Há uma vacina contra a gripe específica para os idosos; veja diferenciais e preço


Imunizante de alta proteção só está disponível no sistema privado; especialistas comentam se investimento é válido

Por Lara Castelo

Desde o final de março, a vacina contra a gripe, doença causada pelo vírus influenza, está disponível tanto na rede particular quanto na pública. Via de regra, a campanha de vacinação contra a gripe começa entre abril e maio, mas, devido ao aumento da circulação dos vírus respiratórios no País, neste ano o Ministério da Saúde decidiu adiantar a vacinação.

No Sistema Único de Saúde (SUS) o imunizante contra a gripe disponível é o trivalente, que protege contra três cepas do vírus influenza – duas de influenza tipo A (H1N1 e H3N2) e uma do tipo B. Por enquanto, o imunizante só está disponível gratuitamente para grupos com maior potencial de desenvolvimento de quadros graves da doença ou que estão mais expostos ao vírus, como é o caso de idosos, gestantes, trabalhadores de saúde, crianças de 6 meses a 6 anos, entre outros.

A vacina tetravalente de alta concentração contra a gripe tem quatro vezes mais antígenos que a tetravalente tradicional.  Foto: Erasmo Salomão/Ministério da Saúde
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Na rede privada, por outro lado, todas as pessoas a partir de 6 meses podem tomar a vacina quadrivalente contra a gripe, que protege contra duas cepas de influenza tipo A (H1N1 e H3N2) e duas do tipo B – ou seja, uma além da trivalente. Isso não quer dizer, contudo, que essa vacina vai proteger mais do que a disponível pelo SUS, de acordo com o infectologista Ivan França, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. “Tudo depende das cepas do vírus em circulação no período”, justifica.

A dose do imunizante tetravalente costuma custar por volta de R$ 100, de acordo com levantamento do Estadão. Vale destacar ainda que o esquema vacinal é de dose única, a não ser para as crianças que vão receber o imunizante pela primeira vez – aí, são necessárias duas doses com intervalo de 30 dias entre elas.

Há, ainda, uma terceira opção de imunizante disponível no Brasil: a vacina tetravalente de alta concentração (também chamada de high-dose ou HD4V). Fabricada pela farmacêutica Sanofi, ela leva o nome comercial de Efluelda e está disponível na rede privada desde 2023.

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Como a vacina de alta dosagem contra a gripe funciona?

Ela atua contra as mesmas quatro cepas da vacina quadrivalente tradicional, mas tem quatro vezes mais antígenos (substâncias que desencadeiam a produção de anticorpos).

Quem pode tomar essa vacina?

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De acordo com a bula, ela é destinada exclusivamente a pessoas maiores de 60 anos.

Quanto custa a vacina de alta dose contra a gripe?

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O valor da dose pode chegar a R$ 250, segundo levantamento feito pelo Estadão.

Vale a pena tomar a vacina de alta dose contra a gripe?

Se você é idoso e pode pagar, vale, de acordo com a infectologista Rosana Richtmann, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

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Segundo ela, o sistema imunológico, que protege o corpo contra infecções, enfraquece com o passar dos anos, deixando os idosos mais vulneráveis a complicações em decorrência de doenças, como a gripe. O envelhecimento também tende a reduzir a resposta vacinal, prejudicando, então, a capacidade de o imunizante proteger o indivíduo.

Por isso, se possível, esse grupo deve tomar a versão de alta concentração, segundo a infectologista. “Por terem mais antígenos, essas vacinas potencializam a produção de anticorpos e acabam funcionando como um fator de proteção extra para os idosos”, destaca.

Em nota técnica sobre as vacinas contra o influenza disponíveis no Brasil em 2024, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) orienta na mesma direção. Segundo a entidade, os idosos, se possível, devem tomar a vacina de alta dose devido ao seu maior grau de proteção. “A HD4V permite aumentar a resposta imunológica, particularmente contra o influenza A (H3N2), a mais comum e grave nos idosos”, destaca.

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A SBIm cita ainda um estudo publicado no The New England Journal of Medicine, periódico científico da Inglaterra, que comparou as respostas imunológicas da vacina trivalente padrão (disponibilizada pelo SUS) e a trivalente de alta concentração (que estava disponível antes da tetravalente). O resultado foi uma resposta 24% mais eficaz na vacina de alta dosagem em adultos a partir de 65 anos.

Isso quer dizer que os idosos não devem tomar a vacina contra a gripe disponível no SUS?

Não, de maneira nenhuma. Segundo o infectologista do Oswaldo Cruz, apesar de a vacina de alta concentração gerar maior proteção, a trivalente, atualmente disponível no SUS para os idosos, também é muito boa e funciona como um fator de proteção extremamente importante tanto para idosos quanto para adultos e crianças.

Desde o final de março, a vacina contra a gripe, doença causada pelo vírus influenza, está disponível tanto na rede particular quanto na pública. Via de regra, a campanha de vacinação contra a gripe começa entre abril e maio, mas, devido ao aumento da circulação dos vírus respiratórios no País, neste ano o Ministério da Saúde decidiu adiantar a vacinação.

No Sistema Único de Saúde (SUS) o imunizante contra a gripe disponível é o trivalente, que protege contra três cepas do vírus influenza – duas de influenza tipo A (H1N1 e H3N2) e uma do tipo B. Por enquanto, o imunizante só está disponível gratuitamente para grupos com maior potencial de desenvolvimento de quadros graves da doença ou que estão mais expostos ao vírus, como é o caso de idosos, gestantes, trabalhadores de saúde, crianças de 6 meses a 6 anos, entre outros.

A vacina tetravalente de alta concentração contra a gripe tem quatro vezes mais antígenos que a tetravalente tradicional.  Foto: Erasmo Salomão/Ministério da Saúde

Na rede privada, por outro lado, todas as pessoas a partir de 6 meses podem tomar a vacina quadrivalente contra a gripe, que protege contra duas cepas de influenza tipo A (H1N1 e H3N2) e duas do tipo B – ou seja, uma além da trivalente. Isso não quer dizer, contudo, que essa vacina vai proteger mais do que a disponível pelo SUS, de acordo com o infectologista Ivan França, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. “Tudo depende das cepas do vírus em circulação no período”, justifica.

A dose do imunizante tetravalente costuma custar por volta de R$ 100, de acordo com levantamento do Estadão. Vale destacar ainda que o esquema vacinal é de dose única, a não ser para as crianças que vão receber o imunizante pela primeira vez – aí, são necessárias duas doses com intervalo de 30 dias entre elas.

Há, ainda, uma terceira opção de imunizante disponível no Brasil: a vacina tetravalente de alta concentração (também chamada de high-dose ou HD4V). Fabricada pela farmacêutica Sanofi, ela leva o nome comercial de Efluelda e está disponível na rede privada desde 2023.

Como a vacina de alta dosagem contra a gripe funciona?

Ela atua contra as mesmas quatro cepas da vacina quadrivalente tradicional, mas tem quatro vezes mais antígenos (substâncias que desencadeiam a produção de anticorpos).

Quem pode tomar essa vacina?

De acordo com a bula, ela é destinada exclusivamente a pessoas maiores de 60 anos.

Quanto custa a vacina de alta dose contra a gripe?

O valor da dose pode chegar a R$ 250, segundo levantamento feito pelo Estadão.

Vale a pena tomar a vacina de alta dose contra a gripe?

Se você é idoso e pode pagar, vale, de acordo com a infectologista Rosana Richtmann, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Segundo ela, o sistema imunológico, que protege o corpo contra infecções, enfraquece com o passar dos anos, deixando os idosos mais vulneráveis a complicações em decorrência de doenças, como a gripe. O envelhecimento também tende a reduzir a resposta vacinal, prejudicando, então, a capacidade de o imunizante proteger o indivíduo.

Por isso, se possível, esse grupo deve tomar a versão de alta concentração, segundo a infectologista. “Por terem mais antígenos, essas vacinas potencializam a produção de anticorpos e acabam funcionando como um fator de proteção extra para os idosos”, destaca.

Em nota técnica sobre as vacinas contra o influenza disponíveis no Brasil em 2024, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) orienta na mesma direção. Segundo a entidade, os idosos, se possível, devem tomar a vacina de alta dose devido ao seu maior grau de proteção. “A HD4V permite aumentar a resposta imunológica, particularmente contra o influenza A (H3N2), a mais comum e grave nos idosos”, destaca.

A SBIm cita ainda um estudo publicado no The New England Journal of Medicine, periódico científico da Inglaterra, que comparou as respostas imunológicas da vacina trivalente padrão (disponibilizada pelo SUS) e a trivalente de alta concentração (que estava disponível antes da tetravalente). O resultado foi uma resposta 24% mais eficaz na vacina de alta dosagem em adultos a partir de 65 anos.

Isso quer dizer que os idosos não devem tomar a vacina contra a gripe disponível no SUS?

Não, de maneira nenhuma. Segundo o infectologista do Oswaldo Cruz, apesar de a vacina de alta concentração gerar maior proteção, a trivalente, atualmente disponível no SUS para os idosos, também é muito boa e funciona como um fator de proteção extremamente importante tanto para idosos quanto para adultos e crianças.

Desde o final de março, a vacina contra a gripe, doença causada pelo vírus influenza, está disponível tanto na rede particular quanto na pública. Via de regra, a campanha de vacinação contra a gripe começa entre abril e maio, mas, devido ao aumento da circulação dos vírus respiratórios no País, neste ano o Ministério da Saúde decidiu adiantar a vacinação.

No Sistema Único de Saúde (SUS) o imunizante contra a gripe disponível é o trivalente, que protege contra três cepas do vírus influenza – duas de influenza tipo A (H1N1 e H3N2) e uma do tipo B. Por enquanto, o imunizante só está disponível gratuitamente para grupos com maior potencial de desenvolvimento de quadros graves da doença ou que estão mais expostos ao vírus, como é o caso de idosos, gestantes, trabalhadores de saúde, crianças de 6 meses a 6 anos, entre outros.

A vacina tetravalente de alta concentração contra a gripe tem quatro vezes mais antígenos que a tetravalente tradicional.  Foto: Erasmo Salomão/Ministério da Saúde

Na rede privada, por outro lado, todas as pessoas a partir de 6 meses podem tomar a vacina quadrivalente contra a gripe, que protege contra duas cepas de influenza tipo A (H1N1 e H3N2) e duas do tipo B – ou seja, uma além da trivalente. Isso não quer dizer, contudo, que essa vacina vai proteger mais do que a disponível pelo SUS, de acordo com o infectologista Ivan França, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. “Tudo depende das cepas do vírus em circulação no período”, justifica.

A dose do imunizante tetravalente costuma custar por volta de R$ 100, de acordo com levantamento do Estadão. Vale destacar ainda que o esquema vacinal é de dose única, a não ser para as crianças que vão receber o imunizante pela primeira vez – aí, são necessárias duas doses com intervalo de 30 dias entre elas.

Há, ainda, uma terceira opção de imunizante disponível no Brasil: a vacina tetravalente de alta concentração (também chamada de high-dose ou HD4V). Fabricada pela farmacêutica Sanofi, ela leva o nome comercial de Efluelda e está disponível na rede privada desde 2023.

Como a vacina de alta dosagem contra a gripe funciona?

Ela atua contra as mesmas quatro cepas da vacina quadrivalente tradicional, mas tem quatro vezes mais antígenos (substâncias que desencadeiam a produção de anticorpos).

Quem pode tomar essa vacina?

De acordo com a bula, ela é destinada exclusivamente a pessoas maiores de 60 anos.

Quanto custa a vacina de alta dose contra a gripe?

O valor da dose pode chegar a R$ 250, segundo levantamento feito pelo Estadão.

Vale a pena tomar a vacina de alta dose contra a gripe?

Se você é idoso e pode pagar, vale, de acordo com a infectologista Rosana Richtmann, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Segundo ela, o sistema imunológico, que protege o corpo contra infecções, enfraquece com o passar dos anos, deixando os idosos mais vulneráveis a complicações em decorrência de doenças, como a gripe. O envelhecimento também tende a reduzir a resposta vacinal, prejudicando, então, a capacidade de o imunizante proteger o indivíduo.

Por isso, se possível, esse grupo deve tomar a versão de alta concentração, segundo a infectologista. “Por terem mais antígenos, essas vacinas potencializam a produção de anticorpos e acabam funcionando como um fator de proteção extra para os idosos”, destaca.

Em nota técnica sobre as vacinas contra o influenza disponíveis no Brasil em 2024, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) orienta na mesma direção. Segundo a entidade, os idosos, se possível, devem tomar a vacina de alta dose devido ao seu maior grau de proteção. “A HD4V permite aumentar a resposta imunológica, particularmente contra o influenza A (H3N2), a mais comum e grave nos idosos”, destaca.

A SBIm cita ainda um estudo publicado no The New England Journal of Medicine, periódico científico da Inglaterra, que comparou as respostas imunológicas da vacina trivalente padrão (disponibilizada pelo SUS) e a trivalente de alta concentração (que estava disponível antes da tetravalente). O resultado foi uma resposta 24% mais eficaz na vacina de alta dosagem em adultos a partir de 65 anos.

Isso quer dizer que os idosos não devem tomar a vacina contra a gripe disponível no SUS?

Não, de maneira nenhuma. Segundo o infectologista do Oswaldo Cruz, apesar de a vacina de alta concentração gerar maior proteção, a trivalente, atualmente disponível no SUS para os idosos, também é muito boa e funciona como um fator de proteção extremamente importante tanto para idosos quanto para adultos e crianças.

Desde o final de março, a vacina contra a gripe, doença causada pelo vírus influenza, está disponível tanto na rede particular quanto na pública. Via de regra, a campanha de vacinação contra a gripe começa entre abril e maio, mas, devido ao aumento da circulação dos vírus respiratórios no País, neste ano o Ministério da Saúde decidiu adiantar a vacinação.

No Sistema Único de Saúde (SUS) o imunizante contra a gripe disponível é o trivalente, que protege contra três cepas do vírus influenza – duas de influenza tipo A (H1N1 e H3N2) e uma do tipo B. Por enquanto, o imunizante só está disponível gratuitamente para grupos com maior potencial de desenvolvimento de quadros graves da doença ou que estão mais expostos ao vírus, como é o caso de idosos, gestantes, trabalhadores de saúde, crianças de 6 meses a 6 anos, entre outros.

A vacina tetravalente de alta concentração contra a gripe tem quatro vezes mais antígenos que a tetravalente tradicional.  Foto: Erasmo Salomão/Ministério da Saúde

Na rede privada, por outro lado, todas as pessoas a partir de 6 meses podem tomar a vacina quadrivalente contra a gripe, que protege contra duas cepas de influenza tipo A (H1N1 e H3N2) e duas do tipo B – ou seja, uma além da trivalente. Isso não quer dizer, contudo, que essa vacina vai proteger mais do que a disponível pelo SUS, de acordo com o infectologista Ivan França, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. “Tudo depende das cepas do vírus em circulação no período”, justifica.

A dose do imunizante tetravalente costuma custar por volta de R$ 100, de acordo com levantamento do Estadão. Vale destacar ainda que o esquema vacinal é de dose única, a não ser para as crianças que vão receber o imunizante pela primeira vez – aí, são necessárias duas doses com intervalo de 30 dias entre elas.

Há, ainda, uma terceira opção de imunizante disponível no Brasil: a vacina tetravalente de alta concentração (também chamada de high-dose ou HD4V). Fabricada pela farmacêutica Sanofi, ela leva o nome comercial de Efluelda e está disponível na rede privada desde 2023.

Como a vacina de alta dosagem contra a gripe funciona?

Ela atua contra as mesmas quatro cepas da vacina quadrivalente tradicional, mas tem quatro vezes mais antígenos (substâncias que desencadeiam a produção de anticorpos).

Quem pode tomar essa vacina?

De acordo com a bula, ela é destinada exclusivamente a pessoas maiores de 60 anos.

Quanto custa a vacina de alta dose contra a gripe?

O valor da dose pode chegar a R$ 250, segundo levantamento feito pelo Estadão.

Vale a pena tomar a vacina de alta dose contra a gripe?

Se você é idoso e pode pagar, vale, de acordo com a infectologista Rosana Richtmann, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Segundo ela, o sistema imunológico, que protege o corpo contra infecções, enfraquece com o passar dos anos, deixando os idosos mais vulneráveis a complicações em decorrência de doenças, como a gripe. O envelhecimento também tende a reduzir a resposta vacinal, prejudicando, então, a capacidade de o imunizante proteger o indivíduo.

Por isso, se possível, esse grupo deve tomar a versão de alta concentração, segundo a infectologista. “Por terem mais antígenos, essas vacinas potencializam a produção de anticorpos e acabam funcionando como um fator de proteção extra para os idosos”, destaca.

Em nota técnica sobre as vacinas contra o influenza disponíveis no Brasil em 2024, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) orienta na mesma direção. Segundo a entidade, os idosos, se possível, devem tomar a vacina de alta dose devido ao seu maior grau de proteção. “A HD4V permite aumentar a resposta imunológica, particularmente contra o influenza A (H3N2), a mais comum e grave nos idosos”, destaca.

A SBIm cita ainda um estudo publicado no The New England Journal of Medicine, periódico científico da Inglaterra, que comparou as respostas imunológicas da vacina trivalente padrão (disponibilizada pelo SUS) e a trivalente de alta concentração (que estava disponível antes da tetravalente). O resultado foi uma resposta 24% mais eficaz na vacina de alta dosagem em adultos a partir de 65 anos.

Isso quer dizer que os idosos não devem tomar a vacina contra a gripe disponível no SUS?

Não, de maneira nenhuma. Segundo o infectologista do Oswaldo Cruz, apesar de a vacina de alta concentração gerar maior proteção, a trivalente, atualmente disponível no SUS para os idosos, também é muito boa e funciona como um fator de proteção extremamente importante tanto para idosos quanto para adultos e crianças.

Desde o final de março, a vacina contra a gripe, doença causada pelo vírus influenza, está disponível tanto na rede particular quanto na pública. Via de regra, a campanha de vacinação contra a gripe começa entre abril e maio, mas, devido ao aumento da circulação dos vírus respiratórios no País, neste ano o Ministério da Saúde decidiu adiantar a vacinação.

No Sistema Único de Saúde (SUS) o imunizante contra a gripe disponível é o trivalente, que protege contra três cepas do vírus influenza – duas de influenza tipo A (H1N1 e H3N2) e uma do tipo B. Por enquanto, o imunizante só está disponível gratuitamente para grupos com maior potencial de desenvolvimento de quadros graves da doença ou que estão mais expostos ao vírus, como é o caso de idosos, gestantes, trabalhadores de saúde, crianças de 6 meses a 6 anos, entre outros.

A vacina tetravalente de alta concentração contra a gripe tem quatro vezes mais antígenos que a tetravalente tradicional.  Foto: Erasmo Salomão/Ministério da Saúde

Na rede privada, por outro lado, todas as pessoas a partir de 6 meses podem tomar a vacina quadrivalente contra a gripe, que protege contra duas cepas de influenza tipo A (H1N1 e H3N2) e duas do tipo B – ou seja, uma além da trivalente. Isso não quer dizer, contudo, que essa vacina vai proteger mais do que a disponível pelo SUS, de acordo com o infectologista Ivan França, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. “Tudo depende das cepas do vírus em circulação no período”, justifica.

A dose do imunizante tetravalente costuma custar por volta de R$ 100, de acordo com levantamento do Estadão. Vale destacar ainda que o esquema vacinal é de dose única, a não ser para as crianças que vão receber o imunizante pela primeira vez – aí, são necessárias duas doses com intervalo de 30 dias entre elas.

Há, ainda, uma terceira opção de imunizante disponível no Brasil: a vacina tetravalente de alta concentração (também chamada de high-dose ou HD4V). Fabricada pela farmacêutica Sanofi, ela leva o nome comercial de Efluelda e está disponível na rede privada desde 2023.

Como a vacina de alta dosagem contra a gripe funciona?

Ela atua contra as mesmas quatro cepas da vacina quadrivalente tradicional, mas tem quatro vezes mais antígenos (substâncias que desencadeiam a produção de anticorpos).

Quem pode tomar essa vacina?

De acordo com a bula, ela é destinada exclusivamente a pessoas maiores de 60 anos.

Quanto custa a vacina de alta dose contra a gripe?

O valor da dose pode chegar a R$ 250, segundo levantamento feito pelo Estadão.

Vale a pena tomar a vacina de alta dose contra a gripe?

Se você é idoso e pode pagar, vale, de acordo com a infectologista Rosana Richtmann, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Segundo ela, o sistema imunológico, que protege o corpo contra infecções, enfraquece com o passar dos anos, deixando os idosos mais vulneráveis a complicações em decorrência de doenças, como a gripe. O envelhecimento também tende a reduzir a resposta vacinal, prejudicando, então, a capacidade de o imunizante proteger o indivíduo.

Por isso, se possível, esse grupo deve tomar a versão de alta concentração, segundo a infectologista. “Por terem mais antígenos, essas vacinas potencializam a produção de anticorpos e acabam funcionando como um fator de proteção extra para os idosos”, destaca.

Em nota técnica sobre as vacinas contra o influenza disponíveis no Brasil em 2024, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) orienta na mesma direção. Segundo a entidade, os idosos, se possível, devem tomar a vacina de alta dose devido ao seu maior grau de proteção. “A HD4V permite aumentar a resposta imunológica, particularmente contra o influenza A (H3N2), a mais comum e grave nos idosos”, destaca.

A SBIm cita ainda um estudo publicado no The New England Journal of Medicine, periódico científico da Inglaterra, que comparou as respostas imunológicas da vacina trivalente padrão (disponibilizada pelo SUS) e a trivalente de alta concentração (que estava disponível antes da tetravalente). O resultado foi uma resposta 24% mais eficaz na vacina de alta dosagem em adultos a partir de 65 anos.

Isso quer dizer que os idosos não devem tomar a vacina contra a gripe disponível no SUS?

Não, de maneira nenhuma. Segundo o infectologista do Oswaldo Cruz, apesar de a vacina de alta concentração gerar maior proteção, a trivalente, atualmente disponível no SUS para os idosos, também é muito boa e funciona como um fator de proteção extremamente importante tanto para idosos quanto para adultos e crianças.

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