O termo vinagre vem da expressão francesa “vin aigre”, que significa algo como vinho azedo. Isso acontece porque ele tradicionalmente é obtido a partir da fermentação do vinho. Hoje, contudo, é possível encontrar vinagres feitos a partir de outros ingredientes, como maçã, uva, arroz e cana-de-açúcar.
Trata-se de um condimento versátil que, ao longo da história, foi usado para diferentes fins, desde tratamentos médicos até a limpeza de ambientes e como tempero de alimentos. Esse uso abrangente está especialmente associada ao ácido acético, principal componente do vinagre, que conta com propriedades antimicrobianas, antioxidantes e digestivas.
Acontece que, para garantir só as benfeitorias, é preciso armazenar o vinagre da forma correta, o que muitas vezes não acontece.
De acordo com a nutricionista Jéssica Felipe, professora de Nutrição da Faculdade Anhanguera, o armazenamento inadequado desse tempero favorece a sua contaminação por organismos microscópios, como fungos e bactérias, e pode trazer prejuízos à saúde, desde vômito e diarreia até complicações mais graves, como distúrbios neurológicos.
Qual a forma correta de armazenar o vinagre?
Jéssica explica que, independente do tipo de vinagre escolhido, o seu armazenamento deve ser pensado em duas etapas:
- Antes de aberto: Nesse momento, o produto precisa ser mantido em um local arejado e longe da umidade. Isso significa que ele não deve ser mantido próximo ao fogão, por exemplo.
- Depois de aberto: Nessa etapa, a contaminação fica ainda mais fácil e, por isso, ele precisa ser mantido na geladeira. Afinal, temperaturas menores dificultam a proliferação de micro-organismos. Mesmo na geladeira, porém, é necessário ter alguns cuidados, de acordo com a especialista. “Ele deve ser mantido tampado e distante de alimentos crus ou que não foram higienizados para que não haja a transmissão de micróbios”, descreve.
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De forma geral, para evitar consequências indesejadas, a nutricionista destaca a importância de checar no rótulo do vinagre o seu prazo de validade e as instruções para o seu armazenamento. “Essas informações foram definidas com base em testes realizados anteriormente no produto e devem ser levadas em consideração”, justifica.
Outra orientação importante destacada pela especialista é sempre observar o aspecto do vinagre antes de consumi-lo ou adicioná-lo a uma receita. Segundo Jéssica, o vinagre contaminado costuma ser mais denso e turvo, ter gosto metálico e um odor diferente do habitual. Ela pontua, entretanto, que essas características nem sempre ficam evidentes para o consumidor. Daí a importância de associar essa vistoria aos outros cuidados citados.