Governo paulista só vai produzir 'pílula do câncer' para pesquisa


Primeiro lote, com 70 mil cápsulas, começará a ser produzido em Cravinhos nos próximos dias; Uip ainda critica liberação

Por Fabiana Cambricoli

O secretário estadual da Saúde de São Paulo, David Uip, disse nesta sexta-feira, 15, ser contra a liberação do uso da fosfoetanolamina sem comprovação de sua eficácia e afirmou que o laboratório contratado pelo governo estadual para produzir cápsulas que serão usadas em pesquisas clínicas não fornecerá o produto para pacientes que não estiverem participando dos estudos.

“A secretaria está comprando a síntese desse sal por contrato de um laboratório privado para uso exclusivo em pesquisa. E nem poderia ser diferente, porque há um pedido de registro de patente dos pesquisadores. Então, não podemos entrar na seara da discussão de algo que pretende ser patenteado e provavelmente vai ser explorado por pesquisadores ou por laboratórios privados. Isso não tem nada a ver com o Estado de São Paulo”, afirmou.

Perguntas e respostas sobre a 'pílula do câncer'

1 | 8

Quando a fosfoetanolamina sintética começou a ser usada por pacientes com câncer?

Foto: USP Imagens
2 | 8

Alguma pesquisa científica foi feita para atestar a eficácia da substância?

Foto: USP IMAGENS
3 | 8

E quanto aos testes iniciados pelo governo? Já foram divulgados resultados?

Foto: Estadão
4 | 8

Outros testes estão sendo feitos por iniciativa governamental?

5 | 8

O produto estará disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS)?

Foto: USP IMAGENS
6 | 8

A fosfoetanolamina sintética cura o câncer?

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
7 | 8

Será necessária a prescrição médica para uso?

Foto: USP IMAGENS
8 | 8

Quem vai produzir a fosfoetanolamina e onde ela será vendida?

Foto: USP IMAGENS
continua após a publicidade

O secretário disse ainda que a liberação da pílula só deveria acontecer após a conclusão dos estudos. “Sou absolutamente contra (a liberação). Não vou desdizer minha história. Além de secretário, eu sou professor de Medicina e fiz pesquisa a vida inteira. O Estado de São Paulo resolveu dar uma solução para isso ao fazer a pesquisa clínica por meio de um projeto muito bem elaborado pelo Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), que vai se iniciar assim que o laboratório responsável pela síntese da fosfoetanolamina der para a Furp (farmácia do Estado) encapsular.

Segundo o laboratório PDT Pharma, de Cravinhos, responsável pela produção, o primeiro lote da fosfoetanolamina sintética que será usado na pesquisa do Icesp começará a ser produzido nos próximos dias. O lote inicial renderá 70 mil cápsulas. Os testes devem começar ainda neste mês e, no total, a primeira etapa do projeto prevê a fabricação de 360 mil cápsulas. / COLABOROU RENE MOREIRA

O secretário estadual da Saúde de São Paulo, David Uip, disse nesta sexta-feira, 15, ser contra a liberação do uso da fosfoetanolamina sem comprovação de sua eficácia e afirmou que o laboratório contratado pelo governo estadual para produzir cápsulas que serão usadas em pesquisas clínicas não fornecerá o produto para pacientes que não estiverem participando dos estudos.

“A secretaria está comprando a síntese desse sal por contrato de um laboratório privado para uso exclusivo em pesquisa. E nem poderia ser diferente, porque há um pedido de registro de patente dos pesquisadores. Então, não podemos entrar na seara da discussão de algo que pretende ser patenteado e provavelmente vai ser explorado por pesquisadores ou por laboratórios privados. Isso não tem nada a ver com o Estado de São Paulo”, afirmou.

Perguntas e respostas sobre a 'pílula do câncer'

1 | 8

Quando a fosfoetanolamina sintética começou a ser usada por pacientes com câncer?

Foto: USP Imagens
2 | 8

Alguma pesquisa científica foi feita para atestar a eficácia da substância?

Foto: USP IMAGENS
3 | 8

E quanto aos testes iniciados pelo governo? Já foram divulgados resultados?

Foto: Estadão
4 | 8

Outros testes estão sendo feitos por iniciativa governamental?

5 | 8

O produto estará disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS)?

Foto: USP IMAGENS
6 | 8

A fosfoetanolamina sintética cura o câncer?

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
7 | 8

Será necessária a prescrição médica para uso?

Foto: USP IMAGENS
8 | 8

Quem vai produzir a fosfoetanolamina e onde ela será vendida?

Foto: USP IMAGENS

O secretário disse ainda que a liberação da pílula só deveria acontecer após a conclusão dos estudos. “Sou absolutamente contra (a liberação). Não vou desdizer minha história. Além de secretário, eu sou professor de Medicina e fiz pesquisa a vida inteira. O Estado de São Paulo resolveu dar uma solução para isso ao fazer a pesquisa clínica por meio de um projeto muito bem elaborado pelo Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), que vai se iniciar assim que o laboratório responsável pela síntese da fosfoetanolamina der para a Furp (farmácia do Estado) encapsular.

Segundo o laboratório PDT Pharma, de Cravinhos, responsável pela produção, o primeiro lote da fosfoetanolamina sintética que será usado na pesquisa do Icesp começará a ser produzido nos próximos dias. O lote inicial renderá 70 mil cápsulas. Os testes devem começar ainda neste mês e, no total, a primeira etapa do projeto prevê a fabricação de 360 mil cápsulas. / COLABOROU RENE MOREIRA

O secretário estadual da Saúde de São Paulo, David Uip, disse nesta sexta-feira, 15, ser contra a liberação do uso da fosfoetanolamina sem comprovação de sua eficácia e afirmou que o laboratório contratado pelo governo estadual para produzir cápsulas que serão usadas em pesquisas clínicas não fornecerá o produto para pacientes que não estiverem participando dos estudos.

“A secretaria está comprando a síntese desse sal por contrato de um laboratório privado para uso exclusivo em pesquisa. E nem poderia ser diferente, porque há um pedido de registro de patente dos pesquisadores. Então, não podemos entrar na seara da discussão de algo que pretende ser patenteado e provavelmente vai ser explorado por pesquisadores ou por laboratórios privados. Isso não tem nada a ver com o Estado de São Paulo”, afirmou.

Perguntas e respostas sobre a 'pílula do câncer'

1 | 8

Quando a fosfoetanolamina sintética começou a ser usada por pacientes com câncer?

Foto: USP Imagens
2 | 8

Alguma pesquisa científica foi feita para atestar a eficácia da substância?

Foto: USP IMAGENS
3 | 8

E quanto aos testes iniciados pelo governo? Já foram divulgados resultados?

Foto: Estadão
4 | 8

Outros testes estão sendo feitos por iniciativa governamental?

5 | 8

O produto estará disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS)?

Foto: USP IMAGENS
6 | 8

A fosfoetanolamina sintética cura o câncer?

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
7 | 8

Será necessária a prescrição médica para uso?

Foto: USP IMAGENS
8 | 8

Quem vai produzir a fosfoetanolamina e onde ela será vendida?

Foto: USP IMAGENS

O secretário disse ainda que a liberação da pílula só deveria acontecer após a conclusão dos estudos. “Sou absolutamente contra (a liberação). Não vou desdizer minha história. Além de secretário, eu sou professor de Medicina e fiz pesquisa a vida inteira. O Estado de São Paulo resolveu dar uma solução para isso ao fazer a pesquisa clínica por meio de um projeto muito bem elaborado pelo Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), que vai se iniciar assim que o laboratório responsável pela síntese da fosfoetanolamina der para a Furp (farmácia do Estado) encapsular.

Segundo o laboratório PDT Pharma, de Cravinhos, responsável pela produção, o primeiro lote da fosfoetanolamina sintética que será usado na pesquisa do Icesp começará a ser produzido nos próximos dias. O lote inicial renderá 70 mil cápsulas. Os testes devem começar ainda neste mês e, no total, a primeira etapa do projeto prevê a fabricação de 360 mil cápsulas. / COLABOROU RENE MOREIRA

O secretário estadual da Saúde de São Paulo, David Uip, disse nesta sexta-feira, 15, ser contra a liberação do uso da fosfoetanolamina sem comprovação de sua eficácia e afirmou que o laboratório contratado pelo governo estadual para produzir cápsulas que serão usadas em pesquisas clínicas não fornecerá o produto para pacientes que não estiverem participando dos estudos.

“A secretaria está comprando a síntese desse sal por contrato de um laboratório privado para uso exclusivo em pesquisa. E nem poderia ser diferente, porque há um pedido de registro de patente dos pesquisadores. Então, não podemos entrar na seara da discussão de algo que pretende ser patenteado e provavelmente vai ser explorado por pesquisadores ou por laboratórios privados. Isso não tem nada a ver com o Estado de São Paulo”, afirmou.

Perguntas e respostas sobre a 'pílula do câncer'

1 | 8

Quando a fosfoetanolamina sintética começou a ser usada por pacientes com câncer?

Foto: USP Imagens
2 | 8

Alguma pesquisa científica foi feita para atestar a eficácia da substância?

Foto: USP IMAGENS
3 | 8

E quanto aos testes iniciados pelo governo? Já foram divulgados resultados?

Foto: Estadão
4 | 8

Outros testes estão sendo feitos por iniciativa governamental?

5 | 8

O produto estará disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS)?

Foto: USP IMAGENS
6 | 8

A fosfoetanolamina sintética cura o câncer?

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
7 | 8

Será necessária a prescrição médica para uso?

Foto: USP IMAGENS
8 | 8

Quem vai produzir a fosfoetanolamina e onde ela será vendida?

Foto: USP IMAGENS

O secretário disse ainda que a liberação da pílula só deveria acontecer após a conclusão dos estudos. “Sou absolutamente contra (a liberação). Não vou desdizer minha história. Além de secretário, eu sou professor de Medicina e fiz pesquisa a vida inteira. O Estado de São Paulo resolveu dar uma solução para isso ao fazer a pesquisa clínica por meio de um projeto muito bem elaborado pelo Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), que vai se iniciar assim que o laboratório responsável pela síntese da fosfoetanolamina der para a Furp (farmácia do Estado) encapsular.

Segundo o laboratório PDT Pharma, de Cravinhos, responsável pela produção, o primeiro lote da fosfoetanolamina sintética que será usado na pesquisa do Icesp começará a ser produzido nos próximos dias. O lote inicial renderá 70 mil cápsulas. Os testes devem começar ainda neste mês e, no total, a primeira etapa do projeto prevê a fabricação de 360 mil cápsulas. / COLABOROU RENE MOREIRA

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.