Granola: mistura é nutritiva, mas é preciso escolher bem para garantir os benefícios; entenda


Cheia de vitaminas, sais minerais e gorduras boas, ela dá uma força ao intestino e é garantia de energia, mas alguns deslizes podem pôr tudo a perder. Veja dicas para a hora das compras e aprenda a fazer a sua em casa

Por Regina Célia Pereira

Uma visita ao setor das granolas revela uma grande variedade de produtos. Da receita tradicional até a opção low carb, passando por versões light, orgânicas, sem glúten, veganas – as livres de mel. Nas prateleiras dos supermercados, um desfile de pacotes com itens em destaque, caso do cacau, do goji berry, da quinoa, entre tantos outros. A variedade só tende a crescer para atender os mais diversos públicos, num cenário diferente das fórmulas precursoras e pouco apetitosas, criadas por médicos nos Estados Unidos, lá no final do século 19 e recomendadas aos pacientes internados.

O único ponto em comum, entre as modernas e as antigas, é a presença de cereais, que são considerados a base do alimento. Embora a aveia seja o tipo mais utilizado, trigo e milho costumam aparecer. “Outro grupo indispensável é o das oleaginosas, ou seja, das nozes, amêndoas, castanhas”, diz a nutricionista Maristela Strufaldi, da Sociedade Brasileira de Diabete.

Sementes também são assíduas. “Chia, girassol e gergelim são comuns nas formulações”, diz Fernanda Maluhy, nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Completa o time a turma das frutas desidratadas - e a uva-passa reina.

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“Além dessa combinação de ingredientes, para ser classificada como granola, a preparação precisa passar por cocção”, explica a nutricionista Ana Paula Gines Geraldo, coordenadora do Projeto Cozinhando com Ciência, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Geralmente é assada no forno, mas também pode ser feita na frigideira, direto no fogão, o que requer um pouco mais de habilidade para não queimar. E leva algum agente oleoso para deixá-la crocante.

“É o que a difere do muesli, preparado europeu que traz um mix parecido, mas que, além de não conter óleo, não requer cozimento”, comenta Renata Farrielo, nutricionista comportamental.

Granola tem componentes com vitaminas e gorduras boas Foto: Colin/Adobe Stock
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Mistura nutritiva

Pelo elenco que compõe as granolas clássicas, dá para imaginar a penca de nutrientes e outras substâncias especiais reunidos na fórmula.

A primeira a ser lembrada é a fibra. “É imprescindível para o funcionamento intestinal e favorece a microbiota”, diz Maristela. As fibras reforçam a população de bactérias benéficas que residem no intestino. Existem evidências de que o cuidado com esses micro-organismos traz impactos positivos na imunidade e até mesmo no humor.

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Por falar em emoções, vale menção às vitaminas do complexo B, que ajudam a dar um chega-pra-lá no desânimo. Ainda nesse tópico, os carboidratos são conhecidos por garantir mais pique.

Na miscelânea, destacam-se ainda sais minerais como o zinco, outro aliado do sistema imune, o magnésio, que age contra a irritabilidade, o fósforo, amigo dos ossos e o selênio, famoso pela ação antioxidante. E a lista não acabou. “As oleaginosas fornecem as chamadas gorduras boas”, diz Fernanda.

A nutricionista refere-se aos ácidos graxos – nome técnico para partículas gordurosas – mono e poli-insaturados. A dupla desponta em estudos por resguardar as artérias.

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Apesar do benefício, essa mesma parcela de gordura é uma das responsáveis pela grande quantidade de calorias das granolas. E, se juntar com excessos açucarados de algumas marcas, o valor calórico dispara.

Para piorar, a mistura doce e engordurada pode interferir com centros de prazer localizados no cérebro. “A tendência é a de perda de controle”, comenta Renata. Daí para extrapolar nas porções é um pulo.

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Dicas de consumo

Além de ir com parcimônia, a recomendação é caprichar nas combinações. “O iogurte é o primeiro que vem à mente, mas leite ou alguma bebida vegetal são interessantes”, sugere Ana Paula, que indica adicionar sempre uma fonte de proteína.

A granola salgada cumpre direito esse papel. “Pode ser usada como uma crosta em peixes ou no peito de frango”, ensina. Também fica perfeita em saladas, sopas e incrementa até o arroz.

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Um aviso para quem gosta dessa versão e o de redobrar a atenção ao teor de sódio. Aliás, um olhar minucioso em todo o rótulo é sempre bem-vindo. E não vale observar só as calorias, por favor. A tabela nutricional, que traz o já mencionado sódio, mostra carboidratos, proteínas, açúcares (totais e adicionados), gorduras, divididas em totais, saturadas e trans, além das fibras. Compare e bote no carrinho as mais nutritivas.

Outro detalhe importante na embalagem é a lista de ingredientes, que dá muitas pistas sobre a qualidade do produto. Os componentes sempre aparecem de maneira decrescente, ou seja, os que estão em maior quantidade surgem em primeiro lugar. Se o açúcar revela-se por ali, a mercadoria tende a não ser das mais saudáveis. “Lembrando que ele tem diversas designações, como xarope de glicose, por exemplo”, diz Renata. Quanto mais familiares os nomes estampados na embalagem, tanto melhor.

Faça a sua

E aos que têm certo traquejo na cozinha, fica o convite para preparar a própria granola da maneira que mais agrada. Veja, a seguir, o que não pode faltar:

  • Agentes para adoçar

Mel, melado, rapadura, purê de maçã, açúcar mascavo, além das frutas desidratadas são exemplos de itens que acrescentam doçura. Só atenção com a quantidade. Para perfumar a receita, vale salpicar canela e outras especiarias.

  • Temperos

Na versão salgada, ervas finas, cebola, tomate e outras hortaliças desidratadas, além de cúrcuma e páprica vão bem.

  • Óleos

Canola, soja, girassol são ingredientes que contribuem para a crocância. O azeite de oliva costuma ser o mais requisitado nas granolas salgadas.

  • Cereais e pseudocereais

Aveia laminada, flocos de milhos e de arroz, além do trigo em forma de farelo ou gémen costumam formar a base do preparado. Os chamados pseudocereais, caso da quinoa e do amaranto enriquecem ainda mais a preparação.

  • Oleaginosas

Aposte nas castanhas brasileiras, a de caju e a do Pará, no nosso amendoim, mas inclua também as estrangeiras amêndoas, nozes, avelãs e afins.

  • Sementes

Chia, linhaça e gergelim combinam com todas as versões, já as sementes de girassol e de abóbora fazem bonito nas salgadas.

  • Frutas secas

A uva-passa é sempre destaque, mas coco, damasco, banana e tâmara acrescentam seu dulçor e, claro, muitos nutrientes à granola.

Uma visita ao setor das granolas revela uma grande variedade de produtos. Da receita tradicional até a opção low carb, passando por versões light, orgânicas, sem glúten, veganas – as livres de mel. Nas prateleiras dos supermercados, um desfile de pacotes com itens em destaque, caso do cacau, do goji berry, da quinoa, entre tantos outros. A variedade só tende a crescer para atender os mais diversos públicos, num cenário diferente das fórmulas precursoras e pouco apetitosas, criadas por médicos nos Estados Unidos, lá no final do século 19 e recomendadas aos pacientes internados.

O único ponto em comum, entre as modernas e as antigas, é a presença de cereais, que são considerados a base do alimento. Embora a aveia seja o tipo mais utilizado, trigo e milho costumam aparecer. “Outro grupo indispensável é o das oleaginosas, ou seja, das nozes, amêndoas, castanhas”, diz a nutricionista Maristela Strufaldi, da Sociedade Brasileira de Diabete.

Sementes também são assíduas. “Chia, girassol e gergelim são comuns nas formulações”, diz Fernanda Maluhy, nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Completa o time a turma das frutas desidratadas - e a uva-passa reina.

“Além dessa combinação de ingredientes, para ser classificada como granola, a preparação precisa passar por cocção”, explica a nutricionista Ana Paula Gines Geraldo, coordenadora do Projeto Cozinhando com Ciência, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Geralmente é assada no forno, mas também pode ser feita na frigideira, direto no fogão, o que requer um pouco mais de habilidade para não queimar. E leva algum agente oleoso para deixá-la crocante.

“É o que a difere do muesli, preparado europeu que traz um mix parecido, mas que, além de não conter óleo, não requer cozimento”, comenta Renata Farrielo, nutricionista comportamental.

Granola tem componentes com vitaminas e gorduras boas Foto: Colin/Adobe Stock

Mistura nutritiva

Pelo elenco que compõe as granolas clássicas, dá para imaginar a penca de nutrientes e outras substâncias especiais reunidos na fórmula.

A primeira a ser lembrada é a fibra. “É imprescindível para o funcionamento intestinal e favorece a microbiota”, diz Maristela. As fibras reforçam a população de bactérias benéficas que residem no intestino. Existem evidências de que o cuidado com esses micro-organismos traz impactos positivos na imunidade e até mesmo no humor.

Por falar em emoções, vale menção às vitaminas do complexo B, que ajudam a dar um chega-pra-lá no desânimo. Ainda nesse tópico, os carboidratos são conhecidos por garantir mais pique.

Na miscelânea, destacam-se ainda sais minerais como o zinco, outro aliado do sistema imune, o magnésio, que age contra a irritabilidade, o fósforo, amigo dos ossos e o selênio, famoso pela ação antioxidante. E a lista não acabou. “As oleaginosas fornecem as chamadas gorduras boas”, diz Fernanda.

A nutricionista refere-se aos ácidos graxos – nome técnico para partículas gordurosas – mono e poli-insaturados. A dupla desponta em estudos por resguardar as artérias.

Apesar do benefício, essa mesma parcela de gordura é uma das responsáveis pela grande quantidade de calorias das granolas. E, se juntar com excessos açucarados de algumas marcas, o valor calórico dispara.

Para piorar, a mistura doce e engordurada pode interferir com centros de prazer localizados no cérebro. “A tendência é a de perda de controle”, comenta Renata. Daí para extrapolar nas porções é um pulo.

Dicas de consumo

Além de ir com parcimônia, a recomendação é caprichar nas combinações. “O iogurte é o primeiro que vem à mente, mas leite ou alguma bebida vegetal são interessantes”, sugere Ana Paula, que indica adicionar sempre uma fonte de proteína.

A granola salgada cumpre direito esse papel. “Pode ser usada como uma crosta em peixes ou no peito de frango”, ensina. Também fica perfeita em saladas, sopas e incrementa até o arroz.

Um aviso para quem gosta dessa versão e o de redobrar a atenção ao teor de sódio. Aliás, um olhar minucioso em todo o rótulo é sempre bem-vindo. E não vale observar só as calorias, por favor. A tabela nutricional, que traz o já mencionado sódio, mostra carboidratos, proteínas, açúcares (totais e adicionados), gorduras, divididas em totais, saturadas e trans, além das fibras. Compare e bote no carrinho as mais nutritivas.

Outro detalhe importante na embalagem é a lista de ingredientes, que dá muitas pistas sobre a qualidade do produto. Os componentes sempre aparecem de maneira decrescente, ou seja, os que estão em maior quantidade surgem em primeiro lugar. Se o açúcar revela-se por ali, a mercadoria tende a não ser das mais saudáveis. “Lembrando que ele tem diversas designações, como xarope de glicose, por exemplo”, diz Renata. Quanto mais familiares os nomes estampados na embalagem, tanto melhor.

Faça a sua

E aos que têm certo traquejo na cozinha, fica o convite para preparar a própria granola da maneira que mais agrada. Veja, a seguir, o que não pode faltar:

  • Agentes para adoçar

Mel, melado, rapadura, purê de maçã, açúcar mascavo, além das frutas desidratadas são exemplos de itens que acrescentam doçura. Só atenção com a quantidade. Para perfumar a receita, vale salpicar canela e outras especiarias.

  • Temperos

Na versão salgada, ervas finas, cebola, tomate e outras hortaliças desidratadas, além de cúrcuma e páprica vão bem.

  • Óleos

Canola, soja, girassol são ingredientes que contribuem para a crocância. O azeite de oliva costuma ser o mais requisitado nas granolas salgadas.

  • Cereais e pseudocereais

Aveia laminada, flocos de milhos e de arroz, além do trigo em forma de farelo ou gémen costumam formar a base do preparado. Os chamados pseudocereais, caso da quinoa e do amaranto enriquecem ainda mais a preparação.

  • Oleaginosas

Aposte nas castanhas brasileiras, a de caju e a do Pará, no nosso amendoim, mas inclua também as estrangeiras amêndoas, nozes, avelãs e afins.

  • Sementes

Chia, linhaça e gergelim combinam com todas as versões, já as sementes de girassol e de abóbora fazem bonito nas salgadas.

  • Frutas secas

A uva-passa é sempre destaque, mas coco, damasco, banana e tâmara acrescentam seu dulçor e, claro, muitos nutrientes à granola.

Uma visita ao setor das granolas revela uma grande variedade de produtos. Da receita tradicional até a opção low carb, passando por versões light, orgânicas, sem glúten, veganas – as livres de mel. Nas prateleiras dos supermercados, um desfile de pacotes com itens em destaque, caso do cacau, do goji berry, da quinoa, entre tantos outros. A variedade só tende a crescer para atender os mais diversos públicos, num cenário diferente das fórmulas precursoras e pouco apetitosas, criadas por médicos nos Estados Unidos, lá no final do século 19 e recomendadas aos pacientes internados.

O único ponto em comum, entre as modernas e as antigas, é a presença de cereais, que são considerados a base do alimento. Embora a aveia seja o tipo mais utilizado, trigo e milho costumam aparecer. “Outro grupo indispensável é o das oleaginosas, ou seja, das nozes, amêndoas, castanhas”, diz a nutricionista Maristela Strufaldi, da Sociedade Brasileira de Diabete.

Sementes também são assíduas. “Chia, girassol e gergelim são comuns nas formulações”, diz Fernanda Maluhy, nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Completa o time a turma das frutas desidratadas - e a uva-passa reina.

“Além dessa combinação de ingredientes, para ser classificada como granola, a preparação precisa passar por cocção”, explica a nutricionista Ana Paula Gines Geraldo, coordenadora do Projeto Cozinhando com Ciência, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Geralmente é assada no forno, mas também pode ser feita na frigideira, direto no fogão, o que requer um pouco mais de habilidade para não queimar. E leva algum agente oleoso para deixá-la crocante.

“É o que a difere do muesli, preparado europeu que traz um mix parecido, mas que, além de não conter óleo, não requer cozimento”, comenta Renata Farrielo, nutricionista comportamental.

Granola tem componentes com vitaminas e gorduras boas Foto: Colin/Adobe Stock

Mistura nutritiva

Pelo elenco que compõe as granolas clássicas, dá para imaginar a penca de nutrientes e outras substâncias especiais reunidos na fórmula.

A primeira a ser lembrada é a fibra. “É imprescindível para o funcionamento intestinal e favorece a microbiota”, diz Maristela. As fibras reforçam a população de bactérias benéficas que residem no intestino. Existem evidências de que o cuidado com esses micro-organismos traz impactos positivos na imunidade e até mesmo no humor.

Por falar em emoções, vale menção às vitaminas do complexo B, que ajudam a dar um chega-pra-lá no desânimo. Ainda nesse tópico, os carboidratos são conhecidos por garantir mais pique.

Na miscelânea, destacam-se ainda sais minerais como o zinco, outro aliado do sistema imune, o magnésio, que age contra a irritabilidade, o fósforo, amigo dos ossos e o selênio, famoso pela ação antioxidante. E a lista não acabou. “As oleaginosas fornecem as chamadas gorduras boas”, diz Fernanda.

A nutricionista refere-se aos ácidos graxos – nome técnico para partículas gordurosas – mono e poli-insaturados. A dupla desponta em estudos por resguardar as artérias.

Apesar do benefício, essa mesma parcela de gordura é uma das responsáveis pela grande quantidade de calorias das granolas. E, se juntar com excessos açucarados de algumas marcas, o valor calórico dispara.

Para piorar, a mistura doce e engordurada pode interferir com centros de prazer localizados no cérebro. “A tendência é a de perda de controle”, comenta Renata. Daí para extrapolar nas porções é um pulo.

Dicas de consumo

Além de ir com parcimônia, a recomendação é caprichar nas combinações. “O iogurte é o primeiro que vem à mente, mas leite ou alguma bebida vegetal são interessantes”, sugere Ana Paula, que indica adicionar sempre uma fonte de proteína.

A granola salgada cumpre direito esse papel. “Pode ser usada como uma crosta em peixes ou no peito de frango”, ensina. Também fica perfeita em saladas, sopas e incrementa até o arroz.

Um aviso para quem gosta dessa versão e o de redobrar a atenção ao teor de sódio. Aliás, um olhar minucioso em todo o rótulo é sempre bem-vindo. E não vale observar só as calorias, por favor. A tabela nutricional, que traz o já mencionado sódio, mostra carboidratos, proteínas, açúcares (totais e adicionados), gorduras, divididas em totais, saturadas e trans, além das fibras. Compare e bote no carrinho as mais nutritivas.

Outro detalhe importante na embalagem é a lista de ingredientes, que dá muitas pistas sobre a qualidade do produto. Os componentes sempre aparecem de maneira decrescente, ou seja, os que estão em maior quantidade surgem em primeiro lugar. Se o açúcar revela-se por ali, a mercadoria tende a não ser das mais saudáveis. “Lembrando que ele tem diversas designações, como xarope de glicose, por exemplo”, diz Renata. Quanto mais familiares os nomes estampados na embalagem, tanto melhor.

Faça a sua

E aos que têm certo traquejo na cozinha, fica o convite para preparar a própria granola da maneira que mais agrada. Veja, a seguir, o que não pode faltar:

  • Agentes para adoçar

Mel, melado, rapadura, purê de maçã, açúcar mascavo, além das frutas desidratadas são exemplos de itens que acrescentam doçura. Só atenção com a quantidade. Para perfumar a receita, vale salpicar canela e outras especiarias.

  • Temperos

Na versão salgada, ervas finas, cebola, tomate e outras hortaliças desidratadas, além de cúrcuma e páprica vão bem.

  • Óleos

Canola, soja, girassol são ingredientes que contribuem para a crocância. O azeite de oliva costuma ser o mais requisitado nas granolas salgadas.

  • Cereais e pseudocereais

Aveia laminada, flocos de milhos e de arroz, além do trigo em forma de farelo ou gémen costumam formar a base do preparado. Os chamados pseudocereais, caso da quinoa e do amaranto enriquecem ainda mais a preparação.

  • Oleaginosas

Aposte nas castanhas brasileiras, a de caju e a do Pará, no nosso amendoim, mas inclua também as estrangeiras amêndoas, nozes, avelãs e afins.

  • Sementes

Chia, linhaça e gergelim combinam com todas as versões, já as sementes de girassol e de abóbora fazem bonito nas salgadas.

  • Frutas secas

A uva-passa é sempre destaque, mas coco, damasco, banana e tâmara acrescentam seu dulçor e, claro, muitos nutrientes à granola.

Uma visita ao setor das granolas revela uma grande variedade de produtos. Da receita tradicional até a opção low carb, passando por versões light, orgânicas, sem glúten, veganas – as livres de mel. Nas prateleiras dos supermercados, um desfile de pacotes com itens em destaque, caso do cacau, do goji berry, da quinoa, entre tantos outros. A variedade só tende a crescer para atender os mais diversos públicos, num cenário diferente das fórmulas precursoras e pouco apetitosas, criadas por médicos nos Estados Unidos, lá no final do século 19 e recomendadas aos pacientes internados.

O único ponto em comum, entre as modernas e as antigas, é a presença de cereais, que são considerados a base do alimento. Embora a aveia seja o tipo mais utilizado, trigo e milho costumam aparecer. “Outro grupo indispensável é o das oleaginosas, ou seja, das nozes, amêndoas, castanhas”, diz a nutricionista Maristela Strufaldi, da Sociedade Brasileira de Diabete.

Sementes também são assíduas. “Chia, girassol e gergelim são comuns nas formulações”, diz Fernanda Maluhy, nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Completa o time a turma das frutas desidratadas - e a uva-passa reina.

“Além dessa combinação de ingredientes, para ser classificada como granola, a preparação precisa passar por cocção”, explica a nutricionista Ana Paula Gines Geraldo, coordenadora do Projeto Cozinhando com Ciência, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Geralmente é assada no forno, mas também pode ser feita na frigideira, direto no fogão, o que requer um pouco mais de habilidade para não queimar. E leva algum agente oleoso para deixá-la crocante.

“É o que a difere do muesli, preparado europeu que traz um mix parecido, mas que, além de não conter óleo, não requer cozimento”, comenta Renata Farrielo, nutricionista comportamental.

Granola tem componentes com vitaminas e gorduras boas Foto: Colin/Adobe Stock

Mistura nutritiva

Pelo elenco que compõe as granolas clássicas, dá para imaginar a penca de nutrientes e outras substâncias especiais reunidos na fórmula.

A primeira a ser lembrada é a fibra. “É imprescindível para o funcionamento intestinal e favorece a microbiota”, diz Maristela. As fibras reforçam a população de bactérias benéficas que residem no intestino. Existem evidências de que o cuidado com esses micro-organismos traz impactos positivos na imunidade e até mesmo no humor.

Por falar em emoções, vale menção às vitaminas do complexo B, que ajudam a dar um chega-pra-lá no desânimo. Ainda nesse tópico, os carboidratos são conhecidos por garantir mais pique.

Na miscelânea, destacam-se ainda sais minerais como o zinco, outro aliado do sistema imune, o magnésio, que age contra a irritabilidade, o fósforo, amigo dos ossos e o selênio, famoso pela ação antioxidante. E a lista não acabou. “As oleaginosas fornecem as chamadas gorduras boas”, diz Fernanda.

A nutricionista refere-se aos ácidos graxos – nome técnico para partículas gordurosas – mono e poli-insaturados. A dupla desponta em estudos por resguardar as artérias.

Apesar do benefício, essa mesma parcela de gordura é uma das responsáveis pela grande quantidade de calorias das granolas. E, se juntar com excessos açucarados de algumas marcas, o valor calórico dispara.

Para piorar, a mistura doce e engordurada pode interferir com centros de prazer localizados no cérebro. “A tendência é a de perda de controle”, comenta Renata. Daí para extrapolar nas porções é um pulo.

Dicas de consumo

Além de ir com parcimônia, a recomendação é caprichar nas combinações. “O iogurte é o primeiro que vem à mente, mas leite ou alguma bebida vegetal são interessantes”, sugere Ana Paula, que indica adicionar sempre uma fonte de proteína.

A granola salgada cumpre direito esse papel. “Pode ser usada como uma crosta em peixes ou no peito de frango”, ensina. Também fica perfeita em saladas, sopas e incrementa até o arroz.

Um aviso para quem gosta dessa versão e o de redobrar a atenção ao teor de sódio. Aliás, um olhar minucioso em todo o rótulo é sempre bem-vindo. E não vale observar só as calorias, por favor. A tabela nutricional, que traz o já mencionado sódio, mostra carboidratos, proteínas, açúcares (totais e adicionados), gorduras, divididas em totais, saturadas e trans, além das fibras. Compare e bote no carrinho as mais nutritivas.

Outro detalhe importante na embalagem é a lista de ingredientes, que dá muitas pistas sobre a qualidade do produto. Os componentes sempre aparecem de maneira decrescente, ou seja, os que estão em maior quantidade surgem em primeiro lugar. Se o açúcar revela-se por ali, a mercadoria tende a não ser das mais saudáveis. “Lembrando que ele tem diversas designações, como xarope de glicose, por exemplo”, diz Renata. Quanto mais familiares os nomes estampados na embalagem, tanto melhor.

Faça a sua

E aos que têm certo traquejo na cozinha, fica o convite para preparar a própria granola da maneira que mais agrada. Veja, a seguir, o que não pode faltar:

  • Agentes para adoçar

Mel, melado, rapadura, purê de maçã, açúcar mascavo, além das frutas desidratadas são exemplos de itens que acrescentam doçura. Só atenção com a quantidade. Para perfumar a receita, vale salpicar canela e outras especiarias.

  • Temperos

Na versão salgada, ervas finas, cebola, tomate e outras hortaliças desidratadas, além de cúrcuma e páprica vão bem.

  • Óleos

Canola, soja, girassol são ingredientes que contribuem para a crocância. O azeite de oliva costuma ser o mais requisitado nas granolas salgadas.

  • Cereais e pseudocereais

Aveia laminada, flocos de milhos e de arroz, além do trigo em forma de farelo ou gémen costumam formar a base do preparado. Os chamados pseudocereais, caso da quinoa e do amaranto enriquecem ainda mais a preparação.

  • Oleaginosas

Aposte nas castanhas brasileiras, a de caju e a do Pará, no nosso amendoim, mas inclua também as estrangeiras amêndoas, nozes, avelãs e afins.

  • Sementes

Chia, linhaça e gergelim combinam com todas as versões, já as sementes de girassol e de abóbora fazem bonito nas salgadas.

  • Frutas secas

A uva-passa é sempre destaque, mas coco, damasco, banana e tâmara acrescentam seu dulçor e, claro, muitos nutrientes à granola.

Uma visita ao setor das granolas revela uma grande variedade de produtos. Da receita tradicional até a opção low carb, passando por versões light, orgânicas, sem glúten, veganas – as livres de mel. Nas prateleiras dos supermercados, um desfile de pacotes com itens em destaque, caso do cacau, do goji berry, da quinoa, entre tantos outros. A variedade só tende a crescer para atender os mais diversos públicos, num cenário diferente das fórmulas precursoras e pouco apetitosas, criadas por médicos nos Estados Unidos, lá no final do século 19 e recomendadas aos pacientes internados.

O único ponto em comum, entre as modernas e as antigas, é a presença de cereais, que são considerados a base do alimento. Embora a aveia seja o tipo mais utilizado, trigo e milho costumam aparecer. “Outro grupo indispensável é o das oleaginosas, ou seja, das nozes, amêndoas, castanhas”, diz a nutricionista Maristela Strufaldi, da Sociedade Brasileira de Diabete.

Sementes também são assíduas. “Chia, girassol e gergelim são comuns nas formulações”, diz Fernanda Maluhy, nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Completa o time a turma das frutas desidratadas - e a uva-passa reina.

“Além dessa combinação de ingredientes, para ser classificada como granola, a preparação precisa passar por cocção”, explica a nutricionista Ana Paula Gines Geraldo, coordenadora do Projeto Cozinhando com Ciência, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Geralmente é assada no forno, mas também pode ser feita na frigideira, direto no fogão, o que requer um pouco mais de habilidade para não queimar. E leva algum agente oleoso para deixá-la crocante.

“É o que a difere do muesli, preparado europeu que traz um mix parecido, mas que, além de não conter óleo, não requer cozimento”, comenta Renata Farrielo, nutricionista comportamental.

Granola tem componentes com vitaminas e gorduras boas Foto: Colin/Adobe Stock

Mistura nutritiva

Pelo elenco que compõe as granolas clássicas, dá para imaginar a penca de nutrientes e outras substâncias especiais reunidos na fórmula.

A primeira a ser lembrada é a fibra. “É imprescindível para o funcionamento intestinal e favorece a microbiota”, diz Maristela. As fibras reforçam a população de bactérias benéficas que residem no intestino. Existem evidências de que o cuidado com esses micro-organismos traz impactos positivos na imunidade e até mesmo no humor.

Por falar em emoções, vale menção às vitaminas do complexo B, que ajudam a dar um chega-pra-lá no desânimo. Ainda nesse tópico, os carboidratos são conhecidos por garantir mais pique.

Na miscelânea, destacam-se ainda sais minerais como o zinco, outro aliado do sistema imune, o magnésio, que age contra a irritabilidade, o fósforo, amigo dos ossos e o selênio, famoso pela ação antioxidante. E a lista não acabou. “As oleaginosas fornecem as chamadas gorduras boas”, diz Fernanda.

A nutricionista refere-se aos ácidos graxos – nome técnico para partículas gordurosas – mono e poli-insaturados. A dupla desponta em estudos por resguardar as artérias.

Apesar do benefício, essa mesma parcela de gordura é uma das responsáveis pela grande quantidade de calorias das granolas. E, se juntar com excessos açucarados de algumas marcas, o valor calórico dispara.

Para piorar, a mistura doce e engordurada pode interferir com centros de prazer localizados no cérebro. “A tendência é a de perda de controle”, comenta Renata. Daí para extrapolar nas porções é um pulo.

Dicas de consumo

Além de ir com parcimônia, a recomendação é caprichar nas combinações. “O iogurte é o primeiro que vem à mente, mas leite ou alguma bebida vegetal são interessantes”, sugere Ana Paula, que indica adicionar sempre uma fonte de proteína.

A granola salgada cumpre direito esse papel. “Pode ser usada como uma crosta em peixes ou no peito de frango”, ensina. Também fica perfeita em saladas, sopas e incrementa até o arroz.

Um aviso para quem gosta dessa versão e o de redobrar a atenção ao teor de sódio. Aliás, um olhar minucioso em todo o rótulo é sempre bem-vindo. E não vale observar só as calorias, por favor. A tabela nutricional, que traz o já mencionado sódio, mostra carboidratos, proteínas, açúcares (totais e adicionados), gorduras, divididas em totais, saturadas e trans, além das fibras. Compare e bote no carrinho as mais nutritivas.

Outro detalhe importante na embalagem é a lista de ingredientes, que dá muitas pistas sobre a qualidade do produto. Os componentes sempre aparecem de maneira decrescente, ou seja, os que estão em maior quantidade surgem em primeiro lugar. Se o açúcar revela-se por ali, a mercadoria tende a não ser das mais saudáveis. “Lembrando que ele tem diversas designações, como xarope de glicose, por exemplo”, diz Renata. Quanto mais familiares os nomes estampados na embalagem, tanto melhor.

Faça a sua

E aos que têm certo traquejo na cozinha, fica o convite para preparar a própria granola da maneira que mais agrada. Veja, a seguir, o que não pode faltar:

  • Agentes para adoçar

Mel, melado, rapadura, purê de maçã, açúcar mascavo, além das frutas desidratadas são exemplos de itens que acrescentam doçura. Só atenção com a quantidade. Para perfumar a receita, vale salpicar canela e outras especiarias.

  • Temperos

Na versão salgada, ervas finas, cebola, tomate e outras hortaliças desidratadas, além de cúrcuma e páprica vão bem.

  • Óleos

Canola, soja, girassol são ingredientes que contribuem para a crocância. O azeite de oliva costuma ser o mais requisitado nas granolas salgadas.

  • Cereais e pseudocereais

Aveia laminada, flocos de milhos e de arroz, além do trigo em forma de farelo ou gémen costumam formar a base do preparado. Os chamados pseudocereais, caso da quinoa e do amaranto enriquecem ainda mais a preparação.

  • Oleaginosas

Aposte nas castanhas brasileiras, a de caju e a do Pará, no nosso amendoim, mas inclua também as estrangeiras amêndoas, nozes, avelãs e afins.

  • Sementes

Chia, linhaça e gergelim combinam com todas as versões, já as sementes de girassol e de abóbora fazem bonito nas salgadas.

  • Frutas secas

A uva-passa é sempre destaque, mas coco, damasco, banana e tâmara acrescentam seu dulçor e, claro, muitos nutrientes à granola.

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