Inovação contribui para o combate à dengue


Além da ação de cada pessoa para eliminar os focos de água parada em casa, há uma série de estratégias públicas que podem contribuir para cumprir esse objetivo

Por Estadão Blue Studio
Atualização:

A vacinação contra a dengue começou a ser oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas em escala ainda muito pequena, com restrições tanto de faixa etária (apenas para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos) quanto de localização (regiões consideradas endêmicas para a doença). É um primeiro passo importante, mas os efeitos só serão percebidos a longo prazo, quando toda a população for imunizada.

Por enquanto, eliminar focos do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, continua sendo a estratégia essencial para evitar a repetição dos números recordes registrados neste ano, em que o Brasil vive a maior epidemia de dengue da história – mais de 2,2 milhões de casos prováveis, com 758 mortes confirmadas e outras 1.252 sob investigação. São números decorrentes de um processo mais longo, pois a dengue cresceu no País nos últimos anos. No período entre 2019 e 2023, o número de casos subiu 43,2% e o de mortes, 52%, em comparação aos cinco anos anteriores, entre 2014 e 2018.

 Foto: Getty Images
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A ação de cada pessoa é muito importante, pois se estima que 80% dos focos de transmissão da dengue estejam localizados nas residências – daí a importância de eliminar possíveis fontes de água parada que podem se tornar criadouros dos mosquitos, a exemplo de garrafas, pneus, vasos e calhas obstruídas. Há também uma série de iniciativas estruturais que podem trazer excelente resultado no combate ao mosquito, incluindo o uso de técnicas e estratégias inovadoras – ainda que, muitas vezes, simples na concepção e na aplicação.

Quase 100 iniciativas realizadas nas mais diversas cidades brasileiras estão compiladas no Especial Dengue da plataforma IdeiaSUS (ideiasus.fiocruz.br/especial-dengue/). Entre as soluções que podem ser replicadas em todo o País, está o uso de peixe piaba (conhecido como “barrigudinho”) na eliminação de larvas do mosquito em caixas d’água, cisternas e outras fontes, pois a espécie se alimenta das larvas e impede, assim, a proliferação do Aedes aegypti. Há também a utilização de ovitrampas (armadilhas de oviposição), que ajudam a identificar as regiões mais vulneráveis para a proliferação da doença, onde os cuidados devem ser intensificados. Envolver os estudantes numa gincana de recolhimento de materiais recicláveis, como fez a prefeitura de Ipameri (GO), também ajuda a eliminar focos de proliferação do mosquito – além de contribuir para a sustentabilidade, aumentando a conscientização dos jovens sobre os dois temas.

Fase aguda até maio

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Conhecida pela Medicina desde 1780, quando um grande número de casos foi registrado na Filadélfia, nos Estados Unidos, a dengue só foi associada ao Aedes aegypti no século 20. Há evidências de que o mosquito tenha vindo para o Brasil nos navios que partiam da África com escravizados, mas a primeira epidemia documentada no País, tanto clínica quanto laboratorialmente, ocorreu em 1981, em Boa Vista (RR). Em 1986, o tema ganhou repercussão nacional por causa de um surto no Estado do Rio de Janeiro, iniciado em Nova Iguaçu, e registros posteriores em algumas capitais do Nordeste.

“Foi quando a doença passou a ser uma preocupação no Brasil, mesmo porque os casos até então eram frequentemente confundidos com outras doenças. Inclusive o próprio surto de Nova Iguaçu teve a suspeita inicial de intoxicação por uma indústria química da região”, diz Jorge Tibilletti de Lara, historiador da saúde que estudou a trajetória da dengue no Brasil e está concluindo doutorado na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Desde então, a doença se tornou endêmica – ou seja, ocorre de forma contínua, com agravamentos eventualmente causados pela alteração do sorotipo predominante em determinada região (o vírus da dengue tem quatro sorotipos conhecidos, com diferentes materiais genéticos e linhagens, fator que durante muito tempo dificultou o desenvolvimento de uma vacina única).

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As causas da proliferação da dengue incluem o saneamento básico deficitário, o crescimento desordenado das cidades e os fatores climáticos – a exemplo do aquecimento global –, que reforçam as condições favoráveis para a presença do mosquito. Por causa do calor, o período mais propício para o aumento de casos da dengue no Brasil é entre outubro e maio.

A vacinação contra a dengue começou a ser oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas em escala ainda muito pequena, com restrições tanto de faixa etária (apenas para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos) quanto de localização (regiões consideradas endêmicas para a doença). É um primeiro passo importante, mas os efeitos só serão percebidos a longo prazo, quando toda a população for imunizada.

Por enquanto, eliminar focos do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, continua sendo a estratégia essencial para evitar a repetição dos números recordes registrados neste ano, em que o Brasil vive a maior epidemia de dengue da história – mais de 2,2 milhões de casos prováveis, com 758 mortes confirmadas e outras 1.252 sob investigação. São números decorrentes de um processo mais longo, pois a dengue cresceu no País nos últimos anos. No período entre 2019 e 2023, o número de casos subiu 43,2% e o de mortes, 52%, em comparação aos cinco anos anteriores, entre 2014 e 2018.

 Foto: Getty Images

A ação de cada pessoa é muito importante, pois se estima que 80% dos focos de transmissão da dengue estejam localizados nas residências – daí a importância de eliminar possíveis fontes de água parada que podem se tornar criadouros dos mosquitos, a exemplo de garrafas, pneus, vasos e calhas obstruídas. Há também uma série de iniciativas estruturais que podem trazer excelente resultado no combate ao mosquito, incluindo o uso de técnicas e estratégias inovadoras – ainda que, muitas vezes, simples na concepção e na aplicação.

Quase 100 iniciativas realizadas nas mais diversas cidades brasileiras estão compiladas no Especial Dengue da plataforma IdeiaSUS (ideiasus.fiocruz.br/especial-dengue/). Entre as soluções que podem ser replicadas em todo o País, está o uso de peixe piaba (conhecido como “barrigudinho”) na eliminação de larvas do mosquito em caixas d’água, cisternas e outras fontes, pois a espécie se alimenta das larvas e impede, assim, a proliferação do Aedes aegypti. Há também a utilização de ovitrampas (armadilhas de oviposição), que ajudam a identificar as regiões mais vulneráveis para a proliferação da doença, onde os cuidados devem ser intensificados. Envolver os estudantes numa gincana de recolhimento de materiais recicláveis, como fez a prefeitura de Ipameri (GO), também ajuda a eliminar focos de proliferação do mosquito – além de contribuir para a sustentabilidade, aumentando a conscientização dos jovens sobre os dois temas.

Fase aguda até maio

Conhecida pela Medicina desde 1780, quando um grande número de casos foi registrado na Filadélfia, nos Estados Unidos, a dengue só foi associada ao Aedes aegypti no século 20. Há evidências de que o mosquito tenha vindo para o Brasil nos navios que partiam da África com escravizados, mas a primeira epidemia documentada no País, tanto clínica quanto laboratorialmente, ocorreu em 1981, em Boa Vista (RR). Em 1986, o tema ganhou repercussão nacional por causa de um surto no Estado do Rio de Janeiro, iniciado em Nova Iguaçu, e registros posteriores em algumas capitais do Nordeste.

“Foi quando a doença passou a ser uma preocupação no Brasil, mesmo porque os casos até então eram frequentemente confundidos com outras doenças. Inclusive o próprio surto de Nova Iguaçu teve a suspeita inicial de intoxicação por uma indústria química da região”, diz Jorge Tibilletti de Lara, historiador da saúde que estudou a trajetória da dengue no Brasil e está concluindo doutorado na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Desde então, a doença se tornou endêmica – ou seja, ocorre de forma contínua, com agravamentos eventualmente causados pela alteração do sorotipo predominante em determinada região (o vírus da dengue tem quatro sorotipos conhecidos, com diferentes materiais genéticos e linhagens, fator que durante muito tempo dificultou o desenvolvimento de uma vacina única).

As causas da proliferação da dengue incluem o saneamento básico deficitário, o crescimento desordenado das cidades e os fatores climáticos – a exemplo do aquecimento global –, que reforçam as condições favoráveis para a presença do mosquito. Por causa do calor, o período mais propício para o aumento de casos da dengue no Brasil é entre outubro e maio.

A vacinação contra a dengue começou a ser oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas em escala ainda muito pequena, com restrições tanto de faixa etária (apenas para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos) quanto de localização (regiões consideradas endêmicas para a doença). É um primeiro passo importante, mas os efeitos só serão percebidos a longo prazo, quando toda a população for imunizada.

Por enquanto, eliminar focos do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, continua sendo a estratégia essencial para evitar a repetição dos números recordes registrados neste ano, em que o Brasil vive a maior epidemia de dengue da história – mais de 2,2 milhões de casos prováveis, com 758 mortes confirmadas e outras 1.252 sob investigação. São números decorrentes de um processo mais longo, pois a dengue cresceu no País nos últimos anos. No período entre 2019 e 2023, o número de casos subiu 43,2% e o de mortes, 52%, em comparação aos cinco anos anteriores, entre 2014 e 2018.

 Foto: Getty Images

A ação de cada pessoa é muito importante, pois se estima que 80% dos focos de transmissão da dengue estejam localizados nas residências – daí a importância de eliminar possíveis fontes de água parada que podem se tornar criadouros dos mosquitos, a exemplo de garrafas, pneus, vasos e calhas obstruídas. Há também uma série de iniciativas estruturais que podem trazer excelente resultado no combate ao mosquito, incluindo o uso de técnicas e estratégias inovadoras – ainda que, muitas vezes, simples na concepção e na aplicação.

Quase 100 iniciativas realizadas nas mais diversas cidades brasileiras estão compiladas no Especial Dengue da plataforma IdeiaSUS (ideiasus.fiocruz.br/especial-dengue/). Entre as soluções que podem ser replicadas em todo o País, está o uso de peixe piaba (conhecido como “barrigudinho”) na eliminação de larvas do mosquito em caixas d’água, cisternas e outras fontes, pois a espécie se alimenta das larvas e impede, assim, a proliferação do Aedes aegypti. Há também a utilização de ovitrampas (armadilhas de oviposição), que ajudam a identificar as regiões mais vulneráveis para a proliferação da doença, onde os cuidados devem ser intensificados. Envolver os estudantes numa gincana de recolhimento de materiais recicláveis, como fez a prefeitura de Ipameri (GO), também ajuda a eliminar focos de proliferação do mosquito – além de contribuir para a sustentabilidade, aumentando a conscientização dos jovens sobre os dois temas.

Fase aguda até maio

Conhecida pela Medicina desde 1780, quando um grande número de casos foi registrado na Filadélfia, nos Estados Unidos, a dengue só foi associada ao Aedes aegypti no século 20. Há evidências de que o mosquito tenha vindo para o Brasil nos navios que partiam da África com escravizados, mas a primeira epidemia documentada no País, tanto clínica quanto laboratorialmente, ocorreu em 1981, em Boa Vista (RR). Em 1986, o tema ganhou repercussão nacional por causa de um surto no Estado do Rio de Janeiro, iniciado em Nova Iguaçu, e registros posteriores em algumas capitais do Nordeste.

“Foi quando a doença passou a ser uma preocupação no Brasil, mesmo porque os casos até então eram frequentemente confundidos com outras doenças. Inclusive o próprio surto de Nova Iguaçu teve a suspeita inicial de intoxicação por uma indústria química da região”, diz Jorge Tibilletti de Lara, historiador da saúde que estudou a trajetória da dengue no Brasil e está concluindo doutorado na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Desde então, a doença se tornou endêmica – ou seja, ocorre de forma contínua, com agravamentos eventualmente causados pela alteração do sorotipo predominante em determinada região (o vírus da dengue tem quatro sorotipos conhecidos, com diferentes materiais genéticos e linhagens, fator que durante muito tempo dificultou o desenvolvimento de uma vacina única).

As causas da proliferação da dengue incluem o saneamento básico deficitário, o crescimento desordenado das cidades e os fatores climáticos – a exemplo do aquecimento global –, que reforçam as condições favoráveis para a presença do mosquito. Por causa do calor, o período mais propício para o aumento de casos da dengue no Brasil é entre outubro e maio.

A vacinação contra a dengue começou a ser oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas em escala ainda muito pequena, com restrições tanto de faixa etária (apenas para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos) quanto de localização (regiões consideradas endêmicas para a doença). É um primeiro passo importante, mas os efeitos só serão percebidos a longo prazo, quando toda a população for imunizada.

Por enquanto, eliminar focos do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, continua sendo a estratégia essencial para evitar a repetição dos números recordes registrados neste ano, em que o Brasil vive a maior epidemia de dengue da história – mais de 2,2 milhões de casos prováveis, com 758 mortes confirmadas e outras 1.252 sob investigação. São números decorrentes de um processo mais longo, pois a dengue cresceu no País nos últimos anos. No período entre 2019 e 2023, o número de casos subiu 43,2% e o de mortes, 52%, em comparação aos cinco anos anteriores, entre 2014 e 2018.

 Foto: Getty Images

A ação de cada pessoa é muito importante, pois se estima que 80% dos focos de transmissão da dengue estejam localizados nas residências – daí a importância de eliminar possíveis fontes de água parada que podem se tornar criadouros dos mosquitos, a exemplo de garrafas, pneus, vasos e calhas obstruídas. Há também uma série de iniciativas estruturais que podem trazer excelente resultado no combate ao mosquito, incluindo o uso de técnicas e estratégias inovadoras – ainda que, muitas vezes, simples na concepção e na aplicação.

Quase 100 iniciativas realizadas nas mais diversas cidades brasileiras estão compiladas no Especial Dengue da plataforma IdeiaSUS (ideiasus.fiocruz.br/especial-dengue/). Entre as soluções que podem ser replicadas em todo o País, está o uso de peixe piaba (conhecido como “barrigudinho”) na eliminação de larvas do mosquito em caixas d’água, cisternas e outras fontes, pois a espécie se alimenta das larvas e impede, assim, a proliferação do Aedes aegypti. Há também a utilização de ovitrampas (armadilhas de oviposição), que ajudam a identificar as regiões mais vulneráveis para a proliferação da doença, onde os cuidados devem ser intensificados. Envolver os estudantes numa gincana de recolhimento de materiais recicláveis, como fez a prefeitura de Ipameri (GO), também ajuda a eliminar focos de proliferação do mosquito – além de contribuir para a sustentabilidade, aumentando a conscientização dos jovens sobre os dois temas.

Fase aguda até maio

Conhecida pela Medicina desde 1780, quando um grande número de casos foi registrado na Filadélfia, nos Estados Unidos, a dengue só foi associada ao Aedes aegypti no século 20. Há evidências de que o mosquito tenha vindo para o Brasil nos navios que partiam da África com escravizados, mas a primeira epidemia documentada no País, tanto clínica quanto laboratorialmente, ocorreu em 1981, em Boa Vista (RR). Em 1986, o tema ganhou repercussão nacional por causa de um surto no Estado do Rio de Janeiro, iniciado em Nova Iguaçu, e registros posteriores em algumas capitais do Nordeste.

“Foi quando a doença passou a ser uma preocupação no Brasil, mesmo porque os casos até então eram frequentemente confundidos com outras doenças. Inclusive o próprio surto de Nova Iguaçu teve a suspeita inicial de intoxicação por uma indústria química da região”, diz Jorge Tibilletti de Lara, historiador da saúde que estudou a trajetória da dengue no Brasil e está concluindo doutorado na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Desde então, a doença se tornou endêmica – ou seja, ocorre de forma contínua, com agravamentos eventualmente causados pela alteração do sorotipo predominante em determinada região (o vírus da dengue tem quatro sorotipos conhecidos, com diferentes materiais genéticos e linhagens, fator que durante muito tempo dificultou o desenvolvimento de uma vacina única).

As causas da proliferação da dengue incluem o saneamento básico deficitário, o crescimento desordenado das cidades e os fatores climáticos – a exemplo do aquecimento global –, que reforçam as condições favoráveis para a presença do mosquito. Por causa do calor, o período mais propício para o aumento de casos da dengue no Brasil é entre outubro e maio.

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