O governo francês confirmou nesta sexta-feira, 24, três casos de infecção pelo novo coronavírus, os primeiros registrados na Europa. Segundo a ministra da Saúde da França, Agnès Buzyn, dois pacientes estão internados em Paris e o outro, em Bordeaux.
As três vítimas têm histórico de viagem para a China, segundo as autoridades francesas, e os dois que estão internados em Paris são parentes próximos.
Foi o décimo país a confirmar casos além da China, onde o surto começou. Além da França, já registraram pacientes infectados Japão, Coreia do Sul, Singapura, Estados Unidos, Vietnã, Arábia Saudita, Taiwan, Nepal e Tailândia.
Na China, já foram mais de 800 infectados e 26 mortos. O governo do país asiático já isolou 13 cidades e iniciou nesta sexta a construção de um hospital de mil leitos para o tratamento dos doentes.
A maioria das infecções foi registrada na cidade de Wuhan, na província de Hubei, e arredores. A principal hipótese é que o surto tenha começado em um mercado de peixes daquele município. No local, eram comercializados animais silvestres vivos, que podem ter iniciado a transmissão do patógeno para humanos.
No Brasil, o Ministério da Saúde colocou o País em alerta para o risco de transmissão do coronavírus, mesmo sem nenhum caso suspeito em território nacional. Profissionais de saúde e hospitais já estão sendo orientados sobre como agir caso o vírus chegue. O ministério descartou os cinco casos suspeitos que foram notificados pelos Estados por não se enquadrarem na definição estabelecida pela OMS.
Para ser classificado como caso suspeito, o paciente precisa apresentar os sintomas da doença (febre, tosse e dificuldade para respirar) e ter histórico de viagem para a região chinesa onde há surto.
Mais um país
No final da noite desta sexta-feira, a Austrália anunciou seu primeiro caso do coronavírus. Isso aumenta para onze o número de países com infecção. O paciente australiano é um cidadão chinês que esteve em Wuhan. De acordo com autoridades sanitárias, ele está em condição estável em um hospital de Melbourne. A novidade foi anunciada no momento em que o governo pede aos cidadãos australianos que não viajassem para a província de Hubei, na China, epicentro do surto.
/COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS