Moderna deve ter primeiros resultados de eficácia da vacina contra covid-19 nos próximos dias


Estudos clínicos da farmacêutica já registraram 53 casos de covid-19 entre os participantes dos testes, número estabelecido pela empresa para iniciar a análise preliminar

Por Redação
Atualização:

Esta é a hora de as atenções se voltarem para a Moderna. A mesma explosão de casos de covid-19 que ajudou a Pfizer a conseguir os resultados para a vacina no início desta semana está ajudando a aumentar a velocidade dos testes da Moderna.  

A farmacêutica anunciou nesta quarta-feira, 11, que os estudos clínicos da vacina já registraram 53 infecções do novo coronavírus, o que permitiu iniciar o processo de análise preliminar da eficácia do imunizante. As ações na bolsa de valores dispararam. 

A aposta entre especialistas da área é de que o tratamento da Moderna, que usa uma tecnologia de RNA parecida com a da Pfizer, tem chancede alcançar o resultado da concorrente Foto: Dado Ruvic/REUTERS
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A Moderna diz que ainda não tem acesso total aos dados do estudo clínico, mas deve enviar essas informações ao comitê de monitoramento independente nos próximos dias. A farmacêutica não estimou uma previsão de quanto tempo levará para o comitê analisar os dados. 

Na última semana, a empresa registrou aumento significativo de novos casos de covid-19 nos locais de pesquisa. "Como resultado, a companhia espera que a primeira análise dos testes inclua mais de 53 casos, número estabelecido para dar início à análise", disse a Moderna em comunicado. 

O comitê de monitoramento independente irá determinar se a vacina é eficaz, se não funciona, ou se os testes devem continuar porque os resultados ainda são inconclusivos. A aposta entre especialistas da área é de que o tratamento da Moderna, que usa uma tecnologia de RNA parecida com a da Pfizer, provavelmente será altamente eficaz, com chances de alcançar o resultado da concorrente, de mais de 90% de eficácia. 

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"No geral, eu esperaria resultados similares", disse Drew Weissman, imunologista e especialista em RNA mensageiro na Universidade da Pensilvânia, que ajudou a desenvolver peças-chave para a produção de vacinas com uso de RNA. De acordo com Weissman, cujo laboratório é financiado pela BioNTech, parceira da Pfizer no desenvolvimento da vacina, "é dificil imaginar que (o resultado) seria diferente".

Nos estudos clínicos de desenvolvimento de uma vacina, um número determinado de voluntários - uma porcentagem dos que recebem placebo - deve ser infectado para determinar a eficácia do imunizante. Isto é mais fácil de acontecer com a pandemia atingindo novos recordes nos Estados Unidos

O que quer que aconteça nos testes - e não existem garantias até serem finalizados -, os resultados devem ter grande impacto nas ações da Moderna, que mais que quadruplicaram neste ano. As ações de Nova York encerraram a quarta-feira, 11, valendo US$82.44, um aumento de 8,4%.

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Uma análise preliminar dos estudos da Moderna já estaria disponível se a vacina tivesse apenas 60% de eficácia, segundo a empresa de pesquisas Airfinity. Se o imunizante for 90% eficaz, o tempo necessário para obter os resultados é maior.  Quanto mais eficaz uma vacina for, mais tempo levará para os testes acumularem casos positivos de covid-19, já que metade dos participantes - que receberam a vacina -, seriam menos infectados. 

A fase 3 de testes da Moderna teve início no mesmo dia que os estudos da fase final da Pfizer, no final de julho. A empresa está ligeiramente atrás da Pfizer devido a diferenças estruturais na realização dos testes. As duas doses da vacina da Moderna são aplicadas com um intervalo de 4 semanas, enquanto as da Pfizer acontecem com um tempo menor de diferença, 3 semanas. 

Além disso, a Moderna não contabiliza os casos de coronavírus registrados em até 14 dias após a segunda dose da vacina, enquanto a Pfizer considera os casos positivos confirmados após 7 dias. 

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Os testes da Pfizer também têm mais participantes. A farmacêutica originalmente planejou analisar os resultados após registrar 32 casos de covid-19 entre os voluntários, mas essa meta gerou críticas entre os especialistas. A Pfizer fez um acordo com a agência regulatória de medicamentos e alimentos americana (FDA) para esperar até que 62 casos fossem confirmados para começar a análise dos dados. Quando esta análise começou a ser feita, um total de 94 casos positivos já tinham sido registrados./The Washington Post

Esta é a hora de as atenções se voltarem para a Moderna. A mesma explosão de casos de covid-19 que ajudou a Pfizer a conseguir os resultados para a vacina no início desta semana está ajudando a aumentar a velocidade dos testes da Moderna.  

A farmacêutica anunciou nesta quarta-feira, 11, que os estudos clínicos da vacina já registraram 53 infecções do novo coronavírus, o que permitiu iniciar o processo de análise preliminar da eficácia do imunizante. As ações na bolsa de valores dispararam. 

A aposta entre especialistas da área é de que o tratamento da Moderna, que usa uma tecnologia de RNA parecida com a da Pfizer, tem chancede alcançar o resultado da concorrente Foto: Dado Ruvic/REUTERS

A Moderna diz que ainda não tem acesso total aos dados do estudo clínico, mas deve enviar essas informações ao comitê de monitoramento independente nos próximos dias. A farmacêutica não estimou uma previsão de quanto tempo levará para o comitê analisar os dados. 

Na última semana, a empresa registrou aumento significativo de novos casos de covid-19 nos locais de pesquisa. "Como resultado, a companhia espera que a primeira análise dos testes inclua mais de 53 casos, número estabelecido para dar início à análise", disse a Moderna em comunicado. 

O comitê de monitoramento independente irá determinar se a vacina é eficaz, se não funciona, ou se os testes devem continuar porque os resultados ainda são inconclusivos. A aposta entre especialistas da área é de que o tratamento da Moderna, que usa uma tecnologia de RNA parecida com a da Pfizer, provavelmente será altamente eficaz, com chances de alcançar o resultado da concorrente, de mais de 90% de eficácia. 

"No geral, eu esperaria resultados similares", disse Drew Weissman, imunologista e especialista em RNA mensageiro na Universidade da Pensilvânia, que ajudou a desenvolver peças-chave para a produção de vacinas com uso de RNA. De acordo com Weissman, cujo laboratório é financiado pela BioNTech, parceira da Pfizer no desenvolvimento da vacina, "é dificil imaginar que (o resultado) seria diferente".

Nos estudos clínicos de desenvolvimento de uma vacina, um número determinado de voluntários - uma porcentagem dos que recebem placebo - deve ser infectado para determinar a eficácia do imunizante. Isto é mais fácil de acontecer com a pandemia atingindo novos recordes nos Estados Unidos

O que quer que aconteça nos testes - e não existem garantias até serem finalizados -, os resultados devem ter grande impacto nas ações da Moderna, que mais que quadruplicaram neste ano. As ações de Nova York encerraram a quarta-feira, 11, valendo US$82.44, um aumento de 8,4%.

Uma análise preliminar dos estudos da Moderna já estaria disponível se a vacina tivesse apenas 60% de eficácia, segundo a empresa de pesquisas Airfinity. Se o imunizante for 90% eficaz, o tempo necessário para obter os resultados é maior.  Quanto mais eficaz uma vacina for, mais tempo levará para os testes acumularem casos positivos de covid-19, já que metade dos participantes - que receberam a vacina -, seriam menos infectados. 

A fase 3 de testes da Moderna teve início no mesmo dia que os estudos da fase final da Pfizer, no final de julho. A empresa está ligeiramente atrás da Pfizer devido a diferenças estruturais na realização dos testes. As duas doses da vacina da Moderna são aplicadas com um intervalo de 4 semanas, enquanto as da Pfizer acontecem com um tempo menor de diferença, 3 semanas. 

Além disso, a Moderna não contabiliza os casos de coronavírus registrados em até 14 dias após a segunda dose da vacina, enquanto a Pfizer considera os casos positivos confirmados após 7 dias. 

Os testes da Pfizer também têm mais participantes. A farmacêutica originalmente planejou analisar os resultados após registrar 32 casos de covid-19 entre os voluntários, mas essa meta gerou críticas entre os especialistas. A Pfizer fez um acordo com a agência regulatória de medicamentos e alimentos americana (FDA) para esperar até que 62 casos fossem confirmados para começar a análise dos dados. Quando esta análise começou a ser feita, um total de 94 casos positivos já tinham sido registrados./The Washington Post

Esta é a hora de as atenções se voltarem para a Moderna. A mesma explosão de casos de covid-19 que ajudou a Pfizer a conseguir os resultados para a vacina no início desta semana está ajudando a aumentar a velocidade dos testes da Moderna.  

A farmacêutica anunciou nesta quarta-feira, 11, que os estudos clínicos da vacina já registraram 53 infecções do novo coronavírus, o que permitiu iniciar o processo de análise preliminar da eficácia do imunizante. As ações na bolsa de valores dispararam. 

A aposta entre especialistas da área é de que o tratamento da Moderna, que usa uma tecnologia de RNA parecida com a da Pfizer, tem chancede alcançar o resultado da concorrente Foto: Dado Ruvic/REUTERS

A Moderna diz que ainda não tem acesso total aos dados do estudo clínico, mas deve enviar essas informações ao comitê de monitoramento independente nos próximos dias. A farmacêutica não estimou uma previsão de quanto tempo levará para o comitê analisar os dados. 

Na última semana, a empresa registrou aumento significativo de novos casos de covid-19 nos locais de pesquisa. "Como resultado, a companhia espera que a primeira análise dos testes inclua mais de 53 casos, número estabelecido para dar início à análise", disse a Moderna em comunicado. 

O comitê de monitoramento independente irá determinar se a vacina é eficaz, se não funciona, ou se os testes devem continuar porque os resultados ainda são inconclusivos. A aposta entre especialistas da área é de que o tratamento da Moderna, que usa uma tecnologia de RNA parecida com a da Pfizer, provavelmente será altamente eficaz, com chances de alcançar o resultado da concorrente, de mais de 90% de eficácia. 

"No geral, eu esperaria resultados similares", disse Drew Weissman, imunologista e especialista em RNA mensageiro na Universidade da Pensilvânia, que ajudou a desenvolver peças-chave para a produção de vacinas com uso de RNA. De acordo com Weissman, cujo laboratório é financiado pela BioNTech, parceira da Pfizer no desenvolvimento da vacina, "é dificil imaginar que (o resultado) seria diferente".

Nos estudos clínicos de desenvolvimento de uma vacina, um número determinado de voluntários - uma porcentagem dos que recebem placebo - deve ser infectado para determinar a eficácia do imunizante. Isto é mais fácil de acontecer com a pandemia atingindo novos recordes nos Estados Unidos

O que quer que aconteça nos testes - e não existem garantias até serem finalizados -, os resultados devem ter grande impacto nas ações da Moderna, que mais que quadruplicaram neste ano. As ações de Nova York encerraram a quarta-feira, 11, valendo US$82.44, um aumento de 8,4%.

Uma análise preliminar dos estudos da Moderna já estaria disponível se a vacina tivesse apenas 60% de eficácia, segundo a empresa de pesquisas Airfinity. Se o imunizante for 90% eficaz, o tempo necessário para obter os resultados é maior.  Quanto mais eficaz uma vacina for, mais tempo levará para os testes acumularem casos positivos de covid-19, já que metade dos participantes - que receberam a vacina -, seriam menos infectados. 

A fase 3 de testes da Moderna teve início no mesmo dia que os estudos da fase final da Pfizer, no final de julho. A empresa está ligeiramente atrás da Pfizer devido a diferenças estruturais na realização dos testes. As duas doses da vacina da Moderna são aplicadas com um intervalo de 4 semanas, enquanto as da Pfizer acontecem com um tempo menor de diferença, 3 semanas. 

Além disso, a Moderna não contabiliza os casos de coronavírus registrados em até 14 dias após a segunda dose da vacina, enquanto a Pfizer considera os casos positivos confirmados após 7 dias. 

Os testes da Pfizer também têm mais participantes. A farmacêutica originalmente planejou analisar os resultados após registrar 32 casos de covid-19 entre os voluntários, mas essa meta gerou críticas entre os especialistas. A Pfizer fez um acordo com a agência regulatória de medicamentos e alimentos americana (FDA) para esperar até que 62 casos fossem confirmados para começar a análise dos dados. Quando esta análise começou a ser feita, um total de 94 casos positivos já tinham sido registrados./The Washington Post

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