Embolia amniótica: entenda o que é o quadro grave que fez influenciadora ser internada após o parto


Quadro raro pode levar o líquido amniótico até os pulmões, causando quadros de insuficiência respiratória; influencer está entubada

Por Layla Shasta

A influenciadora Juliana Perdomo, de 34 anos, está internada em estado grave após sofrer uma embolia amniótica durante o parto de seu terceiro filho, na última sexta-feira, 26. O bebê, chamado Zac, está bem e em casa, mas a mãe, que conta com 1 milhão de seguidores na plataforma Instagram, precisou ser entubada, segundo informações da família.

Durante o parto, partes do líquido amniótico, que protege e envolve o bebê na barriga, ou tecidos do feto – incluindo desde células a partículas de cabelo – podem entrar na corrente sanguínea da mãe através da placenta. Isso desencadeia uma resposta inflamatória intensa, generalizada, e a obstrução de vasos sanguíneos, o que caracteriza a embolia por líquido amniótico (ELA).

O quadro é raro, mas tem uma taxa de mortalidade materna altíssima, com aproximadamente 80% dos casos resultando em morte, segundo o Ministério da Saúde. A reação costuma ocorrer durante o trabalho de parto e parto ou logo após.

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Juliana Pardomo foi internada em estado grave. Foto: Reprodução Instagram / @marianaperdomo_1

Quando o líquido amniótico entra na circulação da mãe, a reação inflamatória ocorre como uma resposta do organismo à presença de um corpo estranho, explica Eduardo Cordioli, diretor Técnico de Obstetrícia do Grupo Santa Joana. A substância é, então, levada até o pulmão, causando quadros de insuficiência respiratória, queda de pressão, além de choque circulatório.

A dificuldade para captar o oxigênio pode levar a um colapso cardiovascular. Também pode ocorrer coagulação intravascular disseminada (CIVD), condição que pode provocar um sangramento intenso em diferentes partes do corpo, e falência de múltiplos órgãos. O tempo passado sem oxigenação também pode deixar sequelas como déficits neurológicos.

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No caso de Juliana, o quadro evoluiu para Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA), condição na qual há acúmulo de fluidos nos sacos de ar dos pulmões, privando os órgãos de receberem oxigênio.

Arthur Oswaldo de Abreu Vianna, coordenador da Comissão Científica de Terapia Intensiva da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), explica que a SARA ocorre em casos de embolia amniótica, justamente por ela levar “restos” de células e substâncias para a circulação dos pulmões, causando danos na área onde ocorre a troca de oxigênio.

Fatores de risco

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Entre os fatores que podem aumentar o risco de ocorrência estão a idade materna mais avançada, presença de quantidade excessiva de líquido amniótico (que pode ser causado por diabetes gestacional), presença de mais de um feto, como gêmeos, placenta anormalmente aderida ao útero (placenta acreta) e lesão abdominal (eclâmpsia).

Sintomas

O quadro é súbito e imprevisível. Não há sintomas prévios e exige uma resposta imediata da equipe médica assim que a paciente apresenta as primeiras reações.

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A ocorrência aguda costuma se iniciar com falta de ar. A paciente também pode apresentar batimentos cardíacos acelerados, ritmo cardíaco irregular, pressão baixa, convulsões e parada cardíaca.

Diagnóstico

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Segundo Felipe Favorette membro da Comissão de Gestação de alto risco da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o problema é difícil de prevenir. Muitas vezes, o diagnóstico é feito pela identificação de células fetais na circulação pulmonar da mãe, mas isso geralmente ocorre após a morte, já que a condição é muito grave e tem uma alta taxa de mortalidade materna.

“Quando uma mãe apresenta sintomas como falta de ar, choque e dificuldade para respirar, a embolia amniótica é considerada em um diagnóstico por exclusão”, diz.

Tratamento

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O tratamento para a embolia por líquido amniótico (ELA) é principalmente de suporte. Isso significa que os médicos tratam os sintomas à medida que eles aparecem, explica Favorette.

“Se a paciente desenvolve insuficiência respiratória, ela será entubada e colocada em ventilação mecânica para ajudar na respiração. Se houver distúrbios de coagulação, como coagulopatia, a paciente receberá medicamentos e derivados do sangue para controlar o sangramento e corrigir esses problemas. Caso a pressão arterial caia, serão administradas drogas vasoativas para mantê-la estável”, diz.

A influenciadora Juliana Perdomo, de 34 anos, está internada em estado grave após sofrer uma embolia amniótica durante o parto de seu terceiro filho, na última sexta-feira, 26. O bebê, chamado Zac, está bem e em casa, mas a mãe, que conta com 1 milhão de seguidores na plataforma Instagram, precisou ser entubada, segundo informações da família.

Durante o parto, partes do líquido amniótico, que protege e envolve o bebê na barriga, ou tecidos do feto – incluindo desde células a partículas de cabelo – podem entrar na corrente sanguínea da mãe através da placenta. Isso desencadeia uma resposta inflamatória intensa, generalizada, e a obstrução de vasos sanguíneos, o que caracteriza a embolia por líquido amniótico (ELA).

O quadro é raro, mas tem uma taxa de mortalidade materna altíssima, com aproximadamente 80% dos casos resultando em morte, segundo o Ministério da Saúde. A reação costuma ocorrer durante o trabalho de parto e parto ou logo após.

Juliana Pardomo foi internada em estado grave. Foto: Reprodução Instagram / @marianaperdomo_1

Quando o líquido amniótico entra na circulação da mãe, a reação inflamatória ocorre como uma resposta do organismo à presença de um corpo estranho, explica Eduardo Cordioli, diretor Técnico de Obstetrícia do Grupo Santa Joana. A substância é, então, levada até o pulmão, causando quadros de insuficiência respiratória, queda de pressão, além de choque circulatório.

A dificuldade para captar o oxigênio pode levar a um colapso cardiovascular. Também pode ocorrer coagulação intravascular disseminada (CIVD), condição que pode provocar um sangramento intenso em diferentes partes do corpo, e falência de múltiplos órgãos. O tempo passado sem oxigenação também pode deixar sequelas como déficits neurológicos.

No caso de Juliana, o quadro evoluiu para Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA), condição na qual há acúmulo de fluidos nos sacos de ar dos pulmões, privando os órgãos de receberem oxigênio.

Arthur Oswaldo de Abreu Vianna, coordenador da Comissão Científica de Terapia Intensiva da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), explica que a SARA ocorre em casos de embolia amniótica, justamente por ela levar “restos” de células e substâncias para a circulação dos pulmões, causando danos na área onde ocorre a troca de oxigênio.

Fatores de risco

Entre os fatores que podem aumentar o risco de ocorrência estão a idade materna mais avançada, presença de quantidade excessiva de líquido amniótico (que pode ser causado por diabetes gestacional), presença de mais de um feto, como gêmeos, placenta anormalmente aderida ao útero (placenta acreta) e lesão abdominal (eclâmpsia).

Sintomas

O quadro é súbito e imprevisível. Não há sintomas prévios e exige uma resposta imediata da equipe médica assim que a paciente apresenta as primeiras reações.

A ocorrência aguda costuma se iniciar com falta de ar. A paciente também pode apresentar batimentos cardíacos acelerados, ritmo cardíaco irregular, pressão baixa, convulsões e parada cardíaca.

Diagnóstico

Segundo Felipe Favorette membro da Comissão de Gestação de alto risco da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o problema é difícil de prevenir. Muitas vezes, o diagnóstico é feito pela identificação de células fetais na circulação pulmonar da mãe, mas isso geralmente ocorre após a morte, já que a condição é muito grave e tem uma alta taxa de mortalidade materna.

“Quando uma mãe apresenta sintomas como falta de ar, choque e dificuldade para respirar, a embolia amniótica é considerada em um diagnóstico por exclusão”, diz.

Tratamento

O tratamento para a embolia por líquido amniótico (ELA) é principalmente de suporte. Isso significa que os médicos tratam os sintomas à medida que eles aparecem, explica Favorette.

“Se a paciente desenvolve insuficiência respiratória, ela será entubada e colocada em ventilação mecânica para ajudar na respiração. Se houver distúrbios de coagulação, como coagulopatia, a paciente receberá medicamentos e derivados do sangue para controlar o sangramento e corrigir esses problemas. Caso a pressão arterial caia, serão administradas drogas vasoativas para mantê-la estável”, diz.

A influenciadora Juliana Perdomo, de 34 anos, está internada em estado grave após sofrer uma embolia amniótica durante o parto de seu terceiro filho, na última sexta-feira, 26. O bebê, chamado Zac, está bem e em casa, mas a mãe, que conta com 1 milhão de seguidores na plataforma Instagram, precisou ser entubada, segundo informações da família.

Durante o parto, partes do líquido amniótico, que protege e envolve o bebê na barriga, ou tecidos do feto – incluindo desde células a partículas de cabelo – podem entrar na corrente sanguínea da mãe através da placenta. Isso desencadeia uma resposta inflamatória intensa, generalizada, e a obstrução de vasos sanguíneos, o que caracteriza a embolia por líquido amniótico (ELA).

O quadro é raro, mas tem uma taxa de mortalidade materna altíssima, com aproximadamente 80% dos casos resultando em morte, segundo o Ministério da Saúde. A reação costuma ocorrer durante o trabalho de parto e parto ou logo após.

Juliana Pardomo foi internada em estado grave. Foto: Reprodução Instagram / @marianaperdomo_1

Quando o líquido amniótico entra na circulação da mãe, a reação inflamatória ocorre como uma resposta do organismo à presença de um corpo estranho, explica Eduardo Cordioli, diretor Técnico de Obstetrícia do Grupo Santa Joana. A substância é, então, levada até o pulmão, causando quadros de insuficiência respiratória, queda de pressão, além de choque circulatório.

A dificuldade para captar o oxigênio pode levar a um colapso cardiovascular. Também pode ocorrer coagulação intravascular disseminada (CIVD), condição que pode provocar um sangramento intenso em diferentes partes do corpo, e falência de múltiplos órgãos. O tempo passado sem oxigenação também pode deixar sequelas como déficits neurológicos.

No caso de Juliana, o quadro evoluiu para Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA), condição na qual há acúmulo de fluidos nos sacos de ar dos pulmões, privando os órgãos de receberem oxigênio.

Arthur Oswaldo de Abreu Vianna, coordenador da Comissão Científica de Terapia Intensiva da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), explica que a SARA ocorre em casos de embolia amniótica, justamente por ela levar “restos” de células e substâncias para a circulação dos pulmões, causando danos na área onde ocorre a troca de oxigênio.

Fatores de risco

Entre os fatores que podem aumentar o risco de ocorrência estão a idade materna mais avançada, presença de quantidade excessiva de líquido amniótico (que pode ser causado por diabetes gestacional), presença de mais de um feto, como gêmeos, placenta anormalmente aderida ao útero (placenta acreta) e lesão abdominal (eclâmpsia).

Sintomas

O quadro é súbito e imprevisível. Não há sintomas prévios e exige uma resposta imediata da equipe médica assim que a paciente apresenta as primeiras reações.

A ocorrência aguda costuma se iniciar com falta de ar. A paciente também pode apresentar batimentos cardíacos acelerados, ritmo cardíaco irregular, pressão baixa, convulsões e parada cardíaca.

Diagnóstico

Segundo Felipe Favorette membro da Comissão de Gestação de alto risco da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o problema é difícil de prevenir. Muitas vezes, o diagnóstico é feito pela identificação de células fetais na circulação pulmonar da mãe, mas isso geralmente ocorre após a morte, já que a condição é muito grave e tem uma alta taxa de mortalidade materna.

“Quando uma mãe apresenta sintomas como falta de ar, choque e dificuldade para respirar, a embolia amniótica é considerada em um diagnóstico por exclusão”, diz.

Tratamento

O tratamento para a embolia por líquido amniótico (ELA) é principalmente de suporte. Isso significa que os médicos tratam os sintomas à medida que eles aparecem, explica Favorette.

“Se a paciente desenvolve insuficiência respiratória, ela será entubada e colocada em ventilação mecânica para ajudar na respiração. Se houver distúrbios de coagulação, como coagulopatia, a paciente receberá medicamentos e derivados do sangue para controlar o sangramento e corrigir esses problemas. Caso a pressão arterial caia, serão administradas drogas vasoativas para mantê-la estável”, diz.

A influenciadora Juliana Perdomo, de 34 anos, está internada em estado grave após sofrer uma embolia amniótica durante o parto de seu terceiro filho, na última sexta-feira, 26. O bebê, chamado Zac, está bem e em casa, mas a mãe, que conta com 1 milhão de seguidores na plataforma Instagram, precisou ser entubada, segundo informações da família.

Durante o parto, partes do líquido amniótico, que protege e envolve o bebê na barriga, ou tecidos do feto – incluindo desde células a partículas de cabelo – podem entrar na corrente sanguínea da mãe através da placenta. Isso desencadeia uma resposta inflamatória intensa, generalizada, e a obstrução de vasos sanguíneos, o que caracteriza a embolia por líquido amniótico (ELA).

O quadro é raro, mas tem uma taxa de mortalidade materna altíssima, com aproximadamente 80% dos casos resultando em morte, segundo o Ministério da Saúde. A reação costuma ocorrer durante o trabalho de parto e parto ou logo após.

Juliana Pardomo foi internada em estado grave. Foto: Reprodução Instagram / @marianaperdomo_1

Quando o líquido amniótico entra na circulação da mãe, a reação inflamatória ocorre como uma resposta do organismo à presença de um corpo estranho, explica Eduardo Cordioli, diretor Técnico de Obstetrícia do Grupo Santa Joana. A substância é, então, levada até o pulmão, causando quadros de insuficiência respiratória, queda de pressão, além de choque circulatório.

A dificuldade para captar o oxigênio pode levar a um colapso cardiovascular. Também pode ocorrer coagulação intravascular disseminada (CIVD), condição que pode provocar um sangramento intenso em diferentes partes do corpo, e falência de múltiplos órgãos. O tempo passado sem oxigenação também pode deixar sequelas como déficits neurológicos.

No caso de Juliana, o quadro evoluiu para Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA), condição na qual há acúmulo de fluidos nos sacos de ar dos pulmões, privando os órgãos de receberem oxigênio.

Arthur Oswaldo de Abreu Vianna, coordenador da Comissão Científica de Terapia Intensiva da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), explica que a SARA ocorre em casos de embolia amniótica, justamente por ela levar “restos” de células e substâncias para a circulação dos pulmões, causando danos na área onde ocorre a troca de oxigênio.

Fatores de risco

Entre os fatores que podem aumentar o risco de ocorrência estão a idade materna mais avançada, presença de quantidade excessiva de líquido amniótico (que pode ser causado por diabetes gestacional), presença de mais de um feto, como gêmeos, placenta anormalmente aderida ao útero (placenta acreta) e lesão abdominal (eclâmpsia).

Sintomas

O quadro é súbito e imprevisível. Não há sintomas prévios e exige uma resposta imediata da equipe médica assim que a paciente apresenta as primeiras reações.

A ocorrência aguda costuma se iniciar com falta de ar. A paciente também pode apresentar batimentos cardíacos acelerados, ritmo cardíaco irregular, pressão baixa, convulsões e parada cardíaca.

Diagnóstico

Segundo Felipe Favorette membro da Comissão de Gestação de alto risco da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o problema é difícil de prevenir. Muitas vezes, o diagnóstico é feito pela identificação de células fetais na circulação pulmonar da mãe, mas isso geralmente ocorre após a morte, já que a condição é muito grave e tem uma alta taxa de mortalidade materna.

“Quando uma mãe apresenta sintomas como falta de ar, choque e dificuldade para respirar, a embolia amniótica é considerada em um diagnóstico por exclusão”, diz.

Tratamento

O tratamento para a embolia por líquido amniótico (ELA) é principalmente de suporte. Isso significa que os médicos tratam os sintomas à medida que eles aparecem, explica Favorette.

“Se a paciente desenvolve insuficiência respiratória, ela será entubada e colocada em ventilação mecânica para ajudar na respiração. Se houver distúrbios de coagulação, como coagulopatia, a paciente receberá medicamentos e derivados do sangue para controlar o sangramento e corrigir esses problemas. Caso a pressão arterial caia, serão administradas drogas vasoativas para mantê-la estável”, diz.

A influenciadora Juliana Perdomo, de 34 anos, está internada em estado grave após sofrer uma embolia amniótica durante o parto de seu terceiro filho, na última sexta-feira, 26. O bebê, chamado Zac, está bem e em casa, mas a mãe, que conta com 1 milhão de seguidores na plataforma Instagram, precisou ser entubada, segundo informações da família.

Durante o parto, partes do líquido amniótico, que protege e envolve o bebê na barriga, ou tecidos do feto – incluindo desde células a partículas de cabelo – podem entrar na corrente sanguínea da mãe através da placenta. Isso desencadeia uma resposta inflamatória intensa, generalizada, e a obstrução de vasos sanguíneos, o que caracteriza a embolia por líquido amniótico (ELA).

O quadro é raro, mas tem uma taxa de mortalidade materna altíssima, com aproximadamente 80% dos casos resultando em morte, segundo o Ministério da Saúde. A reação costuma ocorrer durante o trabalho de parto e parto ou logo após.

Juliana Pardomo foi internada em estado grave. Foto: Reprodução Instagram / @marianaperdomo_1

Quando o líquido amniótico entra na circulação da mãe, a reação inflamatória ocorre como uma resposta do organismo à presença de um corpo estranho, explica Eduardo Cordioli, diretor Técnico de Obstetrícia do Grupo Santa Joana. A substância é, então, levada até o pulmão, causando quadros de insuficiência respiratória, queda de pressão, além de choque circulatório.

A dificuldade para captar o oxigênio pode levar a um colapso cardiovascular. Também pode ocorrer coagulação intravascular disseminada (CIVD), condição que pode provocar um sangramento intenso em diferentes partes do corpo, e falência de múltiplos órgãos. O tempo passado sem oxigenação também pode deixar sequelas como déficits neurológicos.

No caso de Juliana, o quadro evoluiu para Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA), condição na qual há acúmulo de fluidos nos sacos de ar dos pulmões, privando os órgãos de receberem oxigênio.

Arthur Oswaldo de Abreu Vianna, coordenador da Comissão Científica de Terapia Intensiva da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), explica que a SARA ocorre em casos de embolia amniótica, justamente por ela levar “restos” de células e substâncias para a circulação dos pulmões, causando danos na área onde ocorre a troca de oxigênio.

Fatores de risco

Entre os fatores que podem aumentar o risco de ocorrência estão a idade materna mais avançada, presença de quantidade excessiva de líquido amniótico (que pode ser causado por diabetes gestacional), presença de mais de um feto, como gêmeos, placenta anormalmente aderida ao útero (placenta acreta) e lesão abdominal (eclâmpsia).

Sintomas

O quadro é súbito e imprevisível. Não há sintomas prévios e exige uma resposta imediata da equipe médica assim que a paciente apresenta as primeiras reações.

A ocorrência aguda costuma se iniciar com falta de ar. A paciente também pode apresentar batimentos cardíacos acelerados, ritmo cardíaco irregular, pressão baixa, convulsões e parada cardíaca.

Diagnóstico

Segundo Felipe Favorette membro da Comissão de Gestação de alto risco da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o problema é difícil de prevenir. Muitas vezes, o diagnóstico é feito pela identificação de células fetais na circulação pulmonar da mãe, mas isso geralmente ocorre após a morte, já que a condição é muito grave e tem uma alta taxa de mortalidade materna.

“Quando uma mãe apresenta sintomas como falta de ar, choque e dificuldade para respirar, a embolia amniótica é considerada em um diagnóstico por exclusão”, diz.

Tratamento

O tratamento para a embolia por líquido amniótico (ELA) é principalmente de suporte. Isso significa que os médicos tratam os sintomas à medida que eles aparecem, explica Favorette.

“Se a paciente desenvolve insuficiência respiratória, ela será entubada e colocada em ventilação mecânica para ajudar na respiração. Se houver distúrbios de coagulação, como coagulopatia, a paciente receberá medicamentos e derivados do sangue para controlar o sangramento e corrigir esses problemas. Caso a pressão arterial caia, serão administradas drogas vasoativas para mantê-la estável”, diz.

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