Hospitais oferecem terapia à base de vapor de água que trata aumento da próstata em minutos


Nova técnica é menos invasiva, não requer anestesia geral e apresenta menores riscos de complicações

Por Layla Shasta
Atualização:

Homens com hiperplasia (aumento) benigna da próstata têm uma nova opção de tratamento. O procedimento utiliza injeções de vapor de água, dura cerca de cinco minutos e não requer anestesia geral.

Conhecido como Rezum, o tratamento foi introduzido no país no ano passado e mais hospitais começam a oferecê-lo para tratar a condição, caracterizada pelo aumento da próstata não relacionado ao câncer e comum em pacientes de meia-idade e idosos — a partir dos 50 anos, cerca de 50% dos homens apresentam o quadro, de acordo com o urologista Ricardo Vita, membro da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

Veja abaixo os sintomas da doença e as diferenças entre os tratamentos disponíveis no Brasil.

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Quais são os sinais do aumento da próstata?

A hiperplasia prostática benigna (HPB) acontece devido à proliferação de células na região da próstata e, em muitos casos, pode levar à obstrução do canal urinário. Assim, a condição provoca sintomas como dificuldade para urinar, jato de urina fraco ou entrecortado e a sensação de que a bexiga nunca está completamente vazia.

Além disso, pode causar uma vontade frequente ou urgente de urinar e a necessidade de acordar várias vezes durante a noite para ir ao banheiro, impactando negativamente a qualidade de vida do paciente. Em casos mais avançados, leva à necessidade do uso de sonda.

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Aumento da próstata é comum em homens mais velhos e pode provocar dificuldade para urinar Foto: RFBSIP/Adobe Stock

Quais são os tratamentos tradicionais?

Carlo Passerotti, urologista e coordenador do Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, conta que os tratamentos tradicionais para HPB são o medicamentoso e o cirúrgico. Alguns pacientes precisam de ambos.

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Para o tratamento medicamentoso, são usados dois tipos de fármacos no Brasil: um relaxa a próstata para facilitar a micção e o outro faz a próstata murchar. Mas há alguns efeitos colaterais, principalmente disfunção erétil, perda da ejaculação e hipotensão postural (tontura por queda de pressão). Como não tratam a causa, os remédios podem ser necessários indefinidamente.

Quanto à cirurgia, existem vários tipos, desde os mais invasivos, como a prostatectomia aberta, até os menos invasivos, com uso de laser. Entre os riscos associados a esses procedimentos, estão o sangramento durante ou após a cirurgia, ejaculação retrógrada (o sêmen é ejaculado para trás ao invés de sair através do pênis) e a possível perda da capacidade de manter uma ereção.

“O risco do Rezum para impotência e incontinência é praticamente zero, mas dos outros métodos também é baixo: 1% de risco de incontinência e de 3% a 4% de impotência, a depender da experiência do cirurgião”, afirma Passerotti. “Já o risco de ejaculação retrograda é de 90% nos outros procedimentos e de 10% no Rezum.”

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Como é realizado o novo procedimento?

O procedimento não requer incisões nem anestesia geral — é usada uma sedação leve, similar à de uma endoscopia digestiva. O processo dura cerca de cinco minutos e o paciente pode ir para casa logo após o efeito da sedação passar.

O tratamento começa com a introdução na uretra de um pequeno endoscópio com uma câmera conectada a um monitor de vídeo. Através dele, passam também uma agulha fina e um dispositivo de vaporização, que são levados até a região onde se verifica aumento da próstata.

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O vapor, gerado por energia de radiofrequência, atinge as células da próstata e causa sua morte de forma controlada. Isso leva ao encolhimento do tecido que estava bloqueando a uretra, reabrindo-a. A diminuição do tecido geralmente começa duas semanas após o tratamento, e o efeito completo pode ser alcançado em até três meses.

Para quais pessoas o novo tratamento é indicado?

O método é indicado para homens com HPB que estejam insatisfeitos com os resultados do tratamento medicamentoso, não tolerem os efeitos colaterais ou não queiram fazer uso de medicação, visto que a doença tem caráter progressivo e o tratamento é de prazo indeterminado. Além disso, para serem elegíveis, os pacientes devem ter volume prostático entre 30 e 80 centímetros cúbicos, segundo Vita.

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Quais as vantagens e desvantagens?

A principal vantagem é que o procedimento é pouco invasivo. Não há necessidade de internação e a recuperação é rápida, com dor e sangramento mínimos. Além disso, ele oferece uma alta taxa de preservação da função ejaculatória, com cerca de 90% dos pacientes mantendo essa função.

“A recuperação e o retorno às atividades cotidianas são rápidos, em poucos dias, com dor ou sangramento em intensidades leves e fugazes”, afirma Vita. No entanto, a resposta pode variar, pois depende da reserva funcional da bexiga e da experiência pessoal de cada homem tratado.

Entre as desvantagens, está o fato de que o tratamento não é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, seu custo varia entre R$ 16 mil e R$ 17 mil e os planos de saúde não são obrigados a oferecê-lo — de acordo com Passerotti, algumas operadoras começaram a cobrir a técnica neste ano.

Homens com hiperplasia (aumento) benigna da próstata têm uma nova opção de tratamento. O procedimento utiliza injeções de vapor de água, dura cerca de cinco minutos e não requer anestesia geral.

Conhecido como Rezum, o tratamento foi introduzido no país no ano passado e mais hospitais começam a oferecê-lo para tratar a condição, caracterizada pelo aumento da próstata não relacionado ao câncer e comum em pacientes de meia-idade e idosos — a partir dos 50 anos, cerca de 50% dos homens apresentam o quadro, de acordo com o urologista Ricardo Vita, membro da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

Veja abaixo os sintomas da doença e as diferenças entre os tratamentos disponíveis no Brasil.

Quais são os sinais do aumento da próstata?

A hiperplasia prostática benigna (HPB) acontece devido à proliferação de células na região da próstata e, em muitos casos, pode levar à obstrução do canal urinário. Assim, a condição provoca sintomas como dificuldade para urinar, jato de urina fraco ou entrecortado e a sensação de que a bexiga nunca está completamente vazia.

Além disso, pode causar uma vontade frequente ou urgente de urinar e a necessidade de acordar várias vezes durante a noite para ir ao banheiro, impactando negativamente a qualidade de vida do paciente. Em casos mais avançados, leva à necessidade do uso de sonda.

Aumento da próstata é comum em homens mais velhos e pode provocar dificuldade para urinar Foto: RFBSIP/Adobe Stock

Quais são os tratamentos tradicionais?

Carlo Passerotti, urologista e coordenador do Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, conta que os tratamentos tradicionais para HPB são o medicamentoso e o cirúrgico. Alguns pacientes precisam de ambos.

Para o tratamento medicamentoso, são usados dois tipos de fármacos no Brasil: um relaxa a próstata para facilitar a micção e o outro faz a próstata murchar. Mas há alguns efeitos colaterais, principalmente disfunção erétil, perda da ejaculação e hipotensão postural (tontura por queda de pressão). Como não tratam a causa, os remédios podem ser necessários indefinidamente.

Quanto à cirurgia, existem vários tipos, desde os mais invasivos, como a prostatectomia aberta, até os menos invasivos, com uso de laser. Entre os riscos associados a esses procedimentos, estão o sangramento durante ou após a cirurgia, ejaculação retrógrada (o sêmen é ejaculado para trás ao invés de sair através do pênis) e a possível perda da capacidade de manter uma ereção.

“O risco do Rezum para impotência e incontinência é praticamente zero, mas dos outros métodos também é baixo: 1% de risco de incontinência e de 3% a 4% de impotência, a depender da experiência do cirurgião”, afirma Passerotti. “Já o risco de ejaculação retrograda é de 90% nos outros procedimentos e de 10% no Rezum.”

Como é realizado o novo procedimento?

O procedimento não requer incisões nem anestesia geral — é usada uma sedação leve, similar à de uma endoscopia digestiva. O processo dura cerca de cinco minutos e o paciente pode ir para casa logo após o efeito da sedação passar.

O tratamento começa com a introdução na uretra de um pequeno endoscópio com uma câmera conectada a um monitor de vídeo. Através dele, passam também uma agulha fina e um dispositivo de vaporização, que são levados até a região onde se verifica aumento da próstata.

O vapor, gerado por energia de radiofrequência, atinge as células da próstata e causa sua morte de forma controlada. Isso leva ao encolhimento do tecido que estava bloqueando a uretra, reabrindo-a. A diminuição do tecido geralmente começa duas semanas após o tratamento, e o efeito completo pode ser alcançado em até três meses.

Para quais pessoas o novo tratamento é indicado?

O método é indicado para homens com HPB que estejam insatisfeitos com os resultados do tratamento medicamentoso, não tolerem os efeitos colaterais ou não queiram fazer uso de medicação, visto que a doença tem caráter progressivo e o tratamento é de prazo indeterminado. Além disso, para serem elegíveis, os pacientes devem ter volume prostático entre 30 e 80 centímetros cúbicos, segundo Vita.

Quais as vantagens e desvantagens?

A principal vantagem é que o procedimento é pouco invasivo. Não há necessidade de internação e a recuperação é rápida, com dor e sangramento mínimos. Além disso, ele oferece uma alta taxa de preservação da função ejaculatória, com cerca de 90% dos pacientes mantendo essa função.

“A recuperação e o retorno às atividades cotidianas são rápidos, em poucos dias, com dor ou sangramento em intensidades leves e fugazes”, afirma Vita. No entanto, a resposta pode variar, pois depende da reserva funcional da bexiga e da experiência pessoal de cada homem tratado.

Entre as desvantagens, está o fato de que o tratamento não é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, seu custo varia entre R$ 16 mil e R$ 17 mil e os planos de saúde não são obrigados a oferecê-lo — de acordo com Passerotti, algumas operadoras começaram a cobrir a técnica neste ano.

Homens com hiperplasia (aumento) benigna da próstata têm uma nova opção de tratamento. O procedimento utiliza injeções de vapor de água, dura cerca de cinco minutos e não requer anestesia geral.

Conhecido como Rezum, o tratamento foi introduzido no país no ano passado e mais hospitais começam a oferecê-lo para tratar a condição, caracterizada pelo aumento da próstata não relacionado ao câncer e comum em pacientes de meia-idade e idosos — a partir dos 50 anos, cerca de 50% dos homens apresentam o quadro, de acordo com o urologista Ricardo Vita, membro da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

Veja abaixo os sintomas da doença e as diferenças entre os tratamentos disponíveis no Brasil.

Quais são os sinais do aumento da próstata?

A hiperplasia prostática benigna (HPB) acontece devido à proliferação de células na região da próstata e, em muitos casos, pode levar à obstrução do canal urinário. Assim, a condição provoca sintomas como dificuldade para urinar, jato de urina fraco ou entrecortado e a sensação de que a bexiga nunca está completamente vazia.

Além disso, pode causar uma vontade frequente ou urgente de urinar e a necessidade de acordar várias vezes durante a noite para ir ao banheiro, impactando negativamente a qualidade de vida do paciente. Em casos mais avançados, leva à necessidade do uso de sonda.

Aumento da próstata é comum em homens mais velhos e pode provocar dificuldade para urinar Foto: RFBSIP/Adobe Stock

Quais são os tratamentos tradicionais?

Carlo Passerotti, urologista e coordenador do Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, conta que os tratamentos tradicionais para HPB são o medicamentoso e o cirúrgico. Alguns pacientes precisam de ambos.

Para o tratamento medicamentoso, são usados dois tipos de fármacos no Brasil: um relaxa a próstata para facilitar a micção e o outro faz a próstata murchar. Mas há alguns efeitos colaterais, principalmente disfunção erétil, perda da ejaculação e hipotensão postural (tontura por queda de pressão). Como não tratam a causa, os remédios podem ser necessários indefinidamente.

Quanto à cirurgia, existem vários tipos, desde os mais invasivos, como a prostatectomia aberta, até os menos invasivos, com uso de laser. Entre os riscos associados a esses procedimentos, estão o sangramento durante ou após a cirurgia, ejaculação retrógrada (o sêmen é ejaculado para trás ao invés de sair através do pênis) e a possível perda da capacidade de manter uma ereção.

“O risco do Rezum para impotência e incontinência é praticamente zero, mas dos outros métodos também é baixo: 1% de risco de incontinência e de 3% a 4% de impotência, a depender da experiência do cirurgião”, afirma Passerotti. “Já o risco de ejaculação retrograda é de 90% nos outros procedimentos e de 10% no Rezum.”

Como é realizado o novo procedimento?

O procedimento não requer incisões nem anestesia geral — é usada uma sedação leve, similar à de uma endoscopia digestiva. O processo dura cerca de cinco minutos e o paciente pode ir para casa logo após o efeito da sedação passar.

O tratamento começa com a introdução na uretra de um pequeno endoscópio com uma câmera conectada a um monitor de vídeo. Através dele, passam também uma agulha fina e um dispositivo de vaporização, que são levados até a região onde se verifica aumento da próstata.

O vapor, gerado por energia de radiofrequência, atinge as células da próstata e causa sua morte de forma controlada. Isso leva ao encolhimento do tecido que estava bloqueando a uretra, reabrindo-a. A diminuição do tecido geralmente começa duas semanas após o tratamento, e o efeito completo pode ser alcançado em até três meses.

Para quais pessoas o novo tratamento é indicado?

O método é indicado para homens com HPB que estejam insatisfeitos com os resultados do tratamento medicamentoso, não tolerem os efeitos colaterais ou não queiram fazer uso de medicação, visto que a doença tem caráter progressivo e o tratamento é de prazo indeterminado. Além disso, para serem elegíveis, os pacientes devem ter volume prostático entre 30 e 80 centímetros cúbicos, segundo Vita.

Quais as vantagens e desvantagens?

A principal vantagem é que o procedimento é pouco invasivo. Não há necessidade de internação e a recuperação é rápida, com dor e sangramento mínimos. Além disso, ele oferece uma alta taxa de preservação da função ejaculatória, com cerca de 90% dos pacientes mantendo essa função.

“A recuperação e o retorno às atividades cotidianas são rápidos, em poucos dias, com dor ou sangramento em intensidades leves e fugazes”, afirma Vita. No entanto, a resposta pode variar, pois depende da reserva funcional da bexiga e da experiência pessoal de cada homem tratado.

Entre as desvantagens, está o fato de que o tratamento não é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, seu custo varia entre R$ 16 mil e R$ 17 mil e os planos de saúde não são obrigados a oferecê-lo — de acordo com Passerotti, algumas operadoras começaram a cobrir a técnica neste ano.

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