Ministério da Saúde anuncia estudo para avaliar 3ª dose em vacinados com a Coronavac


Pesquisa será feita em parceria com a Universidade de Oxford; teste de reforço será com doses de quatro marcas de imunizantes

Por Julia Marques e Fabiana Cambricoli

O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira, 28, que vai realizar um estudo para avaliar a necessidade de uma terceira dose em pessoas imunizadas com a vacina Coronavac. O imunizante foi desenvolvido pela farmacêutica chinesa Sinovac e é produzido no Brasil pelo Instituto Butantan. Cerca de 50 milhões de doses do imunizante já foram aplicadas no País.

A vacina contra a covid-19 Coronavac, da empresa chinesa Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan Foto: Alex Silva/Estadão

A pesquisa, patrocinada pelo Ministério da Saúde, será realizada em parceria com a Universidade de Oxford e terá início nas próximas duas semanas. "Não temos publicação na literatura detalhada acerca de sua efetividade (da Coronavac). As respostas precisam ser dadas através de ensaios clínicos", afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta quarta-feira, 28, em entrevista a jornalistas em Brasília.

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De acordo com a pesquisadora Sue Ann Clemens, professora da Universidade de Oxford e coordenadora do estudo, é preciso saber a duração da proteção de cada vacina. Ela afirma que, para os imunizantes da Pfizer, AstraZeneca e Janssen, já há publicações demonstrando a duração da proteção de 12 meses. "Em relação à Coronavac, precisamos avaliar isso. Estudos já mostraram que a proteção começa a cair com 6 meses", disse a especialista brasileira.

Nesta semana, um estudo preliminar publicado por cientistas chineses mostrou que o nível de anticorpos neutralizantes produzidos pelo organismo após a imunização com Coronavac caiu depois de seis meses. Ainda não é possível associar a queda de anticorpos à redução da proteção.

O mesmo estudo mostrou que uma terceira dose da Coronavac é capaz de impulsionar novamente a produção de anticorpos, o que demonstra que a vacina induz boa "memória imunológica". Os pesquisadores chineses ponderaram, porém, que a decisão de oferecer uma terceira dose depende de vários fatores, entre eles a oferta de vacinas e a situação epidemiológica do país.

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Ao Estadão, Sue afirmou que o estudo será feito com 1,2 mil pessoas, a partir dos 18 anos, que serão divididas em quatro grupos: o primeiro receberá o reforço com a própria Coronavac; o segundo com a vacina da Jansen; o terceiro com a da AstraZeneca e o quarto com a da Pfizer. Todos os voluntários precisam ter tomado a segunda dose da Coronavac no mínimo há cinco meses e no máximo há sete meses.

"Um mês depois da aplicação nos voluntários, vamos colher o sangue e medir os títulos de anticorpos, inclusive com a diferenciação para cada variante de preocupação", explicou Sue.

Ela afirmou que a previsão é que a pesquisa seja concluída em outubro e novembro para que, entre o final deste ano e o início do ano que vem, o ministério possa decidir se aplicará a dose de reforço em quem tomou a Coronavac. Sue é especialista em desenvolvimento de vacinas e coordenou os estudos da vacina de Oxford no Brasil. Ontem, ela recebeu da Presidência da República a medalha de Ordem do Mérito Médico.

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Procurado para comentar o estudo, o Instituto Butantan disse que "qualquer estudo que avalie o uso de vacinas na população é válido e de extrema importância", mas que não foi procurado pelo ministério para colaborar na pesquisa envolvendo a Coronavac.

"O Instituto Butantan preza pelo diálogo e mantém canal aberto com as autoridades federais, tendo em vista seu compromisso com a saúde pública do Brasil e a vida de todos os brasileiros", disse o órgão.

O Butantan destacou ainda que fez um estudo em Serrana, interior de São Paulo, para medir a efetividade da vacina e que os testes mostraram que, "além de evitar a grande maioria das internações e óbitos por covid-19, a vacinação conseguiu diminuir a transmissão do vírus, beneficiando até mesmo os habitantes que não foram imunizados".

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De acordo com o instituto, uma nova fase da pesquisa em Serrana, que começou no início de julho, "vai avaliar como se comporta a proteção das pessoas vacinadas com as duas doses da Coronavac após seis a oito meses da imunização".

O ministério foi questionado sobre o cronograma para aplicação de terceiras doses e sobre negociações de compra de mais vacinas para atender a todos que poderão precisar de reforço, mas não respondeu. 

Ontem, o Uruguai anunciou que dará uma terceira dose aos vacinados com Coronavac. O imunizante usado no reforço será o da Pfizer e será aplicado 90 dias após a segunda aplicação.

O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira, 28, que vai realizar um estudo para avaliar a necessidade de uma terceira dose em pessoas imunizadas com a vacina Coronavac. O imunizante foi desenvolvido pela farmacêutica chinesa Sinovac e é produzido no Brasil pelo Instituto Butantan. Cerca de 50 milhões de doses do imunizante já foram aplicadas no País.

A vacina contra a covid-19 Coronavac, da empresa chinesa Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan Foto: Alex Silva/Estadão

A pesquisa, patrocinada pelo Ministério da Saúde, será realizada em parceria com a Universidade de Oxford e terá início nas próximas duas semanas. "Não temos publicação na literatura detalhada acerca de sua efetividade (da Coronavac). As respostas precisam ser dadas através de ensaios clínicos", afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta quarta-feira, 28, em entrevista a jornalistas em Brasília.

De acordo com a pesquisadora Sue Ann Clemens, professora da Universidade de Oxford e coordenadora do estudo, é preciso saber a duração da proteção de cada vacina. Ela afirma que, para os imunizantes da Pfizer, AstraZeneca e Janssen, já há publicações demonstrando a duração da proteção de 12 meses. "Em relação à Coronavac, precisamos avaliar isso. Estudos já mostraram que a proteção começa a cair com 6 meses", disse a especialista brasileira.

Nesta semana, um estudo preliminar publicado por cientistas chineses mostrou que o nível de anticorpos neutralizantes produzidos pelo organismo após a imunização com Coronavac caiu depois de seis meses. Ainda não é possível associar a queda de anticorpos à redução da proteção.

O mesmo estudo mostrou que uma terceira dose da Coronavac é capaz de impulsionar novamente a produção de anticorpos, o que demonstra que a vacina induz boa "memória imunológica". Os pesquisadores chineses ponderaram, porém, que a decisão de oferecer uma terceira dose depende de vários fatores, entre eles a oferta de vacinas e a situação epidemiológica do país.

Ao Estadão, Sue afirmou que o estudo será feito com 1,2 mil pessoas, a partir dos 18 anos, que serão divididas em quatro grupos: o primeiro receberá o reforço com a própria Coronavac; o segundo com a vacina da Jansen; o terceiro com a da AstraZeneca e o quarto com a da Pfizer. Todos os voluntários precisam ter tomado a segunda dose da Coronavac no mínimo há cinco meses e no máximo há sete meses.

"Um mês depois da aplicação nos voluntários, vamos colher o sangue e medir os títulos de anticorpos, inclusive com a diferenciação para cada variante de preocupação", explicou Sue.

Ela afirmou que a previsão é que a pesquisa seja concluída em outubro e novembro para que, entre o final deste ano e o início do ano que vem, o ministério possa decidir se aplicará a dose de reforço em quem tomou a Coronavac. Sue é especialista em desenvolvimento de vacinas e coordenou os estudos da vacina de Oxford no Brasil. Ontem, ela recebeu da Presidência da República a medalha de Ordem do Mérito Médico.

Procurado para comentar o estudo, o Instituto Butantan disse que "qualquer estudo que avalie o uso de vacinas na população é válido e de extrema importância", mas que não foi procurado pelo ministério para colaborar na pesquisa envolvendo a Coronavac.

"O Instituto Butantan preza pelo diálogo e mantém canal aberto com as autoridades federais, tendo em vista seu compromisso com a saúde pública do Brasil e a vida de todos os brasileiros", disse o órgão.

O Butantan destacou ainda que fez um estudo em Serrana, interior de São Paulo, para medir a efetividade da vacina e que os testes mostraram que, "além de evitar a grande maioria das internações e óbitos por covid-19, a vacinação conseguiu diminuir a transmissão do vírus, beneficiando até mesmo os habitantes que não foram imunizados".

De acordo com o instituto, uma nova fase da pesquisa em Serrana, que começou no início de julho, "vai avaliar como se comporta a proteção das pessoas vacinadas com as duas doses da Coronavac após seis a oito meses da imunização".

O ministério foi questionado sobre o cronograma para aplicação de terceiras doses e sobre negociações de compra de mais vacinas para atender a todos que poderão precisar de reforço, mas não respondeu. 

Ontem, o Uruguai anunciou que dará uma terceira dose aos vacinados com Coronavac. O imunizante usado no reforço será o da Pfizer e será aplicado 90 dias após a segunda aplicação.

O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira, 28, que vai realizar um estudo para avaliar a necessidade de uma terceira dose em pessoas imunizadas com a vacina Coronavac. O imunizante foi desenvolvido pela farmacêutica chinesa Sinovac e é produzido no Brasil pelo Instituto Butantan. Cerca de 50 milhões de doses do imunizante já foram aplicadas no País.

A vacina contra a covid-19 Coronavac, da empresa chinesa Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan Foto: Alex Silva/Estadão

A pesquisa, patrocinada pelo Ministério da Saúde, será realizada em parceria com a Universidade de Oxford e terá início nas próximas duas semanas. "Não temos publicação na literatura detalhada acerca de sua efetividade (da Coronavac). As respostas precisam ser dadas através de ensaios clínicos", afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta quarta-feira, 28, em entrevista a jornalistas em Brasília.

De acordo com a pesquisadora Sue Ann Clemens, professora da Universidade de Oxford e coordenadora do estudo, é preciso saber a duração da proteção de cada vacina. Ela afirma que, para os imunizantes da Pfizer, AstraZeneca e Janssen, já há publicações demonstrando a duração da proteção de 12 meses. "Em relação à Coronavac, precisamos avaliar isso. Estudos já mostraram que a proteção começa a cair com 6 meses", disse a especialista brasileira.

Nesta semana, um estudo preliminar publicado por cientistas chineses mostrou que o nível de anticorpos neutralizantes produzidos pelo organismo após a imunização com Coronavac caiu depois de seis meses. Ainda não é possível associar a queda de anticorpos à redução da proteção.

O mesmo estudo mostrou que uma terceira dose da Coronavac é capaz de impulsionar novamente a produção de anticorpos, o que demonstra que a vacina induz boa "memória imunológica". Os pesquisadores chineses ponderaram, porém, que a decisão de oferecer uma terceira dose depende de vários fatores, entre eles a oferta de vacinas e a situação epidemiológica do país.

Ao Estadão, Sue afirmou que o estudo será feito com 1,2 mil pessoas, a partir dos 18 anos, que serão divididas em quatro grupos: o primeiro receberá o reforço com a própria Coronavac; o segundo com a vacina da Jansen; o terceiro com a da AstraZeneca e o quarto com a da Pfizer. Todos os voluntários precisam ter tomado a segunda dose da Coronavac no mínimo há cinco meses e no máximo há sete meses.

"Um mês depois da aplicação nos voluntários, vamos colher o sangue e medir os títulos de anticorpos, inclusive com a diferenciação para cada variante de preocupação", explicou Sue.

Ela afirmou que a previsão é que a pesquisa seja concluída em outubro e novembro para que, entre o final deste ano e o início do ano que vem, o ministério possa decidir se aplicará a dose de reforço em quem tomou a Coronavac. Sue é especialista em desenvolvimento de vacinas e coordenou os estudos da vacina de Oxford no Brasil. Ontem, ela recebeu da Presidência da República a medalha de Ordem do Mérito Médico.

Procurado para comentar o estudo, o Instituto Butantan disse que "qualquer estudo que avalie o uso de vacinas na população é válido e de extrema importância", mas que não foi procurado pelo ministério para colaborar na pesquisa envolvendo a Coronavac.

"O Instituto Butantan preza pelo diálogo e mantém canal aberto com as autoridades federais, tendo em vista seu compromisso com a saúde pública do Brasil e a vida de todos os brasileiros", disse o órgão.

O Butantan destacou ainda que fez um estudo em Serrana, interior de São Paulo, para medir a efetividade da vacina e que os testes mostraram que, "além de evitar a grande maioria das internações e óbitos por covid-19, a vacinação conseguiu diminuir a transmissão do vírus, beneficiando até mesmo os habitantes que não foram imunizados".

De acordo com o instituto, uma nova fase da pesquisa em Serrana, que começou no início de julho, "vai avaliar como se comporta a proteção das pessoas vacinadas com as duas doses da Coronavac após seis a oito meses da imunização".

O ministério foi questionado sobre o cronograma para aplicação de terceiras doses e sobre negociações de compra de mais vacinas para atender a todos que poderão precisar de reforço, mas não respondeu. 

Ontem, o Uruguai anunciou que dará uma terceira dose aos vacinados com Coronavac. O imunizante usado no reforço será o da Pfizer e será aplicado 90 dias após a segunda aplicação.

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