SÃO PAULO - A gestão João Doria (PSDB) anunciou nesta terça-feira, 22, que todo o Estado ficará na fase vermelha, a mais restritiva do plano de combate ao covid-19, nos dias 25, 26 e 27 de dezembro e 1, 2 e 3 de janeiro.
Como antecipou o Estadão, só os serviços essenciais - saúde, alimentação (mercados), segurança, abastecimento, logística (incluindo transportes), serviços gerais (bancos, limpeza, e hotelaria), comunicação social e construção civil - estão autorizados a abrir as portas no período de Natal e réveillon. Bares e restaurantes só poderão funcipmar como delivery.
Segundo o governo, nas últimas quatro semanas houve aumento de 54% de casos, 34% de óbitos e 13% de internação em São Paulo. Até o momento, são mais de 1,3 milhão de diagnósticos e 45.395 mortes por covid.
O governo também anunciou que a área de Presidente Prudente foi reclassificada para a fase vermelha.Na região, a ocupação de leitos estaria em 83%.
Também, segundo o governo, nenhuma região do Estado passará para a fase verde, a mais branda do Plano São Paulo, no mês de janeiro. A próxima reclassificação está prevista para o dia 6.
Recomendações para o turista
"Nove meses se passaram, o Natal está chegando. Eu queria muito estar aqui dizendo que podemos celebrar de forma livre, com a nossa família, nas ruas, com aglomerações. Essa não é a realidade, o coronavírus não vai embora no Natal", afirmou a secretária Patricia Ellen, de Desenvolvimento Econômico, que se emocionou durante o anúncio. "Nosso patamar está elevado e queremos evitar que saia de controle".
Embora o setor hoteleiro esteja liberado a funcionar em qualquer fase do Plano São Paulo, o coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, João Gabardo, chamou atenção para os cuidados nesse período e a responsabilidade sobretudo de companhias aéreas durante o fim do ano para conter o novo coronavírus.
Ele criticou a aglomeração causada nessa segunda-feira, 21, no Aeroporto Internacional de Guarulhos: "Não pode acontecer o que aconteceu. É inadimissível que as companhias aéreas não tenham se preparado, é um problema de planejamento inadmissível".