Hospitais privados de São Paulo registram alta nos casos de gripe


No Hospital Israelita Albert Einstein, diagnósticos de Influenza A cresceram 2.236% em 15 dias e chegaram a 1.472 casos na primeira quinzena de dezembro. Pelo menos outros dois hospitais também apresentam alta

Por Ítalo Lo Re e Luiz Henrique Gomes
Atualização:

Os hospitais privados de São Paulo registram alta de casos positivos de gripe nos primeiros 15 dias de dezembro. No Hospital Israelita Albert Einstein, 1.472 casos de Influenza A foram diagnosticados neste período, ante 63 casos na quinzena anterior, de novembro. O crescimento é de 2.236%. O Hospital Nove de Julho, da rede Dasa, e a Beneficiência Portuguesa (BP) também apresentaram alta. Na rede pública, a Secretaria Municipal de Saúde diz que a alta na média diária de atendimentos de pessoas com sintomas gripais foi de 64,8%, na comparação com o mês passado. 

No caso do Hospital Nove de Julho, a alta foi de 41%, mas a unidade não detalhou os números absolutos de pacientes. Os dados englobam todos os pacientes com suspeitas de síndrome gripal, incluindo a covid-19. Entretanto, o hospital destacou que há cada vez menos casos confirmados do vírus. "Nota-se redução nos casos confirmados para covid-19 (3% na última semana) e consequente aumento de síndrome gripal causada por outros vírus", disse a instituição em nota.

Já a Beneficiência Portuguesa informou crescimento de 50% nos diagnósticos da Influenza. A rede também informou que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) atingiram 15% de todos os atendimentos realizados em dezembro, representando um aumento em relação aos três meses anteriores.

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Funcionário orienta idosos na UBS Vila Barbosa, zona Norte de São Paulo, durante campanha de imunização contra Influenza em março de 2020. Vacina aplicada na campanha de imunização deste ano não é eficaz contra nova cepa da gripe em circulação Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 25/03/2020

O crescimento dos casos de pessoas com sintomas de gripe tem sido observado na capital paulista desde a semana passada, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. A secretaria informou nesta terça-feira, 14, que somente na primeira quinzena de dezembro 91.882 atendimentos de pessoas com sintomas gripais foram realizados. A média é de 6,1 mil casos por dia. Em novembro, essa mesma média foi de 3,7 mil.

Segundo a infectologista e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)Nancy Bellei, o aumento está associado ao surgimento de uma nova cepa do vírus Influenza A H3N2. Essa variante, chamada ‘Darwin’, escapa da vacina contra Influenza aplicada este ano no Brasil e está em circulação no Rio de Janeiro, que vive uma epidemia de gripe. Nancy também afirmou que no Hospital São Paulo, onde atua, 19 pessoas foram internadas em leitos clínicos nos últimos sete dias.

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No Hospital Emílio Ribas, pelo menos duas pessoas diagnosticadas com Influenza estavam internadas em leitos de UTI nesta terça-feira, 14. “Os casos aumentaram nas últimas semanas. A maioria apresenta sintomas leves, mas também temos casos graves”, afirma o infectologista Jamal Suleiman, que coordena o setor epidemiológico do hospital.

Segundo os especialistas, outro fator para o aumento dos casos de gripe é o relaxamento de medidas sanitárias, como o uso da máscara e o distanciamento social, depois de quase dois anos mais graves da pandemia. Nesse período, o vírus da Influenza e outros vírus respiratórios pararam de circular - o que explica os baixos índices de gripe neste ano e em 2020.

O efeito, com o retorno da circulação do vírus, é a probabilidade maior de casos graves por conta da queda dos anticorpos. "Quando você tem gripe de vez em quando, você mantém certo estímulo para a produção de anticorpos, mas não estávamos produzindo anticorpos nesse último ano", explicou o virologista Celso Granato, diretor do Grupo Fleury.

Os hospitais privados de São Paulo registram alta de casos positivos de gripe nos primeiros 15 dias de dezembro. No Hospital Israelita Albert Einstein, 1.472 casos de Influenza A foram diagnosticados neste período, ante 63 casos na quinzena anterior, de novembro. O crescimento é de 2.236%. O Hospital Nove de Julho, da rede Dasa, e a Beneficiência Portuguesa (BP) também apresentaram alta. Na rede pública, a Secretaria Municipal de Saúde diz que a alta na média diária de atendimentos de pessoas com sintomas gripais foi de 64,8%, na comparação com o mês passado. 

No caso do Hospital Nove de Julho, a alta foi de 41%, mas a unidade não detalhou os números absolutos de pacientes. Os dados englobam todos os pacientes com suspeitas de síndrome gripal, incluindo a covid-19. Entretanto, o hospital destacou que há cada vez menos casos confirmados do vírus. "Nota-se redução nos casos confirmados para covid-19 (3% na última semana) e consequente aumento de síndrome gripal causada por outros vírus", disse a instituição em nota.

Já a Beneficiência Portuguesa informou crescimento de 50% nos diagnósticos da Influenza. A rede também informou que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) atingiram 15% de todos os atendimentos realizados em dezembro, representando um aumento em relação aos três meses anteriores.

Funcionário orienta idosos na UBS Vila Barbosa, zona Norte de São Paulo, durante campanha de imunização contra Influenza em março de 2020. Vacina aplicada na campanha de imunização deste ano não é eficaz contra nova cepa da gripe em circulação Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 25/03/2020

O crescimento dos casos de pessoas com sintomas de gripe tem sido observado na capital paulista desde a semana passada, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. A secretaria informou nesta terça-feira, 14, que somente na primeira quinzena de dezembro 91.882 atendimentos de pessoas com sintomas gripais foram realizados. A média é de 6,1 mil casos por dia. Em novembro, essa mesma média foi de 3,7 mil.

Segundo a infectologista e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)Nancy Bellei, o aumento está associado ao surgimento de uma nova cepa do vírus Influenza A H3N2. Essa variante, chamada ‘Darwin’, escapa da vacina contra Influenza aplicada este ano no Brasil e está em circulação no Rio de Janeiro, que vive uma epidemia de gripe. Nancy também afirmou que no Hospital São Paulo, onde atua, 19 pessoas foram internadas em leitos clínicos nos últimos sete dias.

No Hospital Emílio Ribas, pelo menos duas pessoas diagnosticadas com Influenza estavam internadas em leitos de UTI nesta terça-feira, 14. “Os casos aumentaram nas últimas semanas. A maioria apresenta sintomas leves, mas também temos casos graves”, afirma o infectologista Jamal Suleiman, que coordena o setor epidemiológico do hospital.

Segundo os especialistas, outro fator para o aumento dos casos de gripe é o relaxamento de medidas sanitárias, como o uso da máscara e o distanciamento social, depois de quase dois anos mais graves da pandemia. Nesse período, o vírus da Influenza e outros vírus respiratórios pararam de circular - o que explica os baixos índices de gripe neste ano e em 2020.

O efeito, com o retorno da circulação do vírus, é a probabilidade maior de casos graves por conta da queda dos anticorpos. "Quando você tem gripe de vez em quando, você mantém certo estímulo para a produção de anticorpos, mas não estávamos produzindo anticorpos nesse último ano", explicou o virologista Celso Granato, diretor do Grupo Fleury.

Os hospitais privados de São Paulo registram alta de casos positivos de gripe nos primeiros 15 dias de dezembro. No Hospital Israelita Albert Einstein, 1.472 casos de Influenza A foram diagnosticados neste período, ante 63 casos na quinzena anterior, de novembro. O crescimento é de 2.236%. O Hospital Nove de Julho, da rede Dasa, e a Beneficiência Portuguesa (BP) também apresentaram alta. Na rede pública, a Secretaria Municipal de Saúde diz que a alta na média diária de atendimentos de pessoas com sintomas gripais foi de 64,8%, na comparação com o mês passado. 

No caso do Hospital Nove de Julho, a alta foi de 41%, mas a unidade não detalhou os números absolutos de pacientes. Os dados englobam todos os pacientes com suspeitas de síndrome gripal, incluindo a covid-19. Entretanto, o hospital destacou que há cada vez menos casos confirmados do vírus. "Nota-se redução nos casos confirmados para covid-19 (3% na última semana) e consequente aumento de síndrome gripal causada por outros vírus", disse a instituição em nota.

Já a Beneficiência Portuguesa informou crescimento de 50% nos diagnósticos da Influenza. A rede também informou que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) atingiram 15% de todos os atendimentos realizados em dezembro, representando um aumento em relação aos três meses anteriores.

Funcionário orienta idosos na UBS Vila Barbosa, zona Norte de São Paulo, durante campanha de imunização contra Influenza em março de 2020. Vacina aplicada na campanha de imunização deste ano não é eficaz contra nova cepa da gripe em circulação Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 25/03/2020

O crescimento dos casos de pessoas com sintomas de gripe tem sido observado na capital paulista desde a semana passada, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. A secretaria informou nesta terça-feira, 14, que somente na primeira quinzena de dezembro 91.882 atendimentos de pessoas com sintomas gripais foram realizados. A média é de 6,1 mil casos por dia. Em novembro, essa mesma média foi de 3,7 mil.

Segundo a infectologista e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)Nancy Bellei, o aumento está associado ao surgimento de uma nova cepa do vírus Influenza A H3N2. Essa variante, chamada ‘Darwin’, escapa da vacina contra Influenza aplicada este ano no Brasil e está em circulação no Rio de Janeiro, que vive uma epidemia de gripe. Nancy também afirmou que no Hospital São Paulo, onde atua, 19 pessoas foram internadas em leitos clínicos nos últimos sete dias.

No Hospital Emílio Ribas, pelo menos duas pessoas diagnosticadas com Influenza estavam internadas em leitos de UTI nesta terça-feira, 14. “Os casos aumentaram nas últimas semanas. A maioria apresenta sintomas leves, mas também temos casos graves”, afirma o infectologista Jamal Suleiman, que coordena o setor epidemiológico do hospital.

Segundo os especialistas, outro fator para o aumento dos casos de gripe é o relaxamento de medidas sanitárias, como o uso da máscara e o distanciamento social, depois de quase dois anos mais graves da pandemia. Nesse período, o vírus da Influenza e outros vírus respiratórios pararam de circular - o que explica os baixos índices de gripe neste ano e em 2020.

O efeito, com o retorno da circulação do vírus, é a probabilidade maior de casos graves por conta da queda dos anticorpos. "Quando você tem gripe de vez em quando, você mantém certo estímulo para a produção de anticorpos, mas não estávamos produzindo anticorpos nesse último ano", explicou o virologista Celso Granato, diretor do Grupo Fleury.

Os hospitais privados de São Paulo registram alta de casos positivos de gripe nos primeiros 15 dias de dezembro. No Hospital Israelita Albert Einstein, 1.472 casos de Influenza A foram diagnosticados neste período, ante 63 casos na quinzena anterior, de novembro. O crescimento é de 2.236%. O Hospital Nove de Julho, da rede Dasa, e a Beneficiência Portuguesa (BP) também apresentaram alta. Na rede pública, a Secretaria Municipal de Saúde diz que a alta na média diária de atendimentos de pessoas com sintomas gripais foi de 64,8%, na comparação com o mês passado. 

No caso do Hospital Nove de Julho, a alta foi de 41%, mas a unidade não detalhou os números absolutos de pacientes. Os dados englobam todos os pacientes com suspeitas de síndrome gripal, incluindo a covid-19. Entretanto, o hospital destacou que há cada vez menos casos confirmados do vírus. "Nota-se redução nos casos confirmados para covid-19 (3% na última semana) e consequente aumento de síndrome gripal causada por outros vírus", disse a instituição em nota.

Já a Beneficiência Portuguesa informou crescimento de 50% nos diagnósticos da Influenza. A rede também informou que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) atingiram 15% de todos os atendimentos realizados em dezembro, representando um aumento em relação aos três meses anteriores.

Funcionário orienta idosos na UBS Vila Barbosa, zona Norte de São Paulo, durante campanha de imunização contra Influenza em março de 2020. Vacina aplicada na campanha de imunização deste ano não é eficaz contra nova cepa da gripe em circulação Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 25/03/2020

O crescimento dos casos de pessoas com sintomas de gripe tem sido observado na capital paulista desde a semana passada, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. A secretaria informou nesta terça-feira, 14, que somente na primeira quinzena de dezembro 91.882 atendimentos de pessoas com sintomas gripais foram realizados. A média é de 6,1 mil casos por dia. Em novembro, essa mesma média foi de 3,7 mil.

Segundo a infectologista e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)Nancy Bellei, o aumento está associado ao surgimento de uma nova cepa do vírus Influenza A H3N2. Essa variante, chamada ‘Darwin’, escapa da vacina contra Influenza aplicada este ano no Brasil e está em circulação no Rio de Janeiro, que vive uma epidemia de gripe. Nancy também afirmou que no Hospital São Paulo, onde atua, 19 pessoas foram internadas em leitos clínicos nos últimos sete dias.

No Hospital Emílio Ribas, pelo menos duas pessoas diagnosticadas com Influenza estavam internadas em leitos de UTI nesta terça-feira, 14. “Os casos aumentaram nas últimas semanas. A maioria apresenta sintomas leves, mas também temos casos graves”, afirma o infectologista Jamal Suleiman, que coordena o setor epidemiológico do hospital.

Segundo os especialistas, outro fator para o aumento dos casos de gripe é o relaxamento de medidas sanitárias, como o uso da máscara e o distanciamento social, depois de quase dois anos mais graves da pandemia. Nesse período, o vírus da Influenza e outros vírus respiratórios pararam de circular - o que explica os baixos índices de gripe neste ano e em 2020.

O efeito, com o retorno da circulação do vírus, é a probabilidade maior de casos graves por conta da queda dos anticorpos. "Quando você tem gripe de vez em quando, você mantém certo estímulo para a produção de anticorpos, mas não estávamos produzindo anticorpos nesse último ano", explicou o virologista Celso Granato, diretor do Grupo Fleury.

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