Enquanto há vida, há louça: por que manter uma casa bagunçada, mas funcional


KC Davis, terapeuta profissional e escritora, dá dicas práticas sobre tarefas domésticas e saúde mental e defende que as pessoas tenham uma casa “que cuide delas”

Por Jandra Sutton

As tarefas domésticas nunca acabam. Assim que você risca o último item da lista afazeres, surge uma nova tarefa. Os pratos se acumulam. Os pisos ficam sujos. O cesto se enche de roupa para lavar. A internet está cheia de dicas para deixar a arrumação da casa mais fácil e rápida, mas cadê a solução para o cansaço com os intermináveis cuidados domésticos?

Este é o nicho que KC Davis, terapeuta profissional licenciada e autora do best-seller How to Keep House While Drowning, pretende preencher – e ela claramente acertou na mosca. No TikTok, suas dicas práticas e simpáticas sobre tarefas domésticas e saúde mental atraíram 1,5 milhão de seguidores. Um de seus vídeos mais populares, “Por que você não precisa mudar quem você é para ter uma casa funcional”, tem 11,6 milhões de visualizações.

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Mãe em Houston, ela começou a divulgar suas dificuldades para equilibrar saúde mental e cuidados domiciliares nas redes sociais há alguns anos. Era o início da pandemia e seu segundo filho tinha acabado de nascer. Foi uma época exaustiva. Hoje, ela administra a plataforma de saúde mental Struggle Care. E diz que quer que seus seguidores entendam que casa bagunçada não é motivo para se envergonhar. “Quero que as pessoas parem de cuidar da casa e comecem a criar uma casa que cuide delas”, diz ela sobre sua missão de mudar o debate sobre limpeza. Perguntamos a ela como começar.

Por que as pessoas devem se concentrar em criar uma casa funcional, em vez de uma casa superlimpa?

Davis define uma casa funcional como aquela que permite que você e sua família vivam e operem confortavelmente dentro dela, não aquela que se encaixa na definição de “limpa” de outra pessoa. “Vemos o cuidado da casa como uma espécie de reflexo de nosso valor como pessoa”, diz Davis, o que pode dificultar ainda mais a manutenção do lar. Esteja você trabalhando, cuidando das crianças, lidando com problemas de saúde mental ou todos os itens acima, Davis explica que não conseguir “controlar” as tarefas pode gerar um ciclo de feedback negativo. Quando você perde o controle, muitas vezes sente que não é o suficiente – o que pode dificultar ainda mais as coisas.

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Em vez disso, Davis recomenda mudar de perspectiva. “Espaço é só espaço”, diz ela. “Quero abandonar a ideia de ‘desempenho’ nas tarefas domésticas”.

O que você deve fazer se sentir que não consegue cuidar do mínimo necessário?

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Se tudo parecer pesado demais – se a pia e as bancadas da cozinha estiverem sempre cheias de pratos ou os brinquedos das crianças se espalharem pela casa –, Davis recomenda identificar “tarefas fechadas”. Escolha de uma a cinco coisas – como encher a máquina de lavar louça, limpar as bancadas ou arrumar a cama – que você possa fazer todos os dias, seja logo pela manhã ou antes de dormir. “E não se preocupe com mais nada.”

Começar simples, ela explica, é a chave para não desistir. “Estamos começando num lugar muito diferente do que, tipo, a maioria dos organizadores ou especialistas em limpeza, porque boa parte do problema é aquela batalha mental e emocional”, diz.

E se você estiver mantendo a casa relativamente limpa, mas ainda estiver sofrendo com a desordem?

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“Sempre recomendo meu método das cinco coisas como um ótimo ponto de partida, porque para mim é a ferramenta mais rápida para deixar os espaços habitáveis”, diz Davis. A abordagem envolve o foco em cinco grandes categorias de itens que resultam em casa bagunçada: lixo, pratos, roupas, coisas com um lugar e coisas sem lugar.

Ao reduzir as tarefas de arrumação a essas categorias, Davis diz que você sentirá menos sobrecarga e mais capacidade de lidar com as bagunças à medida que elas surgirem – sem a necessidade de um compromisso assustador de longo prazo. Isso é particularmente útil para pessoas que enfrentam bagunças maiores do que o normal, e Davis recomenda começar com o lixo. Reúna tudo numa mesma pilha e passe para a próxima categoria: lavanderia. Não se preocupe em sair do lugar (para levar o lixo para fora, por exemplo) até terminar cada categoria – assim você não se distrai.

E se você vem mantendo a casa bem limpa, mas não aguenta mais de exaustão?

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Se você está mantendo a casa organizada e não aguenta mais o cansaço, Davis incentiva “jogar a cartilha fora” e reavaliar tarefas que não servem a um propósito funcional para você – como aspirar a casa todos os dias ou dobrar a roupa antes de guardá-la. .

Embora esse último ponto em particular possa parecer controverso, Davis descobriu que o método tradicional de dobrar e separar roupas limpas não funcionava para sua família, especialmente com duas crianças pequenas. Em vez disso, ela desenvolveu um sistema de lavanderia “sem dobra”, que envolve separar as roupas em cestos para cada membro da família e pendurar o restante num armário compartilhado. Agora ela leva apenas alguns minutos para arrumar toda uma carga de roupa.

Como decidir o que é necessário para um espaço funcional e o que não é?

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Escolha um grupo de tarefas para fazer no dia, se for o caso - como lavar a louça ou varrer o chão Foto: Anna Syla/Unsplash.con

Davis enfatiza que a definição de funcional é diferente para cada pessoa, mas é importante separar o que realmente afeta sua capacidade de funcionar das coisas que apenas parecem que afetam.

“Será que realmente afeta meu funcionamento se, tipo, tiver um pouco de sujeira e poeira no chão?”, ela pergunta. Mas Davis reconhece que a resposta pode ser diferente para outras pessoas. “Quando digo isso, sempre tem alguém que fica, tipo, ok, mas chão limpo é funcional para mim porque não consigo não ver a sujeira.”

Nesses casos, ela sugere buscar outras formas de “desencanar”. Se pisos limpos são realmente importantes para você, talvez você possa aliviar sua rotina de lavanderia. “Se você está limpando ou mantendo as coisas em ordem como forma de controlar sua ansiedade”, acrescenta ela, “você merece melhores habilidades e ferramentas de enfrentamento”.

Qual é o maior erro que as pessoas cometem ao fazer essas mudanças no estilo de vida?

“Não dá para mudar tudo da noite para o dia”, diz Davis. Em vez disso, “devemos fazer a menor mudança funcional possível”. Quer um exemplo? Concentre-se em resolver os problemas onde eles aparecem.

Se os membros da sua família deixam os sapatos numa grande pilha na porta da frente, não exija que todos coloquem os sapatos numa prateleira dentro do armário, diz Davis. Em vez disso, escolha uma estratégia que pareça mais intuitiva, como colocar uma cesta para guardar sapatos onde a pilha geralmente se forma. Da mesma forma, se você ou alguém da sua casa tem o hábito de deixar a roupa suja em determinado local do chão, mova o cesto para lá.

E se alguém em casa estiver relutante em colaborar?

Converse com seu parceiro sobre a divisão do trabalho doméstico, mas lembre-se de que a versão de funcionalidade de uma pessoa nunca será exatamente igual à de outra. “Temos que ter uma conversa onde todo mundo concorda em vir à mesa e conversar a respeito”, diz.

TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

As tarefas domésticas nunca acabam. Assim que você risca o último item da lista afazeres, surge uma nova tarefa. Os pratos se acumulam. Os pisos ficam sujos. O cesto se enche de roupa para lavar. A internet está cheia de dicas para deixar a arrumação da casa mais fácil e rápida, mas cadê a solução para o cansaço com os intermináveis cuidados domésticos?

Este é o nicho que KC Davis, terapeuta profissional licenciada e autora do best-seller How to Keep House While Drowning, pretende preencher – e ela claramente acertou na mosca. No TikTok, suas dicas práticas e simpáticas sobre tarefas domésticas e saúde mental atraíram 1,5 milhão de seguidores. Um de seus vídeos mais populares, “Por que você não precisa mudar quem você é para ter uma casa funcional”, tem 11,6 milhões de visualizações.

Mãe em Houston, ela começou a divulgar suas dificuldades para equilibrar saúde mental e cuidados domiciliares nas redes sociais há alguns anos. Era o início da pandemia e seu segundo filho tinha acabado de nascer. Foi uma época exaustiva. Hoje, ela administra a plataforma de saúde mental Struggle Care. E diz que quer que seus seguidores entendam que casa bagunçada não é motivo para se envergonhar. “Quero que as pessoas parem de cuidar da casa e comecem a criar uma casa que cuide delas”, diz ela sobre sua missão de mudar o debate sobre limpeza. Perguntamos a ela como começar.

Por que as pessoas devem se concentrar em criar uma casa funcional, em vez de uma casa superlimpa?

Davis define uma casa funcional como aquela que permite que você e sua família vivam e operem confortavelmente dentro dela, não aquela que se encaixa na definição de “limpa” de outra pessoa. “Vemos o cuidado da casa como uma espécie de reflexo de nosso valor como pessoa”, diz Davis, o que pode dificultar ainda mais a manutenção do lar. Esteja você trabalhando, cuidando das crianças, lidando com problemas de saúde mental ou todos os itens acima, Davis explica que não conseguir “controlar” as tarefas pode gerar um ciclo de feedback negativo. Quando você perde o controle, muitas vezes sente que não é o suficiente – o que pode dificultar ainda mais as coisas.

Em vez disso, Davis recomenda mudar de perspectiva. “Espaço é só espaço”, diz ela. “Quero abandonar a ideia de ‘desempenho’ nas tarefas domésticas”.

O que você deve fazer se sentir que não consegue cuidar do mínimo necessário?

Se tudo parecer pesado demais – se a pia e as bancadas da cozinha estiverem sempre cheias de pratos ou os brinquedos das crianças se espalharem pela casa –, Davis recomenda identificar “tarefas fechadas”. Escolha de uma a cinco coisas – como encher a máquina de lavar louça, limpar as bancadas ou arrumar a cama – que você possa fazer todos os dias, seja logo pela manhã ou antes de dormir. “E não se preocupe com mais nada.”

Começar simples, ela explica, é a chave para não desistir. “Estamos começando num lugar muito diferente do que, tipo, a maioria dos organizadores ou especialistas em limpeza, porque boa parte do problema é aquela batalha mental e emocional”, diz.

E se você estiver mantendo a casa relativamente limpa, mas ainda estiver sofrendo com a desordem?

“Sempre recomendo meu método das cinco coisas como um ótimo ponto de partida, porque para mim é a ferramenta mais rápida para deixar os espaços habitáveis”, diz Davis. A abordagem envolve o foco em cinco grandes categorias de itens que resultam em casa bagunçada: lixo, pratos, roupas, coisas com um lugar e coisas sem lugar.

Ao reduzir as tarefas de arrumação a essas categorias, Davis diz que você sentirá menos sobrecarga e mais capacidade de lidar com as bagunças à medida que elas surgirem – sem a necessidade de um compromisso assustador de longo prazo. Isso é particularmente útil para pessoas que enfrentam bagunças maiores do que o normal, e Davis recomenda começar com o lixo. Reúna tudo numa mesma pilha e passe para a próxima categoria: lavanderia. Não se preocupe em sair do lugar (para levar o lixo para fora, por exemplo) até terminar cada categoria – assim você não se distrai.

E se você vem mantendo a casa bem limpa, mas não aguenta mais de exaustão?

Se você está mantendo a casa organizada e não aguenta mais o cansaço, Davis incentiva “jogar a cartilha fora” e reavaliar tarefas que não servem a um propósito funcional para você – como aspirar a casa todos os dias ou dobrar a roupa antes de guardá-la. .

Embora esse último ponto em particular possa parecer controverso, Davis descobriu que o método tradicional de dobrar e separar roupas limpas não funcionava para sua família, especialmente com duas crianças pequenas. Em vez disso, ela desenvolveu um sistema de lavanderia “sem dobra”, que envolve separar as roupas em cestos para cada membro da família e pendurar o restante num armário compartilhado. Agora ela leva apenas alguns minutos para arrumar toda uma carga de roupa.

Como decidir o que é necessário para um espaço funcional e o que não é?

Escolha um grupo de tarefas para fazer no dia, se for o caso - como lavar a louça ou varrer o chão Foto: Anna Syla/Unsplash.con

Davis enfatiza que a definição de funcional é diferente para cada pessoa, mas é importante separar o que realmente afeta sua capacidade de funcionar das coisas que apenas parecem que afetam.

“Será que realmente afeta meu funcionamento se, tipo, tiver um pouco de sujeira e poeira no chão?”, ela pergunta. Mas Davis reconhece que a resposta pode ser diferente para outras pessoas. “Quando digo isso, sempre tem alguém que fica, tipo, ok, mas chão limpo é funcional para mim porque não consigo não ver a sujeira.”

Nesses casos, ela sugere buscar outras formas de “desencanar”. Se pisos limpos são realmente importantes para você, talvez você possa aliviar sua rotina de lavanderia. “Se você está limpando ou mantendo as coisas em ordem como forma de controlar sua ansiedade”, acrescenta ela, “você merece melhores habilidades e ferramentas de enfrentamento”.

Qual é o maior erro que as pessoas cometem ao fazer essas mudanças no estilo de vida?

“Não dá para mudar tudo da noite para o dia”, diz Davis. Em vez disso, “devemos fazer a menor mudança funcional possível”. Quer um exemplo? Concentre-se em resolver os problemas onde eles aparecem.

Se os membros da sua família deixam os sapatos numa grande pilha na porta da frente, não exija que todos coloquem os sapatos numa prateleira dentro do armário, diz Davis. Em vez disso, escolha uma estratégia que pareça mais intuitiva, como colocar uma cesta para guardar sapatos onde a pilha geralmente se forma. Da mesma forma, se você ou alguém da sua casa tem o hábito de deixar a roupa suja em determinado local do chão, mova o cesto para lá.

E se alguém em casa estiver relutante em colaborar?

Converse com seu parceiro sobre a divisão do trabalho doméstico, mas lembre-se de que a versão de funcionalidade de uma pessoa nunca será exatamente igual à de outra. “Temos que ter uma conversa onde todo mundo concorda em vir à mesa e conversar a respeito”, diz.

TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

As tarefas domésticas nunca acabam. Assim que você risca o último item da lista afazeres, surge uma nova tarefa. Os pratos se acumulam. Os pisos ficam sujos. O cesto se enche de roupa para lavar. A internet está cheia de dicas para deixar a arrumação da casa mais fácil e rápida, mas cadê a solução para o cansaço com os intermináveis cuidados domésticos?

Este é o nicho que KC Davis, terapeuta profissional licenciada e autora do best-seller How to Keep House While Drowning, pretende preencher – e ela claramente acertou na mosca. No TikTok, suas dicas práticas e simpáticas sobre tarefas domésticas e saúde mental atraíram 1,5 milhão de seguidores. Um de seus vídeos mais populares, “Por que você não precisa mudar quem você é para ter uma casa funcional”, tem 11,6 milhões de visualizações.

Mãe em Houston, ela começou a divulgar suas dificuldades para equilibrar saúde mental e cuidados domiciliares nas redes sociais há alguns anos. Era o início da pandemia e seu segundo filho tinha acabado de nascer. Foi uma época exaustiva. Hoje, ela administra a plataforma de saúde mental Struggle Care. E diz que quer que seus seguidores entendam que casa bagunçada não é motivo para se envergonhar. “Quero que as pessoas parem de cuidar da casa e comecem a criar uma casa que cuide delas”, diz ela sobre sua missão de mudar o debate sobre limpeza. Perguntamos a ela como começar.

Por que as pessoas devem se concentrar em criar uma casa funcional, em vez de uma casa superlimpa?

Davis define uma casa funcional como aquela que permite que você e sua família vivam e operem confortavelmente dentro dela, não aquela que se encaixa na definição de “limpa” de outra pessoa. “Vemos o cuidado da casa como uma espécie de reflexo de nosso valor como pessoa”, diz Davis, o que pode dificultar ainda mais a manutenção do lar. Esteja você trabalhando, cuidando das crianças, lidando com problemas de saúde mental ou todos os itens acima, Davis explica que não conseguir “controlar” as tarefas pode gerar um ciclo de feedback negativo. Quando você perde o controle, muitas vezes sente que não é o suficiente – o que pode dificultar ainda mais as coisas.

Em vez disso, Davis recomenda mudar de perspectiva. “Espaço é só espaço”, diz ela. “Quero abandonar a ideia de ‘desempenho’ nas tarefas domésticas”.

O que você deve fazer se sentir que não consegue cuidar do mínimo necessário?

Se tudo parecer pesado demais – se a pia e as bancadas da cozinha estiverem sempre cheias de pratos ou os brinquedos das crianças se espalharem pela casa –, Davis recomenda identificar “tarefas fechadas”. Escolha de uma a cinco coisas – como encher a máquina de lavar louça, limpar as bancadas ou arrumar a cama – que você possa fazer todos os dias, seja logo pela manhã ou antes de dormir. “E não se preocupe com mais nada.”

Começar simples, ela explica, é a chave para não desistir. “Estamos começando num lugar muito diferente do que, tipo, a maioria dos organizadores ou especialistas em limpeza, porque boa parte do problema é aquela batalha mental e emocional”, diz.

E se você estiver mantendo a casa relativamente limpa, mas ainda estiver sofrendo com a desordem?

“Sempre recomendo meu método das cinco coisas como um ótimo ponto de partida, porque para mim é a ferramenta mais rápida para deixar os espaços habitáveis”, diz Davis. A abordagem envolve o foco em cinco grandes categorias de itens que resultam em casa bagunçada: lixo, pratos, roupas, coisas com um lugar e coisas sem lugar.

Ao reduzir as tarefas de arrumação a essas categorias, Davis diz que você sentirá menos sobrecarga e mais capacidade de lidar com as bagunças à medida que elas surgirem – sem a necessidade de um compromisso assustador de longo prazo. Isso é particularmente útil para pessoas que enfrentam bagunças maiores do que o normal, e Davis recomenda começar com o lixo. Reúna tudo numa mesma pilha e passe para a próxima categoria: lavanderia. Não se preocupe em sair do lugar (para levar o lixo para fora, por exemplo) até terminar cada categoria – assim você não se distrai.

E se você vem mantendo a casa bem limpa, mas não aguenta mais de exaustão?

Se você está mantendo a casa organizada e não aguenta mais o cansaço, Davis incentiva “jogar a cartilha fora” e reavaliar tarefas que não servem a um propósito funcional para você – como aspirar a casa todos os dias ou dobrar a roupa antes de guardá-la. .

Embora esse último ponto em particular possa parecer controverso, Davis descobriu que o método tradicional de dobrar e separar roupas limpas não funcionava para sua família, especialmente com duas crianças pequenas. Em vez disso, ela desenvolveu um sistema de lavanderia “sem dobra”, que envolve separar as roupas em cestos para cada membro da família e pendurar o restante num armário compartilhado. Agora ela leva apenas alguns minutos para arrumar toda uma carga de roupa.

Como decidir o que é necessário para um espaço funcional e o que não é?

Escolha um grupo de tarefas para fazer no dia, se for o caso - como lavar a louça ou varrer o chão Foto: Anna Syla/Unsplash.con

Davis enfatiza que a definição de funcional é diferente para cada pessoa, mas é importante separar o que realmente afeta sua capacidade de funcionar das coisas que apenas parecem que afetam.

“Será que realmente afeta meu funcionamento se, tipo, tiver um pouco de sujeira e poeira no chão?”, ela pergunta. Mas Davis reconhece que a resposta pode ser diferente para outras pessoas. “Quando digo isso, sempre tem alguém que fica, tipo, ok, mas chão limpo é funcional para mim porque não consigo não ver a sujeira.”

Nesses casos, ela sugere buscar outras formas de “desencanar”. Se pisos limpos são realmente importantes para você, talvez você possa aliviar sua rotina de lavanderia. “Se você está limpando ou mantendo as coisas em ordem como forma de controlar sua ansiedade”, acrescenta ela, “você merece melhores habilidades e ferramentas de enfrentamento”.

Qual é o maior erro que as pessoas cometem ao fazer essas mudanças no estilo de vida?

“Não dá para mudar tudo da noite para o dia”, diz Davis. Em vez disso, “devemos fazer a menor mudança funcional possível”. Quer um exemplo? Concentre-se em resolver os problemas onde eles aparecem.

Se os membros da sua família deixam os sapatos numa grande pilha na porta da frente, não exija que todos coloquem os sapatos numa prateleira dentro do armário, diz Davis. Em vez disso, escolha uma estratégia que pareça mais intuitiva, como colocar uma cesta para guardar sapatos onde a pilha geralmente se forma. Da mesma forma, se você ou alguém da sua casa tem o hábito de deixar a roupa suja em determinado local do chão, mova o cesto para lá.

E se alguém em casa estiver relutante em colaborar?

Converse com seu parceiro sobre a divisão do trabalho doméstico, mas lembre-se de que a versão de funcionalidade de uma pessoa nunca será exatamente igual à de outra. “Temos que ter uma conversa onde todo mundo concorda em vir à mesa e conversar a respeito”, diz.

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