Brasília – Enquanto o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendia que o País disparasse uma nova “PEC de Guerra” dentro de um “protocolo de crise preparado antes” durante a pandemia, o presidente Jair Bolsonaro classificou a proposta, como “endividamento”. Em conversa com apoiadores ao chegar ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro citou a reunião desta terça-feira, 2, de governadores com o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), para criticar a demanda. “Governadores querem uma nova PEC de Guerra, mas isso é endividamento”, afirmou.
Bolsonaro ponderou que grande parte dos recursos enviados pelo governo federal a Estados e municípios para medidas emergenciais contra a pandemia foi bem aplicada. Mas voltou a repetir o que tem falado desde junho do ano passado: o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que unidades da federação e cidades têm poder para tomar decisões sobre medidas restritivas. “Segundo o STF, isso cabe a governadores e prefeitos. Lockdown não é culpa minha: é de governadores e alguns prefeitos”, disse ele.
Ao contrário do que Bolsonaro diz, a Corte deu autonomia apenas para que as unidades federativas e municipais montassem planos locais de ação contra a pandemia de covid-19.