Está dormindo o suficiente, mas ainda se sente exausto? Veja 7 tipos de descanso que podem ajudar


Depois de sofrer um burnout e perceber que dormir não é sinônimo de descansar, médica se dedicou a estudar o assunto; agora, ela compartilha o que descobriu

Por L'Oreal Thompson Payton

A médica Saundra Dalton-Smith estava exausta quando escreveu seu livro sobre descanso. Depois de cinco anos de prática clínica em medicina interna e cuidando de dois filhos pequenos, a autora de Sacred Rest [algo como “Descanso sagrado”, em tradução direta] passou por um caso extremo de burnout. No começo, ela achou que só precisava dormir mais.

“Naquele momento, ninguém falava muito sobre burnout. A conversa girava em torno do sono”, lembra Saundra. “Isso foi na época em que Arianna Huffington estava fazendo a grande revolução do sono. Então, quando me senti esgotada, meu processo de pensamento se baseou em pesquisas que diziam que, se eu tivesse um sono adequado e de alta qualidade, não deveria mais me sentir esgotada”.

Foi então que a médica começou a se aprofundar um pouco mais. Embora os Centros de Controle e Prevenção de Doenças recomendem pelo menos sete horas de sono por dia, Saundra descobriu que nem mesmo nove horas de repouso eram suficientes.

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Dormir nem sempre é a solução para amenizar a sensação de cansaço extremo.  Foto: khosrork/Adobe Stock

“Eu estava tendo sete, oito, nove horas de sono de alta qualidade, documentadas em laboratórios de sono. Quer dizer, eu estava fanática pelo assunto porque estava tentando descobrir como resolver o problema”, diz ela. “O que fazer quando você dorme oito horas e tudo diz que você teve um sono perfeito, mas ainda assim você está exausta?”

Foi então que ela percebeu que dormir não é sinônimo de descansar. Depois de passar por vários testes que determinaram que não havia nada de errado com ela do ponto de vista médico, Saundra começou a pensar em outras maneiras pelas quais as pessoas podem ficar exaustas. E foi aí que nasceu seus revolucionários “7 tipos de descanso”.

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“Comecei a fazer essa pergunta que virou a base do meu trabalho: que tipo de cansaço eu tenho?”, diz ela. “E isso me levou a uma jornada para perceber que, se estou me sentindo exausta, algo deve estar sendo drenado. O que exatamente foi drenado? Se eu conseguisse descobrir, então poderia reconstruir esse reservatório para voltar a me sentir saudável”.

Os 7 tipos de descanso

A premissa é simples: para se sentir descansado, você precisa devolver a energia aos locais onde ela foi esgotada. Depois de fazer uma lista de todas as maneiras pelas quais ela se sentia exausta, Saundra determinou que há sete tipos de descanso de que todos nós precisamos para nos sentirmos bem e com mais energia. Esses sete tipos são:

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  • Físico
  • Mental
  • Sensorial
  • Criativo
  • Emocional
  • Social
  • Espiritual

“Quando analisei a fisiologia de algumas das coisas que escrevi, havia uma sobreposição na fisiologia e na forma como o corpo funciona”, explica Saundra.

“As pessoas me perguntam se o descanso mental e o emocional são a mesma coisa, e eu digo que não. Se pensarmos bem, mental, emocional e sensorial têm a ver com o cérebro ou com o sistema nervoso, mas são afetados de maneiras completamente distintas. Então esta era a minha abordagem: a fisiologia, a psicologia e os aspectos ambientais de cada tipo de descanso”.

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De que tipo de descanso você precisa?

Para determinar o tipo de descanso de que você precisa, é necessário fazer uma avaliação pessoal. Para ajudar, Saundra desenvolveu um questionário online que pode ajudar você a chegar à raiz de sua exaustão. Se você preferir uma abordagem off-line, Dalton-Smith sugere começar pela conscientização.

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“Começa com a consciência de que você pode estar cansado de maneiras diferentes”, diz ela. “A maioria das pessoas nunca pensou sobre esgotamento criativo ou social”.

Em seguida, Saundra convida as pessoas a pensarem em todas as maneiras pelas quais gastam energia ao longo do dia – tanto no trabalho quanto na vida cotidiana – e a considerarem onde não têm um sistema para repor essa energia específica.

“A maioria das pessoas não precisa se concentrar em todos os sete tipos de descanso”, diz. “A maioria já faz algumas dessas coisas naturalmente. Mas, em geral, quando estão cansadas, há um ou dois tipos sobre os quais elas não pensaram, e essas coisas podem ser a raiz do problema, porque as pessoas não estão fazendo nada para melhorar nessa área”.

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Se você acha que precisa de descanso em todas as sete categorias, Saundra sugere começar pela área de maior déficit. Depois de analisar honestamente onde está gastando mais energia, você pode começar a pensar em maneiras de reabastecer essa área.

“Quando você começa a preencher a área que está mais esgotada, começa a se sentir melhor só de melhorar o maior déficit de descanso”, diz ela.

Desenvolvendo sua estratégia pessoal de descanso

“Se você vive em alta performance, não consegue continuar funcionando em ritmo acelerado por muito tempo sem se restaurar”, explica Saundra. “Então, se você quiser ter sustentabilidade, inovação contínua e um alto nível de desempenho na sua carreira, será necessário ter uma estratégia de descanso”.

Isso não significa necessariamente pedir mais horas de folga ou tirar férias mais longas ou até mesmo um período sabático. A estratégia de descanso mais benéfica é aquela que você pode incorporar à sua vida diária, diz Saundra.

“Os processos restaurativos podem ser integrados à nossa vida”, continua. “Para mim, é nisso que a integração entre trabalho e vida pessoal deve se concentrar”.

Cada tipo de descanso tem um conjunto de práticas restaurativas correspondentes que também é específico para cada pessoa e para o tipo de ambiente em que ela se encontra. Por exemplo, uma pessoa que trabalha em um escritório barulhento pode estar usando muita energia sensorial para eliminar o ruído de fundo e bloquear as conversas que acontecem perto dela.

“Esse processo de ajuste gasta muita energia”, diz Dalton-Smith. “Seu cérebro trabalha ativamente para filtrar o ruído. Se você faz isso durante oito horas por dia, é muito provável que apresente alguns sintomas de sobrecarga sensorial, como irritação e agitação – experiências psicológicas que surgem quando você está sobrecarregado sensorialmente”.

Nesse caso, Dalton-Smith recomenda o uso de fones de ouvido com cancelamento de ruído. O segredo, no entanto, não é tocar música, embora o ruído branco possa ajudar você a se concentrar.

“Não há necessidade de se sobrecarregar em termos sensoriais nessa situação, especialmente se estiver precisando se concentrar”, diz ela. “Você vai liberar o espaço e a energia do cérebro se tiver consciência de como está usando a energia”.

Para as pessoas que usam uma grande quantidade de energia criativa e mental ao longo do dia para resolver problemas, Dalton-Smith sugere que procurem atividades de atenção plena, como caminhada, corrida, ioga ou meditação.

“A maioria das habilidades de liderança pode ser otimizada com melhores práticas de restauração. Nossa comunicação melhora quando temos mais práticas de descanso emocional e social incorporadas à nossa vida. Nossa capacidade de pensar fora da caixa e de sermos mais inovadores melhora com um descanso criativo melhor. A maneira como nos sentimos em nossos corpos melhora com um descanso físico melhor”, diz ela. “Se os atletas de alto nível precisam entender o descanso e a restauração para ter o melhor desempenho possível, será que todos os outros cargos de alto nível não precisariam das mesmas informações?” / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

A médica Saundra Dalton-Smith estava exausta quando escreveu seu livro sobre descanso. Depois de cinco anos de prática clínica em medicina interna e cuidando de dois filhos pequenos, a autora de Sacred Rest [algo como “Descanso sagrado”, em tradução direta] passou por um caso extremo de burnout. No começo, ela achou que só precisava dormir mais.

“Naquele momento, ninguém falava muito sobre burnout. A conversa girava em torno do sono”, lembra Saundra. “Isso foi na época em que Arianna Huffington estava fazendo a grande revolução do sono. Então, quando me senti esgotada, meu processo de pensamento se baseou em pesquisas que diziam que, se eu tivesse um sono adequado e de alta qualidade, não deveria mais me sentir esgotada”.

Foi então que a médica começou a se aprofundar um pouco mais. Embora os Centros de Controle e Prevenção de Doenças recomendem pelo menos sete horas de sono por dia, Saundra descobriu que nem mesmo nove horas de repouso eram suficientes.

Dormir nem sempre é a solução para amenizar a sensação de cansaço extremo.  Foto: khosrork/Adobe Stock

“Eu estava tendo sete, oito, nove horas de sono de alta qualidade, documentadas em laboratórios de sono. Quer dizer, eu estava fanática pelo assunto porque estava tentando descobrir como resolver o problema”, diz ela. “O que fazer quando você dorme oito horas e tudo diz que você teve um sono perfeito, mas ainda assim você está exausta?”

Foi então que ela percebeu que dormir não é sinônimo de descansar. Depois de passar por vários testes que determinaram que não havia nada de errado com ela do ponto de vista médico, Saundra começou a pensar em outras maneiras pelas quais as pessoas podem ficar exaustas. E foi aí que nasceu seus revolucionários “7 tipos de descanso”.

“Comecei a fazer essa pergunta que virou a base do meu trabalho: que tipo de cansaço eu tenho?”, diz ela. “E isso me levou a uma jornada para perceber que, se estou me sentindo exausta, algo deve estar sendo drenado. O que exatamente foi drenado? Se eu conseguisse descobrir, então poderia reconstruir esse reservatório para voltar a me sentir saudável”.

Os 7 tipos de descanso

A premissa é simples: para se sentir descansado, você precisa devolver a energia aos locais onde ela foi esgotada. Depois de fazer uma lista de todas as maneiras pelas quais ela se sentia exausta, Saundra determinou que há sete tipos de descanso de que todos nós precisamos para nos sentirmos bem e com mais energia. Esses sete tipos são:

  • Físico
  • Mental
  • Sensorial
  • Criativo
  • Emocional
  • Social
  • Espiritual

“Quando analisei a fisiologia de algumas das coisas que escrevi, havia uma sobreposição na fisiologia e na forma como o corpo funciona”, explica Saundra.

“As pessoas me perguntam se o descanso mental e o emocional são a mesma coisa, e eu digo que não. Se pensarmos bem, mental, emocional e sensorial têm a ver com o cérebro ou com o sistema nervoso, mas são afetados de maneiras completamente distintas. Então esta era a minha abordagem: a fisiologia, a psicologia e os aspectos ambientais de cada tipo de descanso”.

De que tipo de descanso você precisa?

Para determinar o tipo de descanso de que você precisa, é necessário fazer uma avaliação pessoal. Para ajudar, Saundra desenvolveu um questionário online que pode ajudar você a chegar à raiz de sua exaustão. Se você preferir uma abordagem off-line, Dalton-Smith sugere começar pela conscientização.

“Começa com a consciência de que você pode estar cansado de maneiras diferentes”, diz ela. “A maioria das pessoas nunca pensou sobre esgotamento criativo ou social”.

Em seguida, Saundra convida as pessoas a pensarem em todas as maneiras pelas quais gastam energia ao longo do dia – tanto no trabalho quanto na vida cotidiana – e a considerarem onde não têm um sistema para repor essa energia específica.

“A maioria das pessoas não precisa se concentrar em todos os sete tipos de descanso”, diz. “A maioria já faz algumas dessas coisas naturalmente. Mas, em geral, quando estão cansadas, há um ou dois tipos sobre os quais elas não pensaram, e essas coisas podem ser a raiz do problema, porque as pessoas não estão fazendo nada para melhorar nessa área”.

Se você acha que precisa de descanso em todas as sete categorias, Saundra sugere começar pela área de maior déficit. Depois de analisar honestamente onde está gastando mais energia, você pode começar a pensar em maneiras de reabastecer essa área.

“Quando você começa a preencher a área que está mais esgotada, começa a se sentir melhor só de melhorar o maior déficit de descanso”, diz ela.

Desenvolvendo sua estratégia pessoal de descanso

“Se você vive em alta performance, não consegue continuar funcionando em ritmo acelerado por muito tempo sem se restaurar”, explica Saundra. “Então, se você quiser ter sustentabilidade, inovação contínua e um alto nível de desempenho na sua carreira, será necessário ter uma estratégia de descanso”.

Isso não significa necessariamente pedir mais horas de folga ou tirar férias mais longas ou até mesmo um período sabático. A estratégia de descanso mais benéfica é aquela que você pode incorporar à sua vida diária, diz Saundra.

“Os processos restaurativos podem ser integrados à nossa vida”, continua. “Para mim, é nisso que a integração entre trabalho e vida pessoal deve se concentrar”.

Cada tipo de descanso tem um conjunto de práticas restaurativas correspondentes que também é específico para cada pessoa e para o tipo de ambiente em que ela se encontra. Por exemplo, uma pessoa que trabalha em um escritório barulhento pode estar usando muita energia sensorial para eliminar o ruído de fundo e bloquear as conversas que acontecem perto dela.

“Esse processo de ajuste gasta muita energia”, diz Dalton-Smith. “Seu cérebro trabalha ativamente para filtrar o ruído. Se você faz isso durante oito horas por dia, é muito provável que apresente alguns sintomas de sobrecarga sensorial, como irritação e agitação – experiências psicológicas que surgem quando você está sobrecarregado sensorialmente”.

Nesse caso, Dalton-Smith recomenda o uso de fones de ouvido com cancelamento de ruído. O segredo, no entanto, não é tocar música, embora o ruído branco possa ajudar você a se concentrar.

“Não há necessidade de se sobrecarregar em termos sensoriais nessa situação, especialmente se estiver precisando se concentrar”, diz ela. “Você vai liberar o espaço e a energia do cérebro se tiver consciência de como está usando a energia”.

Para as pessoas que usam uma grande quantidade de energia criativa e mental ao longo do dia para resolver problemas, Dalton-Smith sugere que procurem atividades de atenção plena, como caminhada, corrida, ioga ou meditação.

“A maioria das habilidades de liderança pode ser otimizada com melhores práticas de restauração. Nossa comunicação melhora quando temos mais práticas de descanso emocional e social incorporadas à nossa vida. Nossa capacidade de pensar fora da caixa e de sermos mais inovadores melhora com um descanso criativo melhor. A maneira como nos sentimos em nossos corpos melhora com um descanso físico melhor”, diz ela. “Se os atletas de alto nível precisam entender o descanso e a restauração para ter o melhor desempenho possível, será que todos os outros cargos de alto nível não precisariam das mesmas informações?” / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

A médica Saundra Dalton-Smith estava exausta quando escreveu seu livro sobre descanso. Depois de cinco anos de prática clínica em medicina interna e cuidando de dois filhos pequenos, a autora de Sacred Rest [algo como “Descanso sagrado”, em tradução direta] passou por um caso extremo de burnout. No começo, ela achou que só precisava dormir mais.

“Naquele momento, ninguém falava muito sobre burnout. A conversa girava em torno do sono”, lembra Saundra. “Isso foi na época em que Arianna Huffington estava fazendo a grande revolução do sono. Então, quando me senti esgotada, meu processo de pensamento se baseou em pesquisas que diziam que, se eu tivesse um sono adequado e de alta qualidade, não deveria mais me sentir esgotada”.

Foi então que a médica começou a se aprofundar um pouco mais. Embora os Centros de Controle e Prevenção de Doenças recomendem pelo menos sete horas de sono por dia, Saundra descobriu que nem mesmo nove horas de repouso eram suficientes.

Dormir nem sempre é a solução para amenizar a sensação de cansaço extremo.  Foto: khosrork/Adobe Stock

“Eu estava tendo sete, oito, nove horas de sono de alta qualidade, documentadas em laboratórios de sono. Quer dizer, eu estava fanática pelo assunto porque estava tentando descobrir como resolver o problema”, diz ela. “O que fazer quando você dorme oito horas e tudo diz que você teve um sono perfeito, mas ainda assim você está exausta?”

Foi então que ela percebeu que dormir não é sinônimo de descansar. Depois de passar por vários testes que determinaram que não havia nada de errado com ela do ponto de vista médico, Saundra começou a pensar em outras maneiras pelas quais as pessoas podem ficar exaustas. E foi aí que nasceu seus revolucionários “7 tipos de descanso”.

“Comecei a fazer essa pergunta que virou a base do meu trabalho: que tipo de cansaço eu tenho?”, diz ela. “E isso me levou a uma jornada para perceber que, se estou me sentindo exausta, algo deve estar sendo drenado. O que exatamente foi drenado? Se eu conseguisse descobrir, então poderia reconstruir esse reservatório para voltar a me sentir saudável”.

Os 7 tipos de descanso

A premissa é simples: para se sentir descansado, você precisa devolver a energia aos locais onde ela foi esgotada. Depois de fazer uma lista de todas as maneiras pelas quais ela se sentia exausta, Saundra determinou que há sete tipos de descanso de que todos nós precisamos para nos sentirmos bem e com mais energia. Esses sete tipos são:

  • Físico
  • Mental
  • Sensorial
  • Criativo
  • Emocional
  • Social
  • Espiritual

“Quando analisei a fisiologia de algumas das coisas que escrevi, havia uma sobreposição na fisiologia e na forma como o corpo funciona”, explica Saundra.

“As pessoas me perguntam se o descanso mental e o emocional são a mesma coisa, e eu digo que não. Se pensarmos bem, mental, emocional e sensorial têm a ver com o cérebro ou com o sistema nervoso, mas são afetados de maneiras completamente distintas. Então esta era a minha abordagem: a fisiologia, a psicologia e os aspectos ambientais de cada tipo de descanso”.

De que tipo de descanso você precisa?

Para determinar o tipo de descanso de que você precisa, é necessário fazer uma avaliação pessoal. Para ajudar, Saundra desenvolveu um questionário online que pode ajudar você a chegar à raiz de sua exaustão. Se você preferir uma abordagem off-line, Dalton-Smith sugere começar pela conscientização.

“Começa com a consciência de que você pode estar cansado de maneiras diferentes”, diz ela. “A maioria das pessoas nunca pensou sobre esgotamento criativo ou social”.

Em seguida, Saundra convida as pessoas a pensarem em todas as maneiras pelas quais gastam energia ao longo do dia – tanto no trabalho quanto na vida cotidiana – e a considerarem onde não têm um sistema para repor essa energia específica.

“A maioria das pessoas não precisa se concentrar em todos os sete tipos de descanso”, diz. “A maioria já faz algumas dessas coisas naturalmente. Mas, em geral, quando estão cansadas, há um ou dois tipos sobre os quais elas não pensaram, e essas coisas podem ser a raiz do problema, porque as pessoas não estão fazendo nada para melhorar nessa área”.

Se você acha que precisa de descanso em todas as sete categorias, Saundra sugere começar pela área de maior déficit. Depois de analisar honestamente onde está gastando mais energia, você pode começar a pensar em maneiras de reabastecer essa área.

“Quando você começa a preencher a área que está mais esgotada, começa a se sentir melhor só de melhorar o maior déficit de descanso”, diz ela.

Desenvolvendo sua estratégia pessoal de descanso

“Se você vive em alta performance, não consegue continuar funcionando em ritmo acelerado por muito tempo sem se restaurar”, explica Saundra. “Então, se você quiser ter sustentabilidade, inovação contínua e um alto nível de desempenho na sua carreira, será necessário ter uma estratégia de descanso”.

Isso não significa necessariamente pedir mais horas de folga ou tirar férias mais longas ou até mesmo um período sabático. A estratégia de descanso mais benéfica é aquela que você pode incorporar à sua vida diária, diz Saundra.

“Os processos restaurativos podem ser integrados à nossa vida”, continua. “Para mim, é nisso que a integração entre trabalho e vida pessoal deve se concentrar”.

Cada tipo de descanso tem um conjunto de práticas restaurativas correspondentes que também é específico para cada pessoa e para o tipo de ambiente em que ela se encontra. Por exemplo, uma pessoa que trabalha em um escritório barulhento pode estar usando muita energia sensorial para eliminar o ruído de fundo e bloquear as conversas que acontecem perto dela.

“Esse processo de ajuste gasta muita energia”, diz Dalton-Smith. “Seu cérebro trabalha ativamente para filtrar o ruído. Se você faz isso durante oito horas por dia, é muito provável que apresente alguns sintomas de sobrecarga sensorial, como irritação e agitação – experiências psicológicas que surgem quando você está sobrecarregado sensorialmente”.

Nesse caso, Dalton-Smith recomenda o uso de fones de ouvido com cancelamento de ruído. O segredo, no entanto, não é tocar música, embora o ruído branco possa ajudar você a se concentrar.

“Não há necessidade de se sobrecarregar em termos sensoriais nessa situação, especialmente se estiver precisando se concentrar”, diz ela. “Você vai liberar o espaço e a energia do cérebro se tiver consciência de como está usando a energia”.

Para as pessoas que usam uma grande quantidade de energia criativa e mental ao longo do dia para resolver problemas, Dalton-Smith sugere que procurem atividades de atenção plena, como caminhada, corrida, ioga ou meditação.

“A maioria das habilidades de liderança pode ser otimizada com melhores práticas de restauração. Nossa comunicação melhora quando temos mais práticas de descanso emocional e social incorporadas à nossa vida. Nossa capacidade de pensar fora da caixa e de sermos mais inovadores melhora com um descanso criativo melhor. A maneira como nos sentimos em nossos corpos melhora com um descanso físico melhor”, diz ela. “Se os atletas de alto nível precisam entender o descanso e a restauração para ter o melhor desempenho possível, será que todos os outros cargos de alto nível não precisariam das mesmas informações?” / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

A médica Saundra Dalton-Smith estava exausta quando escreveu seu livro sobre descanso. Depois de cinco anos de prática clínica em medicina interna e cuidando de dois filhos pequenos, a autora de Sacred Rest [algo como “Descanso sagrado”, em tradução direta] passou por um caso extremo de burnout. No começo, ela achou que só precisava dormir mais.

“Naquele momento, ninguém falava muito sobre burnout. A conversa girava em torno do sono”, lembra Saundra. “Isso foi na época em que Arianna Huffington estava fazendo a grande revolução do sono. Então, quando me senti esgotada, meu processo de pensamento se baseou em pesquisas que diziam que, se eu tivesse um sono adequado e de alta qualidade, não deveria mais me sentir esgotada”.

Foi então que a médica começou a se aprofundar um pouco mais. Embora os Centros de Controle e Prevenção de Doenças recomendem pelo menos sete horas de sono por dia, Saundra descobriu que nem mesmo nove horas de repouso eram suficientes.

Dormir nem sempre é a solução para amenizar a sensação de cansaço extremo.  Foto: khosrork/Adobe Stock

“Eu estava tendo sete, oito, nove horas de sono de alta qualidade, documentadas em laboratórios de sono. Quer dizer, eu estava fanática pelo assunto porque estava tentando descobrir como resolver o problema”, diz ela. “O que fazer quando você dorme oito horas e tudo diz que você teve um sono perfeito, mas ainda assim você está exausta?”

Foi então que ela percebeu que dormir não é sinônimo de descansar. Depois de passar por vários testes que determinaram que não havia nada de errado com ela do ponto de vista médico, Saundra começou a pensar em outras maneiras pelas quais as pessoas podem ficar exaustas. E foi aí que nasceu seus revolucionários “7 tipos de descanso”.

“Comecei a fazer essa pergunta que virou a base do meu trabalho: que tipo de cansaço eu tenho?”, diz ela. “E isso me levou a uma jornada para perceber que, se estou me sentindo exausta, algo deve estar sendo drenado. O que exatamente foi drenado? Se eu conseguisse descobrir, então poderia reconstruir esse reservatório para voltar a me sentir saudável”.

Os 7 tipos de descanso

A premissa é simples: para se sentir descansado, você precisa devolver a energia aos locais onde ela foi esgotada. Depois de fazer uma lista de todas as maneiras pelas quais ela se sentia exausta, Saundra determinou que há sete tipos de descanso de que todos nós precisamos para nos sentirmos bem e com mais energia. Esses sete tipos são:

  • Físico
  • Mental
  • Sensorial
  • Criativo
  • Emocional
  • Social
  • Espiritual

“Quando analisei a fisiologia de algumas das coisas que escrevi, havia uma sobreposição na fisiologia e na forma como o corpo funciona”, explica Saundra.

“As pessoas me perguntam se o descanso mental e o emocional são a mesma coisa, e eu digo que não. Se pensarmos bem, mental, emocional e sensorial têm a ver com o cérebro ou com o sistema nervoso, mas são afetados de maneiras completamente distintas. Então esta era a minha abordagem: a fisiologia, a psicologia e os aspectos ambientais de cada tipo de descanso”.

De que tipo de descanso você precisa?

Para determinar o tipo de descanso de que você precisa, é necessário fazer uma avaliação pessoal. Para ajudar, Saundra desenvolveu um questionário online que pode ajudar você a chegar à raiz de sua exaustão. Se você preferir uma abordagem off-line, Dalton-Smith sugere começar pela conscientização.

“Começa com a consciência de que você pode estar cansado de maneiras diferentes”, diz ela. “A maioria das pessoas nunca pensou sobre esgotamento criativo ou social”.

Em seguida, Saundra convida as pessoas a pensarem em todas as maneiras pelas quais gastam energia ao longo do dia – tanto no trabalho quanto na vida cotidiana – e a considerarem onde não têm um sistema para repor essa energia específica.

“A maioria das pessoas não precisa se concentrar em todos os sete tipos de descanso”, diz. “A maioria já faz algumas dessas coisas naturalmente. Mas, em geral, quando estão cansadas, há um ou dois tipos sobre os quais elas não pensaram, e essas coisas podem ser a raiz do problema, porque as pessoas não estão fazendo nada para melhorar nessa área”.

Se você acha que precisa de descanso em todas as sete categorias, Saundra sugere começar pela área de maior déficit. Depois de analisar honestamente onde está gastando mais energia, você pode começar a pensar em maneiras de reabastecer essa área.

“Quando você começa a preencher a área que está mais esgotada, começa a se sentir melhor só de melhorar o maior déficit de descanso”, diz ela.

Desenvolvendo sua estratégia pessoal de descanso

“Se você vive em alta performance, não consegue continuar funcionando em ritmo acelerado por muito tempo sem se restaurar”, explica Saundra. “Então, se você quiser ter sustentabilidade, inovação contínua e um alto nível de desempenho na sua carreira, será necessário ter uma estratégia de descanso”.

Isso não significa necessariamente pedir mais horas de folga ou tirar férias mais longas ou até mesmo um período sabático. A estratégia de descanso mais benéfica é aquela que você pode incorporar à sua vida diária, diz Saundra.

“Os processos restaurativos podem ser integrados à nossa vida”, continua. “Para mim, é nisso que a integração entre trabalho e vida pessoal deve se concentrar”.

Cada tipo de descanso tem um conjunto de práticas restaurativas correspondentes que também é específico para cada pessoa e para o tipo de ambiente em que ela se encontra. Por exemplo, uma pessoa que trabalha em um escritório barulhento pode estar usando muita energia sensorial para eliminar o ruído de fundo e bloquear as conversas que acontecem perto dela.

“Esse processo de ajuste gasta muita energia”, diz Dalton-Smith. “Seu cérebro trabalha ativamente para filtrar o ruído. Se você faz isso durante oito horas por dia, é muito provável que apresente alguns sintomas de sobrecarga sensorial, como irritação e agitação – experiências psicológicas que surgem quando você está sobrecarregado sensorialmente”.

Nesse caso, Dalton-Smith recomenda o uso de fones de ouvido com cancelamento de ruído. O segredo, no entanto, não é tocar música, embora o ruído branco possa ajudar você a se concentrar.

“Não há necessidade de se sobrecarregar em termos sensoriais nessa situação, especialmente se estiver precisando se concentrar”, diz ela. “Você vai liberar o espaço e a energia do cérebro se tiver consciência de como está usando a energia”.

Para as pessoas que usam uma grande quantidade de energia criativa e mental ao longo do dia para resolver problemas, Dalton-Smith sugere que procurem atividades de atenção plena, como caminhada, corrida, ioga ou meditação.

“A maioria das habilidades de liderança pode ser otimizada com melhores práticas de restauração. Nossa comunicação melhora quando temos mais práticas de descanso emocional e social incorporadas à nossa vida. Nossa capacidade de pensar fora da caixa e de sermos mais inovadores melhora com um descanso criativo melhor. A maneira como nos sentimos em nossos corpos melhora com um descanso físico melhor”, diz ela. “Se os atletas de alto nível precisam entender o descanso e a restauração para ter o melhor desempenho possível, será que todos os outros cargos de alto nível não precisariam das mesmas informações?” / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

A médica Saundra Dalton-Smith estava exausta quando escreveu seu livro sobre descanso. Depois de cinco anos de prática clínica em medicina interna e cuidando de dois filhos pequenos, a autora de Sacred Rest [algo como “Descanso sagrado”, em tradução direta] passou por um caso extremo de burnout. No começo, ela achou que só precisava dormir mais.

“Naquele momento, ninguém falava muito sobre burnout. A conversa girava em torno do sono”, lembra Saundra. “Isso foi na época em que Arianna Huffington estava fazendo a grande revolução do sono. Então, quando me senti esgotada, meu processo de pensamento se baseou em pesquisas que diziam que, se eu tivesse um sono adequado e de alta qualidade, não deveria mais me sentir esgotada”.

Foi então que a médica começou a se aprofundar um pouco mais. Embora os Centros de Controle e Prevenção de Doenças recomendem pelo menos sete horas de sono por dia, Saundra descobriu que nem mesmo nove horas de repouso eram suficientes.

Dormir nem sempre é a solução para amenizar a sensação de cansaço extremo.  Foto: khosrork/Adobe Stock

“Eu estava tendo sete, oito, nove horas de sono de alta qualidade, documentadas em laboratórios de sono. Quer dizer, eu estava fanática pelo assunto porque estava tentando descobrir como resolver o problema”, diz ela. “O que fazer quando você dorme oito horas e tudo diz que você teve um sono perfeito, mas ainda assim você está exausta?”

Foi então que ela percebeu que dormir não é sinônimo de descansar. Depois de passar por vários testes que determinaram que não havia nada de errado com ela do ponto de vista médico, Saundra começou a pensar em outras maneiras pelas quais as pessoas podem ficar exaustas. E foi aí que nasceu seus revolucionários “7 tipos de descanso”.

“Comecei a fazer essa pergunta que virou a base do meu trabalho: que tipo de cansaço eu tenho?”, diz ela. “E isso me levou a uma jornada para perceber que, se estou me sentindo exausta, algo deve estar sendo drenado. O que exatamente foi drenado? Se eu conseguisse descobrir, então poderia reconstruir esse reservatório para voltar a me sentir saudável”.

Os 7 tipos de descanso

A premissa é simples: para se sentir descansado, você precisa devolver a energia aos locais onde ela foi esgotada. Depois de fazer uma lista de todas as maneiras pelas quais ela se sentia exausta, Saundra determinou que há sete tipos de descanso de que todos nós precisamos para nos sentirmos bem e com mais energia. Esses sete tipos são:

  • Físico
  • Mental
  • Sensorial
  • Criativo
  • Emocional
  • Social
  • Espiritual

“Quando analisei a fisiologia de algumas das coisas que escrevi, havia uma sobreposição na fisiologia e na forma como o corpo funciona”, explica Saundra.

“As pessoas me perguntam se o descanso mental e o emocional são a mesma coisa, e eu digo que não. Se pensarmos bem, mental, emocional e sensorial têm a ver com o cérebro ou com o sistema nervoso, mas são afetados de maneiras completamente distintas. Então esta era a minha abordagem: a fisiologia, a psicologia e os aspectos ambientais de cada tipo de descanso”.

De que tipo de descanso você precisa?

Para determinar o tipo de descanso de que você precisa, é necessário fazer uma avaliação pessoal. Para ajudar, Saundra desenvolveu um questionário online que pode ajudar você a chegar à raiz de sua exaustão. Se você preferir uma abordagem off-line, Dalton-Smith sugere começar pela conscientização.

“Começa com a consciência de que você pode estar cansado de maneiras diferentes”, diz ela. “A maioria das pessoas nunca pensou sobre esgotamento criativo ou social”.

Em seguida, Saundra convida as pessoas a pensarem em todas as maneiras pelas quais gastam energia ao longo do dia – tanto no trabalho quanto na vida cotidiana – e a considerarem onde não têm um sistema para repor essa energia específica.

“A maioria das pessoas não precisa se concentrar em todos os sete tipos de descanso”, diz. “A maioria já faz algumas dessas coisas naturalmente. Mas, em geral, quando estão cansadas, há um ou dois tipos sobre os quais elas não pensaram, e essas coisas podem ser a raiz do problema, porque as pessoas não estão fazendo nada para melhorar nessa área”.

Se você acha que precisa de descanso em todas as sete categorias, Saundra sugere começar pela área de maior déficit. Depois de analisar honestamente onde está gastando mais energia, você pode começar a pensar em maneiras de reabastecer essa área.

“Quando você começa a preencher a área que está mais esgotada, começa a se sentir melhor só de melhorar o maior déficit de descanso”, diz ela.

Desenvolvendo sua estratégia pessoal de descanso

“Se você vive em alta performance, não consegue continuar funcionando em ritmo acelerado por muito tempo sem se restaurar”, explica Saundra. “Então, se você quiser ter sustentabilidade, inovação contínua e um alto nível de desempenho na sua carreira, será necessário ter uma estratégia de descanso”.

Isso não significa necessariamente pedir mais horas de folga ou tirar férias mais longas ou até mesmo um período sabático. A estratégia de descanso mais benéfica é aquela que você pode incorporar à sua vida diária, diz Saundra.

“Os processos restaurativos podem ser integrados à nossa vida”, continua. “Para mim, é nisso que a integração entre trabalho e vida pessoal deve se concentrar”.

Cada tipo de descanso tem um conjunto de práticas restaurativas correspondentes que também é específico para cada pessoa e para o tipo de ambiente em que ela se encontra. Por exemplo, uma pessoa que trabalha em um escritório barulhento pode estar usando muita energia sensorial para eliminar o ruído de fundo e bloquear as conversas que acontecem perto dela.

“Esse processo de ajuste gasta muita energia”, diz Dalton-Smith. “Seu cérebro trabalha ativamente para filtrar o ruído. Se você faz isso durante oito horas por dia, é muito provável que apresente alguns sintomas de sobrecarga sensorial, como irritação e agitação – experiências psicológicas que surgem quando você está sobrecarregado sensorialmente”.

Nesse caso, Dalton-Smith recomenda o uso de fones de ouvido com cancelamento de ruído. O segredo, no entanto, não é tocar música, embora o ruído branco possa ajudar você a se concentrar.

“Não há necessidade de se sobrecarregar em termos sensoriais nessa situação, especialmente se estiver precisando se concentrar”, diz ela. “Você vai liberar o espaço e a energia do cérebro se tiver consciência de como está usando a energia”.

Para as pessoas que usam uma grande quantidade de energia criativa e mental ao longo do dia para resolver problemas, Dalton-Smith sugere que procurem atividades de atenção plena, como caminhada, corrida, ioga ou meditação.

“A maioria das habilidades de liderança pode ser otimizada com melhores práticas de restauração. Nossa comunicação melhora quando temos mais práticas de descanso emocional e social incorporadas à nossa vida. Nossa capacidade de pensar fora da caixa e de sermos mais inovadores melhora com um descanso criativo melhor. A maneira como nos sentimos em nossos corpos melhora com um descanso físico melhor”, diz ela. “Se os atletas de alto nível precisam entender o descanso e a restauração para ter o melhor desempenho possível, será que todos os outros cargos de alto nível não precisariam das mesmas informações?” / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

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