‘Mindful eating’: Entenda os benefícios da atenção plena durante a alimentação


Transformar o ato de comer em uma verdadeira pausa pode aliviar o estresse e nos tornar mais atentos para perceber os sinais da saciedade

Por Victória Ribeiro
Atualização:

Muitos já ouviram falar que a hora da refeição deveria ser “sagrada”. No entanto, na prática, entre notificações de celular e a correria do dia a dia, essa ideia acaba não sendo levada a sério. Nesse contexto, o conceito de “mindful eating”, discutido neste sábado, 13, durante o Summit Saúde e Bem-Estar promovido pelo Estadão, propõe uma nova abordagem: transformar o ato de comer em uma verdadeira pausa, uma oportunidade para exercitar a atenção plena em relação ao corpo e ao que está no prato.

Embora pareça algo recente, a prática tem suas origens em estudos realizados desde a década de 1990, iniciados pela professora Jean Kristeller, da Universidade Estadual de Indiana, nos Estados Unidos. Uma de suas pesquisas, por exemplo, envolveu a prática do “mindful eating” com um grupo de pessoas com obesidade e transtorno da compulsão alimentar. Os resultados mostraram que, ao se concentrarem na refeição sem pressa e desconectados de tecnologias, os participantes experimentaram uma redução da compulsão e um aumento da consciência sobre fome e saciedade.

'Mindful eating' faz parte do 'mindfulness', conjunto de práticas para se concentrar completamente no presente  Foto: Halfpoint/Adobe Stock
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Desde então, os estudos relacionados ao “mindful eating” se expandiram para além dessa abordagem específica, promovendo uma relação mais saudável com a comida. “Hoje em dia, negligenciamos muito nosso momento de alimentação. O ‘mindful eating’ é um convite singelo para olhar para si mesmo, parar um pouquinho, pegar aquele alimento, sentir o cheiro, a textura, e ir comendo pedacinho por pedacinho, respirando entre uma mordida e outra”, explica a nutricionista Cynthia Antonaccio, palestrante do Summit Saúde e Bem-Estar.

Cynthia é autora, com a nutricionista Manoela Figueiredo, do livro Mindful Eating – Comer com Atenção Plena (Amarylis). Com edição atualizada em 2024, ele propõe uma revisão dos hábitos à mesa com o objetivo de dar novos significados e propósitos à relação com a comida. Para isso, as autoras citam uma série de passos que podem ajudar nessa tarefa. Entre elas, estão as seguintes dicas:

  1. Desconecte-se à mesa, deixando de lado o celular e outros dispositivos eletrônicos
  2. Respire fundo e observe os alimentos com olhar curioso
  3. Procure se alimentar na mesa e de forma confortável
  4. Preste atenção no cheiro, na temperatura e na textura da comida
  5. Feche os olhos em algumas garfadas, se conectando com aquilo que está no prato
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A proposta, de acordo com Antonaccio, é também resgatar uma relação mais gentil com a comida, afastando-se das restrições rígidas e da obsessão por perfeição que podem, muitas vezes, causar mais mal do que bem – algo reforçado pelas redes sociais e a promoção daquele famoso ‘lifestyle’.

“Uma nutrição muito perfeita machuca, porque é às custas de sofrimento ou insegurança. Hoje em dia, as pessoas comem o que não gostam, abrem mão de pequenos prazeres em nome de um possível emagrecimento, seguindo padrões impostos por uma vida cada vez mais online e menos presente”, afirma a nutricionista, que é CEO do Grupo Equilibrium Latam.

Conexão com a comida

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Ela destaca que essa cultura leva à culpa e punição, gerando uma “medicalização” da alimentação, em que tudo é calculado, desde carboidratos até proteínas, e a experiência do ato de comer acaba se perdendo. Mas para Antonaccio, mais importante do que esses cálculos é curtir o momento, estabelecer uma conexão com a comida e compreender os sinais do nosso corpo.

“Podemos fazer uma reeducação alimentar, mas é importante fazer isso levando em consideração nossos gostos pessoais. Às vezes, chegamos no nutricionista e ele não pergunta, por exemplo, se você é de Manaus, se gosta de mingau de banana. E acaba te colocando para comer mingau de aveia”, brincou a nutricionista.

Cynthia Antonaccio durante apresentação no Summit Saúde e Bem-Estar Foto: Tiago Queiroz/Estadão
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Essa conexão com a comida, de acordo com Cynthia, é um resgate da nossa autonomia. E pode colaborar com o controle do açúcar, do diabetes, do estresse causado pelas dietas muito restritivas, e também pode nos tornar mais atentos para perceber os sinais do nosso corpo em relação à saciedade. Afinal, quando nos alimentamos sem atenção, acabamos comendo no impulso, indo além do que precisamos. Contudo, ela destaca que o ‘mindful eating’ não deve ser encarado como uma dieta.

“Não se trata de uma dieta, mas de um jeito mais amoroso de olhar para a alimentação, uma forma de fazer as pazes com a comida. Isso pode sim colaborar com um emagrecimento, mas, mais do que isso, é uma forma de nos alimentarmos de um jeito mais leve e livre de culpa. Isso acaba nos encaminhando para uma alimentação mais saudável”, disse Cynthia. “O acompanhamento nutricional é válido, mas tem que ser uma dança e não uma luta”, completou a especialista.

“Summit Saúde e Bem-Estar - O futuro da saúde já chegou″ acontece hoje e amanhã, 14, das 8h às 18h30, no Espaço de Eventos do Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Para se inscrever, acesse este link.

Muitos já ouviram falar que a hora da refeição deveria ser “sagrada”. No entanto, na prática, entre notificações de celular e a correria do dia a dia, essa ideia acaba não sendo levada a sério. Nesse contexto, o conceito de “mindful eating”, discutido neste sábado, 13, durante o Summit Saúde e Bem-Estar promovido pelo Estadão, propõe uma nova abordagem: transformar o ato de comer em uma verdadeira pausa, uma oportunidade para exercitar a atenção plena em relação ao corpo e ao que está no prato.

Embora pareça algo recente, a prática tem suas origens em estudos realizados desde a década de 1990, iniciados pela professora Jean Kristeller, da Universidade Estadual de Indiana, nos Estados Unidos. Uma de suas pesquisas, por exemplo, envolveu a prática do “mindful eating” com um grupo de pessoas com obesidade e transtorno da compulsão alimentar. Os resultados mostraram que, ao se concentrarem na refeição sem pressa e desconectados de tecnologias, os participantes experimentaram uma redução da compulsão e um aumento da consciência sobre fome e saciedade.

'Mindful eating' faz parte do 'mindfulness', conjunto de práticas para se concentrar completamente no presente  Foto: Halfpoint/Adobe Stock

Desde então, os estudos relacionados ao “mindful eating” se expandiram para além dessa abordagem específica, promovendo uma relação mais saudável com a comida. “Hoje em dia, negligenciamos muito nosso momento de alimentação. O ‘mindful eating’ é um convite singelo para olhar para si mesmo, parar um pouquinho, pegar aquele alimento, sentir o cheiro, a textura, e ir comendo pedacinho por pedacinho, respirando entre uma mordida e outra”, explica a nutricionista Cynthia Antonaccio, palestrante do Summit Saúde e Bem-Estar.

Cynthia é autora, com a nutricionista Manoela Figueiredo, do livro Mindful Eating – Comer com Atenção Plena (Amarylis). Com edição atualizada em 2024, ele propõe uma revisão dos hábitos à mesa com o objetivo de dar novos significados e propósitos à relação com a comida. Para isso, as autoras citam uma série de passos que podem ajudar nessa tarefa. Entre elas, estão as seguintes dicas:

  1. Desconecte-se à mesa, deixando de lado o celular e outros dispositivos eletrônicos
  2. Respire fundo e observe os alimentos com olhar curioso
  3. Procure se alimentar na mesa e de forma confortável
  4. Preste atenção no cheiro, na temperatura e na textura da comida
  5. Feche os olhos em algumas garfadas, se conectando com aquilo que está no prato

A proposta, de acordo com Antonaccio, é também resgatar uma relação mais gentil com a comida, afastando-se das restrições rígidas e da obsessão por perfeição que podem, muitas vezes, causar mais mal do que bem – algo reforçado pelas redes sociais e a promoção daquele famoso ‘lifestyle’.

“Uma nutrição muito perfeita machuca, porque é às custas de sofrimento ou insegurança. Hoje em dia, as pessoas comem o que não gostam, abrem mão de pequenos prazeres em nome de um possível emagrecimento, seguindo padrões impostos por uma vida cada vez mais online e menos presente”, afirma a nutricionista, que é CEO do Grupo Equilibrium Latam.

Conexão com a comida

Ela destaca que essa cultura leva à culpa e punição, gerando uma “medicalização” da alimentação, em que tudo é calculado, desde carboidratos até proteínas, e a experiência do ato de comer acaba se perdendo. Mas para Antonaccio, mais importante do que esses cálculos é curtir o momento, estabelecer uma conexão com a comida e compreender os sinais do nosso corpo.

“Podemos fazer uma reeducação alimentar, mas é importante fazer isso levando em consideração nossos gostos pessoais. Às vezes, chegamos no nutricionista e ele não pergunta, por exemplo, se você é de Manaus, se gosta de mingau de banana. E acaba te colocando para comer mingau de aveia”, brincou a nutricionista.

Cynthia Antonaccio durante apresentação no Summit Saúde e Bem-Estar Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Essa conexão com a comida, de acordo com Cynthia, é um resgate da nossa autonomia. E pode colaborar com o controle do açúcar, do diabetes, do estresse causado pelas dietas muito restritivas, e também pode nos tornar mais atentos para perceber os sinais do nosso corpo em relação à saciedade. Afinal, quando nos alimentamos sem atenção, acabamos comendo no impulso, indo além do que precisamos. Contudo, ela destaca que o ‘mindful eating’ não deve ser encarado como uma dieta.

“Não se trata de uma dieta, mas de um jeito mais amoroso de olhar para a alimentação, uma forma de fazer as pazes com a comida. Isso pode sim colaborar com um emagrecimento, mas, mais do que isso, é uma forma de nos alimentarmos de um jeito mais leve e livre de culpa. Isso acaba nos encaminhando para uma alimentação mais saudável”, disse Cynthia. “O acompanhamento nutricional é válido, mas tem que ser uma dança e não uma luta”, completou a especialista.

“Summit Saúde e Bem-Estar - O futuro da saúde já chegou″ acontece hoje e amanhã, 14, das 8h às 18h30, no Espaço de Eventos do Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Para se inscrever, acesse este link.

Muitos já ouviram falar que a hora da refeição deveria ser “sagrada”. No entanto, na prática, entre notificações de celular e a correria do dia a dia, essa ideia acaba não sendo levada a sério. Nesse contexto, o conceito de “mindful eating”, discutido neste sábado, 13, durante o Summit Saúde e Bem-Estar promovido pelo Estadão, propõe uma nova abordagem: transformar o ato de comer em uma verdadeira pausa, uma oportunidade para exercitar a atenção plena em relação ao corpo e ao que está no prato.

Embora pareça algo recente, a prática tem suas origens em estudos realizados desde a década de 1990, iniciados pela professora Jean Kristeller, da Universidade Estadual de Indiana, nos Estados Unidos. Uma de suas pesquisas, por exemplo, envolveu a prática do “mindful eating” com um grupo de pessoas com obesidade e transtorno da compulsão alimentar. Os resultados mostraram que, ao se concentrarem na refeição sem pressa e desconectados de tecnologias, os participantes experimentaram uma redução da compulsão e um aumento da consciência sobre fome e saciedade.

'Mindful eating' faz parte do 'mindfulness', conjunto de práticas para se concentrar completamente no presente  Foto: Halfpoint/Adobe Stock

Desde então, os estudos relacionados ao “mindful eating” se expandiram para além dessa abordagem específica, promovendo uma relação mais saudável com a comida. “Hoje em dia, negligenciamos muito nosso momento de alimentação. O ‘mindful eating’ é um convite singelo para olhar para si mesmo, parar um pouquinho, pegar aquele alimento, sentir o cheiro, a textura, e ir comendo pedacinho por pedacinho, respirando entre uma mordida e outra”, explica a nutricionista Cynthia Antonaccio, palestrante do Summit Saúde e Bem-Estar.

Cynthia é autora, com a nutricionista Manoela Figueiredo, do livro Mindful Eating – Comer com Atenção Plena (Amarylis). Com edição atualizada em 2024, ele propõe uma revisão dos hábitos à mesa com o objetivo de dar novos significados e propósitos à relação com a comida. Para isso, as autoras citam uma série de passos que podem ajudar nessa tarefa. Entre elas, estão as seguintes dicas:

  1. Desconecte-se à mesa, deixando de lado o celular e outros dispositivos eletrônicos
  2. Respire fundo e observe os alimentos com olhar curioso
  3. Procure se alimentar na mesa e de forma confortável
  4. Preste atenção no cheiro, na temperatura e na textura da comida
  5. Feche os olhos em algumas garfadas, se conectando com aquilo que está no prato

A proposta, de acordo com Antonaccio, é também resgatar uma relação mais gentil com a comida, afastando-se das restrições rígidas e da obsessão por perfeição que podem, muitas vezes, causar mais mal do que bem – algo reforçado pelas redes sociais e a promoção daquele famoso ‘lifestyle’.

“Uma nutrição muito perfeita machuca, porque é às custas de sofrimento ou insegurança. Hoje em dia, as pessoas comem o que não gostam, abrem mão de pequenos prazeres em nome de um possível emagrecimento, seguindo padrões impostos por uma vida cada vez mais online e menos presente”, afirma a nutricionista, que é CEO do Grupo Equilibrium Latam.

Conexão com a comida

Ela destaca que essa cultura leva à culpa e punição, gerando uma “medicalização” da alimentação, em que tudo é calculado, desde carboidratos até proteínas, e a experiência do ato de comer acaba se perdendo. Mas para Antonaccio, mais importante do que esses cálculos é curtir o momento, estabelecer uma conexão com a comida e compreender os sinais do nosso corpo.

“Podemos fazer uma reeducação alimentar, mas é importante fazer isso levando em consideração nossos gostos pessoais. Às vezes, chegamos no nutricionista e ele não pergunta, por exemplo, se você é de Manaus, se gosta de mingau de banana. E acaba te colocando para comer mingau de aveia”, brincou a nutricionista.

Cynthia Antonaccio durante apresentação no Summit Saúde e Bem-Estar Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Essa conexão com a comida, de acordo com Cynthia, é um resgate da nossa autonomia. E pode colaborar com o controle do açúcar, do diabetes, do estresse causado pelas dietas muito restritivas, e também pode nos tornar mais atentos para perceber os sinais do nosso corpo em relação à saciedade. Afinal, quando nos alimentamos sem atenção, acabamos comendo no impulso, indo além do que precisamos. Contudo, ela destaca que o ‘mindful eating’ não deve ser encarado como uma dieta.

“Não se trata de uma dieta, mas de um jeito mais amoroso de olhar para a alimentação, uma forma de fazer as pazes com a comida. Isso pode sim colaborar com um emagrecimento, mas, mais do que isso, é uma forma de nos alimentarmos de um jeito mais leve e livre de culpa. Isso acaba nos encaminhando para uma alimentação mais saudável”, disse Cynthia. “O acompanhamento nutricional é válido, mas tem que ser uma dança e não uma luta”, completou a especialista.

“Summit Saúde e Bem-Estar - O futuro da saúde já chegou″ acontece hoje e amanhã, 14, das 8h às 18h30, no Espaço de Eventos do Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Para se inscrever, acesse este link.

Muitos já ouviram falar que a hora da refeição deveria ser “sagrada”. No entanto, na prática, entre notificações de celular e a correria do dia a dia, essa ideia acaba não sendo levada a sério. Nesse contexto, o conceito de “mindful eating”, discutido neste sábado, 13, durante o Summit Saúde e Bem-Estar promovido pelo Estadão, propõe uma nova abordagem: transformar o ato de comer em uma verdadeira pausa, uma oportunidade para exercitar a atenção plena em relação ao corpo e ao que está no prato.

Embora pareça algo recente, a prática tem suas origens em estudos realizados desde a década de 1990, iniciados pela professora Jean Kristeller, da Universidade Estadual de Indiana, nos Estados Unidos. Uma de suas pesquisas, por exemplo, envolveu a prática do “mindful eating” com um grupo de pessoas com obesidade e transtorno da compulsão alimentar. Os resultados mostraram que, ao se concentrarem na refeição sem pressa e desconectados de tecnologias, os participantes experimentaram uma redução da compulsão e um aumento da consciência sobre fome e saciedade.

'Mindful eating' faz parte do 'mindfulness', conjunto de práticas para se concentrar completamente no presente  Foto: Halfpoint/Adobe Stock

Desde então, os estudos relacionados ao “mindful eating” se expandiram para além dessa abordagem específica, promovendo uma relação mais saudável com a comida. “Hoje em dia, negligenciamos muito nosso momento de alimentação. O ‘mindful eating’ é um convite singelo para olhar para si mesmo, parar um pouquinho, pegar aquele alimento, sentir o cheiro, a textura, e ir comendo pedacinho por pedacinho, respirando entre uma mordida e outra”, explica a nutricionista Cynthia Antonaccio, palestrante do Summit Saúde e Bem-Estar.

Cynthia é autora, com a nutricionista Manoela Figueiredo, do livro Mindful Eating – Comer com Atenção Plena (Amarylis). Com edição atualizada em 2024, ele propõe uma revisão dos hábitos à mesa com o objetivo de dar novos significados e propósitos à relação com a comida. Para isso, as autoras citam uma série de passos que podem ajudar nessa tarefa. Entre elas, estão as seguintes dicas:

  1. Desconecte-se à mesa, deixando de lado o celular e outros dispositivos eletrônicos
  2. Respire fundo e observe os alimentos com olhar curioso
  3. Procure se alimentar na mesa e de forma confortável
  4. Preste atenção no cheiro, na temperatura e na textura da comida
  5. Feche os olhos em algumas garfadas, se conectando com aquilo que está no prato

A proposta, de acordo com Antonaccio, é também resgatar uma relação mais gentil com a comida, afastando-se das restrições rígidas e da obsessão por perfeição que podem, muitas vezes, causar mais mal do que bem – algo reforçado pelas redes sociais e a promoção daquele famoso ‘lifestyle’.

“Uma nutrição muito perfeita machuca, porque é às custas de sofrimento ou insegurança. Hoje em dia, as pessoas comem o que não gostam, abrem mão de pequenos prazeres em nome de um possível emagrecimento, seguindo padrões impostos por uma vida cada vez mais online e menos presente”, afirma a nutricionista, que é CEO do Grupo Equilibrium Latam.

Conexão com a comida

Ela destaca que essa cultura leva à culpa e punição, gerando uma “medicalização” da alimentação, em que tudo é calculado, desde carboidratos até proteínas, e a experiência do ato de comer acaba se perdendo. Mas para Antonaccio, mais importante do que esses cálculos é curtir o momento, estabelecer uma conexão com a comida e compreender os sinais do nosso corpo.

“Podemos fazer uma reeducação alimentar, mas é importante fazer isso levando em consideração nossos gostos pessoais. Às vezes, chegamos no nutricionista e ele não pergunta, por exemplo, se você é de Manaus, se gosta de mingau de banana. E acaba te colocando para comer mingau de aveia”, brincou a nutricionista.

Cynthia Antonaccio durante apresentação no Summit Saúde e Bem-Estar Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Essa conexão com a comida, de acordo com Cynthia, é um resgate da nossa autonomia. E pode colaborar com o controle do açúcar, do diabetes, do estresse causado pelas dietas muito restritivas, e também pode nos tornar mais atentos para perceber os sinais do nosso corpo em relação à saciedade. Afinal, quando nos alimentamos sem atenção, acabamos comendo no impulso, indo além do que precisamos. Contudo, ela destaca que o ‘mindful eating’ não deve ser encarado como uma dieta.

“Não se trata de uma dieta, mas de um jeito mais amoroso de olhar para a alimentação, uma forma de fazer as pazes com a comida. Isso pode sim colaborar com um emagrecimento, mas, mais do que isso, é uma forma de nos alimentarmos de um jeito mais leve e livre de culpa. Isso acaba nos encaminhando para uma alimentação mais saudável”, disse Cynthia. “O acompanhamento nutricional é válido, mas tem que ser uma dança e não uma luta”, completou a especialista.

“Summit Saúde e Bem-Estar - O futuro da saúde já chegou″ acontece hoje e amanhã, 14, das 8h às 18h30, no Espaço de Eventos do Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Para se inscrever, acesse este link.

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