Incontinência urinária: distúrbio afeta principalmente as mulheres; entenda as causas


Condição clínica também é comum em homens que passaram por cirurgia de retirada da próstata; independentemente do sexo ou da idade, paciente deve buscar o quanto antes ajuda médica

Por Renata Okumura

Condição clínica caracterizada pela perda involuntária de urina pela uretra, a incontinência urinária é um distúrbio que pode acometer tanto homens como mulheres de todas as idades, embora seja mais frequente a manifestação entre as pessoas do sexo feminino. As causas podem ser variadas, sendo importante procurar um especialista em urologia, caso a pessoa observe que esteja com dificuldade de controlar a vontade de urinar. Independentemente da faixa etária, a incontinência urinária não deve ser tratada como algo normal em nenhuma idade.

A doença pode se apresentar de forma diversificada, desde perdas pequenas e esporádicas de urina até perdas iminentes e abundante. Caso o paciente não realize um tratamento adequado, as consequências podem trazer impactos na sua qualidade de vida diária, que envolve a questão física e também a autoestima da pessoa.

O que é incontinência urinária?

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A incontinência urinária é caracterizada pela perda involuntária da urina pela uretra. O distúrbio é mais frequente entre pessoas do sexo feminino, embora possa acometer indivíduos de qualquer idade e sexo.

De acordo com Karin Anzolch, urologista e diretora de comunicação da Sociedade Brasileira de Urologia, na mulher, as causas mais comuns são a incontinência de esforço, muito devido à sua anatomia, gravidezes e partos, a de urgência, relacionada a diversos fatores, incluindo menopausa, envelhecimento, problemas metabólicos e neurológicos.

“E, nos homens, além dos problemas de próstata e os neurológicos, também está ligado a cirurgias, por exemplo, de câncer de próstata, e ao envelhecimento. É um problema de afeta muito a qualidade de vida, autoestima, e socialização, sem falar nos custos embutidos’, afirma a especialista.

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Conforme a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, a prevalência entre o sexo feminino se deve ao fato de a mulher apresentar, além da uretra, duas falhas naturais no assoalho pélvico: o hiato vaginal e o hiato retal.

“Isso faz com que as estruturas musculares que dão sustentação aos órgãos pélvicos e produzem a contração da uretra para evitar a perda urinária e o músculo que forma um pequeno anel em volta da uretra, sejam mais frágeis nas mulheres”, acrescenta.

Qual o perfil das pessoas mais acometidas por incontinência urinária?

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“Esses dados são difíceis de precisar pois não temos essa estatística. Um dos motivos é o constrangimento em falar da situação e também o fato de muitos acabarem tentando conviver com o problema, seja por considerarem normal, como porque acham que não há tratamento”, afirma Karin, da Sociedade Brasileira de Urologia. Segundo ela, algumas estatísticas falam que, de uma forma geral, entre 20 e 40% das pessoas adultas vivem ou já viveram essa condição.

Segundo Eduardo Hidenobu Taromaru, cirurgião geral e urologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, a condição afeta em torno de 30% das mulheres e entre 10 e 20% dos homens, principalmente acima de 60 anos. “Temos uma estimativa de que quase 20 milhões de pessoas ou até mais, pois o número pode ser maior, que apresentam incontinência urinária. Muitos acabam não falando sobre o distúrbio até por causa de ter vergonha”, acrescenta Taromaru.

Ainda de acordo com o Portal da Urologia, de maneira geral, a incontinência urinária é duas vezes mais comum entre as mulheres do que entre os homens. Cerca de 30% das mulheres com mais de 40 anos apresentam algum grau de incontinência urinária. “A idade é um fator de risco importante, estimando-se que a chance de apresentar incontinência urinária após os 70 anos seja de quatro a cinco vezes maior do que na faixa etária de 20 a 40 anos”, afirma.

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“Crianças também podem ter incontinência urinária. O controle completo da bexiga geralmente se estabelece até os 5 anos. Até esta idade, muitas crianças ainda apresentam perdas urinárias durante o sono, o que chamamos de enurese. Pode ser causa de muita ansiedade e frustração para a criança e para os pais”, conforme informações do Portal da Urologia.

Este é um problema quase sempre transitório e de fácil tratamento. “Algumas crianças podem ter incontinência urinária durante o dia e infecções urinárias. Nestes casos é necessária maior atenção e identificação da causa do problema.”

Quais são as causas mais comuns?

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  • Gestação;
  • Parto;
  • Aumento de peso;
  • Esforço crônico;
  • Cirurgias e radioterapia pélvica;
  • Envelhecimento;
  • Problemas de próstata;
  • Doenças neurológicas;
  • Tumores malignos e benignos que podem comprometer a região pélvica;
  • Pacientes com tosse crônica, principalmente entre os fumantes.

Quais são os sintomas mais comuns?

Perda involuntária de urina, que pode acontecer mediante esforço como tossir, espirrar, rir ou pular.

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Perdas de urina de urgência, quando a pessoa sente o desejo de urinar, mas não dá tempo de chegar ao banheiro.

“Existe ainda uma incontinência urinária mista, que pode ser uma associação da incontinência urinária de esforço e de urgência. Também há uma incontinência urinária paradoxal, que acomete principalmente os homens, que têm aumento benigno da próstata. a bexiga está tão cheia, que transborda, como se fosse uma caixa cheia de água. É a perda por transbordamento”, afirma Taromaru, cirurgião geral e urologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

“Também existem as perdas que são insensíveis (quando a pessoa percebe, já está molhada) ou durante o sono, cada uma tendo causas e características que merecem ser individualizadas na busca do tratamento ideal”, acrescenta Karin, da Sociedade Brasileira de Urologia.

Como o paciente deve perceber que é o momento de buscar ajuda médica?

Quando a perda se torna recorrente, mesmo que discreta, ou quando há sintomas como urgência, mesmo sem ainda a perda urinária, é um momento de procurar ajuda. Quanto antes o diagnóstico, melhores e menos invasivos tendem a ser os tratamentos.

Como é feito o diagnóstico?

Primeiramente, por meio de entrevista com o paciente. É preciso entender como é quando se dá a perda urinária, seu histórico de início e correlação com eventos e fatores, suas doenças e medicações de base, por exemplo.

“Depois, podemos associar um instrumento que chamamos de diário micccional, onde se anota várias coisas, como tempo entre as micções, volume, horários, perdas, número de absorventes e tipo e volume de líquidos (por exemplo sabemos que algumas pessoas podem ingerir muitos líquidos em horários pouco indicados, como próximo da noite, ou ingiram líquidos que contenham álcool e cafeína que são muito estimulantes pra bexiga)”, afirma a especialista.

Segundo Karin, o exame físico também é muito importante, procurando avaliar se há dermatite amoniacal, que são as assaduras pela urina. “Isso demonstra a gravidade na perda ou déficit de cuidados, se há, por exemplo, bexiga caída ou outros órgãos deslocados no caso da mulher, e se o teste de esforço também provoca a perda”, afirma ela.

Nos homens que tenham próstata, o toque retal fornece muitas informações com relação ao volume e consistência da próstata. “Exames de urina para excluir infecção e outras alterações é muito importante. Eventualmente vamos necessitar de exames complementares, como os de imagem e avaliação urodinâmica, que é um teste funcional da bexiga”, acrescenta a especialista da Sociedade Brasileira de Urologia.

Tem cura?

“Sim, ou, pelo menos tratamentos, já são disponíveis para a grande maioria dos casos”, afirma Karin.

Segundo Taromaru, a cura pode ser feita, em alguns casos, somente por meio de exercícios de fisioterapia para o assoalho pélvico. “Principalmente nas mulheres, quando há perdas urinárias em pequena quantidade, que a pessoa acaba perdendo quando faz grandes esforços”, acrescenta o especialista. Em caso de bexigas hiperativas, o tratamento pode ser feito com base em medicamentos para tentar estabilizar a membrana da bexiga para diminuir as contrações involuntárias da bexiga.

É importante que o paciente converse com seu médico para verificar quais são os melhores tratamentos e as chances de cura.

Condição clínica caracterizada pela perda involuntária de urina pela uretra, a incontinência urinária é um distúrbio que acomete principalmente as mulheres, embora também possa atingir homens. Foto: Pixabay

Como é o tratamento?

Segundo a urologista, o tratamento dependerá muito da causa, da idade, das condições clínicas e também do desejo do paciente, daquilo que ele ou ela entendem que possam assumir na sequência do que se propõe.

“No entanto, podem variar desde orientações comportamentais, como regular as idas ao banheiro, controlar o tipo e horário dos líquidos, alarmes para perda de xixi noturno para crianças, fisioterapia, uso de medicações via oral ou injetáveis na bexiga, implante de um tipo de marca-passo para a bexiga, até cirurgias como a de sling, que é a colocação de uma faixa de tecido natural ou sintético sob a uretra, correção de prolapsos, que são os órgãos ‘caídos’ no caso das mulheres, até esfíncter artificial, que são dispositivos que mimetizam a função do complexo muscular que circunda a uretra, responsável pelo vedamento quando não queremos urinar, e abertura quando queremos”, explica Karin.

O que são as cuecas de incontinência?

A exemplo das calcinhas de incontinência, são vestes especiais especialmente desenhadas para conter o extravasamento de urina. Existem vários modelos e volumes que podem comportar e também existem as descartáveis e as reutilizáveis.

“Podem ser usadas sozinhas ou junto com outros absorventes removíveis, no caso de perdas maiores, para aumentar a segurança. Podem ser indicados transitoriamente até que o paciente recupere a sua continência (por exemplo, após uma cirurgia prostática pode demandar alguns dias ou meses para a função retornar) ou como uma opção de tratamento para melhor conforto do paciente enquanto outros tratamentos não são realizados”, afirma a especialista da Sociedade Brasileira de Urologia.

Incontinência urinária após cirurgia de próstata: fisioterapia pélvica melhora 85% dos casos

Algumas das maiores queixas de pacientes de câncer de próstata que passam pela prostatectomia –cirurgia em que é feita a remoção da glândula da próstata e das estruturas ao redor dela, como as vesículas seminais – são a incontinência urinária e a disfunção erétil (impotência). No entanto, esses efeitos colaterais comuns do procedimento podem ser melhorados com a fisioterapia pélvica, que ajuda a fortalecer a musculatura íntima. Também é recomendada para gestantes ou pessoas com incontinência urinária em geral.

Condição clínica caracterizada pela perda involuntária de urina pela uretra, a incontinência urinária é um distúrbio que pode acometer tanto homens como mulheres de todas as idades, embora seja mais frequente a manifestação entre as pessoas do sexo feminino. As causas podem ser variadas, sendo importante procurar um especialista em urologia, caso a pessoa observe que esteja com dificuldade de controlar a vontade de urinar. Independentemente da faixa etária, a incontinência urinária não deve ser tratada como algo normal em nenhuma idade.

A doença pode se apresentar de forma diversificada, desde perdas pequenas e esporádicas de urina até perdas iminentes e abundante. Caso o paciente não realize um tratamento adequado, as consequências podem trazer impactos na sua qualidade de vida diária, que envolve a questão física e também a autoestima da pessoa.

O que é incontinência urinária?

A incontinência urinária é caracterizada pela perda involuntária da urina pela uretra. O distúrbio é mais frequente entre pessoas do sexo feminino, embora possa acometer indivíduos de qualquer idade e sexo.

De acordo com Karin Anzolch, urologista e diretora de comunicação da Sociedade Brasileira de Urologia, na mulher, as causas mais comuns são a incontinência de esforço, muito devido à sua anatomia, gravidezes e partos, a de urgência, relacionada a diversos fatores, incluindo menopausa, envelhecimento, problemas metabólicos e neurológicos.

“E, nos homens, além dos problemas de próstata e os neurológicos, também está ligado a cirurgias, por exemplo, de câncer de próstata, e ao envelhecimento. É um problema de afeta muito a qualidade de vida, autoestima, e socialização, sem falar nos custos embutidos’, afirma a especialista.

Conforme a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, a prevalência entre o sexo feminino se deve ao fato de a mulher apresentar, além da uretra, duas falhas naturais no assoalho pélvico: o hiato vaginal e o hiato retal.

“Isso faz com que as estruturas musculares que dão sustentação aos órgãos pélvicos e produzem a contração da uretra para evitar a perda urinária e o músculo que forma um pequeno anel em volta da uretra, sejam mais frágeis nas mulheres”, acrescenta.

Qual o perfil das pessoas mais acometidas por incontinência urinária?

“Esses dados são difíceis de precisar pois não temos essa estatística. Um dos motivos é o constrangimento em falar da situação e também o fato de muitos acabarem tentando conviver com o problema, seja por considerarem normal, como porque acham que não há tratamento”, afirma Karin, da Sociedade Brasileira de Urologia. Segundo ela, algumas estatísticas falam que, de uma forma geral, entre 20 e 40% das pessoas adultas vivem ou já viveram essa condição.

Segundo Eduardo Hidenobu Taromaru, cirurgião geral e urologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, a condição afeta em torno de 30% das mulheres e entre 10 e 20% dos homens, principalmente acima de 60 anos. “Temos uma estimativa de que quase 20 milhões de pessoas ou até mais, pois o número pode ser maior, que apresentam incontinência urinária. Muitos acabam não falando sobre o distúrbio até por causa de ter vergonha”, acrescenta Taromaru.

Ainda de acordo com o Portal da Urologia, de maneira geral, a incontinência urinária é duas vezes mais comum entre as mulheres do que entre os homens. Cerca de 30% das mulheres com mais de 40 anos apresentam algum grau de incontinência urinária. “A idade é um fator de risco importante, estimando-se que a chance de apresentar incontinência urinária após os 70 anos seja de quatro a cinco vezes maior do que na faixa etária de 20 a 40 anos”, afirma.

“Crianças também podem ter incontinência urinária. O controle completo da bexiga geralmente se estabelece até os 5 anos. Até esta idade, muitas crianças ainda apresentam perdas urinárias durante o sono, o que chamamos de enurese. Pode ser causa de muita ansiedade e frustração para a criança e para os pais”, conforme informações do Portal da Urologia.

Este é um problema quase sempre transitório e de fácil tratamento. “Algumas crianças podem ter incontinência urinária durante o dia e infecções urinárias. Nestes casos é necessária maior atenção e identificação da causa do problema.”

Quais são as causas mais comuns?

  • Gestação;
  • Parto;
  • Aumento de peso;
  • Esforço crônico;
  • Cirurgias e radioterapia pélvica;
  • Envelhecimento;
  • Problemas de próstata;
  • Doenças neurológicas;
  • Tumores malignos e benignos que podem comprometer a região pélvica;
  • Pacientes com tosse crônica, principalmente entre os fumantes.

Quais são os sintomas mais comuns?

Perda involuntária de urina, que pode acontecer mediante esforço como tossir, espirrar, rir ou pular.

Perdas de urina de urgência, quando a pessoa sente o desejo de urinar, mas não dá tempo de chegar ao banheiro.

“Existe ainda uma incontinência urinária mista, que pode ser uma associação da incontinência urinária de esforço e de urgência. Também há uma incontinência urinária paradoxal, que acomete principalmente os homens, que têm aumento benigno da próstata. a bexiga está tão cheia, que transborda, como se fosse uma caixa cheia de água. É a perda por transbordamento”, afirma Taromaru, cirurgião geral e urologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

“Também existem as perdas que são insensíveis (quando a pessoa percebe, já está molhada) ou durante o sono, cada uma tendo causas e características que merecem ser individualizadas na busca do tratamento ideal”, acrescenta Karin, da Sociedade Brasileira de Urologia.

Como o paciente deve perceber que é o momento de buscar ajuda médica?

Quando a perda se torna recorrente, mesmo que discreta, ou quando há sintomas como urgência, mesmo sem ainda a perda urinária, é um momento de procurar ajuda. Quanto antes o diagnóstico, melhores e menos invasivos tendem a ser os tratamentos.

Como é feito o diagnóstico?

Primeiramente, por meio de entrevista com o paciente. É preciso entender como é quando se dá a perda urinária, seu histórico de início e correlação com eventos e fatores, suas doenças e medicações de base, por exemplo.

“Depois, podemos associar um instrumento que chamamos de diário micccional, onde se anota várias coisas, como tempo entre as micções, volume, horários, perdas, número de absorventes e tipo e volume de líquidos (por exemplo sabemos que algumas pessoas podem ingerir muitos líquidos em horários pouco indicados, como próximo da noite, ou ingiram líquidos que contenham álcool e cafeína que são muito estimulantes pra bexiga)”, afirma a especialista.

Segundo Karin, o exame físico também é muito importante, procurando avaliar se há dermatite amoniacal, que são as assaduras pela urina. “Isso demonstra a gravidade na perda ou déficit de cuidados, se há, por exemplo, bexiga caída ou outros órgãos deslocados no caso da mulher, e se o teste de esforço também provoca a perda”, afirma ela.

Nos homens que tenham próstata, o toque retal fornece muitas informações com relação ao volume e consistência da próstata. “Exames de urina para excluir infecção e outras alterações é muito importante. Eventualmente vamos necessitar de exames complementares, como os de imagem e avaliação urodinâmica, que é um teste funcional da bexiga”, acrescenta a especialista da Sociedade Brasileira de Urologia.

Tem cura?

“Sim, ou, pelo menos tratamentos, já são disponíveis para a grande maioria dos casos”, afirma Karin.

Segundo Taromaru, a cura pode ser feita, em alguns casos, somente por meio de exercícios de fisioterapia para o assoalho pélvico. “Principalmente nas mulheres, quando há perdas urinárias em pequena quantidade, que a pessoa acaba perdendo quando faz grandes esforços”, acrescenta o especialista. Em caso de bexigas hiperativas, o tratamento pode ser feito com base em medicamentos para tentar estabilizar a membrana da bexiga para diminuir as contrações involuntárias da bexiga.

É importante que o paciente converse com seu médico para verificar quais são os melhores tratamentos e as chances de cura.

Condição clínica caracterizada pela perda involuntária de urina pela uretra, a incontinência urinária é um distúrbio que acomete principalmente as mulheres, embora também possa atingir homens. Foto: Pixabay

Como é o tratamento?

Segundo a urologista, o tratamento dependerá muito da causa, da idade, das condições clínicas e também do desejo do paciente, daquilo que ele ou ela entendem que possam assumir na sequência do que se propõe.

“No entanto, podem variar desde orientações comportamentais, como regular as idas ao banheiro, controlar o tipo e horário dos líquidos, alarmes para perda de xixi noturno para crianças, fisioterapia, uso de medicações via oral ou injetáveis na bexiga, implante de um tipo de marca-passo para a bexiga, até cirurgias como a de sling, que é a colocação de uma faixa de tecido natural ou sintético sob a uretra, correção de prolapsos, que são os órgãos ‘caídos’ no caso das mulheres, até esfíncter artificial, que são dispositivos que mimetizam a função do complexo muscular que circunda a uretra, responsável pelo vedamento quando não queremos urinar, e abertura quando queremos”, explica Karin.

O que são as cuecas de incontinência?

A exemplo das calcinhas de incontinência, são vestes especiais especialmente desenhadas para conter o extravasamento de urina. Existem vários modelos e volumes que podem comportar e também existem as descartáveis e as reutilizáveis.

“Podem ser usadas sozinhas ou junto com outros absorventes removíveis, no caso de perdas maiores, para aumentar a segurança. Podem ser indicados transitoriamente até que o paciente recupere a sua continência (por exemplo, após uma cirurgia prostática pode demandar alguns dias ou meses para a função retornar) ou como uma opção de tratamento para melhor conforto do paciente enquanto outros tratamentos não são realizados”, afirma a especialista da Sociedade Brasileira de Urologia.

Incontinência urinária após cirurgia de próstata: fisioterapia pélvica melhora 85% dos casos

Algumas das maiores queixas de pacientes de câncer de próstata que passam pela prostatectomia –cirurgia em que é feita a remoção da glândula da próstata e das estruturas ao redor dela, como as vesículas seminais – são a incontinência urinária e a disfunção erétil (impotência). No entanto, esses efeitos colaterais comuns do procedimento podem ser melhorados com a fisioterapia pélvica, que ajuda a fortalecer a musculatura íntima. Também é recomendada para gestantes ou pessoas com incontinência urinária em geral.

Condição clínica caracterizada pela perda involuntária de urina pela uretra, a incontinência urinária é um distúrbio que pode acometer tanto homens como mulheres de todas as idades, embora seja mais frequente a manifestação entre as pessoas do sexo feminino. As causas podem ser variadas, sendo importante procurar um especialista em urologia, caso a pessoa observe que esteja com dificuldade de controlar a vontade de urinar. Independentemente da faixa etária, a incontinência urinária não deve ser tratada como algo normal em nenhuma idade.

A doença pode se apresentar de forma diversificada, desde perdas pequenas e esporádicas de urina até perdas iminentes e abundante. Caso o paciente não realize um tratamento adequado, as consequências podem trazer impactos na sua qualidade de vida diária, que envolve a questão física e também a autoestima da pessoa.

O que é incontinência urinária?

A incontinência urinária é caracterizada pela perda involuntária da urina pela uretra. O distúrbio é mais frequente entre pessoas do sexo feminino, embora possa acometer indivíduos de qualquer idade e sexo.

De acordo com Karin Anzolch, urologista e diretora de comunicação da Sociedade Brasileira de Urologia, na mulher, as causas mais comuns são a incontinência de esforço, muito devido à sua anatomia, gravidezes e partos, a de urgência, relacionada a diversos fatores, incluindo menopausa, envelhecimento, problemas metabólicos e neurológicos.

“E, nos homens, além dos problemas de próstata e os neurológicos, também está ligado a cirurgias, por exemplo, de câncer de próstata, e ao envelhecimento. É um problema de afeta muito a qualidade de vida, autoestima, e socialização, sem falar nos custos embutidos’, afirma a especialista.

Conforme a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, a prevalência entre o sexo feminino se deve ao fato de a mulher apresentar, além da uretra, duas falhas naturais no assoalho pélvico: o hiato vaginal e o hiato retal.

“Isso faz com que as estruturas musculares que dão sustentação aos órgãos pélvicos e produzem a contração da uretra para evitar a perda urinária e o músculo que forma um pequeno anel em volta da uretra, sejam mais frágeis nas mulheres”, acrescenta.

Qual o perfil das pessoas mais acometidas por incontinência urinária?

“Esses dados são difíceis de precisar pois não temos essa estatística. Um dos motivos é o constrangimento em falar da situação e também o fato de muitos acabarem tentando conviver com o problema, seja por considerarem normal, como porque acham que não há tratamento”, afirma Karin, da Sociedade Brasileira de Urologia. Segundo ela, algumas estatísticas falam que, de uma forma geral, entre 20 e 40% das pessoas adultas vivem ou já viveram essa condição.

Segundo Eduardo Hidenobu Taromaru, cirurgião geral e urologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, a condição afeta em torno de 30% das mulheres e entre 10 e 20% dos homens, principalmente acima de 60 anos. “Temos uma estimativa de que quase 20 milhões de pessoas ou até mais, pois o número pode ser maior, que apresentam incontinência urinária. Muitos acabam não falando sobre o distúrbio até por causa de ter vergonha”, acrescenta Taromaru.

Ainda de acordo com o Portal da Urologia, de maneira geral, a incontinência urinária é duas vezes mais comum entre as mulheres do que entre os homens. Cerca de 30% das mulheres com mais de 40 anos apresentam algum grau de incontinência urinária. “A idade é um fator de risco importante, estimando-se que a chance de apresentar incontinência urinária após os 70 anos seja de quatro a cinco vezes maior do que na faixa etária de 20 a 40 anos”, afirma.

“Crianças também podem ter incontinência urinária. O controle completo da bexiga geralmente se estabelece até os 5 anos. Até esta idade, muitas crianças ainda apresentam perdas urinárias durante o sono, o que chamamos de enurese. Pode ser causa de muita ansiedade e frustração para a criança e para os pais”, conforme informações do Portal da Urologia.

Este é um problema quase sempre transitório e de fácil tratamento. “Algumas crianças podem ter incontinência urinária durante o dia e infecções urinárias. Nestes casos é necessária maior atenção e identificação da causa do problema.”

Quais são as causas mais comuns?

  • Gestação;
  • Parto;
  • Aumento de peso;
  • Esforço crônico;
  • Cirurgias e radioterapia pélvica;
  • Envelhecimento;
  • Problemas de próstata;
  • Doenças neurológicas;
  • Tumores malignos e benignos que podem comprometer a região pélvica;
  • Pacientes com tosse crônica, principalmente entre os fumantes.

Quais são os sintomas mais comuns?

Perda involuntária de urina, que pode acontecer mediante esforço como tossir, espirrar, rir ou pular.

Perdas de urina de urgência, quando a pessoa sente o desejo de urinar, mas não dá tempo de chegar ao banheiro.

“Existe ainda uma incontinência urinária mista, que pode ser uma associação da incontinência urinária de esforço e de urgência. Também há uma incontinência urinária paradoxal, que acomete principalmente os homens, que têm aumento benigno da próstata. a bexiga está tão cheia, que transborda, como se fosse uma caixa cheia de água. É a perda por transbordamento”, afirma Taromaru, cirurgião geral e urologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

“Também existem as perdas que são insensíveis (quando a pessoa percebe, já está molhada) ou durante o sono, cada uma tendo causas e características que merecem ser individualizadas na busca do tratamento ideal”, acrescenta Karin, da Sociedade Brasileira de Urologia.

Como o paciente deve perceber que é o momento de buscar ajuda médica?

Quando a perda se torna recorrente, mesmo que discreta, ou quando há sintomas como urgência, mesmo sem ainda a perda urinária, é um momento de procurar ajuda. Quanto antes o diagnóstico, melhores e menos invasivos tendem a ser os tratamentos.

Como é feito o diagnóstico?

Primeiramente, por meio de entrevista com o paciente. É preciso entender como é quando se dá a perda urinária, seu histórico de início e correlação com eventos e fatores, suas doenças e medicações de base, por exemplo.

“Depois, podemos associar um instrumento que chamamos de diário micccional, onde se anota várias coisas, como tempo entre as micções, volume, horários, perdas, número de absorventes e tipo e volume de líquidos (por exemplo sabemos que algumas pessoas podem ingerir muitos líquidos em horários pouco indicados, como próximo da noite, ou ingiram líquidos que contenham álcool e cafeína que são muito estimulantes pra bexiga)”, afirma a especialista.

Segundo Karin, o exame físico também é muito importante, procurando avaliar se há dermatite amoniacal, que são as assaduras pela urina. “Isso demonstra a gravidade na perda ou déficit de cuidados, se há, por exemplo, bexiga caída ou outros órgãos deslocados no caso da mulher, e se o teste de esforço também provoca a perda”, afirma ela.

Nos homens que tenham próstata, o toque retal fornece muitas informações com relação ao volume e consistência da próstata. “Exames de urina para excluir infecção e outras alterações é muito importante. Eventualmente vamos necessitar de exames complementares, como os de imagem e avaliação urodinâmica, que é um teste funcional da bexiga”, acrescenta a especialista da Sociedade Brasileira de Urologia.

Tem cura?

“Sim, ou, pelo menos tratamentos, já são disponíveis para a grande maioria dos casos”, afirma Karin.

Segundo Taromaru, a cura pode ser feita, em alguns casos, somente por meio de exercícios de fisioterapia para o assoalho pélvico. “Principalmente nas mulheres, quando há perdas urinárias em pequena quantidade, que a pessoa acaba perdendo quando faz grandes esforços”, acrescenta o especialista. Em caso de bexigas hiperativas, o tratamento pode ser feito com base em medicamentos para tentar estabilizar a membrana da bexiga para diminuir as contrações involuntárias da bexiga.

É importante que o paciente converse com seu médico para verificar quais são os melhores tratamentos e as chances de cura.

Condição clínica caracterizada pela perda involuntária de urina pela uretra, a incontinência urinária é um distúrbio que acomete principalmente as mulheres, embora também possa atingir homens. Foto: Pixabay

Como é o tratamento?

Segundo a urologista, o tratamento dependerá muito da causa, da idade, das condições clínicas e também do desejo do paciente, daquilo que ele ou ela entendem que possam assumir na sequência do que se propõe.

“No entanto, podem variar desde orientações comportamentais, como regular as idas ao banheiro, controlar o tipo e horário dos líquidos, alarmes para perda de xixi noturno para crianças, fisioterapia, uso de medicações via oral ou injetáveis na bexiga, implante de um tipo de marca-passo para a bexiga, até cirurgias como a de sling, que é a colocação de uma faixa de tecido natural ou sintético sob a uretra, correção de prolapsos, que são os órgãos ‘caídos’ no caso das mulheres, até esfíncter artificial, que são dispositivos que mimetizam a função do complexo muscular que circunda a uretra, responsável pelo vedamento quando não queremos urinar, e abertura quando queremos”, explica Karin.

O que são as cuecas de incontinência?

A exemplo das calcinhas de incontinência, são vestes especiais especialmente desenhadas para conter o extravasamento de urina. Existem vários modelos e volumes que podem comportar e também existem as descartáveis e as reutilizáveis.

“Podem ser usadas sozinhas ou junto com outros absorventes removíveis, no caso de perdas maiores, para aumentar a segurança. Podem ser indicados transitoriamente até que o paciente recupere a sua continência (por exemplo, após uma cirurgia prostática pode demandar alguns dias ou meses para a função retornar) ou como uma opção de tratamento para melhor conforto do paciente enquanto outros tratamentos não são realizados”, afirma a especialista da Sociedade Brasileira de Urologia.

Incontinência urinária após cirurgia de próstata: fisioterapia pélvica melhora 85% dos casos

Algumas das maiores queixas de pacientes de câncer de próstata que passam pela prostatectomia –cirurgia em que é feita a remoção da glândula da próstata e das estruturas ao redor dela, como as vesículas seminais – são a incontinência urinária e a disfunção erétil (impotência). No entanto, esses efeitos colaterais comuns do procedimento podem ser melhorados com a fisioterapia pélvica, que ajuda a fortalecer a musculatura íntima. Também é recomendada para gestantes ou pessoas com incontinência urinária em geral.

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