O Ministério da Saúde decidiu ampliar nesta segunda-feira, 24, a aplicação das doses de reforço bivalentes contra a covid-19 para todas pessoas acima de 18 anos e que já tenham completado o esquema vacinal primário com duas doses monovalentes.
Com a decisão da pasta, 97 milhões de pessoas passam a estar aptas a receber o imunizante. Até o momento, 10,3 milhões já receberam a proteção, que faz parte do Movimento Nacional pela Vacinação. O objetivo da medida, segundo governo, é aumentar a cobertura vacinal e proteção contra a doença que já vitimou mais de 700 mil pessoas no Brasil.
“A ciência voltou e precisamos retomar a confiança da população nas vacinas, é uma missão de todos nós”, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, por meio de nota. Ethel Maciel, secretária da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), reforçou a importância da vacinação: “É fundamental para prevenir o surgimento de complicações decorrentes da doença”.
Segundo especialistas, a vacina bivalente é a mais eficiente dentre as disponíveis porque induz a produção de anticorpos contra a cepa original do vírus SarsCov-2 e também contra as novas variantes que surgiram ao longo da pandemia e hoje são predominantes.
Até a ampliação, a vacina bivalente podia ser aplicada apenas em grupos prioritários, como idosos acima de 60 anos, pessoas imunocomprometidas ou com deficiência permanente a partir de 12 anos de idade, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, gestantes e puérperas e profissionais da área da saúde.
Agora, estão aptos a tomar a dose bivalente quem já tomou doses de vacinas monovalentes (Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer) como esquema primário ou como dose de reforço, há pelo menos quatro meses. Quem ainda não completou o ciclo vacinal, e está com alguma dose de reforço em atraso, deve procurar as unidades de saúde, segundo o Ministério da Saúde.