BRASÍLIA E GENEBRA - Em uma reunião nesta quarta-feira, 17, por teleconferência, o governo brasileiro indicou a técnicos da Organização Mundial da Saúde (OMS) que não descarta realizar uma segunda fase de vacinação contra a febre amarela, desta vez em centros urbanos. E já negocia o apoio da agência.
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A ideia é fazer uma segunda onda de vacinação quando o número de casos da doença estiver em queda. A imunização poderia atingir determinados grupos, em todo território nacional. No ano passado, por exemplo, o governo brasileiro já havia decidido estender a vacinação para crianças maiores de 9 meses em todo o País. A estratégia foi suspensa diante da ameaça do aumento expressivo de número de casos, mas a expectativa é de que ela seja retomada.
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O governo brasileiro ainda deixou claro na reunião seu descontentamento com o alerta emitido pela Organização Mundial da Saúde na terça-feira, 16, em que classificou o Estado de São Paulo como área de risco para febre amarela. Na teleconferência, feita a pedido da OMS, representantes brasileiros se queixaram por não terem sido previamente comunicados.
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Na terça-feira, o ministro da Saúde em exercício, Antonio Carlos Nardi, em público afirmou que a nova classificação da OMS contava com o apoio do governo brasileiro. Na ocasião, ele se referiu à decisão como “excesso de zelo.” Internamente, no entanto, não havia como esconder a insatisfação.
Antes de mudar a declaração, a OMS havia questionado autoridades brasileiras. Uma resposta foi encaminhada. A expectativa do governo brasileiro era de receber um comunicado da OMS. Mas acabou surpreendido com o alerta oficial.
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Emergência
Por enquanto, está descartado declarar o surto como uma emergência internacional, como aconteceu com o vírus zika. Mas a OMS pediu explicações sobre o plano para frear a doença. Ficou acertado que haverá reuniões semanais para atualizar o quadro.