Nova onda de covid-19: crescem infecções por coronavírus pelo mundo; veja como se prevenir


Novas variantes mais transmissíveis e resistentes à vacina preocupam autoridades; maioria dos casos é leve

Por Giovanna Castro
Atualização:

O número de casos de covid-19 tem crescido ao redor do mundo, como previam as autoridades sanitárias internacionais. Na última segunda-feira, 7, a China registrou a maior quantidade de infecções dos últimos seis meses. Nos Estados Unidos, as hospitalizações relacionadas ao coronavírus têm aumentado em vários Estados há semanas e, no Brasil, a taxa de positividade dos testes de covid também cresceu, apesar de a maioria dos casos serem leves até o momento.

A alta ocorre após o aparecimento de novas subvariantes da Ômicron, BQ.1 e XBB, que podem ser mais transmissíveis e resistentes às barreiras vacinais, conforme mostraram estudos preliminares. Por isso, dizem os médicos, é importante buscar a 3ª e a 4ª dose de reforço da vacina. O imunizante bivalente da Pfizer pode ser uma alternativa na hora de reforçar a imunização contra a variante BQ.1, apontam.

Nas variantes, partes do material genético original do coronavírus são modificadas, o que dificulta que as vacinas reconheçam o vírus. 
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“A BQ.1 tem um escape de reposta imune maior e já temos dados dela sobre anticorpo neutralizante, que está relacionado à proteção contra infecção. Dessa forma, fica claro que a vacina bivalente garante maior nível de anticorpo neutralizante e, portanto, maior proteção para a BQ.1″, explica Julio Croda, medico infectologista da Fiocruz e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

A variante já chegou ao Brasil, mas o imunizante não. A Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu um pedido de uso emergencial do imunizante em setembro, mas ainda não deu resposta. Procurada, o órgão disse que “os processos estão em fase final de análise pela área técnica, para posteriormente serem encaminhados à diretoria da Agência para deliberação”, mas ainda não há data para a discussão.

Em nota, a Pfizer afirmou ainda investigar a efetividade da vacina bivalente em relação à subvariante BQ.1 e espera ter dados concretos em breve. O imunizante já está disponível na Europa, Estados Unidos, Japão, Argentina, Chile, entre outros países.

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Além do reforço vacinal, os especialistas destacam a necessidade de adotar medidas preventivas tradicionais, como usar máscaras em locais fechados e quando tiver sintomas da doença, sobretudo para grupos mais vulneráveis, como idosos e imunodeprimidos (pacientes oncológicos, com HIV, transplantados etc).

Europa

A nova onda começou na Europa em meados de setembro. Em 12 de outubro, foi publicada declaração conjunta pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Europa (ECDC) e por representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) no continente dizendo que a “pandemia não acabou” e relatando que o número de casos vinham aumentado significativamente nos países da União Europeia.

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“Embora não estejamos onde estávamos há 1 ano, é claro que a pandemia de covid-19 ainda não acabou. (...) Diante disso, reafirmamos a necessidade de proteger a saúde das pessoas, principalmente as mais vulneráveis, utilizando todas as ferramentas disponíveis, inclusive a vacinação. As medidas de preparação precisam continuar na Região Europeia da OMS – não devemos baixar a guarda” diz o texto.

Na Alemanha, o pico de casos foi em 12 de outubro, quando foram registrados mais de 142 mil novos casos – maior número desde abril. Na França, foram 109 mil novos casos em 10 de outubro, maior pico desde julho. Na Inglaterra, a alta mais marcante foi em 13 de outubro, com 59 mil novos casos. Desde julho o Reino Unido não registrava números tão altos. Os dados são da JHU CSSE COVID-19 Data.

Segundo os especialistas da OMS e da ECDC, a situação se torna mais grave com a chegada do outono no hemisfério norte, o que traz consigo um aumento na transmissão da influenza, a gripe. Como os sintomas da covid-19 e da gripe são similares, a tendência é que as pessoas subestimem seu quadro clínico.

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Sem a realização de testes para confirmar diagnósticos, o quadro pode se agravar por falta de tratamento adequado e as autoridades acabam perdendo o controle de monitoramento das doenças.

Apesar do cenário, a Europa não retomou medidas restritivas para tentar conter o vírus, como testagens em massa e lockdown.

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Estados Unidos

As hospitalizações relacionadas ao coronavírus estão aumentando em vários Estados dos Estados Unidos nas últimas semanas, diz Albert Ko, médico e pesquisador da Universidade de Saúde Pública de Yale em entrevista ao The New York Times.

Entre os mais afetados, estão Arizona, Indiana, Illinois, Nevada, Nebraska, Oklahoma, Dakota do Sul e Wisconsin. Apesar disso, o país não enfrenta um pico substancial em número total de novos casos, apontam os números do JHU CSSE COVID-19 Data.

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De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), a subvariante BA.5, que alimentou o surto de covid-19 no país no verão, ainda causa pouco menos da metade das infecções nos EUA. Porém, as subvariantes BQ.1 e BQ.1.1 estão crescendo rapidamente e espera-se que elas superem a BA.5 em breve.

Na última sexta-feira, 4, a BQ.1 foi responsável por 14% das infecções por covid-19 nos Estados Unidos, enquanto BQ.1.1 foi responsável por 13,1%. Outra variante, chamada BA.4.6, também ganhou terreno desde agosto e atualmente, é responsável por 9,6% dos casos. Os dados são do CDC.

Ásia

O continente Asiático, assim como os Estados Unidos, está vivendo seu maior pico dos últimos meses agora. No Japão, foram 66,3 mil novos casos no domingo, 6, um patamar que o país não atingia desde o final de setembro.

A China registrou, nesta segunda-feira, 7, o maior número de infecções por covid-19 em seis meses. Foram contabilizados 5,6 mil novos casos da doença, quase metade deles na província de Guangdong, um centro manufatureiro com grandes portos comerciais no sul do país.

Em Singapura e na Índia, foram descobertos os primeiros casos da subvariante XBB, chamada por alguns pesquisadores de “variante pesadelo” por conta da sua taxa de transmissibilidade e sua alta resistência às vacinas.

Segundo relatório da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), a XBB foi, na semana de 3 a 9 de outubro de 2022, responsável por 54% dos casos de COVID-19 em Singapura. Ela ultrapassou a subvariante BA.5, que vinha sendo a mais prevalente por lá até a semana anterior.

América do Sul

Na América do Sul, o Brasil é o primeiro a sentir os impactos da nova onda. No Chile, o número de casos de covid-19 dobrou na última semana, mas continua baixo. O país passou de 3,7 mil novos casos em 3 de novembro para 7,7 mil em 7 de novembro.

Na Argentina, Bolívia, Colômbia e demais países, os números da covid-19 continuam baixos, aponta o JHU CSSE COVID-19 Data. Porém, os dados podem estar subnotificados pela falta de acesso à testes de diagnósticos em algumas regiões.

África

Pelos dados, os países do continente africano aparentam ainda não terem sentido a nova onda da covid-19. No entanto, assim como na América do Sul, os dados podem estar subnotificados.

O número de casos de covid-19 tem crescido ao redor do mundo, como previam as autoridades sanitárias internacionais. Na última segunda-feira, 7, a China registrou a maior quantidade de infecções dos últimos seis meses. Nos Estados Unidos, as hospitalizações relacionadas ao coronavírus têm aumentado em vários Estados há semanas e, no Brasil, a taxa de positividade dos testes de covid também cresceu, apesar de a maioria dos casos serem leves até o momento.

A alta ocorre após o aparecimento de novas subvariantes da Ômicron, BQ.1 e XBB, que podem ser mais transmissíveis e resistentes às barreiras vacinais, conforme mostraram estudos preliminares. Por isso, dizem os médicos, é importante buscar a 3ª e a 4ª dose de reforço da vacina. O imunizante bivalente da Pfizer pode ser uma alternativa na hora de reforçar a imunização contra a variante BQ.1, apontam.

Nas variantes, partes do material genético original do coronavírus são modificadas, o que dificulta que as vacinas reconheçam o vírus. 

“A BQ.1 tem um escape de reposta imune maior e já temos dados dela sobre anticorpo neutralizante, que está relacionado à proteção contra infecção. Dessa forma, fica claro que a vacina bivalente garante maior nível de anticorpo neutralizante e, portanto, maior proteção para a BQ.1″, explica Julio Croda, medico infectologista da Fiocruz e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

A variante já chegou ao Brasil, mas o imunizante não. A Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu um pedido de uso emergencial do imunizante em setembro, mas ainda não deu resposta. Procurada, o órgão disse que “os processos estão em fase final de análise pela área técnica, para posteriormente serem encaminhados à diretoria da Agência para deliberação”, mas ainda não há data para a discussão.

Em nota, a Pfizer afirmou ainda investigar a efetividade da vacina bivalente em relação à subvariante BQ.1 e espera ter dados concretos em breve. O imunizante já está disponível na Europa, Estados Unidos, Japão, Argentina, Chile, entre outros países.

Além do reforço vacinal, os especialistas destacam a necessidade de adotar medidas preventivas tradicionais, como usar máscaras em locais fechados e quando tiver sintomas da doença, sobretudo para grupos mais vulneráveis, como idosos e imunodeprimidos (pacientes oncológicos, com HIV, transplantados etc).

Europa

A nova onda começou na Europa em meados de setembro. Em 12 de outubro, foi publicada declaração conjunta pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Europa (ECDC) e por representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) no continente dizendo que a “pandemia não acabou” e relatando que o número de casos vinham aumentado significativamente nos países da União Europeia.

“Embora não estejamos onde estávamos há 1 ano, é claro que a pandemia de covid-19 ainda não acabou. (...) Diante disso, reafirmamos a necessidade de proteger a saúde das pessoas, principalmente as mais vulneráveis, utilizando todas as ferramentas disponíveis, inclusive a vacinação. As medidas de preparação precisam continuar na Região Europeia da OMS – não devemos baixar a guarda” diz o texto.

Na Alemanha, o pico de casos foi em 12 de outubro, quando foram registrados mais de 142 mil novos casos – maior número desde abril. Na França, foram 109 mil novos casos em 10 de outubro, maior pico desde julho. Na Inglaterra, a alta mais marcante foi em 13 de outubro, com 59 mil novos casos. Desde julho o Reino Unido não registrava números tão altos. Os dados são da JHU CSSE COVID-19 Data.

Segundo os especialistas da OMS e da ECDC, a situação se torna mais grave com a chegada do outono no hemisfério norte, o que traz consigo um aumento na transmissão da influenza, a gripe. Como os sintomas da covid-19 e da gripe são similares, a tendência é que as pessoas subestimem seu quadro clínico.

Sem a realização de testes para confirmar diagnósticos, o quadro pode se agravar por falta de tratamento adequado e as autoridades acabam perdendo o controle de monitoramento das doenças.

Apesar do cenário, a Europa não retomou medidas restritivas para tentar conter o vírus, como testagens em massa e lockdown.

Estados Unidos

As hospitalizações relacionadas ao coronavírus estão aumentando em vários Estados dos Estados Unidos nas últimas semanas, diz Albert Ko, médico e pesquisador da Universidade de Saúde Pública de Yale em entrevista ao The New York Times.

Entre os mais afetados, estão Arizona, Indiana, Illinois, Nevada, Nebraska, Oklahoma, Dakota do Sul e Wisconsin. Apesar disso, o país não enfrenta um pico substancial em número total de novos casos, apontam os números do JHU CSSE COVID-19 Data.

De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), a subvariante BA.5, que alimentou o surto de covid-19 no país no verão, ainda causa pouco menos da metade das infecções nos EUA. Porém, as subvariantes BQ.1 e BQ.1.1 estão crescendo rapidamente e espera-se que elas superem a BA.5 em breve.

Na última sexta-feira, 4, a BQ.1 foi responsável por 14% das infecções por covid-19 nos Estados Unidos, enquanto BQ.1.1 foi responsável por 13,1%. Outra variante, chamada BA.4.6, também ganhou terreno desde agosto e atualmente, é responsável por 9,6% dos casos. Os dados são do CDC.

Ásia

O continente Asiático, assim como os Estados Unidos, está vivendo seu maior pico dos últimos meses agora. No Japão, foram 66,3 mil novos casos no domingo, 6, um patamar que o país não atingia desde o final de setembro.

A China registrou, nesta segunda-feira, 7, o maior número de infecções por covid-19 em seis meses. Foram contabilizados 5,6 mil novos casos da doença, quase metade deles na província de Guangdong, um centro manufatureiro com grandes portos comerciais no sul do país.

Em Singapura e na Índia, foram descobertos os primeiros casos da subvariante XBB, chamada por alguns pesquisadores de “variante pesadelo” por conta da sua taxa de transmissibilidade e sua alta resistência às vacinas.

Segundo relatório da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), a XBB foi, na semana de 3 a 9 de outubro de 2022, responsável por 54% dos casos de COVID-19 em Singapura. Ela ultrapassou a subvariante BA.5, que vinha sendo a mais prevalente por lá até a semana anterior.

América do Sul

Na América do Sul, o Brasil é o primeiro a sentir os impactos da nova onda. No Chile, o número de casos de covid-19 dobrou na última semana, mas continua baixo. O país passou de 3,7 mil novos casos em 3 de novembro para 7,7 mil em 7 de novembro.

Na Argentina, Bolívia, Colômbia e demais países, os números da covid-19 continuam baixos, aponta o JHU CSSE COVID-19 Data. Porém, os dados podem estar subnotificados pela falta de acesso à testes de diagnósticos em algumas regiões.

África

Pelos dados, os países do continente africano aparentam ainda não terem sentido a nova onda da covid-19. No entanto, assim como na América do Sul, os dados podem estar subnotificados.

O número de casos de covid-19 tem crescido ao redor do mundo, como previam as autoridades sanitárias internacionais. Na última segunda-feira, 7, a China registrou a maior quantidade de infecções dos últimos seis meses. Nos Estados Unidos, as hospitalizações relacionadas ao coronavírus têm aumentado em vários Estados há semanas e, no Brasil, a taxa de positividade dos testes de covid também cresceu, apesar de a maioria dos casos serem leves até o momento.

A alta ocorre após o aparecimento de novas subvariantes da Ômicron, BQ.1 e XBB, que podem ser mais transmissíveis e resistentes às barreiras vacinais, conforme mostraram estudos preliminares. Por isso, dizem os médicos, é importante buscar a 3ª e a 4ª dose de reforço da vacina. O imunizante bivalente da Pfizer pode ser uma alternativa na hora de reforçar a imunização contra a variante BQ.1, apontam.

Nas variantes, partes do material genético original do coronavírus são modificadas, o que dificulta que as vacinas reconheçam o vírus. 

“A BQ.1 tem um escape de reposta imune maior e já temos dados dela sobre anticorpo neutralizante, que está relacionado à proteção contra infecção. Dessa forma, fica claro que a vacina bivalente garante maior nível de anticorpo neutralizante e, portanto, maior proteção para a BQ.1″, explica Julio Croda, medico infectologista da Fiocruz e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

A variante já chegou ao Brasil, mas o imunizante não. A Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu um pedido de uso emergencial do imunizante em setembro, mas ainda não deu resposta. Procurada, o órgão disse que “os processos estão em fase final de análise pela área técnica, para posteriormente serem encaminhados à diretoria da Agência para deliberação”, mas ainda não há data para a discussão.

Em nota, a Pfizer afirmou ainda investigar a efetividade da vacina bivalente em relação à subvariante BQ.1 e espera ter dados concretos em breve. O imunizante já está disponível na Europa, Estados Unidos, Japão, Argentina, Chile, entre outros países.

Além do reforço vacinal, os especialistas destacam a necessidade de adotar medidas preventivas tradicionais, como usar máscaras em locais fechados e quando tiver sintomas da doença, sobretudo para grupos mais vulneráveis, como idosos e imunodeprimidos (pacientes oncológicos, com HIV, transplantados etc).

Europa

A nova onda começou na Europa em meados de setembro. Em 12 de outubro, foi publicada declaração conjunta pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Europa (ECDC) e por representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) no continente dizendo que a “pandemia não acabou” e relatando que o número de casos vinham aumentado significativamente nos países da União Europeia.

“Embora não estejamos onde estávamos há 1 ano, é claro que a pandemia de covid-19 ainda não acabou. (...) Diante disso, reafirmamos a necessidade de proteger a saúde das pessoas, principalmente as mais vulneráveis, utilizando todas as ferramentas disponíveis, inclusive a vacinação. As medidas de preparação precisam continuar na Região Europeia da OMS – não devemos baixar a guarda” diz o texto.

Na Alemanha, o pico de casos foi em 12 de outubro, quando foram registrados mais de 142 mil novos casos – maior número desde abril. Na França, foram 109 mil novos casos em 10 de outubro, maior pico desde julho. Na Inglaterra, a alta mais marcante foi em 13 de outubro, com 59 mil novos casos. Desde julho o Reino Unido não registrava números tão altos. Os dados são da JHU CSSE COVID-19 Data.

Segundo os especialistas da OMS e da ECDC, a situação se torna mais grave com a chegada do outono no hemisfério norte, o que traz consigo um aumento na transmissão da influenza, a gripe. Como os sintomas da covid-19 e da gripe são similares, a tendência é que as pessoas subestimem seu quadro clínico.

Sem a realização de testes para confirmar diagnósticos, o quadro pode se agravar por falta de tratamento adequado e as autoridades acabam perdendo o controle de monitoramento das doenças.

Apesar do cenário, a Europa não retomou medidas restritivas para tentar conter o vírus, como testagens em massa e lockdown.

Estados Unidos

As hospitalizações relacionadas ao coronavírus estão aumentando em vários Estados dos Estados Unidos nas últimas semanas, diz Albert Ko, médico e pesquisador da Universidade de Saúde Pública de Yale em entrevista ao The New York Times.

Entre os mais afetados, estão Arizona, Indiana, Illinois, Nevada, Nebraska, Oklahoma, Dakota do Sul e Wisconsin. Apesar disso, o país não enfrenta um pico substancial em número total de novos casos, apontam os números do JHU CSSE COVID-19 Data.

De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), a subvariante BA.5, que alimentou o surto de covid-19 no país no verão, ainda causa pouco menos da metade das infecções nos EUA. Porém, as subvariantes BQ.1 e BQ.1.1 estão crescendo rapidamente e espera-se que elas superem a BA.5 em breve.

Na última sexta-feira, 4, a BQ.1 foi responsável por 14% das infecções por covid-19 nos Estados Unidos, enquanto BQ.1.1 foi responsável por 13,1%. Outra variante, chamada BA.4.6, também ganhou terreno desde agosto e atualmente, é responsável por 9,6% dos casos. Os dados são do CDC.

Ásia

O continente Asiático, assim como os Estados Unidos, está vivendo seu maior pico dos últimos meses agora. No Japão, foram 66,3 mil novos casos no domingo, 6, um patamar que o país não atingia desde o final de setembro.

A China registrou, nesta segunda-feira, 7, o maior número de infecções por covid-19 em seis meses. Foram contabilizados 5,6 mil novos casos da doença, quase metade deles na província de Guangdong, um centro manufatureiro com grandes portos comerciais no sul do país.

Em Singapura e na Índia, foram descobertos os primeiros casos da subvariante XBB, chamada por alguns pesquisadores de “variante pesadelo” por conta da sua taxa de transmissibilidade e sua alta resistência às vacinas.

Segundo relatório da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), a XBB foi, na semana de 3 a 9 de outubro de 2022, responsável por 54% dos casos de COVID-19 em Singapura. Ela ultrapassou a subvariante BA.5, que vinha sendo a mais prevalente por lá até a semana anterior.

América do Sul

Na América do Sul, o Brasil é o primeiro a sentir os impactos da nova onda. No Chile, o número de casos de covid-19 dobrou na última semana, mas continua baixo. O país passou de 3,7 mil novos casos em 3 de novembro para 7,7 mil em 7 de novembro.

Na Argentina, Bolívia, Colômbia e demais países, os números da covid-19 continuam baixos, aponta o JHU CSSE COVID-19 Data. Porém, os dados podem estar subnotificados pela falta de acesso à testes de diagnósticos em algumas regiões.

África

Pelos dados, os países do continente africano aparentam ainda não terem sentido a nova onda da covid-19. No entanto, assim como na América do Sul, os dados podem estar subnotificados.

O número de casos de covid-19 tem crescido ao redor do mundo, como previam as autoridades sanitárias internacionais. Na última segunda-feira, 7, a China registrou a maior quantidade de infecções dos últimos seis meses. Nos Estados Unidos, as hospitalizações relacionadas ao coronavírus têm aumentado em vários Estados há semanas e, no Brasil, a taxa de positividade dos testes de covid também cresceu, apesar de a maioria dos casos serem leves até o momento.

A alta ocorre após o aparecimento de novas subvariantes da Ômicron, BQ.1 e XBB, que podem ser mais transmissíveis e resistentes às barreiras vacinais, conforme mostraram estudos preliminares. Por isso, dizem os médicos, é importante buscar a 3ª e a 4ª dose de reforço da vacina. O imunizante bivalente da Pfizer pode ser uma alternativa na hora de reforçar a imunização contra a variante BQ.1, apontam.

Nas variantes, partes do material genético original do coronavírus são modificadas, o que dificulta que as vacinas reconheçam o vírus. 

“A BQ.1 tem um escape de reposta imune maior e já temos dados dela sobre anticorpo neutralizante, que está relacionado à proteção contra infecção. Dessa forma, fica claro que a vacina bivalente garante maior nível de anticorpo neutralizante e, portanto, maior proteção para a BQ.1″, explica Julio Croda, medico infectologista da Fiocruz e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

A variante já chegou ao Brasil, mas o imunizante não. A Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu um pedido de uso emergencial do imunizante em setembro, mas ainda não deu resposta. Procurada, o órgão disse que “os processos estão em fase final de análise pela área técnica, para posteriormente serem encaminhados à diretoria da Agência para deliberação”, mas ainda não há data para a discussão.

Em nota, a Pfizer afirmou ainda investigar a efetividade da vacina bivalente em relação à subvariante BQ.1 e espera ter dados concretos em breve. O imunizante já está disponível na Europa, Estados Unidos, Japão, Argentina, Chile, entre outros países.

Além do reforço vacinal, os especialistas destacam a necessidade de adotar medidas preventivas tradicionais, como usar máscaras em locais fechados e quando tiver sintomas da doença, sobretudo para grupos mais vulneráveis, como idosos e imunodeprimidos (pacientes oncológicos, com HIV, transplantados etc).

Europa

A nova onda começou na Europa em meados de setembro. Em 12 de outubro, foi publicada declaração conjunta pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Europa (ECDC) e por representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) no continente dizendo que a “pandemia não acabou” e relatando que o número de casos vinham aumentado significativamente nos países da União Europeia.

“Embora não estejamos onde estávamos há 1 ano, é claro que a pandemia de covid-19 ainda não acabou. (...) Diante disso, reafirmamos a necessidade de proteger a saúde das pessoas, principalmente as mais vulneráveis, utilizando todas as ferramentas disponíveis, inclusive a vacinação. As medidas de preparação precisam continuar na Região Europeia da OMS – não devemos baixar a guarda” diz o texto.

Na Alemanha, o pico de casos foi em 12 de outubro, quando foram registrados mais de 142 mil novos casos – maior número desde abril. Na França, foram 109 mil novos casos em 10 de outubro, maior pico desde julho. Na Inglaterra, a alta mais marcante foi em 13 de outubro, com 59 mil novos casos. Desde julho o Reino Unido não registrava números tão altos. Os dados são da JHU CSSE COVID-19 Data.

Segundo os especialistas da OMS e da ECDC, a situação se torna mais grave com a chegada do outono no hemisfério norte, o que traz consigo um aumento na transmissão da influenza, a gripe. Como os sintomas da covid-19 e da gripe são similares, a tendência é que as pessoas subestimem seu quadro clínico.

Sem a realização de testes para confirmar diagnósticos, o quadro pode se agravar por falta de tratamento adequado e as autoridades acabam perdendo o controle de monitoramento das doenças.

Apesar do cenário, a Europa não retomou medidas restritivas para tentar conter o vírus, como testagens em massa e lockdown.

Estados Unidos

As hospitalizações relacionadas ao coronavírus estão aumentando em vários Estados dos Estados Unidos nas últimas semanas, diz Albert Ko, médico e pesquisador da Universidade de Saúde Pública de Yale em entrevista ao The New York Times.

Entre os mais afetados, estão Arizona, Indiana, Illinois, Nevada, Nebraska, Oklahoma, Dakota do Sul e Wisconsin. Apesar disso, o país não enfrenta um pico substancial em número total de novos casos, apontam os números do JHU CSSE COVID-19 Data.

De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), a subvariante BA.5, que alimentou o surto de covid-19 no país no verão, ainda causa pouco menos da metade das infecções nos EUA. Porém, as subvariantes BQ.1 e BQ.1.1 estão crescendo rapidamente e espera-se que elas superem a BA.5 em breve.

Na última sexta-feira, 4, a BQ.1 foi responsável por 14% das infecções por covid-19 nos Estados Unidos, enquanto BQ.1.1 foi responsável por 13,1%. Outra variante, chamada BA.4.6, também ganhou terreno desde agosto e atualmente, é responsável por 9,6% dos casos. Os dados são do CDC.

Ásia

O continente Asiático, assim como os Estados Unidos, está vivendo seu maior pico dos últimos meses agora. No Japão, foram 66,3 mil novos casos no domingo, 6, um patamar que o país não atingia desde o final de setembro.

A China registrou, nesta segunda-feira, 7, o maior número de infecções por covid-19 em seis meses. Foram contabilizados 5,6 mil novos casos da doença, quase metade deles na província de Guangdong, um centro manufatureiro com grandes portos comerciais no sul do país.

Em Singapura e na Índia, foram descobertos os primeiros casos da subvariante XBB, chamada por alguns pesquisadores de “variante pesadelo” por conta da sua taxa de transmissibilidade e sua alta resistência às vacinas.

Segundo relatório da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), a XBB foi, na semana de 3 a 9 de outubro de 2022, responsável por 54% dos casos de COVID-19 em Singapura. Ela ultrapassou a subvariante BA.5, que vinha sendo a mais prevalente por lá até a semana anterior.

América do Sul

Na América do Sul, o Brasil é o primeiro a sentir os impactos da nova onda. No Chile, o número de casos de covid-19 dobrou na última semana, mas continua baixo. O país passou de 3,7 mil novos casos em 3 de novembro para 7,7 mil em 7 de novembro.

Na Argentina, Bolívia, Colômbia e demais países, os números da covid-19 continuam baixos, aponta o JHU CSSE COVID-19 Data. Porém, os dados podem estar subnotificados pela falta de acesso à testes de diagnósticos em algumas regiões.

África

Pelos dados, os países do continente africano aparentam ainda não terem sentido a nova onda da covid-19. No entanto, assim como na América do Sul, os dados podem estar subnotificados.

O número de casos de covid-19 tem crescido ao redor do mundo, como previam as autoridades sanitárias internacionais. Na última segunda-feira, 7, a China registrou a maior quantidade de infecções dos últimos seis meses. Nos Estados Unidos, as hospitalizações relacionadas ao coronavírus têm aumentado em vários Estados há semanas e, no Brasil, a taxa de positividade dos testes de covid também cresceu, apesar de a maioria dos casos serem leves até o momento.

A alta ocorre após o aparecimento de novas subvariantes da Ômicron, BQ.1 e XBB, que podem ser mais transmissíveis e resistentes às barreiras vacinais, conforme mostraram estudos preliminares. Por isso, dizem os médicos, é importante buscar a 3ª e a 4ª dose de reforço da vacina. O imunizante bivalente da Pfizer pode ser uma alternativa na hora de reforçar a imunização contra a variante BQ.1, apontam.

Nas variantes, partes do material genético original do coronavírus são modificadas, o que dificulta que as vacinas reconheçam o vírus. 

“A BQ.1 tem um escape de reposta imune maior e já temos dados dela sobre anticorpo neutralizante, que está relacionado à proteção contra infecção. Dessa forma, fica claro que a vacina bivalente garante maior nível de anticorpo neutralizante e, portanto, maior proteção para a BQ.1″, explica Julio Croda, medico infectologista da Fiocruz e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

A variante já chegou ao Brasil, mas o imunizante não. A Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu um pedido de uso emergencial do imunizante em setembro, mas ainda não deu resposta. Procurada, o órgão disse que “os processos estão em fase final de análise pela área técnica, para posteriormente serem encaminhados à diretoria da Agência para deliberação”, mas ainda não há data para a discussão.

Em nota, a Pfizer afirmou ainda investigar a efetividade da vacina bivalente em relação à subvariante BQ.1 e espera ter dados concretos em breve. O imunizante já está disponível na Europa, Estados Unidos, Japão, Argentina, Chile, entre outros países.

Além do reforço vacinal, os especialistas destacam a necessidade de adotar medidas preventivas tradicionais, como usar máscaras em locais fechados e quando tiver sintomas da doença, sobretudo para grupos mais vulneráveis, como idosos e imunodeprimidos (pacientes oncológicos, com HIV, transplantados etc).

Europa

A nova onda começou na Europa em meados de setembro. Em 12 de outubro, foi publicada declaração conjunta pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Europa (ECDC) e por representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) no continente dizendo que a “pandemia não acabou” e relatando que o número de casos vinham aumentado significativamente nos países da União Europeia.

“Embora não estejamos onde estávamos há 1 ano, é claro que a pandemia de covid-19 ainda não acabou. (...) Diante disso, reafirmamos a necessidade de proteger a saúde das pessoas, principalmente as mais vulneráveis, utilizando todas as ferramentas disponíveis, inclusive a vacinação. As medidas de preparação precisam continuar na Região Europeia da OMS – não devemos baixar a guarda” diz o texto.

Na Alemanha, o pico de casos foi em 12 de outubro, quando foram registrados mais de 142 mil novos casos – maior número desde abril. Na França, foram 109 mil novos casos em 10 de outubro, maior pico desde julho. Na Inglaterra, a alta mais marcante foi em 13 de outubro, com 59 mil novos casos. Desde julho o Reino Unido não registrava números tão altos. Os dados são da JHU CSSE COVID-19 Data.

Segundo os especialistas da OMS e da ECDC, a situação se torna mais grave com a chegada do outono no hemisfério norte, o que traz consigo um aumento na transmissão da influenza, a gripe. Como os sintomas da covid-19 e da gripe são similares, a tendência é que as pessoas subestimem seu quadro clínico.

Sem a realização de testes para confirmar diagnósticos, o quadro pode se agravar por falta de tratamento adequado e as autoridades acabam perdendo o controle de monitoramento das doenças.

Apesar do cenário, a Europa não retomou medidas restritivas para tentar conter o vírus, como testagens em massa e lockdown.

Estados Unidos

As hospitalizações relacionadas ao coronavírus estão aumentando em vários Estados dos Estados Unidos nas últimas semanas, diz Albert Ko, médico e pesquisador da Universidade de Saúde Pública de Yale em entrevista ao The New York Times.

Entre os mais afetados, estão Arizona, Indiana, Illinois, Nevada, Nebraska, Oklahoma, Dakota do Sul e Wisconsin. Apesar disso, o país não enfrenta um pico substancial em número total de novos casos, apontam os números do JHU CSSE COVID-19 Data.

De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), a subvariante BA.5, que alimentou o surto de covid-19 no país no verão, ainda causa pouco menos da metade das infecções nos EUA. Porém, as subvariantes BQ.1 e BQ.1.1 estão crescendo rapidamente e espera-se que elas superem a BA.5 em breve.

Na última sexta-feira, 4, a BQ.1 foi responsável por 14% das infecções por covid-19 nos Estados Unidos, enquanto BQ.1.1 foi responsável por 13,1%. Outra variante, chamada BA.4.6, também ganhou terreno desde agosto e atualmente, é responsável por 9,6% dos casos. Os dados são do CDC.

Ásia

O continente Asiático, assim como os Estados Unidos, está vivendo seu maior pico dos últimos meses agora. No Japão, foram 66,3 mil novos casos no domingo, 6, um patamar que o país não atingia desde o final de setembro.

A China registrou, nesta segunda-feira, 7, o maior número de infecções por covid-19 em seis meses. Foram contabilizados 5,6 mil novos casos da doença, quase metade deles na província de Guangdong, um centro manufatureiro com grandes portos comerciais no sul do país.

Em Singapura e na Índia, foram descobertos os primeiros casos da subvariante XBB, chamada por alguns pesquisadores de “variante pesadelo” por conta da sua taxa de transmissibilidade e sua alta resistência às vacinas.

Segundo relatório da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), a XBB foi, na semana de 3 a 9 de outubro de 2022, responsável por 54% dos casos de COVID-19 em Singapura. Ela ultrapassou a subvariante BA.5, que vinha sendo a mais prevalente por lá até a semana anterior.

América do Sul

Na América do Sul, o Brasil é o primeiro a sentir os impactos da nova onda. No Chile, o número de casos de covid-19 dobrou na última semana, mas continua baixo. O país passou de 3,7 mil novos casos em 3 de novembro para 7,7 mil em 7 de novembro.

Na Argentina, Bolívia, Colômbia e demais países, os números da covid-19 continuam baixos, aponta o JHU CSSE COVID-19 Data. Porém, os dados podem estar subnotificados pela falta de acesso à testes de diagnósticos em algumas regiões.

África

Pelos dados, os países do continente africano aparentam ainda não terem sentido a nova onda da covid-19. No entanto, assim como na América do Sul, os dados podem estar subnotificados.

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