Dor de cabeça: meditação pode ajudar no alívio do problema, indica estudo


Uso de técnicas de atenção plena, ou mindfulness, foi superior ao tratamento convencional na redução da frequência das crises

Por Fernanda Bassette

AGÊNCIA EINSTEIN – Um estudo italiano aponta que realizar técnicas de atenção plena (mindfulness) diariamente traz diversos benefícios para pacientes, entre eles, o alívio da dor para quem sofre de enxaqueca crônica e cefaleia por uso excessivo de medicamentos. Os pesquisadores sugerem que a técnica de meditação é uma boa opção de terapia complementar no manejo da dor.

A enxaqueca crônica é caracterizada por 15 ou mais dias de cefaleia por mês e pelo uso excessivo de medicamentos agudos para controle da dor por pelo menos três meses. São pacientes que, devido ao problema, limitam atividades diárias e sofrem impactos na vida pessoal e social. Para esses casos, existem tratamentos farmacológicos e não farmacológicos já conhecidos, mas alguns estudos têm apontado que abordagens baseadas na atenção plena podem ser benéficas.

A partir dessa hipótese, os pesquisadores do Instituto Neurológico Carlo Besta, em Milão, na Itália, que é especializado no tratamento de cefaleias, resolveram avaliar 177 pacientes que foram divididos em dois grupos: o de tratamento usual, que recebeu orientações sobre reduzir os medicamentos usados em excesso, cuidados de saúde adequados, estilo de vida e uso correto de remédios; e o segundo, que recebeu as mesmas orientações, mas associadas à intervenção da prática de mindfulness.

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Ao praticar mindfulness, um dos objetivos é se concentrar na respiração. Foto: Yauhen/Adobe Stock

Os participantes fizeram seis sessões de meditação presenciais de 90 minutos em grupo (uma vez por semana), além de orientação de prática individual diária com duração de 7 a 10 minutos. Eles foram instruídos e treinados a usar a técnica em casa, em que o objetivo é se concentrar na respiração, reconhecendo os pensamentos, sentimentos e emoções emergentes.

Os pacientes também foram incentivados a compartilhar as informações sobre a dor de cabeça, aceitar melhor a doença e reconhecer quando necessitam ou não de medicamentos.

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Após um ano, o grupo que recebeu as intervenções de atenção plena teve uma redução superior a 50% da frequência das crises de cefaleia em comparação com os dados do início do estudo, superando o que fez apenas o tratamento usual. Isso foi observado por 78,4% dos participantes que praticaram a atenção plena contra 48,3% dos que receberam o tratamento padrão.

Além disso, o grupo da meditação também aumentou o tempo produtivo, melhorou a qualidade de vida e relatou uma redução na ingestão de medicamentos e nos gastos totais (diretos e indiretos) relacionados à saúde.

Segundo Maria Ester Azevedo Massola, coordenadora da Equipe de Medicina Integrativa do Hospital Israelita Albert Einstein, esses resultados são importantes porque destacam o potencial das práticas de atenção plena como uma abordagem complementar para o tratamento da cefaleia.

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Ela destaca que os resultados são relevantes, uma vez que o uso excessivo de medicamentos está associado à cronificação da enxaqueca. “A redução no consumo de remédios contribui para a prevenção do problema, ao mesmo tempo em que a diminuição no impacto das cefaleias pode promover uma melhoria substancial na capacidade funcional e na qualidade de vida dos pacientes”, disse.

Massola lembra ainda que já existem algumas evidências que sugerem benefícios da meditação no controle da dor de cabeça, principalmente estudos associando a terapia cognitiva-comportamental (TCC) e mindfulness.

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“Este estudo vem contribuir para a crescente base de evidências que apoiam a inclusão de terapias integrativas no tratamento de diversas patologias. Associar sessões de atenção plena como parte do tratamento padrão oferece aos pacientes uma abordagem não farmacológica para gerenciar sua condição, o que é especialmente relevante considerando os desafios associados ao uso excessivo de medicamentos para a dor de cabeça.”

A coordenadora ressalta que outro ponto importante do estudo é que os pacientes que fizeram meditação também aprenderam a incorporar a técnica de atenção plena em seu autocuidado para controlar a dor, o que proporciona maior autonomia e empoderamento.

“A atenção plena, caracterizada pela prática de prestar atenção ao momento presente sem julgamentos, capacita os pacientes a desenvolver habilidades para lidar de maneira mais eficaz com a dor e o estresse, resultando na diminuição da frequência e intensidade das crises. Além disso, esta abordagem oferece ferramentas que promovem uma maior consciência corporal, ajudando o paciente a identificar sinais precoces de dor de cabeça e a tomar medidas preventivas antes que a dor se intensifique”, destacou.

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Na avaliação da especialista do Einstein, a integração de práticas que promovem a atenção plena deve ser considerada como parte essencial do tratamento padrão para pacientes com enxaqueca e cefaleia.

Ela ressalta que abordagens integrativas como mindfulness, meditação e ioga apresentam baixo custo e demonstram segurança e eficácia. Essas práticas também auxiliam na redução da frequência e da intensidade das crises, além de diminuir a dependência de medicamentos no controle da dor e de melhorar a qualidade de vida destes pacientes.

A especialista diz que essa diferença nos resultados entre os dois grupos (78,4% contra 48,3%) aponta para um impacto positivo e clinicamente relevante de se associar mindfulness ao tratamento, mas ressalta que são necessários mais estudos para reforçar e confirmar os benefícios.

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“Os resultados são encorajadores. No entanto, é essencial considerar que o estudo foi realizado em um único centro especializado em cefaleia, com uma população específica, demandando mais pesquisas para avaliar a eficácia do mindfulness em diferentes populações e contextos clínicos”, ponderou.

AGÊNCIA EINSTEIN – Um estudo italiano aponta que realizar técnicas de atenção plena (mindfulness) diariamente traz diversos benefícios para pacientes, entre eles, o alívio da dor para quem sofre de enxaqueca crônica e cefaleia por uso excessivo de medicamentos. Os pesquisadores sugerem que a técnica de meditação é uma boa opção de terapia complementar no manejo da dor.

A enxaqueca crônica é caracterizada por 15 ou mais dias de cefaleia por mês e pelo uso excessivo de medicamentos agudos para controle da dor por pelo menos três meses. São pacientes que, devido ao problema, limitam atividades diárias e sofrem impactos na vida pessoal e social. Para esses casos, existem tratamentos farmacológicos e não farmacológicos já conhecidos, mas alguns estudos têm apontado que abordagens baseadas na atenção plena podem ser benéficas.

A partir dessa hipótese, os pesquisadores do Instituto Neurológico Carlo Besta, em Milão, na Itália, que é especializado no tratamento de cefaleias, resolveram avaliar 177 pacientes que foram divididos em dois grupos: o de tratamento usual, que recebeu orientações sobre reduzir os medicamentos usados em excesso, cuidados de saúde adequados, estilo de vida e uso correto de remédios; e o segundo, que recebeu as mesmas orientações, mas associadas à intervenção da prática de mindfulness.

Ao praticar mindfulness, um dos objetivos é se concentrar na respiração. Foto: Yauhen/Adobe Stock

Os participantes fizeram seis sessões de meditação presenciais de 90 minutos em grupo (uma vez por semana), além de orientação de prática individual diária com duração de 7 a 10 minutos. Eles foram instruídos e treinados a usar a técnica em casa, em que o objetivo é se concentrar na respiração, reconhecendo os pensamentos, sentimentos e emoções emergentes.

Os pacientes também foram incentivados a compartilhar as informações sobre a dor de cabeça, aceitar melhor a doença e reconhecer quando necessitam ou não de medicamentos.

Após um ano, o grupo que recebeu as intervenções de atenção plena teve uma redução superior a 50% da frequência das crises de cefaleia em comparação com os dados do início do estudo, superando o que fez apenas o tratamento usual. Isso foi observado por 78,4% dos participantes que praticaram a atenção plena contra 48,3% dos que receberam o tratamento padrão.

Além disso, o grupo da meditação também aumentou o tempo produtivo, melhorou a qualidade de vida e relatou uma redução na ingestão de medicamentos e nos gastos totais (diretos e indiretos) relacionados à saúde.

Segundo Maria Ester Azevedo Massola, coordenadora da Equipe de Medicina Integrativa do Hospital Israelita Albert Einstein, esses resultados são importantes porque destacam o potencial das práticas de atenção plena como uma abordagem complementar para o tratamento da cefaleia.

Ela destaca que os resultados são relevantes, uma vez que o uso excessivo de medicamentos está associado à cronificação da enxaqueca. “A redução no consumo de remédios contribui para a prevenção do problema, ao mesmo tempo em que a diminuição no impacto das cefaleias pode promover uma melhoria substancial na capacidade funcional e na qualidade de vida dos pacientes”, disse.

Massola lembra ainda que já existem algumas evidências que sugerem benefícios da meditação no controle da dor de cabeça, principalmente estudos associando a terapia cognitiva-comportamental (TCC) e mindfulness.

“Este estudo vem contribuir para a crescente base de evidências que apoiam a inclusão de terapias integrativas no tratamento de diversas patologias. Associar sessões de atenção plena como parte do tratamento padrão oferece aos pacientes uma abordagem não farmacológica para gerenciar sua condição, o que é especialmente relevante considerando os desafios associados ao uso excessivo de medicamentos para a dor de cabeça.”

A coordenadora ressalta que outro ponto importante do estudo é que os pacientes que fizeram meditação também aprenderam a incorporar a técnica de atenção plena em seu autocuidado para controlar a dor, o que proporciona maior autonomia e empoderamento.

“A atenção plena, caracterizada pela prática de prestar atenção ao momento presente sem julgamentos, capacita os pacientes a desenvolver habilidades para lidar de maneira mais eficaz com a dor e o estresse, resultando na diminuição da frequência e intensidade das crises. Além disso, esta abordagem oferece ferramentas que promovem uma maior consciência corporal, ajudando o paciente a identificar sinais precoces de dor de cabeça e a tomar medidas preventivas antes que a dor se intensifique”, destacou.

Na avaliação da especialista do Einstein, a integração de práticas que promovem a atenção plena deve ser considerada como parte essencial do tratamento padrão para pacientes com enxaqueca e cefaleia.

Ela ressalta que abordagens integrativas como mindfulness, meditação e ioga apresentam baixo custo e demonstram segurança e eficácia. Essas práticas também auxiliam na redução da frequência e da intensidade das crises, além de diminuir a dependência de medicamentos no controle da dor e de melhorar a qualidade de vida destes pacientes.

A especialista diz que essa diferença nos resultados entre os dois grupos (78,4% contra 48,3%) aponta para um impacto positivo e clinicamente relevante de se associar mindfulness ao tratamento, mas ressalta que são necessários mais estudos para reforçar e confirmar os benefícios.

“Os resultados são encorajadores. No entanto, é essencial considerar que o estudo foi realizado em um único centro especializado em cefaleia, com uma população específica, demandando mais pesquisas para avaliar a eficácia do mindfulness em diferentes populações e contextos clínicos”, ponderou.

AGÊNCIA EINSTEIN – Um estudo italiano aponta que realizar técnicas de atenção plena (mindfulness) diariamente traz diversos benefícios para pacientes, entre eles, o alívio da dor para quem sofre de enxaqueca crônica e cefaleia por uso excessivo de medicamentos. Os pesquisadores sugerem que a técnica de meditação é uma boa opção de terapia complementar no manejo da dor.

A enxaqueca crônica é caracterizada por 15 ou mais dias de cefaleia por mês e pelo uso excessivo de medicamentos agudos para controle da dor por pelo menos três meses. São pacientes que, devido ao problema, limitam atividades diárias e sofrem impactos na vida pessoal e social. Para esses casos, existem tratamentos farmacológicos e não farmacológicos já conhecidos, mas alguns estudos têm apontado que abordagens baseadas na atenção plena podem ser benéficas.

A partir dessa hipótese, os pesquisadores do Instituto Neurológico Carlo Besta, em Milão, na Itália, que é especializado no tratamento de cefaleias, resolveram avaliar 177 pacientes que foram divididos em dois grupos: o de tratamento usual, que recebeu orientações sobre reduzir os medicamentos usados em excesso, cuidados de saúde adequados, estilo de vida e uso correto de remédios; e o segundo, que recebeu as mesmas orientações, mas associadas à intervenção da prática de mindfulness.

Ao praticar mindfulness, um dos objetivos é se concentrar na respiração. Foto: Yauhen/Adobe Stock

Os participantes fizeram seis sessões de meditação presenciais de 90 minutos em grupo (uma vez por semana), além de orientação de prática individual diária com duração de 7 a 10 minutos. Eles foram instruídos e treinados a usar a técnica em casa, em que o objetivo é se concentrar na respiração, reconhecendo os pensamentos, sentimentos e emoções emergentes.

Os pacientes também foram incentivados a compartilhar as informações sobre a dor de cabeça, aceitar melhor a doença e reconhecer quando necessitam ou não de medicamentos.

Após um ano, o grupo que recebeu as intervenções de atenção plena teve uma redução superior a 50% da frequência das crises de cefaleia em comparação com os dados do início do estudo, superando o que fez apenas o tratamento usual. Isso foi observado por 78,4% dos participantes que praticaram a atenção plena contra 48,3% dos que receberam o tratamento padrão.

Além disso, o grupo da meditação também aumentou o tempo produtivo, melhorou a qualidade de vida e relatou uma redução na ingestão de medicamentos e nos gastos totais (diretos e indiretos) relacionados à saúde.

Segundo Maria Ester Azevedo Massola, coordenadora da Equipe de Medicina Integrativa do Hospital Israelita Albert Einstein, esses resultados são importantes porque destacam o potencial das práticas de atenção plena como uma abordagem complementar para o tratamento da cefaleia.

Ela destaca que os resultados são relevantes, uma vez que o uso excessivo de medicamentos está associado à cronificação da enxaqueca. “A redução no consumo de remédios contribui para a prevenção do problema, ao mesmo tempo em que a diminuição no impacto das cefaleias pode promover uma melhoria substancial na capacidade funcional e na qualidade de vida dos pacientes”, disse.

Massola lembra ainda que já existem algumas evidências que sugerem benefícios da meditação no controle da dor de cabeça, principalmente estudos associando a terapia cognitiva-comportamental (TCC) e mindfulness.

“Este estudo vem contribuir para a crescente base de evidências que apoiam a inclusão de terapias integrativas no tratamento de diversas patologias. Associar sessões de atenção plena como parte do tratamento padrão oferece aos pacientes uma abordagem não farmacológica para gerenciar sua condição, o que é especialmente relevante considerando os desafios associados ao uso excessivo de medicamentos para a dor de cabeça.”

A coordenadora ressalta que outro ponto importante do estudo é que os pacientes que fizeram meditação também aprenderam a incorporar a técnica de atenção plena em seu autocuidado para controlar a dor, o que proporciona maior autonomia e empoderamento.

“A atenção plena, caracterizada pela prática de prestar atenção ao momento presente sem julgamentos, capacita os pacientes a desenvolver habilidades para lidar de maneira mais eficaz com a dor e o estresse, resultando na diminuição da frequência e intensidade das crises. Além disso, esta abordagem oferece ferramentas que promovem uma maior consciência corporal, ajudando o paciente a identificar sinais precoces de dor de cabeça e a tomar medidas preventivas antes que a dor se intensifique”, destacou.

Na avaliação da especialista do Einstein, a integração de práticas que promovem a atenção plena deve ser considerada como parte essencial do tratamento padrão para pacientes com enxaqueca e cefaleia.

Ela ressalta que abordagens integrativas como mindfulness, meditação e ioga apresentam baixo custo e demonstram segurança e eficácia. Essas práticas também auxiliam na redução da frequência e da intensidade das crises, além de diminuir a dependência de medicamentos no controle da dor e de melhorar a qualidade de vida destes pacientes.

A especialista diz que essa diferença nos resultados entre os dois grupos (78,4% contra 48,3%) aponta para um impacto positivo e clinicamente relevante de se associar mindfulness ao tratamento, mas ressalta que são necessários mais estudos para reforçar e confirmar os benefícios.

“Os resultados são encorajadores. No entanto, é essencial considerar que o estudo foi realizado em um único centro especializado em cefaleia, com uma população específica, demandando mais pesquisas para avaliar a eficácia do mindfulness em diferentes populações e contextos clínicos”, ponderou.

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