Covid-19: Idosos e atrasados da vacina são maioria entre os hospitalizados, dizem médicos


Especialistas pedem que seja providenciada com urgência nova dose de reforço com a vacina bivalente

Por Paula Bonelli
Atualização:

Nesta nova onda da covid-19, a maioria dos hospitalizados é idosa, imunossuprimida (paciente transplantado, oncológico etc) ou está com a vacina atrasada – não tomou nenhuma dose ou estão pendentes as injeções de reforço (3ª e 4ª), segundo médicos de São Paulo ouvidos pelo Estadão A baixa adesão ao reforço vacinal e a circulação de novas subvariantes da Ômicron estão entre os principais motivos para a volta da doença.

“O que sabemos dessa subvariante é que ela transmite mais, infecta mais”, afirma a professora Ludhmila Hajjar, intensivista do Hospital Vila Nova Star, unidade particular na zona sul de São Paulo. “As pessoas que estão internadas atualmente são majoritariamente idosas”, afirma ela.

”Entre os internados há pessoas com esquema vacinal incompleto – com apenas duas doses principalmente – ou que não foram vacinadas”, relata Carla Kobayashi, infectologista do Sírio-Libanês. O perfil dos hospitalizados, acrescenta a médica, inclui ainda idosos com comorbidades ou doenças graves.

continua após a publicidade
Profissionais de saúde cuidam de paciente com covid-19 na UTI do Hospital São Luiz Jabaquara. Foto: Tiago Queiroz/ Estadão Foto: Tiago Queiroz/ Estadão

Cerca de 69 milhões de brasileiros já poderiam ter tomado a 3ª dose do imunizante e não foram aos postos de saúde. O balanço foi divulgado pelo ministro da área, Marcelo Queiroga, no fim de semana.

A infectologista Raquel Stucchi, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), tem relato semelhante ao das colegas. “Os idosos e os imunocomprometidos já têm um tempo longo desde que completaram a vacinação com respectivamente quatro e cinco doses. Por isso, seria urgente que já tivemos um planejamento para uma outra dose adicional, que preferencialmente deveria ser feita com a vacina bivalente”, defende.

continua após a publicidade

Vacina de 2ª geração é aposta no exterior

Para frear o avanço das novas variantes da Ômicron, outros países, como Estados Unidos e alguns europeus, começaram a aplicar uma versão mais atual da vacina contra covid-19. Chamada bivalente, a proteção é fabricada pela Pfizer e é eficiente contra várias cepas de uma vez só: protegem, segundo a empresa, contra as versões BA.1, BA.4 e BA.5 da Ômicron.

Ainda não há previsão para a chegada do imunizante mais protetivo ao País. A Pfizer requisitou o uso emergencial da vacina à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em outubro. Na semana passada, o órgão federal informou que está em fase final de análise pela área técnica, mas ainda não há data para a deliberação final.

Nesta nova onda da covid-19, a maioria dos hospitalizados é idosa, imunossuprimida (paciente transplantado, oncológico etc) ou está com a vacina atrasada – não tomou nenhuma dose ou estão pendentes as injeções de reforço (3ª e 4ª), segundo médicos de São Paulo ouvidos pelo Estadão A baixa adesão ao reforço vacinal e a circulação de novas subvariantes da Ômicron estão entre os principais motivos para a volta da doença.

“O que sabemos dessa subvariante é que ela transmite mais, infecta mais”, afirma a professora Ludhmila Hajjar, intensivista do Hospital Vila Nova Star, unidade particular na zona sul de São Paulo. “As pessoas que estão internadas atualmente são majoritariamente idosas”, afirma ela.

”Entre os internados há pessoas com esquema vacinal incompleto – com apenas duas doses principalmente – ou que não foram vacinadas”, relata Carla Kobayashi, infectologista do Sírio-Libanês. O perfil dos hospitalizados, acrescenta a médica, inclui ainda idosos com comorbidades ou doenças graves.

Profissionais de saúde cuidam de paciente com covid-19 na UTI do Hospital São Luiz Jabaquara. Foto: Tiago Queiroz/ Estadão Foto: Tiago Queiroz/ Estadão

Cerca de 69 milhões de brasileiros já poderiam ter tomado a 3ª dose do imunizante e não foram aos postos de saúde. O balanço foi divulgado pelo ministro da área, Marcelo Queiroga, no fim de semana.

A infectologista Raquel Stucchi, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), tem relato semelhante ao das colegas. “Os idosos e os imunocomprometidos já têm um tempo longo desde que completaram a vacinação com respectivamente quatro e cinco doses. Por isso, seria urgente que já tivemos um planejamento para uma outra dose adicional, que preferencialmente deveria ser feita com a vacina bivalente”, defende.

Vacina de 2ª geração é aposta no exterior

Para frear o avanço das novas variantes da Ômicron, outros países, como Estados Unidos e alguns europeus, começaram a aplicar uma versão mais atual da vacina contra covid-19. Chamada bivalente, a proteção é fabricada pela Pfizer e é eficiente contra várias cepas de uma vez só: protegem, segundo a empresa, contra as versões BA.1, BA.4 e BA.5 da Ômicron.

Ainda não há previsão para a chegada do imunizante mais protetivo ao País. A Pfizer requisitou o uso emergencial da vacina à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em outubro. Na semana passada, o órgão federal informou que está em fase final de análise pela área técnica, mas ainda não há data para a deliberação final.

Nesta nova onda da covid-19, a maioria dos hospitalizados é idosa, imunossuprimida (paciente transplantado, oncológico etc) ou está com a vacina atrasada – não tomou nenhuma dose ou estão pendentes as injeções de reforço (3ª e 4ª), segundo médicos de São Paulo ouvidos pelo Estadão A baixa adesão ao reforço vacinal e a circulação de novas subvariantes da Ômicron estão entre os principais motivos para a volta da doença.

“O que sabemos dessa subvariante é que ela transmite mais, infecta mais”, afirma a professora Ludhmila Hajjar, intensivista do Hospital Vila Nova Star, unidade particular na zona sul de São Paulo. “As pessoas que estão internadas atualmente são majoritariamente idosas”, afirma ela.

”Entre os internados há pessoas com esquema vacinal incompleto – com apenas duas doses principalmente – ou que não foram vacinadas”, relata Carla Kobayashi, infectologista do Sírio-Libanês. O perfil dos hospitalizados, acrescenta a médica, inclui ainda idosos com comorbidades ou doenças graves.

Profissionais de saúde cuidam de paciente com covid-19 na UTI do Hospital São Luiz Jabaquara. Foto: Tiago Queiroz/ Estadão Foto: Tiago Queiroz/ Estadão

Cerca de 69 milhões de brasileiros já poderiam ter tomado a 3ª dose do imunizante e não foram aos postos de saúde. O balanço foi divulgado pelo ministro da área, Marcelo Queiroga, no fim de semana.

A infectologista Raquel Stucchi, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), tem relato semelhante ao das colegas. “Os idosos e os imunocomprometidos já têm um tempo longo desde que completaram a vacinação com respectivamente quatro e cinco doses. Por isso, seria urgente que já tivemos um planejamento para uma outra dose adicional, que preferencialmente deveria ser feita com a vacina bivalente”, defende.

Vacina de 2ª geração é aposta no exterior

Para frear o avanço das novas variantes da Ômicron, outros países, como Estados Unidos e alguns europeus, começaram a aplicar uma versão mais atual da vacina contra covid-19. Chamada bivalente, a proteção é fabricada pela Pfizer e é eficiente contra várias cepas de uma vez só: protegem, segundo a empresa, contra as versões BA.1, BA.4 e BA.5 da Ômicron.

Ainda não há previsão para a chegada do imunizante mais protetivo ao País. A Pfizer requisitou o uso emergencial da vacina à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em outubro. Na semana passada, o órgão federal informou que está em fase final de análise pela área técnica, mas ainda não há data para a deliberação final.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.