Nova variante do HIV é detectada na Bahia, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul


Estudo da Fiocruz e da UFBA identificou quatro registros do vírus recombinante; quadro indica casos de reinfecção no País

Por Bárbara Giovani
Atualização:

Uma nova variante do vírus da imunodeficiência humana (HIV) está circulando no Brasil, segundo estudo da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicado na revista “Memórias do Instituto Oswaldo Cruz”, nesta sexta-feira, 16.

Os pesquisadores encontraram quatro registros do vírus recombinante no País, nos Estados da Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Até o momento, não foram registradas infecções por essa variante em outros países.

De acordo com o estudo, a nova variante combina genes dos subtipos B e C do HIV, predominantes no Brasil, e por isso é chamada de vírus recombinante. “O que chama a atenção para o surgimento dessas formas recombinantes é a taxa de dupla infecção. Indivíduos estão se contaminando e recontaminando”, afirma a bióloga Joana Paixão Monteiro-Cunha, coautora da pesquisa.

continua após a publicidade
Pesquisadores identificaram pacientes com nova variante em três Estados brasileiros Foto: Marcos Arcoverde/Estadão

Ela explica que, para surgirem variantes como a relatada no estudo, é preciso que dois subtipos se encontrem em um mesmo organismo hospedeiro e se reproduzam, mesclando características genéticas de ambos.

Segundo Joana, os vírus recombinantes podem ser únicos, quando são encontrados em um único indivíduo que passou por uma reinfecção, ou podem ser recombinantes viáveis ou circulantes, quando se tornam versões transmissíveis. É o caso da nova variante descoberta, batizada de CRF146_BC.

continua após a publicidade

O que se sabe até agora

O vírus recombinante foi descoberto em 2019, durante um estudo populacional no qual os pesquisadores, incluindo Joana, analisaram cerca de 200 amostras de pacientes infectados acompanhados no Hospital das Clínicas de Salvador.

Depois que encontraram a variante, eles compararam as informações do genoma do vírus com bancos de dados públicos que contêm sequências genéticas de HIV. “Tínhamos ali, nesses bancos de dados, outras três amostras que tinham exatamente a mesma estrutura dinâmica que o vírus encontrado na Bahia”, lembra.

continua após a publicidade

Joana afirma que nenhum dos pacientes identificados é o “paciente zero” da variante, aquele que foi infectado duas vezes por dois subtipos de HIV que se recombinaram. Os quatro casos já são resultado da transmissão da CRF146_BC.

Ainda não se sabe se a variante tem maior transmissibilidade ou virulência, ou seja, se progride mais rápido para a fase da doença, chamada de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). Segundo Joana, os pesquisadores tiveram acesso apenas ao quadro clínico do primeiro caso descoberto na Bahia e o paciente estava sob tratamento com antiviral, sem indicação de que o vírus recombinante era resistente ao medicamento.

continua após a publicidade

A bióloga ressalta, no entanto, que certas mutações podem alterar essas características do microrganismo. “Ainda não sabemos qual é o impacto dessas novas variantes na epidemia”, diz.

Por isso, ela acredita que o estudo serve de alerta tanto para a população quanto para os órgãos responsáveis pelo controle epidemiológico do HIV, e enfatiza a necessidade de programas que reforcem medidas preventivas, como uso de preservativos e não compartilhamento de seringas. Elas evitam a infecção e devem ser incentivadas também entre o público soropositivo para conter os casos de reinfecção.

Uma nova variante do vírus da imunodeficiência humana (HIV) está circulando no Brasil, segundo estudo da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicado na revista “Memórias do Instituto Oswaldo Cruz”, nesta sexta-feira, 16.

Os pesquisadores encontraram quatro registros do vírus recombinante no País, nos Estados da Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Até o momento, não foram registradas infecções por essa variante em outros países.

De acordo com o estudo, a nova variante combina genes dos subtipos B e C do HIV, predominantes no Brasil, e por isso é chamada de vírus recombinante. “O que chama a atenção para o surgimento dessas formas recombinantes é a taxa de dupla infecção. Indivíduos estão se contaminando e recontaminando”, afirma a bióloga Joana Paixão Monteiro-Cunha, coautora da pesquisa.

Pesquisadores identificaram pacientes com nova variante em três Estados brasileiros Foto: Marcos Arcoverde/Estadão

Ela explica que, para surgirem variantes como a relatada no estudo, é preciso que dois subtipos se encontrem em um mesmo organismo hospedeiro e se reproduzam, mesclando características genéticas de ambos.

Segundo Joana, os vírus recombinantes podem ser únicos, quando são encontrados em um único indivíduo que passou por uma reinfecção, ou podem ser recombinantes viáveis ou circulantes, quando se tornam versões transmissíveis. É o caso da nova variante descoberta, batizada de CRF146_BC.

O que se sabe até agora

O vírus recombinante foi descoberto em 2019, durante um estudo populacional no qual os pesquisadores, incluindo Joana, analisaram cerca de 200 amostras de pacientes infectados acompanhados no Hospital das Clínicas de Salvador.

Depois que encontraram a variante, eles compararam as informações do genoma do vírus com bancos de dados públicos que contêm sequências genéticas de HIV. “Tínhamos ali, nesses bancos de dados, outras três amostras que tinham exatamente a mesma estrutura dinâmica que o vírus encontrado na Bahia”, lembra.

Joana afirma que nenhum dos pacientes identificados é o “paciente zero” da variante, aquele que foi infectado duas vezes por dois subtipos de HIV que se recombinaram. Os quatro casos já são resultado da transmissão da CRF146_BC.

Ainda não se sabe se a variante tem maior transmissibilidade ou virulência, ou seja, se progride mais rápido para a fase da doença, chamada de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). Segundo Joana, os pesquisadores tiveram acesso apenas ao quadro clínico do primeiro caso descoberto na Bahia e o paciente estava sob tratamento com antiviral, sem indicação de que o vírus recombinante era resistente ao medicamento.

A bióloga ressalta, no entanto, que certas mutações podem alterar essas características do microrganismo. “Ainda não sabemos qual é o impacto dessas novas variantes na epidemia”, diz.

Por isso, ela acredita que o estudo serve de alerta tanto para a população quanto para os órgãos responsáveis pelo controle epidemiológico do HIV, e enfatiza a necessidade de programas que reforcem medidas preventivas, como uso de preservativos e não compartilhamento de seringas. Elas evitam a infecção e devem ser incentivadas também entre o público soropositivo para conter os casos de reinfecção.

Uma nova variante do vírus da imunodeficiência humana (HIV) está circulando no Brasil, segundo estudo da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicado na revista “Memórias do Instituto Oswaldo Cruz”, nesta sexta-feira, 16.

Os pesquisadores encontraram quatro registros do vírus recombinante no País, nos Estados da Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Até o momento, não foram registradas infecções por essa variante em outros países.

De acordo com o estudo, a nova variante combina genes dos subtipos B e C do HIV, predominantes no Brasil, e por isso é chamada de vírus recombinante. “O que chama a atenção para o surgimento dessas formas recombinantes é a taxa de dupla infecção. Indivíduos estão se contaminando e recontaminando”, afirma a bióloga Joana Paixão Monteiro-Cunha, coautora da pesquisa.

Pesquisadores identificaram pacientes com nova variante em três Estados brasileiros Foto: Marcos Arcoverde/Estadão

Ela explica que, para surgirem variantes como a relatada no estudo, é preciso que dois subtipos se encontrem em um mesmo organismo hospedeiro e se reproduzam, mesclando características genéticas de ambos.

Segundo Joana, os vírus recombinantes podem ser únicos, quando são encontrados em um único indivíduo que passou por uma reinfecção, ou podem ser recombinantes viáveis ou circulantes, quando se tornam versões transmissíveis. É o caso da nova variante descoberta, batizada de CRF146_BC.

O que se sabe até agora

O vírus recombinante foi descoberto em 2019, durante um estudo populacional no qual os pesquisadores, incluindo Joana, analisaram cerca de 200 amostras de pacientes infectados acompanhados no Hospital das Clínicas de Salvador.

Depois que encontraram a variante, eles compararam as informações do genoma do vírus com bancos de dados públicos que contêm sequências genéticas de HIV. “Tínhamos ali, nesses bancos de dados, outras três amostras que tinham exatamente a mesma estrutura dinâmica que o vírus encontrado na Bahia”, lembra.

Joana afirma que nenhum dos pacientes identificados é o “paciente zero” da variante, aquele que foi infectado duas vezes por dois subtipos de HIV que se recombinaram. Os quatro casos já são resultado da transmissão da CRF146_BC.

Ainda não se sabe se a variante tem maior transmissibilidade ou virulência, ou seja, se progride mais rápido para a fase da doença, chamada de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). Segundo Joana, os pesquisadores tiveram acesso apenas ao quadro clínico do primeiro caso descoberto na Bahia e o paciente estava sob tratamento com antiviral, sem indicação de que o vírus recombinante era resistente ao medicamento.

A bióloga ressalta, no entanto, que certas mutações podem alterar essas características do microrganismo. “Ainda não sabemos qual é o impacto dessas novas variantes na epidemia”, diz.

Por isso, ela acredita que o estudo serve de alerta tanto para a população quanto para os órgãos responsáveis pelo controle epidemiológico do HIV, e enfatiza a necessidade de programas que reforcem medidas preventivas, como uso de preservativos e não compartilhamento de seringas. Elas evitam a infecção e devem ser incentivadas também entre o público soropositivo para conter os casos de reinfecção.

Uma nova variante do vírus da imunodeficiência humana (HIV) está circulando no Brasil, segundo estudo da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicado na revista “Memórias do Instituto Oswaldo Cruz”, nesta sexta-feira, 16.

Os pesquisadores encontraram quatro registros do vírus recombinante no País, nos Estados da Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Até o momento, não foram registradas infecções por essa variante em outros países.

De acordo com o estudo, a nova variante combina genes dos subtipos B e C do HIV, predominantes no Brasil, e por isso é chamada de vírus recombinante. “O que chama a atenção para o surgimento dessas formas recombinantes é a taxa de dupla infecção. Indivíduos estão se contaminando e recontaminando”, afirma a bióloga Joana Paixão Monteiro-Cunha, coautora da pesquisa.

Pesquisadores identificaram pacientes com nova variante em três Estados brasileiros Foto: Marcos Arcoverde/Estadão

Ela explica que, para surgirem variantes como a relatada no estudo, é preciso que dois subtipos se encontrem em um mesmo organismo hospedeiro e se reproduzam, mesclando características genéticas de ambos.

Segundo Joana, os vírus recombinantes podem ser únicos, quando são encontrados em um único indivíduo que passou por uma reinfecção, ou podem ser recombinantes viáveis ou circulantes, quando se tornam versões transmissíveis. É o caso da nova variante descoberta, batizada de CRF146_BC.

O que se sabe até agora

O vírus recombinante foi descoberto em 2019, durante um estudo populacional no qual os pesquisadores, incluindo Joana, analisaram cerca de 200 amostras de pacientes infectados acompanhados no Hospital das Clínicas de Salvador.

Depois que encontraram a variante, eles compararam as informações do genoma do vírus com bancos de dados públicos que contêm sequências genéticas de HIV. “Tínhamos ali, nesses bancos de dados, outras três amostras que tinham exatamente a mesma estrutura dinâmica que o vírus encontrado na Bahia”, lembra.

Joana afirma que nenhum dos pacientes identificados é o “paciente zero” da variante, aquele que foi infectado duas vezes por dois subtipos de HIV que se recombinaram. Os quatro casos já são resultado da transmissão da CRF146_BC.

Ainda não se sabe se a variante tem maior transmissibilidade ou virulência, ou seja, se progride mais rápido para a fase da doença, chamada de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). Segundo Joana, os pesquisadores tiveram acesso apenas ao quadro clínico do primeiro caso descoberto na Bahia e o paciente estava sob tratamento com antiviral, sem indicação de que o vírus recombinante era resistente ao medicamento.

A bióloga ressalta, no entanto, que certas mutações podem alterar essas características do microrganismo. “Ainda não sabemos qual é o impacto dessas novas variantes na epidemia”, diz.

Por isso, ela acredita que o estudo serve de alerta tanto para a população quanto para os órgãos responsáveis pelo controle epidemiológico do HIV, e enfatiza a necessidade de programas que reforcem medidas preventivas, como uso de preservativos e não compartilhamento de seringas. Elas evitam a infecção e devem ser incentivadas também entre o público soropositivo para conter os casos de reinfecção.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.