EUA aprovam vacina contra vírus sincicial respiratório na gravidez para proteger bebês


O VSR é especialmente perigoso para as crianças menores de 2 anos; ele responde por boa parte dos casos de bronquiolite e pneumonia nessa fase da vida

Por Fenit Nirappil
Atualização:

THE NEW YORK TIMES – A FDA, a agência sanitária americana, aprovou, na segunda-feira, uma vacina materna contra o VSR, o vírus sincicial respiratório. A ideia é administrá-la durante a gravidez para proteger os bebês de doenças graves.

É o mais recente de um novo arsenal de imunizações contra esse vírus respiratório comum, que é a principal causa de hospitalização em crianças pequenas e mata milhares de idosos anualmente.

Durante décadas, as autoridades de saúde pública tiveram poucas defesas contra o vírus sincicial respiratório, que infecta quase todas as crianças antes do segundo aniversário. Os bebês são especialmente vulneráveis porque têm vias aéreas menores, assim como crianças com asma e outras condições que os colocam em alto risco.

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Um estudo duplo-cego com mais de 7 000 mulheres em todo o mundo descobriu que, quando administrada no terceiro trimestre da gravidez, a vacina da Pfizer é eficaz na prevenção de doenças graves que requerem atenção médica. Ela foi 82% eficaz na proteção dos bebês contra doenças graves durante os três meses após o nascimento. Esse índice foi para 69% depois de seis meses. O estudo não encontrou grandes preocupações de segurança.

Vacina contra o VSR aprovada nos EUA deve ser aplicada entre 32 e 36 semanas de gestação. Foto: Anastasiia Chepinska

Uma redução nas consultas médicas gerais para VSR, incluindo casos leves, não atingiu significância estatística para demonstrar a eficácia. A pesquisa, revisada por pares e financiada pela Pfizer, foi publicada no New England Journal of Medicine em abril.

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“Esta aprovação oferece uma opção para profissionais de saúde e grávidas protegerem bebês dessa doença potencialmente fatal”, disse Peter Marks, diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da FDA, em um comunicado.

Agora, a vacina precisa ser recomendada pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças antes que as injeções sejam administradas nos EUA. Espera-se que o comitê que aconselha o CDC sobre as recomendações de vacinas se reúna novamente em meados de setembro e possa considerar a vacina contra o VSR.

Mas há outra maneira de proteger as crianças nesse ínterim. No início deste mês, os reguladores aprovaram o tratamento com anticorpo monoclonal Beyfortus administrado diretamente a bebês de até 1 ano e crianças de alto risco para prevenir doenças graves causadas pelo VSR. O tratamento atua essencialmente como uma vacina, prevenindo casos graves de VSR por cinco meses, o suficiente para uma temporada.

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A vacina materna, em contraste, funciona passando os anticorpos para os bebês durante a gravidez, fornecendo um escudo imediato, mas temporário. As vacinas contra influenza, difteria, tétano e coqueluche também são administradas como imunizações maternas.

Ao aprovar a vacina materna contra o VSR, a FDA disse que os efeitos colaterais mais comuns relatados nos ensaios foram dor no local da injeção, dor de cabeça, dor muscular e náusea.

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A agência também observou uma porcentagem ligeiramente maior de partos prematuros entre quem recebeu a vacina (5,7%) em comparação com quem recebeu placebo (4,%). Não ficou claro se a vacina causou o desequilíbrio, mas o conselho é evitar o risco de parto prematuro administrando a vacina entre 32 e 36 semanas de gestação.

Crianças nascidas de mães que receberam Abrysvo também tiveram taxas mais altas de baixo peso ao nascer e icterícia em comparação com aquelas nascidas de mulheres que receberam o placebo.

O CDC estima que o VSR cause 58 000 a 80 000 hospitalizações anuais e 100 a 300 mortes de crianças menores de 5 anos nos EUA.

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Um aumento incomum de casos de VSR sobrecarregou recentemente alguns hospitais infantis e consultórios pediátricos. Especialistas e autoridades de saúde dizem que pode ter sido uma anomalia desencadeada pela pandemia de coronavírus. Entre as teorias: crianças que não foram expostas quando bebês por causa do distanciamento social e uso de máscaras podem ter ficado mais suscetíveis, e crianças que contraíram casos leves ou assintomáticos de covid-19 podem ter sistemas imunológicos mais fracos.

Abrysvo, a vacina da Pfizer agora aprovada para gravidez, e outra vacina contra VSR fabricada pela GSK, foram recentemente aprovadas para adultos com 60 anos ou mais.

Em idosos, o VSR causa 60 000 a 160 000 hospitalizações e 6 000 a 10 000 mortes a cada ano. Aqueles com problemas de saúde, como doenças cardíacas ou pulmonares ou sistema imunológico em declínio, correm maior risco de doença grave por VSR. / Carolyn Y. Johnson contribuiu nesta reportagem, originalmente publicada no The New York Times

THE NEW YORK TIMES – A FDA, a agência sanitária americana, aprovou, na segunda-feira, uma vacina materna contra o VSR, o vírus sincicial respiratório. A ideia é administrá-la durante a gravidez para proteger os bebês de doenças graves.

É o mais recente de um novo arsenal de imunizações contra esse vírus respiratório comum, que é a principal causa de hospitalização em crianças pequenas e mata milhares de idosos anualmente.

Durante décadas, as autoridades de saúde pública tiveram poucas defesas contra o vírus sincicial respiratório, que infecta quase todas as crianças antes do segundo aniversário. Os bebês são especialmente vulneráveis porque têm vias aéreas menores, assim como crianças com asma e outras condições que os colocam em alto risco.

Um estudo duplo-cego com mais de 7 000 mulheres em todo o mundo descobriu que, quando administrada no terceiro trimestre da gravidez, a vacina da Pfizer é eficaz na prevenção de doenças graves que requerem atenção médica. Ela foi 82% eficaz na proteção dos bebês contra doenças graves durante os três meses após o nascimento. Esse índice foi para 69% depois de seis meses. O estudo não encontrou grandes preocupações de segurança.

Vacina contra o VSR aprovada nos EUA deve ser aplicada entre 32 e 36 semanas de gestação. Foto: Anastasiia Chepinska

Uma redução nas consultas médicas gerais para VSR, incluindo casos leves, não atingiu significância estatística para demonstrar a eficácia. A pesquisa, revisada por pares e financiada pela Pfizer, foi publicada no New England Journal of Medicine em abril.

“Esta aprovação oferece uma opção para profissionais de saúde e grávidas protegerem bebês dessa doença potencialmente fatal”, disse Peter Marks, diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da FDA, em um comunicado.

Agora, a vacina precisa ser recomendada pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças antes que as injeções sejam administradas nos EUA. Espera-se que o comitê que aconselha o CDC sobre as recomendações de vacinas se reúna novamente em meados de setembro e possa considerar a vacina contra o VSR.

Mas há outra maneira de proteger as crianças nesse ínterim. No início deste mês, os reguladores aprovaram o tratamento com anticorpo monoclonal Beyfortus administrado diretamente a bebês de até 1 ano e crianças de alto risco para prevenir doenças graves causadas pelo VSR. O tratamento atua essencialmente como uma vacina, prevenindo casos graves de VSR por cinco meses, o suficiente para uma temporada.

A vacina materna, em contraste, funciona passando os anticorpos para os bebês durante a gravidez, fornecendo um escudo imediato, mas temporário. As vacinas contra influenza, difteria, tétano e coqueluche também são administradas como imunizações maternas.

Ao aprovar a vacina materna contra o VSR, a FDA disse que os efeitos colaterais mais comuns relatados nos ensaios foram dor no local da injeção, dor de cabeça, dor muscular e náusea.

A agência também observou uma porcentagem ligeiramente maior de partos prematuros entre quem recebeu a vacina (5,7%) em comparação com quem recebeu placebo (4,%). Não ficou claro se a vacina causou o desequilíbrio, mas o conselho é evitar o risco de parto prematuro administrando a vacina entre 32 e 36 semanas de gestação.

Crianças nascidas de mães que receberam Abrysvo também tiveram taxas mais altas de baixo peso ao nascer e icterícia em comparação com aquelas nascidas de mulheres que receberam o placebo.

O CDC estima que o VSR cause 58 000 a 80 000 hospitalizações anuais e 100 a 300 mortes de crianças menores de 5 anos nos EUA.

Um aumento incomum de casos de VSR sobrecarregou recentemente alguns hospitais infantis e consultórios pediátricos. Especialistas e autoridades de saúde dizem que pode ter sido uma anomalia desencadeada pela pandemia de coronavírus. Entre as teorias: crianças que não foram expostas quando bebês por causa do distanciamento social e uso de máscaras podem ter ficado mais suscetíveis, e crianças que contraíram casos leves ou assintomáticos de covid-19 podem ter sistemas imunológicos mais fracos.

Abrysvo, a vacina da Pfizer agora aprovada para gravidez, e outra vacina contra VSR fabricada pela GSK, foram recentemente aprovadas para adultos com 60 anos ou mais.

Em idosos, o VSR causa 60 000 a 160 000 hospitalizações e 6 000 a 10 000 mortes a cada ano. Aqueles com problemas de saúde, como doenças cardíacas ou pulmonares ou sistema imunológico em declínio, correm maior risco de doença grave por VSR. / Carolyn Y. Johnson contribuiu nesta reportagem, originalmente publicada no The New York Times

THE NEW YORK TIMES – A FDA, a agência sanitária americana, aprovou, na segunda-feira, uma vacina materna contra o VSR, o vírus sincicial respiratório. A ideia é administrá-la durante a gravidez para proteger os bebês de doenças graves.

É o mais recente de um novo arsenal de imunizações contra esse vírus respiratório comum, que é a principal causa de hospitalização em crianças pequenas e mata milhares de idosos anualmente.

Durante décadas, as autoridades de saúde pública tiveram poucas defesas contra o vírus sincicial respiratório, que infecta quase todas as crianças antes do segundo aniversário. Os bebês são especialmente vulneráveis porque têm vias aéreas menores, assim como crianças com asma e outras condições que os colocam em alto risco.

Um estudo duplo-cego com mais de 7 000 mulheres em todo o mundo descobriu que, quando administrada no terceiro trimestre da gravidez, a vacina da Pfizer é eficaz na prevenção de doenças graves que requerem atenção médica. Ela foi 82% eficaz na proteção dos bebês contra doenças graves durante os três meses após o nascimento. Esse índice foi para 69% depois de seis meses. O estudo não encontrou grandes preocupações de segurança.

Vacina contra o VSR aprovada nos EUA deve ser aplicada entre 32 e 36 semanas de gestação. Foto: Anastasiia Chepinska

Uma redução nas consultas médicas gerais para VSR, incluindo casos leves, não atingiu significância estatística para demonstrar a eficácia. A pesquisa, revisada por pares e financiada pela Pfizer, foi publicada no New England Journal of Medicine em abril.

“Esta aprovação oferece uma opção para profissionais de saúde e grávidas protegerem bebês dessa doença potencialmente fatal”, disse Peter Marks, diretor do Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica da FDA, em um comunicado.

Agora, a vacina precisa ser recomendada pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças antes que as injeções sejam administradas nos EUA. Espera-se que o comitê que aconselha o CDC sobre as recomendações de vacinas se reúna novamente em meados de setembro e possa considerar a vacina contra o VSR.

Mas há outra maneira de proteger as crianças nesse ínterim. No início deste mês, os reguladores aprovaram o tratamento com anticorpo monoclonal Beyfortus administrado diretamente a bebês de até 1 ano e crianças de alto risco para prevenir doenças graves causadas pelo VSR. O tratamento atua essencialmente como uma vacina, prevenindo casos graves de VSR por cinco meses, o suficiente para uma temporada.

A vacina materna, em contraste, funciona passando os anticorpos para os bebês durante a gravidez, fornecendo um escudo imediato, mas temporário. As vacinas contra influenza, difteria, tétano e coqueluche também são administradas como imunizações maternas.

Ao aprovar a vacina materna contra o VSR, a FDA disse que os efeitos colaterais mais comuns relatados nos ensaios foram dor no local da injeção, dor de cabeça, dor muscular e náusea.

A agência também observou uma porcentagem ligeiramente maior de partos prematuros entre quem recebeu a vacina (5,7%) em comparação com quem recebeu placebo (4,%). Não ficou claro se a vacina causou o desequilíbrio, mas o conselho é evitar o risco de parto prematuro administrando a vacina entre 32 e 36 semanas de gestação.

Crianças nascidas de mães que receberam Abrysvo também tiveram taxas mais altas de baixo peso ao nascer e icterícia em comparação com aquelas nascidas de mulheres que receberam o placebo.

O CDC estima que o VSR cause 58 000 a 80 000 hospitalizações anuais e 100 a 300 mortes de crianças menores de 5 anos nos EUA.

Um aumento incomum de casos de VSR sobrecarregou recentemente alguns hospitais infantis e consultórios pediátricos. Especialistas e autoridades de saúde dizem que pode ter sido uma anomalia desencadeada pela pandemia de coronavírus. Entre as teorias: crianças que não foram expostas quando bebês por causa do distanciamento social e uso de máscaras podem ter ficado mais suscetíveis, e crianças que contraíram casos leves ou assintomáticos de covid-19 podem ter sistemas imunológicos mais fracos.

Abrysvo, a vacina da Pfizer agora aprovada para gravidez, e outra vacina contra VSR fabricada pela GSK, foram recentemente aprovadas para adultos com 60 anos ou mais.

Em idosos, o VSR causa 60 000 a 160 000 hospitalizações e 6 000 a 10 000 mortes a cada ano. Aqueles com problemas de saúde, como doenças cardíacas ou pulmonares ou sistema imunológico em declínio, correm maior risco de doença grave por VSR. / Carolyn Y. Johnson contribuiu nesta reportagem, originalmente publicada no The New York Times

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