatra.

O Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidentes de Consumo (Sinmac) é uma plataforma aberta para relatos de acidentes de consumo, e serve para o órgão identificar e monitorar riscos em produtos. Ao Estadão, o Inmetro informou que os artigos da linha infantil são responsáveis por 18% dos problemas registrados entre 2018 e 2023. “Desses, 10% estão relacionados a brinquedos.”

Os especialistas ouvidos pela reportagem frisam que os produtos pirateados, ou seja, sem nenhuma certificação, são um perigo à saúde e segurança dos pequenos.

Na operação “Criança Segura”, que ocorreu entre os dias 2 e 6 de outubro, o Inmetro encontrou um índice de irregularidade de 1,58% em estabelecimentos do País, em 1.131 ações de fiscalização. Foram verificados mais de 462 mil produtos e 7.313 foram considerados impróprios, por não conterem o selo.

A escolha de um brinquedo para as crianças precisa ser norteada por questões de segurança Foto: vchalup/Adobe Stock

Antes da compra

Abaixo, o Estadão elencou as principais dicas de segurança apontadas pelo Inmetro, pela SBP e por Dino Lameira, especialista da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste):

  • Não compre artigos infantis em comércio informal
  • Procure o selo do Inmetro: “O selo deve estar sempre visível, impresso na embalagem, gravado ou numa etiqueta afixada no produto, e deve conter a marca do Inmetro”, informa o órgão.
  • Considere a idade, o interesse e o nível de habilidade da criança: “A faixa etária a que ele se destina deve constar na embalagem, assim como informações sobre o conteúdo, eventuais riscos e instruções de uso e de montagem, além do CNPJ e do endereço do fabricante”, diz o Inmetro.
  • Tome cuidado com brinquedos com peças pequenas: “Crianças menores de 5 anos são as de maior risco pra asfixia”, alerta Sarah, ressaltando que, nessa faixa etária, os pequenos costumam levar tudo à boca.
  • Tenha atenção redobrada se o brinquedos levar ímãs: Sarah orienta checar se o ímã está seguramente incorporado e não se solte facilmente.
  • Cuidado com pilhas ou baterias: elas devem estar em compartimentos não acessíveis à criança, de preferência parafusados, diz Lameira.
  • Evite brinquedos com correntes, tiras e cordas com mais de 15 cm: há risco de estrangulamento, destaca Lameira.
  • Verifique se o produto é acompanhado de itens de segurança no caso de skate, bicicleta, patins e patinetes

Faixa etária

Lameira resume quais as características de brinquedos adequados para cada faixa etária. Porém, é preciso considerar individualmente as habilidades e o interesse do pequeno.

  • Recém-nascido a 1 ano: o ideal são brinquedos macios, leves, sem peças pequenas, que emitam sons suaves. Móbiles de berço e objetos de pano são boas opções.
  • De 1 a 3 anos: brinquedos de encaixe, blocos de construção grandes, carrinhos, bonecas e pelúcias são populares. Evite brinquedos com bordas afiadas ou partes pequenas destacáveis.
  • De 3 a 6 anos: busque brinquedos que estimulem a criatividade e a imaginação, como quebra-cabeças, massinha de modelar, jogos de encaixe, bicicletas com rodas auxiliares e brinquedos educativos.
  • 6 anos ou mais: jogos de tabuleiro, brinquedos de construção mais complexos, instrumentos musicais e jogos eletrônicos apropriados costumam fazer sucesso nessa fase.

Depois da compra

Os cuidados não terminam após a compra. Há mais algumas precauções que precisam ser tomadas:

  • Retire o brinquedo de embalagem e sacos plásticos antes de entregá-lo à criança: segundo o Inmetro, isso ajuda a prevenir acidentes com grampos e similares.
  • Não misture brinquedos de crianças de idades diferentes: o ideal é guardá-los em compartimentos diferentes
  • Caso seja necessária a montagem, siga as instruções cuidadosamente, garantindo que todos os encaixes sejam bem feitos
  • Leia bem as instruções do brinquedo e repasse-as com clareza para a criança
  • Supervisione as brincadeiras: “Crianças pequenas precisam ter uma supervisão constante. A presença e a atenção dos pais e cuidadores que ‘enriquecem’ as brincadeiras, e não necessariamente aparelhos eletrônicos e brinquedos mais caros. Eles podem, inclusive, facilitar a aproximação entre pais e filhos”, afirma Sarah.

Chega o Dia das Crianças e os pedidos dos pequenos são inúmeros. Mas não dá para considerar apenas os desejos deles. “Além da idade, é importante considerar a etapa de desenvolvimento, a segurança, o interesse da criança e a qualidade do brinquedo”, resume a pediatra Sarah Saul, do Departamento de Prevenção e Enfrentamento das Causas Externas da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Outro ponto importante citado pela médica é a presença de um selo conferido por órgãos verificadores – no caso do Brasil, tem que buscar a aprovação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). “Esse selo garante que o brinquedo passou por testes de segurança e de qualidade”, informa a pediatra.

O Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidentes de Consumo (Sinmac) é uma plataforma aberta para relatos de acidentes de consumo, e serve para o órgão identificar e monitorar riscos em produtos. Ao Estadão, o Inmetro informou que os artigos da linha infantil são responsáveis por 18% dos problemas registrados entre 2018 e 2023. “Desses, 10% estão relacionados a brinquedos.”

Os especialistas ouvidos pela reportagem frisam que os produtos pirateados, ou seja, sem nenhuma certificação, são um perigo à saúde e segurança dos pequenos.

Na operação “Criança Segura”, que ocorreu entre os dias 2 e 6 de outubro, o Inmetro encontrou um índice de irregularidade de 1,58% em estabelecimentos do País, em 1.131 ações de fiscalização. Foram verificados mais de 462 mil produtos e 7.313 foram considerados impróprios, por não conterem o selo.

A escolha de um brinquedo para as crianças precisa ser norteada por questões de segurança Foto: vchalup/Adobe Stock

Antes da compra

Abaixo, o Estadão elencou as principais dicas de segurança apontadas pelo Inmetro, pela SBP e por Dino Lameira, especialista da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste):

  • Não compre artigos infantis em comércio informal
  • Procure o selo do Inmetro: “O selo deve estar sempre visível, impresso na embalagem, gravado ou numa etiqueta afixada no produto, e deve conter a marca do Inmetro”, informa o órgão.
  • Considere a idade, o interesse e o nível de habilidade da criança: “A faixa etária a que ele se destina deve constar na embalagem, assim como informações sobre o conteúdo, eventuais riscos e instruções de uso e de montagem, além do CNPJ e do endereço do fabricante”, diz o Inmetro.
  • Tome cuidado com brinquedos com peças pequenas: “Crianças menores de 5 anos são as de maior risco pra asfixia”, alerta Sarah, ressaltando que, nessa faixa etária, os pequenos costumam levar tudo à boca.
  • Tenha atenção redobrada se o brinquedos levar ímãs: Sarah orienta checar se o ímã está seguramente incorporado e não se solte facilmente.
  • Cuidado com pilhas ou baterias: elas devem estar em compartimentos não acessíveis à criança, de preferência parafusados, diz Lameira.
  • Evite brinquedos com correntes, tiras e cordas com mais de 15 cm: há risco de estrangulamento, destaca Lameira.
  • Verifique se o produto é acompanhado de itens de segurança no caso de skate, bicicleta, patins e patinetes

Faixa etária

Lameira resume quais as características de brinquedos adequados para cada faixa etária. Porém, é preciso considerar individualmente as habilidades e o interesse do pequeno.

  • Recém-nascido a 1 ano: o ideal são brinquedos macios, leves, sem peças pequenas, que emitam sons suaves. Móbiles de berço e objetos de pano são boas opções.
  • De 1 a 3 anos: brinquedos de encaixe, blocos de construção grandes, carrinhos, bonecas e pelúcias são populares. Evite brinquedos com bordas afiadas ou partes pequenas destacáveis.
  • De 3 a 6 anos: busque brinquedos que estimulem a criatividade e a imaginação, como quebra-cabeças, massinha de modelar, jogos de encaixe, bicicletas com rodas auxiliares e brinquedos educativos.
  • 6 anos ou mais: jogos de tabuleiro, brinquedos de construção mais complexos, instrumentos musicais e jogos eletrônicos apropriados costumam fazer sucesso nessa fase.

Depois da compra

Os cuidados não terminam após a compra. Há mais algumas precauções que precisam ser tomadas:

  • Retire o brinquedo de embalagem e sacos plásticos antes de entregá-lo à criança: segundo o Inmetro, isso ajuda a prevenir acidentes com grampos e similares.
  • Não misture brinquedos de crianças de idades diferentes: o ideal é guardá-los em compartimentos diferentes
  • Caso seja necessária a montagem, siga as instruções cuidadosamente, garantindo que todos os encaixes sejam bem feitos
  • Leia bem as instruções do brinquedo e repasse-as com clareza para a criança
  • Supervisione as brincadeiras: “Crianças pequenas precisam ter uma supervisão constante. A presença e a atenção dos pais e cuidadores que ‘enriquecem’ as brincadeiras, e não necessariamente aparelhos eletrônicos e brinquedos mais caros. Eles podem, inclusive, facilitar a aproximação entre pais e filhos”, afirma Sarah.

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