Morre Paul Alexander, homem do ‘pulmão de aço’; entenda o que é esse dispositivo médico


Americano viveu mais de 70 anos dentro da máquina, que foi criada para auxiliar na respiração de pacientes com poliomielite

Por Lara Castelo
Atualização:

Na segunda-feira, 11, o americano Paul Alexander, conhecido como homem do “pulmão de aço” faleceu aos 78 anos. O comunicado foi feito pelo seu irmão, Philip Alexander, no Facebook.

Paul foi diagnosticado com poliomielite aos 6 anos de idade, em 1952. Em decorrência da doença, ele ficou paralisado e precisava de um aparelho que funcionava como um “pulmão artificial” para respirar.

Paul passou 72 anos dentro do pulmão de aço e se tornou um exemplo de superação para muitos. Apesar das dificuldades, o americano se tornou advogado, escreveu um livro sobre a sua história e, ocasionalmente, compartilhava vídeos nas redes sociais, onde soma mais de 300 mil seguidores.

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Paul Alexander, conhecido como homem do "pulmão de aço" Foto: Tiktok ironlungman

O que é a poliomielite?

A poliomielite, conhecida como pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa provocada pelo poliovírus. De acordo com a pediatra Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), trata-se de um vírus facilmente transmissível que afeta principalmente as crianças e pode causar paralisias musculares, mais comumente nos membros inferiores do corpo, e até a morte.

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A pólio não tem cura e a única forma de prevenção contra a doença é a vacinação. Devido à imunização em massa, segundo a pediatra, foi possível eliminar a pólio no Brasil. “Entre as décadas de 1950 e 1980 era comum ver crianças com pernas mecânicas e pessoas respirando a partir de ‘pulmões de aço’ em decorrência da doença”, conta a especialista.

Isso não significa, contudo, que a vacinação não é mais necessária — muito pelo contrário. O vírus da pólio ainda está em circulação em outros países e, segundo Levi, há risco de retorno ao Brasil. “A procura pela vacinação está baixa. Eu acredito que isso acontece porque os pais mais jovens não viram os estragos da doença, já que sua geração foi vacinada. Mas, não é hora de baixar a guarda”, alerta.

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De acordo com o Ministério da Saúde, todas as crianças menores de 5 anos devem ser vacinadas contra a pólio. Desde 2016, segundo a pasta, o esquema vacinal é composto por três doses da vacina injetável (VIP), aos 2, 4 e 6 meses, e mais duas doses de reforço via oral (VOP), aos 15 meses e 4 anos em gotinha.

Ainda, segundo a pediatra, os adultos também podem pegar a doença e precisam estar imunizados, sobretudo se forem viajar para locais em que o vírus da pólio ainda está em circulação.

O pulmão de aço é um dispositivo médico criado para possibilitar a respiração de pacientes infectados com o vírus da pólio e tiveram a musculatura pulmonar afetada. Foto: JASON WINTER/Adobe Stock
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O que é o pulmão de aço?

Trata-se de um um dispositivo médico criado por docentes da Faculdade de Medicina da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, em 1928. A ideia era possibilitar a respiração de pacientes com pólio cuja musculatura pulmonar foi afetada pela doença e, por isso, não conseguiam respirar sozinhos.

A tecnologia funciona de forma semelhante a um vácuo. A partir de um motor é liberada pressão sob o corpo do paciente para forçar a entrada e saída de ar dos pulmões, enquanto a cabeça fica para fora, de acordo com matéria publicada no site de Harvard.

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Levi destaca, contudo, que nem todos os pacientes infectados com pólio precisam dessa ferramenta. “A gravidade da doença varia de pessoa para pessoa”, justifica.

Na segunda-feira, 11, o americano Paul Alexander, conhecido como homem do “pulmão de aço” faleceu aos 78 anos. O comunicado foi feito pelo seu irmão, Philip Alexander, no Facebook.

Paul foi diagnosticado com poliomielite aos 6 anos de idade, em 1952. Em decorrência da doença, ele ficou paralisado e precisava de um aparelho que funcionava como um “pulmão artificial” para respirar.

Paul passou 72 anos dentro do pulmão de aço e se tornou um exemplo de superação para muitos. Apesar das dificuldades, o americano se tornou advogado, escreveu um livro sobre a sua história e, ocasionalmente, compartilhava vídeos nas redes sociais, onde soma mais de 300 mil seguidores.

Paul Alexander, conhecido como homem do "pulmão de aço" Foto: Tiktok ironlungman

O que é a poliomielite?

A poliomielite, conhecida como pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa provocada pelo poliovírus. De acordo com a pediatra Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), trata-se de um vírus facilmente transmissível que afeta principalmente as crianças e pode causar paralisias musculares, mais comumente nos membros inferiores do corpo, e até a morte.

A pólio não tem cura e a única forma de prevenção contra a doença é a vacinação. Devido à imunização em massa, segundo a pediatra, foi possível eliminar a pólio no Brasil. “Entre as décadas de 1950 e 1980 era comum ver crianças com pernas mecânicas e pessoas respirando a partir de ‘pulmões de aço’ em decorrência da doença”, conta a especialista.

Isso não significa, contudo, que a vacinação não é mais necessária — muito pelo contrário. O vírus da pólio ainda está em circulação em outros países e, segundo Levi, há risco de retorno ao Brasil. “A procura pela vacinação está baixa. Eu acredito que isso acontece porque os pais mais jovens não viram os estragos da doença, já que sua geração foi vacinada. Mas, não é hora de baixar a guarda”, alerta.

De acordo com o Ministério da Saúde, todas as crianças menores de 5 anos devem ser vacinadas contra a pólio. Desde 2016, segundo a pasta, o esquema vacinal é composto por três doses da vacina injetável (VIP), aos 2, 4 e 6 meses, e mais duas doses de reforço via oral (VOP), aos 15 meses e 4 anos em gotinha.

Ainda, segundo a pediatra, os adultos também podem pegar a doença e precisam estar imunizados, sobretudo se forem viajar para locais em que o vírus da pólio ainda está em circulação.

O pulmão de aço é um dispositivo médico criado para possibilitar a respiração de pacientes infectados com o vírus da pólio e tiveram a musculatura pulmonar afetada. Foto: JASON WINTER/Adobe Stock

O que é o pulmão de aço?

Trata-se de um um dispositivo médico criado por docentes da Faculdade de Medicina da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, em 1928. A ideia era possibilitar a respiração de pacientes com pólio cuja musculatura pulmonar foi afetada pela doença e, por isso, não conseguiam respirar sozinhos.

A tecnologia funciona de forma semelhante a um vácuo. A partir de um motor é liberada pressão sob o corpo do paciente para forçar a entrada e saída de ar dos pulmões, enquanto a cabeça fica para fora, de acordo com matéria publicada no site de Harvard.

Levi destaca, contudo, que nem todos os pacientes infectados com pólio precisam dessa ferramenta. “A gravidade da doença varia de pessoa para pessoa”, justifica.

Na segunda-feira, 11, o americano Paul Alexander, conhecido como homem do “pulmão de aço” faleceu aos 78 anos. O comunicado foi feito pelo seu irmão, Philip Alexander, no Facebook.

Paul foi diagnosticado com poliomielite aos 6 anos de idade, em 1952. Em decorrência da doença, ele ficou paralisado e precisava de um aparelho que funcionava como um “pulmão artificial” para respirar.

Paul passou 72 anos dentro do pulmão de aço e se tornou um exemplo de superação para muitos. Apesar das dificuldades, o americano se tornou advogado, escreveu um livro sobre a sua história e, ocasionalmente, compartilhava vídeos nas redes sociais, onde soma mais de 300 mil seguidores.

Paul Alexander, conhecido como homem do "pulmão de aço" Foto: Tiktok ironlungman

O que é a poliomielite?

A poliomielite, conhecida como pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa provocada pelo poliovírus. De acordo com a pediatra Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), trata-se de um vírus facilmente transmissível que afeta principalmente as crianças e pode causar paralisias musculares, mais comumente nos membros inferiores do corpo, e até a morte.

A pólio não tem cura e a única forma de prevenção contra a doença é a vacinação. Devido à imunização em massa, segundo a pediatra, foi possível eliminar a pólio no Brasil. “Entre as décadas de 1950 e 1980 era comum ver crianças com pernas mecânicas e pessoas respirando a partir de ‘pulmões de aço’ em decorrência da doença”, conta a especialista.

Isso não significa, contudo, que a vacinação não é mais necessária — muito pelo contrário. O vírus da pólio ainda está em circulação em outros países e, segundo Levi, há risco de retorno ao Brasil. “A procura pela vacinação está baixa. Eu acredito que isso acontece porque os pais mais jovens não viram os estragos da doença, já que sua geração foi vacinada. Mas, não é hora de baixar a guarda”, alerta.

De acordo com o Ministério da Saúde, todas as crianças menores de 5 anos devem ser vacinadas contra a pólio. Desde 2016, segundo a pasta, o esquema vacinal é composto por três doses da vacina injetável (VIP), aos 2, 4 e 6 meses, e mais duas doses de reforço via oral (VOP), aos 15 meses e 4 anos em gotinha.

Ainda, segundo a pediatra, os adultos também podem pegar a doença e precisam estar imunizados, sobretudo se forem viajar para locais em que o vírus da pólio ainda está em circulação.

O pulmão de aço é um dispositivo médico criado para possibilitar a respiração de pacientes infectados com o vírus da pólio e tiveram a musculatura pulmonar afetada. Foto: JASON WINTER/Adobe Stock

O que é o pulmão de aço?

Trata-se de um um dispositivo médico criado por docentes da Faculdade de Medicina da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, em 1928. A ideia era possibilitar a respiração de pacientes com pólio cuja musculatura pulmonar foi afetada pela doença e, por isso, não conseguiam respirar sozinhos.

A tecnologia funciona de forma semelhante a um vácuo. A partir de um motor é liberada pressão sob o corpo do paciente para forçar a entrada e saída de ar dos pulmões, enquanto a cabeça fica para fora, de acordo com matéria publicada no site de Harvard.

Levi destaca, contudo, que nem todos os pacientes infectados com pólio precisam dessa ferramenta. “A gravidade da doença varia de pessoa para pessoa”, justifica.

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