Lavagem nasal não precisa ser realizada todo dia, indica Sociedade Brasileira de Pediatria


Entidade lança guia sobre o assunto, no qual aborda benefícios, indicações e cuidados relacionados à técnica; veja as principais orientações

Por Ana Lourenço

Ao navegar pelas redes sociais, não é difícil encontrar vídeos de pais e mães mostrando a rotina de lavagem nasal de seus filhos. Embora pareça algo recente, a técnica tem um longo histórico. De acordo com um guia prático de atualização sobre o assunto, publicado recentemente pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os primeiros relatos de limpeza do nariz vêm da medicina Ayurveda (originária da Índia há mais de cinco mil anos). “A filosofia da Hatha utilizava a lavagem nasal com o intuito de purificar-se pela água”, informa o documento.

A medicina ocidental abraçou o método e, de lá para cá, diversas formas de aplicação surgiram – desde equipamentos mais simples, como seringas, até opções elétricas. Isso, combinado à popularização da técnica, também aumentou o risco de erros na prática, o que pode levar a efeitos adversos. Daí a importância de entender as indicações e melhores táticas de acordo com cada faixa etária.

Há vários acessórios no mercado que têm o intuito de ajudar na lavagem nasal. É fundamental entender o funcionamento de cada um e as indicações por faixa etária Foto: Asada/Adobe Stock
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Segundo a entidade, a lavagem nasal parece diminuir os sinais e sintomas das chamadas afecções nasossinusais na criança, como a rinite alérgica. No entanto, a SBP pondera: “Apesar de sua prescrição rotineira na prática clínica, não existem estudos com alto nível de evidência sobre sua eficácia. Também não existem evidências de que ela deva ser prescrita de forma rotineira como profilaxia para doenças nasossinusais”.

A prática é razoavelmente simples e consiste em irrigar a cavidade nasal com uma solução salina, sendo que a versão isotônica 0,9% (formada por água e cloreto de sódio) costuma ser a mais indicada. Também há a versão caseira, que pode ser preparada com 9 gramas de cloreto de sódio para um litro de água filtrada e fervida.

O objetivo é livrar o nariz de excesso de muco e material particulado (isto é, partículas de poluentes que ficam suspensas no ar), assim como hidratar a área.

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“Hoje em dia, as soluções mais populares são as de alto volume, que devem ser feitas com baixa pressão. Ou seja, o soro não deve ser injetado no nariz de forma brusca ou com grande pressão. Isso traz risco de machucar o nariz, causar desconforto para a criança e transmitir a pressão para o ouvido”, alerta a médica Renata Di Francesco, presidente do Departamento de Otorrinolaringologia da SBP.

Outros erros comuns incluem o uso de água filtrada pura e a inclinação incorreta da cabeça. No documento, a SBP informa que, independente da idade e do tipo de dispositivo, algumas práticas são básicas, como sempre direcionar o jato no sentido lateral da narina, evitando o trauma no septo nasal, e nunca aplicar com força – o ideal é manter uma pressão suave e contínua.

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“A lavagem nasal exagerada, ou seja, várias vezes ao dia, na ausência de um processo patológico, pode atrapalhar o processo natural de proteção do nariz. O exagero é ruim”, complementa Renata. Em alguns casos, uma rotina diária de baixo volume é bem-vinda – como em épocas do ano em que o tempo está mais seco.

De acordo com a SBP, as lavagens nasais são contraindicadas em caso de suspeita de corpos estranhos nasais; pacientes com disfagia e risco de aspiração; pacientes com fissura palatina; crianças com defeitos da base do crânio e em casos de fraturas da face.

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Confira as principais indicações para a lavagem nasal

  • Rinite do lactente

“A rinite do lactente é um quadro comum nessa faixa etária (de 0 a 2 anos), decorrente da não adaptação do nariz do bebê às condições de temperatura e umidade”, explica Renata. Por isso, é um quadro de obstrução nasal, nem sempre marcado por espirros. A lavagem nasal é a melhor opção nessas circunstâncias porque não é indicado usar nenhum tipo de medicação para o problema nessa etapa da vida.

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  • Rinite alérgica
  • Infecções nasossinusais virais e bacterianas aguda
  • Rinossinusite crônica
  • Crianças em uso de dispositivos de ventilação não-invasiva ou cateter de oxigênio
  • Epistaxes (sangramento nasal)
  • Pós-operatório de cirurgias nasossinusais
  • Infecções nasais perinatais (como sífilis, gonorreia)

De acordo com o guia, em bebês menores de 6 meses, o uso dos sprays e conta-gotas é o mais indicado para umidificar a mucosa e familiarizá-los com o processo da lavagem nasal. Já em crianças maiores, a limpeza é melhor realizada com o apoio da seringa e do frasco de alto volume.

Até os 6 meses, a criança pode ser posicionada deitada ou sentada. Mas, entre 6 meses e 2 anos, a lavagem nasal deve ser feita somente com a criança sentada no colo de um adulto, com a cabeça levemente virada para baixo e para o lado oposto da narina em que a técnica está sendo aplicada. A partir dos 2 anos, a criança pode ficar sentada no colo do adulto ou até mesmo em pé, com o tronco projetado para a frente.

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“As crianças pequenas não colaboram, e isso é esperado. Fique atento para sintomas como dor de ouvido, irritação e sangramento do nariz. Caso aconteça, procure o atendimento médico”, aconselha Renata.

Ao navegar pelas redes sociais, não é difícil encontrar vídeos de pais e mães mostrando a rotina de lavagem nasal de seus filhos. Embora pareça algo recente, a técnica tem um longo histórico. De acordo com um guia prático de atualização sobre o assunto, publicado recentemente pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os primeiros relatos de limpeza do nariz vêm da medicina Ayurveda (originária da Índia há mais de cinco mil anos). “A filosofia da Hatha utilizava a lavagem nasal com o intuito de purificar-se pela água”, informa o documento.

A medicina ocidental abraçou o método e, de lá para cá, diversas formas de aplicação surgiram – desde equipamentos mais simples, como seringas, até opções elétricas. Isso, combinado à popularização da técnica, também aumentou o risco de erros na prática, o que pode levar a efeitos adversos. Daí a importância de entender as indicações e melhores táticas de acordo com cada faixa etária.

Há vários acessórios no mercado que têm o intuito de ajudar na lavagem nasal. É fundamental entender o funcionamento de cada um e as indicações por faixa etária Foto: Asada/Adobe Stock

Segundo a entidade, a lavagem nasal parece diminuir os sinais e sintomas das chamadas afecções nasossinusais na criança, como a rinite alérgica. No entanto, a SBP pondera: “Apesar de sua prescrição rotineira na prática clínica, não existem estudos com alto nível de evidência sobre sua eficácia. Também não existem evidências de que ela deva ser prescrita de forma rotineira como profilaxia para doenças nasossinusais”.

A prática é razoavelmente simples e consiste em irrigar a cavidade nasal com uma solução salina, sendo que a versão isotônica 0,9% (formada por água e cloreto de sódio) costuma ser a mais indicada. Também há a versão caseira, que pode ser preparada com 9 gramas de cloreto de sódio para um litro de água filtrada e fervida.

O objetivo é livrar o nariz de excesso de muco e material particulado (isto é, partículas de poluentes que ficam suspensas no ar), assim como hidratar a área.

“Hoje em dia, as soluções mais populares são as de alto volume, que devem ser feitas com baixa pressão. Ou seja, o soro não deve ser injetado no nariz de forma brusca ou com grande pressão. Isso traz risco de machucar o nariz, causar desconforto para a criança e transmitir a pressão para o ouvido”, alerta a médica Renata Di Francesco, presidente do Departamento de Otorrinolaringologia da SBP.

Outros erros comuns incluem o uso de água filtrada pura e a inclinação incorreta da cabeça. No documento, a SBP informa que, independente da idade e do tipo de dispositivo, algumas práticas são básicas, como sempre direcionar o jato no sentido lateral da narina, evitando o trauma no septo nasal, e nunca aplicar com força – o ideal é manter uma pressão suave e contínua.

“A lavagem nasal exagerada, ou seja, várias vezes ao dia, na ausência de um processo patológico, pode atrapalhar o processo natural de proteção do nariz. O exagero é ruim”, complementa Renata. Em alguns casos, uma rotina diária de baixo volume é bem-vinda – como em épocas do ano em que o tempo está mais seco.

De acordo com a SBP, as lavagens nasais são contraindicadas em caso de suspeita de corpos estranhos nasais; pacientes com disfagia e risco de aspiração; pacientes com fissura palatina; crianças com defeitos da base do crânio e em casos de fraturas da face.

Confira as principais indicações para a lavagem nasal

  • Rinite do lactente

“A rinite do lactente é um quadro comum nessa faixa etária (de 0 a 2 anos), decorrente da não adaptação do nariz do bebê às condições de temperatura e umidade”, explica Renata. Por isso, é um quadro de obstrução nasal, nem sempre marcado por espirros. A lavagem nasal é a melhor opção nessas circunstâncias porque não é indicado usar nenhum tipo de medicação para o problema nessa etapa da vida.

  • Rinite alérgica
  • Infecções nasossinusais virais e bacterianas aguda
  • Rinossinusite crônica
  • Crianças em uso de dispositivos de ventilação não-invasiva ou cateter de oxigênio
  • Epistaxes (sangramento nasal)
  • Pós-operatório de cirurgias nasossinusais
  • Infecções nasais perinatais (como sífilis, gonorreia)

De acordo com o guia, em bebês menores de 6 meses, o uso dos sprays e conta-gotas é o mais indicado para umidificar a mucosa e familiarizá-los com o processo da lavagem nasal. Já em crianças maiores, a limpeza é melhor realizada com o apoio da seringa e do frasco de alto volume.

Até os 6 meses, a criança pode ser posicionada deitada ou sentada. Mas, entre 6 meses e 2 anos, a lavagem nasal deve ser feita somente com a criança sentada no colo de um adulto, com a cabeça levemente virada para baixo e para o lado oposto da narina em que a técnica está sendo aplicada. A partir dos 2 anos, a criança pode ficar sentada no colo do adulto ou até mesmo em pé, com o tronco projetado para a frente.

“As crianças pequenas não colaboram, e isso é esperado. Fique atento para sintomas como dor de ouvido, irritação e sangramento do nariz. Caso aconteça, procure o atendimento médico”, aconselha Renata.

Ao navegar pelas redes sociais, não é difícil encontrar vídeos de pais e mães mostrando a rotina de lavagem nasal de seus filhos. Embora pareça algo recente, a técnica tem um longo histórico. De acordo com um guia prático de atualização sobre o assunto, publicado recentemente pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os primeiros relatos de limpeza do nariz vêm da medicina Ayurveda (originária da Índia há mais de cinco mil anos). “A filosofia da Hatha utilizava a lavagem nasal com o intuito de purificar-se pela água”, informa o documento.

A medicina ocidental abraçou o método e, de lá para cá, diversas formas de aplicação surgiram – desde equipamentos mais simples, como seringas, até opções elétricas. Isso, combinado à popularização da técnica, também aumentou o risco de erros na prática, o que pode levar a efeitos adversos. Daí a importância de entender as indicações e melhores táticas de acordo com cada faixa etária.

Há vários acessórios no mercado que têm o intuito de ajudar na lavagem nasal. É fundamental entender o funcionamento de cada um e as indicações por faixa etária Foto: Asada/Adobe Stock

Segundo a entidade, a lavagem nasal parece diminuir os sinais e sintomas das chamadas afecções nasossinusais na criança, como a rinite alérgica. No entanto, a SBP pondera: “Apesar de sua prescrição rotineira na prática clínica, não existem estudos com alto nível de evidência sobre sua eficácia. Também não existem evidências de que ela deva ser prescrita de forma rotineira como profilaxia para doenças nasossinusais”.

A prática é razoavelmente simples e consiste em irrigar a cavidade nasal com uma solução salina, sendo que a versão isotônica 0,9% (formada por água e cloreto de sódio) costuma ser a mais indicada. Também há a versão caseira, que pode ser preparada com 9 gramas de cloreto de sódio para um litro de água filtrada e fervida.

O objetivo é livrar o nariz de excesso de muco e material particulado (isto é, partículas de poluentes que ficam suspensas no ar), assim como hidratar a área.

“Hoje em dia, as soluções mais populares são as de alto volume, que devem ser feitas com baixa pressão. Ou seja, o soro não deve ser injetado no nariz de forma brusca ou com grande pressão. Isso traz risco de machucar o nariz, causar desconforto para a criança e transmitir a pressão para o ouvido”, alerta a médica Renata Di Francesco, presidente do Departamento de Otorrinolaringologia da SBP.

Outros erros comuns incluem o uso de água filtrada pura e a inclinação incorreta da cabeça. No documento, a SBP informa que, independente da idade e do tipo de dispositivo, algumas práticas são básicas, como sempre direcionar o jato no sentido lateral da narina, evitando o trauma no septo nasal, e nunca aplicar com força – o ideal é manter uma pressão suave e contínua.

“A lavagem nasal exagerada, ou seja, várias vezes ao dia, na ausência de um processo patológico, pode atrapalhar o processo natural de proteção do nariz. O exagero é ruim”, complementa Renata. Em alguns casos, uma rotina diária de baixo volume é bem-vinda – como em épocas do ano em que o tempo está mais seco.

De acordo com a SBP, as lavagens nasais são contraindicadas em caso de suspeita de corpos estranhos nasais; pacientes com disfagia e risco de aspiração; pacientes com fissura palatina; crianças com defeitos da base do crânio e em casos de fraturas da face.

Confira as principais indicações para a lavagem nasal

  • Rinite do lactente

“A rinite do lactente é um quadro comum nessa faixa etária (de 0 a 2 anos), decorrente da não adaptação do nariz do bebê às condições de temperatura e umidade”, explica Renata. Por isso, é um quadro de obstrução nasal, nem sempre marcado por espirros. A lavagem nasal é a melhor opção nessas circunstâncias porque não é indicado usar nenhum tipo de medicação para o problema nessa etapa da vida.

  • Rinite alérgica
  • Infecções nasossinusais virais e bacterianas aguda
  • Rinossinusite crônica
  • Crianças em uso de dispositivos de ventilação não-invasiva ou cateter de oxigênio
  • Epistaxes (sangramento nasal)
  • Pós-operatório de cirurgias nasossinusais
  • Infecções nasais perinatais (como sífilis, gonorreia)

De acordo com o guia, em bebês menores de 6 meses, o uso dos sprays e conta-gotas é o mais indicado para umidificar a mucosa e familiarizá-los com o processo da lavagem nasal. Já em crianças maiores, a limpeza é melhor realizada com o apoio da seringa e do frasco de alto volume.

Até os 6 meses, a criança pode ser posicionada deitada ou sentada. Mas, entre 6 meses e 2 anos, a lavagem nasal deve ser feita somente com a criança sentada no colo de um adulto, com a cabeça levemente virada para baixo e para o lado oposto da narina em que a técnica está sendo aplicada. A partir dos 2 anos, a criança pode ficar sentada no colo do adulto ou até mesmo em pé, com o tronco projetado para a frente.

“As crianças pequenas não colaboram, e isso é esperado. Fique atento para sintomas como dor de ouvido, irritação e sangramento do nariz. Caso aconteça, procure o atendimento médico”, aconselha Renata.

Ao navegar pelas redes sociais, não é difícil encontrar vídeos de pais e mães mostrando a rotina de lavagem nasal de seus filhos. Embora pareça algo recente, a técnica tem um longo histórico. De acordo com um guia prático de atualização sobre o assunto, publicado recentemente pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os primeiros relatos de limpeza do nariz vêm da medicina Ayurveda (originária da Índia há mais de cinco mil anos). “A filosofia da Hatha utilizava a lavagem nasal com o intuito de purificar-se pela água”, informa o documento.

A medicina ocidental abraçou o método e, de lá para cá, diversas formas de aplicação surgiram – desde equipamentos mais simples, como seringas, até opções elétricas. Isso, combinado à popularização da técnica, também aumentou o risco de erros na prática, o que pode levar a efeitos adversos. Daí a importância de entender as indicações e melhores táticas de acordo com cada faixa etária.

Há vários acessórios no mercado que têm o intuito de ajudar na lavagem nasal. É fundamental entender o funcionamento de cada um e as indicações por faixa etária Foto: Asada/Adobe Stock

Segundo a entidade, a lavagem nasal parece diminuir os sinais e sintomas das chamadas afecções nasossinusais na criança, como a rinite alérgica. No entanto, a SBP pondera: “Apesar de sua prescrição rotineira na prática clínica, não existem estudos com alto nível de evidência sobre sua eficácia. Também não existem evidências de que ela deva ser prescrita de forma rotineira como profilaxia para doenças nasossinusais”.

A prática é razoavelmente simples e consiste em irrigar a cavidade nasal com uma solução salina, sendo que a versão isotônica 0,9% (formada por água e cloreto de sódio) costuma ser a mais indicada. Também há a versão caseira, que pode ser preparada com 9 gramas de cloreto de sódio para um litro de água filtrada e fervida.

O objetivo é livrar o nariz de excesso de muco e material particulado (isto é, partículas de poluentes que ficam suspensas no ar), assim como hidratar a área.

“Hoje em dia, as soluções mais populares são as de alto volume, que devem ser feitas com baixa pressão. Ou seja, o soro não deve ser injetado no nariz de forma brusca ou com grande pressão. Isso traz risco de machucar o nariz, causar desconforto para a criança e transmitir a pressão para o ouvido”, alerta a médica Renata Di Francesco, presidente do Departamento de Otorrinolaringologia da SBP.

Outros erros comuns incluem o uso de água filtrada pura e a inclinação incorreta da cabeça. No documento, a SBP informa que, independente da idade e do tipo de dispositivo, algumas práticas são básicas, como sempre direcionar o jato no sentido lateral da narina, evitando o trauma no septo nasal, e nunca aplicar com força – o ideal é manter uma pressão suave e contínua.

“A lavagem nasal exagerada, ou seja, várias vezes ao dia, na ausência de um processo patológico, pode atrapalhar o processo natural de proteção do nariz. O exagero é ruim”, complementa Renata. Em alguns casos, uma rotina diária de baixo volume é bem-vinda – como em épocas do ano em que o tempo está mais seco.

De acordo com a SBP, as lavagens nasais são contraindicadas em caso de suspeita de corpos estranhos nasais; pacientes com disfagia e risco de aspiração; pacientes com fissura palatina; crianças com defeitos da base do crânio e em casos de fraturas da face.

Confira as principais indicações para a lavagem nasal

  • Rinite do lactente

“A rinite do lactente é um quadro comum nessa faixa etária (de 0 a 2 anos), decorrente da não adaptação do nariz do bebê às condições de temperatura e umidade”, explica Renata. Por isso, é um quadro de obstrução nasal, nem sempre marcado por espirros. A lavagem nasal é a melhor opção nessas circunstâncias porque não é indicado usar nenhum tipo de medicação para o problema nessa etapa da vida.

  • Rinite alérgica
  • Infecções nasossinusais virais e bacterianas aguda
  • Rinossinusite crônica
  • Crianças em uso de dispositivos de ventilação não-invasiva ou cateter de oxigênio
  • Epistaxes (sangramento nasal)
  • Pós-operatório de cirurgias nasossinusais
  • Infecções nasais perinatais (como sífilis, gonorreia)

De acordo com o guia, em bebês menores de 6 meses, o uso dos sprays e conta-gotas é o mais indicado para umidificar a mucosa e familiarizá-los com o processo da lavagem nasal. Já em crianças maiores, a limpeza é melhor realizada com o apoio da seringa e do frasco de alto volume.

Até os 6 meses, a criança pode ser posicionada deitada ou sentada. Mas, entre 6 meses e 2 anos, a lavagem nasal deve ser feita somente com a criança sentada no colo de um adulto, com a cabeça levemente virada para baixo e para o lado oposto da narina em que a técnica está sendo aplicada. A partir dos 2 anos, a criança pode ficar sentada no colo do adulto ou até mesmo em pé, com o tronco projetado para a frente.

“As crianças pequenas não colaboram, e isso é esperado. Fique atento para sintomas como dor de ouvido, irritação e sangramento do nariz. Caso aconteça, procure o atendimento médico”, aconselha Renata.

Ao navegar pelas redes sociais, não é difícil encontrar vídeos de pais e mães mostrando a rotina de lavagem nasal de seus filhos. Embora pareça algo recente, a técnica tem um longo histórico. De acordo com um guia prático de atualização sobre o assunto, publicado recentemente pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os primeiros relatos de limpeza do nariz vêm da medicina Ayurveda (originária da Índia há mais de cinco mil anos). “A filosofia da Hatha utilizava a lavagem nasal com o intuito de purificar-se pela água”, informa o documento.

A medicina ocidental abraçou o método e, de lá para cá, diversas formas de aplicação surgiram – desde equipamentos mais simples, como seringas, até opções elétricas. Isso, combinado à popularização da técnica, também aumentou o risco de erros na prática, o que pode levar a efeitos adversos. Daí a importância de entender as indicações e melhores táticas de acordo com cada faixa etária.

Há vários acessórios no mercado que têm o intuito de ajudar na lavagem nasal. É fundamental entender o funcionamento de cada um e as indicações por faixa etária Foto: Asada/Adobe Stock

Segundo a entidade, a lavagem nasal parece diminuir os sinais e sintomas das chamadas afecções nasossinusais na criança, como a rinite alérgica. No entanto, a SBP pondera: “Apesar de sua prescrição rotineira na prática clínica, não existem estudos com alto nível de evidência sobre sua eficácia. Também não existem evidências de que ela deva ser prescrita de forma rotineira como profilaxia para doenças nasossinusais”.

A prática é razoavelmente simples e consiste em irrigar a cavidade nasal com uma solução salina, sendo que a versão isotônica 0,9% (formada por água e cloreto de sódio) costuma ser a mais indicada. Também há a versão caseira, que pode ser preparada com 9 gramas de cloreto de sódio para um litro de água filtrada e fervida.

O objetivo é livrar o nariz de excesso de muco e material particulado (isto é, partículas de poluentes que ficam suspensas no ar), assim como hidratar a área.

“Hoje em dia, as soluções mais populares são as de alto volume, que devem ser feitas com baixa pressão. Ou seja, o soro não deve ser injetado no nariz de forma brusca ou com grande pressão. Isso traz risco de machucar o nariz, causar desconforto para a criança e transmitir a pressão para o ouvido”, alerta a médica Renata Di Francesco, presidente do Departamento de Otorrinolaringologia da SBP.

Outros erros comuns incluem o uso de água filtrada pura e a inclinação incorreta da cabeça. No documento, a SBP informa que, independente da idade e do tipo de dispositivo, algumas práticas são básicas, como sempre direcionar o jato no sentido lateral da narina, evitando o trauma no septo nasal, e nunca aplicar com força – o ideal é manter uma pressão suave e contínua.

“A lavagem nasal exagerada, ou seja, várias vezes ao dia, na ausência de um processo patológico, pode atrapalhar o processo natural de proteção do nariz. O exagero é ruim”, complementa Renata. Em alguns casos, uma rotina diária de baixo volume é bem-vinda – como em épocas do ano em que o tempo está mais seco.

De acordo com a SBP, as lavagens nasais são contraindicadas em caso de suspeita de corpos estranhos nasais; pacientes com disfagia e risco de aspiração; pacientes com fissura palatina; crianças com defeitos da base do crânio e em casos de fraturas da face.

Confira as principais indicações para a lavagem nasal

  • Rinite do lactente

“A rinite do lactente é um quadro comum nessa faixa etária (de 0 a 2 anos), decorrente da não adaptação do nariz do bebê às condições de temperatura e umidade”, explica Renata. Por isso, é um quadro de obstrução nasal, nem sempre marcado por espirros. A lavagem nasal é a melhor opção nessas circunstâncias porque não é indicado usar nenhum tipo de medicação para o problema nessa etapa da vida.

  • Rinite alérgica
  • Infecções nasossinusais virais e bacterianas aguda
  • Rinossinusite crônica
  • Crianças em uso de dispositivos de ventilação não-invasiva ou cateter de oxigênio
  • Epistaxes (sangramento nasal)
  • Pós-operatório de cirurgias nasossinusais
  • Infecções nasais perinatais (como sífilis, gonorreia)

De acordo com o guia, em bebês menores de 6 meses, o uso dos sprays e conta-gotas é o mais indicado para umidificar a mucosa e familiarizá-los com o processo da lavagem nasal. Já em crianças maiores, a limpeza é melhor realizada com o apoio da seringa e do frasco de alto volume.

Até os 6 meses, a criança pode ser posicionada deitada ou sentada. Mas, entre 6 meses e 2 anos, a lavagem nasal deve ser feita somente com a criança sentada no colo de um adulto, com a cabeça levemente virada para baixo e para o lado oposto da narina em que a técnica está sendo aplicada. A partir dos 2 anos, a criança pode ficar sentada no colo do adulto ou até mesmo em pé, com o tronco projetado para a frente.

“As crianças pequenas não colaboram, e isso é esperado. Fique atento para sintomas como dor de ouvido, irritação e sangramento do nariz. Caso aconteça, procure o atendimento médico”, aconselha Renata.

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