Sedentarismo pode levar 500 milhões a desenvolverem doenças cardíacas, diabete e depressão, diz OMS


Custos com tratamentos são calculados em US$ 27 bilhões por ano até 2030; Finlândia é citada como um país modelo em termos de política de promoção da atividade física

Por Redação
Atualização:

GENEBRA - A falta de atividade física pode levar cerca de 500 milhões de pessoas em todo o mundo a desenvolverem doenças crônicas, como câncer, diabete ou hipertensão, além de depressão, até 2030, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS) em relatório divulgado nesta quarta-feira, 19. O custos com tratamentos são calculados em US$ 27 bilhões por ano.

O relatório, que também foi publicado na revista científica The Lancet, pede aos governos que “atuem com urgência” para promover ações que incentivem a prática de exercícios físicos entre a população, não apenas pelos benefícios individuais, mas também sociais e econômicos. Em uma década, afirma a organização, até US$ 300 bilhões poderiam ser economizados com medidas do tipo. Com esse dinheiro, “um milhão de médicos poderiam ser formados”, disse Fiona Bull, chefe da Unidade de Atividades Físicas da OMS.

Caso a situação atual não seja modificada, o estudo teme que o sedentarismo contribua para mais 215 milhões de pacientes com depressão ou ansiedade, 234 milhões de pacientes hipertensos, 3,4 milhões de pacientes com câncer e 6,6 milhões de pessoas cardíacas.

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Os autores do estudo também estimam mais 11,2 milhões de pessoas afetadas pelo diabete tipo 2, 12,5 milhões a mais de pessoas com doença coronariana e casos de demência em mais 15,2 milhões de pacientes.

O relatório analisa as políticas atuais de incentivo à atividade física em 194 países e conclui que o progresso é muito lento – metade tem programas com esse fim e menos de 40% deles são considerados efetivos, segundo a OMS. Apenas 40% dos países estudados possuem redes viárias que oferecem segurança aos ciclistas ou facilitam o exercício físico em locais públicos, por exemplo.

Em 28% dos casos, as políticas nacionais de estímulo à atividade física apresentam problemas de financiamento. Pouco mais da metade dos países desenvolveu campanhas de conscientização para aumentar a prática de exercícios ou organizou eventos em massa nesse sentido nos últimos dois anos, embora a pandemia da covid-19 tenha paralisado muitas dessas iniciativas.

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Apenas 40% dos países estudados possuem redes viárias que oferecem segurança aos ciclistas ou facilitam o exercício físico em locais públicos, de acordo com a OMS. Foto: Divulgação/Pixabay

Ainda conforme o estudo, 27% dos adultos no mundo não fazem os 150 minutos por semana de exercícios recomendados pela OMS, e esse porcentual aumenta para 31% entre as mulheres, enquanto cai para 25% entre os homens.

“Embora a situação esteja melhorando, é mais comum os homens se envolverem em esportes e atividades ao ar livre, enquanto as mulheres têm mais dificuldade em se manter fisicamente ativas”, disse Juana Willumsen, especialista da OMS.

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As barreiras culturais também pesam, tornando o Oriente Médio uma das regiões onde a diferença entre os sexos é maior, embora também seja grande na América Latina, onde 34% dos homens não realizam a atividade física recomendada enquanto o porcentual de mulheres sobe para 43,7%.

Durante a divulgação do relatório, a Finlândia foi citada como um país modelo em termos de política de promoção do exercício. “Lá, a coordenação, monitorização, recursos financeiros e programas de implementação nas escolas e redes de saúde estão dando bons resultados”, acrescentou Fiona. /EFE

GENEBRA - A falta de atividade física pode levar cerca de 500 milhões de pessoas em todo o mundo a desenvolverem doenças crônicas, como câncer, diabete ou hipertensão, além de depressão, até 2030, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS) em relatório divulgado nesta quarta-feira, 19. O custos com tratamentos são calculados em US$ 27 bilhões por ano.

O relatório, que também foi publicado na revista científica The Lancet, pede aos governos que “atuem com urgência” para promover ações que incentivem a prática de exercícios físicos entre a população, não apenas pelos benefícios individuais, mas também sociais e econômicos. Em uma década, afirma a organização, até US$ 300 bilhões poderiam ser economizados com medidas do tipo. Com esse dinheiro, “um milhão de médicos poderiam ser formados”, disse Fiona Bull, chefe da Unidade de Atividades Físicas da OMS.

Caso a situação atual não seja modificada, o estudo teme que o sedentarismo contribua para mais 215 milhões de pacientes com depressão ou ansiedade, 234 milhões de pacientes hipertensos, 3,4 milhões de pacientes com câncer e 6,6 milhões de pessoas cardíacas.

Os autores do estudo também estimam mais 11,2 milhões de pessoas afetadas pelo diabete tipo 2, 12,5 milhões a mais de pessoas com doença coronariana e casos de demência em mais 15,2 milhões de pacientes.

O relatório analisa as políticas atuais de incentivo à atividade física em 194 países e conclui que o progresso é muito lento – metade tem programas com esse fim e menos de 40% deles são considerados efetivos, segundo a OMS. Apenas 40% dos países estudados possuem redes viárias que oferecem segurança aos ciclistas ou facilitam o exercício físico em locais públicos, por exemplo.

Em 28% dos casos, as políticas nacionais de estímulo à atividade física apresentam problemas de financiamento. Pouco mais da metade dos países desenvolveu campanhas de conscientização para aumentar a prática de exercícios ou organizou eventos em massa nesse sentido nos últimos dois anos, embora a pandemia da covid-19 tenha paralisado muitas dessas iniciativas.

Apenas 40% dos países estudados possuem redes viárias que oferecem segurança aos ciclistas ou facilitam o exercício físico em locais públicos, de acordo com a OMS. Foto: Divulgação/Pixabay

Ainda conforme o estudo, 27% dos adultos no mundo não fazem os 150 minutos por semana de exercícios recomendados pela OMS, e esse porcentual aumenta para 31% entre as mulheres, enquanto cai para 25% entre os homens.

“Embora a situação esteja melhorando, é mais comum os homens se envolverem em esportes e atividades ao ar livre, enquanto as mulheres têm mais dificuldade em se manter fisicamente ativas”, disse Juana Willumsen, especialista da OMS.

As barreiras culturais também pesam, tornando o Oriente Médio uma das regiões onde a diferença entre os sexos é maior, embora também seja grande na América Latina, onde 34% dos homens não realizam a atividade física recomendada enquanto o porcentual de mulheres sobe para 43,7%.

Durante a divulgação do relatório, a Finlândia foi citada como um país modelo em termos de política de promoção do exercício. “Lá, a coordenação, monitorização, recursos financeiros e programas de implementação nas escolas e redes de saúde estão dando bons resultados”, acrescentou Fiona. /EFE

GENEBRA - A falta de atividade física pode levar cerca de 500 milhões de pessoas em todo o mundo a desenvolverem doenças crônicas, como câncer, diabete ou hipertensão, além de depressão, até 2030, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS) em relatório divulgado nesta quarta-feira, 19. O custos com tratamentos são calculados em US$ 27 bilhões por ano.

O relatório, que também foi publicado na revista científica The Lancet, pede aos governos que “atuem com urgência” para promover ações que incentivem a prática de exercícios físicos entre a população, não apenas pelos benefícios individuais, mas também sociais e econômicos. Em uma década, afirma a organização, até US$ 300 bilhões poderiam ser economizados com medidas do tipo. Com esse dinheiro, “um milhão de médicos poderiam ser formados”, disse Fiona Bull, chefe da Unidade de Atividades Físicas da OMS.

Caso a situação atual não seja modificada, o estudo teme que o sedentarismo contribua para mais 215 milhões de pacientes com depressão ou ansiedade, 234 milhões de pacientes hipertensos, 3,4 milhões de pacientes com câncer e 6,6 milhões de pessoas cardíacas.

Os autores do estudo também estimam mais 11,2 milhões de pessoas afetadas pelo diabete tipo 2, 12,5 milhões a mais de pessoas com doença coronariana e casos de demência em mais 15,2 milhões de pacientes.

O relatório analisa as políticas atuais de incentivo à atividade física em 194 países e conclui que o progresso é muito lento – metade tem programas com esse fim e menos de 40% deles são considerados efetivos, segundo a OMS. Apenas 40% dos países estudados possuem redes viárias que oferecem segurança aos ciclistas ou facilitam o exercício físico em locais públicos, por exemplo.

Em 28% dos casos, as políticas nacionais de estímulo à atividade física apresentam problemas de financiamento. Pouco mais da metade dos países desenvolveu campanhas de conscientização para aumentar a prática de exercícios ou organizou eventos em massa nesse sentido nos últimos dois anos, embora a pandemia da covid-19 tenha paralisado muitas dessas iniciativas.

Apenas 40% dos países estudados possuem redes viárias que oferecem segurança aos ciclistas ou facilitam o exercício físico em locais públicos, de acordo com a OMS. Foto: Divulgação/Pixabay

Ainda conforme o estudo, 27% dos adultos no mundo não fazem os 150 minutos por semana de exercícios recomendados pela OMS, e esse porcentual aumenta para 31% entre as mulheres, enquanto cai para 25% entre os homens.

“Embora a situação esteja melhorando, é mais comum os homens se envolverem em esportes e atividades ao ar livre, enquanto as mulheres têm mais dificuldade em se manter fisicamente ativas”, disse Juana Willumsen, especialista da OMS.

As barreiras culturais também pesam, tornando o Oriente Médio uma das regiões onde a diferença entre os sexos é maior, embora também seja grande na América Latina, onde 34% dos homens não realizam a atividade física recomendada enquanto o porcentual de mulheres sobe para 43,7%.

Durante a divulgação do relatório, a Finlândia foi citada como um país modelo em termos de política de promoção do exercício. “Lá, a coordenação, monitorização, recursos financeiros e programas de implementação nas escolas e redes de saúde estão dando bons resultados”, acrescentou Fiona. /EFE

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