Documento inédito mostra remédios que interferem na segurança ao dirigir; confira lista


Medicamentos comuns, como relaxantes musculares e antialérgicos, podem impactar nos desempenhos cognitivo e motor; para Associação Brasileira de Medicina do Tráfego, é preciso conhecer os riscos e fazer um uso consciente

Por Lara Castelo
Atualização:

Quando se fala em segurança ao volante, lembramos imediatamente de orientações clássicas, como usar o cinto e não ingerir bebidas alcoólicas. Mas há muitos remédios, isentos de prescrição ou não, que não combinam com a condução de um carro. É o caso, por exemplo, de alguns relaxantes musculares ou antialérgicos. Pensando em ampliar e facilitar o acesso a informações sobre o assunto, a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) lançou uma diretriz inédita sobre uso de medicamentos e direção.

Com base em referências científicas nacionais e internacionais, especialistas analisaram a relação dos chamados medicamentos potencialmente prejudiciais ao condutor de veículos (MPPCVA) com a direção. Nessa categoria ainda entram certos analgésicos, antidepressivos, ansiolíticos, sedativos e hipnóticos. Também foram analisadas outras medicações, como anfetaminas e canabinoides.

Há diversos tipos de medicamentos que não combinam com direção, porque podem aumentar o risco de acidentes.  Foto: arrowsmith2/Adobe Stock
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Segundo Flávio Adura, diretor científico da Abramet e coordenador da diretriz, esses remédios podem interferir nas funções motoras e cognitivas dos pacientes. “Um dos efeitos mais comuns é o aumento do tempo de reação, ou seja, na demora para reagir. Trata-se de uma alteração grave, especialmente no contexto da direção”, explica.

Vale destacar que, dentre essas classes de medicamentos, há diferentes princípios ativos com impactos diversos na direção. Mas o efeito varia de acordo com fatores como idade, peso, dose, horário da utilização, etc. Por isso, o ideal é que um médico seja consultado para tirar as dúvidas específicas de cada motorista.

De acordo com Adura, o principal objetivo da diretriz não é desestimular que tomam esses medicamentos a dirigir, mas, sim, alertar sobre os riscos. “Queremos que as pessoas façam um uso mais consciente de medicamentos e, consequentemente, que haja aumento da segurança no trânsito”, explica.

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Confira, a seguir, alguns dos medicamentos analisados pela diretriz e a sua influência na direção. Para acessar o documento completo, clique aqui.

Analgésicos

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  • Ácido acetilsalicílico: não aumenta o risco de acidentes na direção;
  • Anti-inflamatórios não-hormonais e paracetamol: não afetam de forma significativa o desempenho dos motoristas;
  • Opioides: aumentam em 50% os riscos de acidentes que necessitam hospitalização e em cinco vezes a chance de mortalidade, de acordo com classificação do Driving Under the Influence of Drugs, Alcohol and Medicines (DRUID), um estudo europeu sobre o assunto. Assim como acontece em relação a outros fármacos, o risco é maior no início do tratamento.

Relaxantes musculares

  • Carisoprodol: provoca efeitos como sedação, raciocínio lento e falha de atenção em simuladores de direção. Em estudos, elevou significativamente o risco de acidentes de trânsito com vítimas logo na primeira semana de uso.
  • Ciclobenzaprina: causa com frequência efeitos adversos na condução, como fadiga, sonolência, fraqueza, visão turva, piora na coordenação motora e confusão mental. Logo, aumenta o risco de acidentes no trânsito.
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Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos

  • Benzodiazepínicos: aumentam significativamente o risco de acidentes.
  • Buspirona: não houve alteração no desempenho ao conduzir;
  • Hipnóticos “Z”: dentro dessa classe, alguns remédios se destacam, com impactos diferentes. Zolpidem e zopliclone, por exemplo, afetam significativamente o desempenho da direção; no caso do eszopiclone, a administração noturna de 3 mg não trouxe prejuízos; ao avaliar o lemborexant, estudos não constataram alterações cognitivas e motoras 9 horas após a ingestão de 10 mg.

Antidepressivos

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A diretriz destaca que, quando usados corretamente, a grande maioria dos medicamentos antidepressivos não aumentam o risco de acidentes de trânsito. Inclusive, há estudos que chegam a sugerir um “efeito protetor” dessa categoria, já que ela reduz os danos cognitivos e psicomotores resultantes da depressão.

Há, contudo, medicamentos dessa classe que podem influenciar negativamente os motoristas.

  • Tricíclicos: doses maiores ou iguais a 125 mg por dia podem aumentar o risco de acidentes em seis vezes, principalmente em condutores idosos; em contrapartida, após 2 semanas de tratamento, não foram encontradas diferenças significativas. Isso indica que o corpo se acostuma ao medicamento, produzindo menos reações negativas com o tempo;
  • Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS): em geral, são bem tolerados na direção;
  • Outros: o documento destaca a mirtazapina, apontando prejuízos ao volante no período inicial do tratamento com doses inferiores a 30 mg. Esse efeito, contudo, é atenuado com o passar do tempo, mesmo com doses maiores. Há menção ainda à trazadona, que pode causar efeitos colaterais significativos na direção, como perda de memória, sedação, sonolência, além de alterações cognitivas e motoras.
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Anti-histamínicos

  • Primeira geração: são os mais antigos, como difenidramina, triprolidina, terfenadina, dexclorfeniramina, clemastina. Prejudicam muito o desempenho de condução de um veículo;
  • Segunda geração: Podem afetar negativamente a condução. São eles: cetirizina, loratadina, ebastina, mizolastina, acrivastina, emedastina, mequitazina;
  • Terceira geração: são os mais novos e não comprometem a direção após a administração única e repetida. São eles: fexofenadina, desloratadina e levocetirizina.

Outros medicamentos:

Hipoglicemiantes: representam risco para motoristas com diabetes, devido à possibilidade de quadros de hipoglicemia.

Anticonvulsivantes: os barbitúricos (fenobarbital, fenitoína, carbamazepina, valproato de sódio) provocam sonolência e prejudicam a concentração, o raciocínio, a atenção e atividades psicomotoras. Logo, aumentam o risco de acidentes de trânsito.

Antiparkinsonianos: se usados por muito tempo podem gerar efeitos colaterais prejudiciais à direção.

Anfetaminas: são estimulantes e, de forma geral, aumentam a autoconfiança do condutor, tornando-o mais agressivo e aumentando o potencial de risco da direção. Mas, há exceções: as anfetaminas utilizadas no tratamento do TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) impactam positivamente a capacidade de direção e aumentam a segurança dos motoristas com esse transtorno.

Antipsicóticos utilizados no tratamento da esquizofrenia: os típicos (utilizados na fase aguda da doença) são muito associados a efeitos nocivos à segurança no tráfego. Já os atípicos (usados na fase crônica), são mais bem tolerados e até melhoram as habilidades de condução com o decorrer do tratamento.

Canabinoides: os que contém THC têm efeitos na cognição, coordenação motora e função visual. Por isso, prejudicam a capacidade de dirigir.

Quando se fala em segurança ao volante, lembramos imediatamente de orientações clássicas, como usar o cinto e não ingerir bebidas alcoólicas. Mas há muitos remédios, isentos de prescrição ou não, que não combinam com a condução de um carro. É o caso, por exemplo, de alguns relaxantes musculares ou antialérgicos. Pensando em ampliar e facilitar o acesso a informações sobre o assunto, a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) lançou uma diretriz inédita sobre uso de medicamentos e direção.

Com base em referências científicas nacionais e internacionais, especialistas analisaram a relação dos chamados medicamentos potencialmente prejudiciais ao condutor de veículos (MPPCVA) com a direção. Nessa categoria ainda entram certos analgésicos, antidepressivos, ansiolíticos, sedativos e hipnóticos. Também foram analisadas outras medicações, como anfetaminas e canabinoides.

Há diversos tipos de medicamentos que não combinam com direção, porque podem aumentar o risco de acidentes.  Foto: arrowsmith2/Adobe Stock

Segundo Flávio Adura, diretor científico da Abramet e coordenador da diretriz, esses remédios podem interferir nas funções motoras e cognitivas dos pacientes. “Um dos efeitos mais comuns é o aumento do tempo de reação, ou seja, na demora para reagir. Trata-se de uma alteração grave, especialmente no contexto da direção”, explica.

Vale destacar que, dentre essas classes de medicamentos, há diferentes princípios ativos com impactos diversos na direção. Mas o efeito varia de acordo com fatores como idade, peso, dose, horário da utilização, etc. Por isso, o ideal é que um médico seja consultado para tirar as dúvidas específicas de cada motorista.

De acordo com Adura, o principal objetivo da diretriz não é desestimular que tomam esses medicamentos a dirigir, mas, sim, alertar sobre os riscos. “Queremos que as pessoas façam um uso mais consciente de medicamentos e, consequentemente, que haja aumento da segurança no trânsito”, explica.

Confira, a seguir, alguns dos medicamentos analisados pela diretriz e a sua influência na direção. Para acessar o documento completo, clique aqui.

Analgésicos

  • Ácido acetilsalicílico: não aumenta o risco de acidentes na direção;
  • Anti-inflamatórios não-hormonais e paracetamol: não afetam de forma significativa o desempenho dos motoristas;
  • Opioides: aumentam em 50% os riscos de acidentes que necessitam hospitalização e em cinco vezes a chance de mortalidade, de acordo com classificação do Driving Under the Influence of Drugs, Alcohol and Medicines (DRUID), um estudo europeu sobre o assunto. Assim como acontece em relação a outros fármacos, o risco é maior no início do tratamento.

Relaxantes musculares

  • Carisoprodol: provoca efeitos como sedação, raciocínio lento e falha de atenção em simuladores de direção. Em estudos, elevou significativamente o risco de acidentes de trânsito com vítimas logo na primeira semana de uso.
  • Ciclobenzaprina: causa com frequência efeitos adversos na condução, como fadiga, sonolência, fraqueza, visão turva, piora na coordenação motora e confusão mental. Logo, aumenta o risco de acidentes no trânsito.

Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos

  • Benzodiazepínicos: aumentam significativamente o risco de acidentes.
  • Buspirona: não houve alteração no desempenho ao conduzir;
  • Hipnóticos “Z”: dentro dessa classe, alguns remédios se destacam, com impactos diferentes. Zolpidem e zopliclone, por exemplo, afetam significativamente o desempenho da direção; no caso do eszopiclone, a administração noturna de 3 mg não trouxe prejuízos; ao avaliar o lemborexant, estudos não constataram alterações cognitivas e motoras 9 horas após a ingestão de 10 mg.

Antidepressivos

A diretriz destaca que, quando usados corretamente, a grande maioria dos medicamentos antidepressivos não aumentam o risco de acidentes de trânsito. Inclusive, há estudos que chegam a sugerir um “efeito protetor” dessa categoria, já que ela reduz os danos cognitivos e psicomotores resultantes da depressão.

Há, contudo, medicamentos dessa classe que podem influenciar negativamente os motoristas.

  • Tricíclicos: doses maiores ou iguais a 125 mg por dia podem aumentar o risco de acidentes em seis vezes, principalmente em condutores idosos; em contrapartida, após 2 semanas de tratamento, não foram encontradas diferenças significativas. Isso indica que o corpo se acostuma ao medicamento, produzindo menos reações negativas com o tempo;
  • Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS): em geral, são bem tolerados na direção;
  • Outros: o documento destaca a mirtazapina, apontando prejuízos ao volante no período inicial do tratamento com doses inferiores a 30 mg. Esse efeito, contudo, é atenuado com o passar do tempo, mesmo com doses maiores. Há menção ainda à trazadona, que pode causar efeitos colaterais significativos na direção, como perda de memória, sedação, sonolência, além de alterações cognitivas e motoras.

Anti-histamínicos

  • Primeira geração: são os mais antigos, como difenidramina, triprolidina, terfenadina, dexclorfeniramina, clemastina. Prejudicam muito o desempenho de condução de um veículo;
  • Segunda geração: Podem afetar negativamente a condução. São eles: cetirizina, loratadina, ebastina, mizolastina, acrivastina, emedastina, mequitazina;
  • Terceira geração: são os mais novos e não comprometem a direção após a administração única e repetida. São eles: fexofenadina, desloratadina e levocetirizina.

Outros medicamentos:

Hipoglicemiantes: representam risco para motoristas com diabetes, devido à possibilidade de quadros de hipoglicemia.

Anticonvulsivantes: os barbitúricos (fenobarbital, fenitoína, carbamazepina, valproato de sódio) provocam sonolência e prejudicam a concentração, o raciocínio, a atenção e atividades psicomotoras. Logo, aumentam o risco de acidentes de trânsito.

Antiparkinsonianos: se usados por muito tempo podem gerar efeitos colaterais prejudiciais à direção.

Anfetaminas: são estimulantes e, de forma geral, aumentam a autoconfiança do condutor, tornando-o mais agressivo e aumentando o potencial de risco da direção. Mas, há exceções: as anfetaminas utilizadas no tratamento do TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) impactam positivamente a capacidade de direção e aumentam a segurança dos motoristas com esse transtorno.

Antipsicóticos utilizados no tratamento da esquizofrenia: os típicos (utilizados na fase aguda da doença) são muito associados a efeitos nocivos à segurança no tráfego. Já os atípicos (usados na fase crônica), são mais bem tolerados e até melhoram as habilidades de condução com o decorrer do tratamento.

Canabinoides: os que contém THC têm efeitos na cognição, coordenação motora e função visual. Por isso, prejudicam a capacidade de dirigir.

Quando se fala em segurança ao volante, lembramos imediatamente de orientações clássicas, como usar o cinto e não ingerir bebidas alcoólicas. Mas há muitos remédios, isentos de prescrição ou não, que não combinam com a condução de um carro. É o caso, por exemplo, de alguns relaxantes musculares ou antialérgicos. Pensando em ampliar e facilitar o acesso a informações sobre o assunto, a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) lançou uma diretriz inédita sobre uso de medicamentos e direção.

Com base em referências científicas nacionais e internacionais, especialistas analisaram a relação dos chamados medicamentos potencialmente prejudiciais ao condutor de veículos (MPPCVA) com a direção. Nessa categoria ainda entram certos analgésicos, antidepressivos, ansiolíticos, sedativos e hipnóticos. Também foram analisadas outras medicações, como anfetaminas e canabinoides.

Há diversos tipos de medicamentos que não combinam com direção, porque podem aumentar o risco de acidentes.  Foto: arrowsmith2/Adobe Stock

Segundo Flávio Adura, diretor científico da Abramet e coordenador da diretriz, esses remédios podem interferir nas funções motoras e cognitivas dos pacientes. “Um dos efeitos mais comuns é o aumento do tempo de reação, ou seja, na demora para reagir. Trata-se de uma alteração grave, especialmente no contexto da direção”, explica.

Vale destacar que, dentre essas classes de medicamentos, há diferentes princípios ativos com impactos diversos na direção. Mas o efeito varia de acordo com fatores como idade, peso, dose, horário da utilização, etc. Por isso, o ideal é que um médico seja consultado para tirar as dúvidas específicas de cada motorista.

De acordo com Adura, o principal objetivo da diretriz não é desestimular que tomam esses medicamentos a dirigir, mas, sim, alertar sobre os riscos. “Queremos que as pessoas façam um uso mais consciente de medicamentos e, consequentemente, que haja aumento da segurança no trânsito”, explica.

Confira, a seguir, alguns dos medicamentos analisados pela diretriz e a sua influência na direção. Para acessar o documento completo, clique aqui.

Analgésicos

  • Ácido acetilsalicílico: não aumenta o risco de acidentes na direção;
  • Anti-inflamatórios não-hormonais e paracetamol: não afetam de forma significativa o desempenho dos motoristas;
  • Opioides: aumentam em 50% os riscos de acidentes que necessitam hospitalização e em cinco vezes a chance de mortalidade, de acordo com classificação do Driving Under the Influence of Drugs, Alcohol and Medicines (DRUID), um estudo europeu sobre o assunto. Assim como acontece em relação a outros fármacos, o risco é maior no início do tratamento.

Relaxantes musculares

  • Carisoprodol: provoca efeitos como sedação, raciocínio lento e falha de atenção em simuladores de direção. Em estudos, elevou significativamente o risco de acidentes de trânsito com vítimas logo na primeira semana de uso.
  • Ciclobenzaprina: causa com frequência efeitos adversos na condução, como fadiga, sonolência, fraqueza, visão turva, piora na coordenação motora e confusão mental. Logo, aumenta o risco de acidentes no trânsito.

Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos

  • Benzodiazepínicos: aumentam significativamente o risco de acidentes.
  • Buspirona: não houve alteração no desempenho ao conduzir;
  • Hipnóticos “Z”: dentro dessa classe, alguns remédios se destacam, com impactos diferentes. Zolpidem e zopliclone, por exemplo, afetam significativamente o desempenho da direção; no caso do eszopiclone, a administração noturna de 3 mg não trouxe prejuízos; ao avaliar o lemborexant, estudos não constataram alterações cognitivas e motoras 9 horas após a ingestão de 10 mg.

Antidepressivos

A diretriz destaca que, quando usados corretamente, a grande maioria dos medicamentos antidepressivos não aumentam o risco de acidentes de trânsito. Inclusive, há estudos que chegam a sugerir um “efeito protetor” dessa categoria, já que ela reduz os danos cognitivos e psicomotores resultantes da depressão.

Há, contudo, medicamentos dessa classe que podem influenciar negativamente os motoristas.

  • Tricíclicos: doses maiores ou iguais a 125 mg por dia podem aumentar o risco de acidentes em seis vezes, principalmente em condutores idosos; em contrapartida, após 2 semanas de tratamento, não foram encontradas diferenças significativas. Isso indica que o corpo se acostuma ao medicamento, produzindo menos reações negativas com o tempo;
  • Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS): em geral, são bem tolerados na direção;
  • Outros: o documento destaca a mirtazapina, apontando prejuízos ao volante no período inicial do tratamento com doses inferiores a 30 mg. Esse efeito, contudo, é atenuado com o passar do tempo, mesmo com doses maiores. Há menção ainda à trazadona, que pode causar efeitos colaterais significativos na direção, como perda de memória, sedação, sonolência, além de alterações cognitivas e motoras.

Anti-histamínicos

  • Primeira geração: são os mais antigos, como difenidramina, triprolidina, terfenadina, dexclorfeniramina, clemastina. Prejudicam muito o desempenho de condução de um veículo;
  • Segunda geração: Podem afetar negativamente a condução. São eles: cetirizina, loratadina, ebastina, mizolastina, acrivastina, emedastina, mequitazina;
  • Terceira geração: são os mais novos e não comprometem a direção após a administração única e repetida. São eles: fexofenadina, desloratadina e levocetirizina.

Outros medicamentos:

Hipoglicemiantes: representam risco para motoristas com diabetes, devido à possibilidade de quadros de hipoglicemia.

Anticonvulsivantes: os barbitúricos (fenobarbital, fenitoína, carbamazepina, valproato de sódio) provocam sonolência e prejudicam a concentração, o raciocínio, a atenção e atividades psicomotoras. Logo, aumentam o risco de acidentes de trânsito.

Antiparkinsonianos: se usados por muito tempo podem gerar efeitos colaterais prejudiciais à direção.

Anfetaminas: são estimulantes e, de forma geral, aumentam a autoconfiança do condutor, tornando-o mais agressivo e aumentando o potencial de risco da direção. Mas, há exceções: as anfetaminas utilizadas no tratamento do TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) impactam positivamente a capacidade de direção e aumentam a segurança dos motoristas com esse transtorno.

Antipsicóticos utilizados no tratamento da esquizofrenia: os típicos (utilizados na fase aguda da doença) são muito associados a efeitos nocivos à segurança no tráfego. Já os atípicos (usados na fase crônica), são mais bem tolerados e até melhoram as habilidades de condução com o decorrer do tratamento.

Canabinoides: os que contém THC têm efeitos na cognição, coordenação motora e função visual. Por isso, prejudicam a capacidade de dirigir.

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