Novas vacinas desafiam o tempo e lutam contra o negacionismo


Pandemia da covid-19 impulsionou a pesquisa científica, mas deixou um rastro de desinformação sobre o assunto

Por Ocimara Balmant e Fernando Beagá
Atualização:

No auge do combate à pandemia da covid-19, estabeleceu-se um paradoxo: o fortalecimento do discurso antivacina em um momento de apreensão pelo rápido desenvolvimento do imunizante. Apesar dessa oposição, a vacina foi decisiva para a redução de casos graves da doença – tanto que uma das tecnologias utilizadas, a do RNA mensageiro (mRNA), rendeu o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 2023 aos pesquisadores Katalin Karikó e Drew Weissman. Enquanto o trabalho dessa dupla tende a impactar o surgimento mais veloz de novas vacinas, há o desafio, em paralelo, de recuperar a cultura brasileira de vacinação.

Esse tema foi debatido durante o Summit Saúde & Bem-estar 2023, evento promovido pelo Estadão, com transmissão online, que reuniu especialistas de todo o Brasil.

Em 2021, a cobertura vacinal no Brasil ficou abaixo de 60%, segundo o Ministério da Saúde, que preconiza a média ideal de 95%. “Isso é gravíssimo. Por causa do Programa Nacional de Imunização (PNI), o brasileiro tem a mentalidade de se vacinar. É uma questão de combater a desinformação”, comenta Marcia Abadi, diretora médica da MSD Brasil.

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Para garantir cobertura vacinal adequada no Brasil, é preciso combater a desinformação Foto: Tiago Queiroz/Estadão

“É muito triste ouvir uma mãe dizer que não vai vacinar o filho. E nós, médicos, não fomos preparados para o enfrentamento do paciente. Não é preciso se defender, nem dar aula sobre vacina. Basta focar a importância dela”, diz Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Nesse contexto, as farmácias passaram a ter um papel importante na aplicação de imunizantes, com a responsabilidade de também reagir às fake news. “Treinamos nossos farmacêuticos para inibir a proliferação de desinformação no nosso público. Pela proximidade com os clientes, somos agentes nessa conscientização”, conta Marcos Colares, diretor comercial e de marketing do Grupo DPSP.

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Usado como argumento pelos negacionistas, o tempo recorde de surgimento da vacina contra covid-19 é visto por Helton Santiago, professor e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), como uma virtude. “Apesar da velocidade, as vacinas contra covid foram testadas com todo o rigor científico. Isso mostrou a capacidade de atender a uma demanda emergencial”, relembra Santiago, que lidera o desenvolvimento da Spin-TEC, primeira vacina nacional contra a doença.

O impulsionamento de recursos gerado pela pandemia e as inúmeras possibilidades a partir da tecnologia do mRNA devem resultar, nos próximos anos, em imunizantes antes inimagináveis, principalmente no combate a diversos tipos de câncer.

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Enquanto isso, celebra-se a evolução de vacinas já estabelecidas. “A versão nonavalente da vacina contra o HPV aumenta de 70% para 90% a prevenção do câncer de Marcoso de útero, além de proteger contra outros relacionados, como o câncer de vagina ou de canal anal. A vacina pneumocócica 15-valente aumenta a proteção contra outras doenças respiratórias invasivas, além da pneumonia”, explica Abadi. E ela complementa com uma informação que deveria ser suficiente contra os resistentes: “A vacina e o saneamento básico foram as duas grandes mudanças da saúde no mundo”.

No auge do combate à pandemia da covid-19, estabeleceu-se um paradoxo: o fortalecimento do discurso antivacina em um momento de apreensão pelo rápido desenvolvimento do imunizante. Apesar dessa oposição, a vacina foi decisiva para a redução de casos graves da doença – tanto que uma das tecnologias utilizadas, a do RNA mensageiro (mRNA), rendeu o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 2023 aos pesquisadores Katalin Karikó e Drew Weissman. Enquanto o trabalho dessa dupla tende a impactar o surgimento mais veloz de novas vacinas, há o desafio, em paralelo, de recuperar a cultura brasileira de vacinação.

Esse tema foi debatido durante o Summit Saúde & Bem-estar 2023, evento promovido pelo Estadão, com transmissão online, que reuniu especialistas de todo o Brasil.

Em 2021, a cobertura vacinal no Brasil ficou abaixo de 60%, segundo o Ministério da Saúde, que preconiza a média ideal de 95%. “Isso é gravíssimo. Por causa do Programa Nacional de Imunização (PNI), o brasileiro tem a mentalidade de se vacinar. É uma questão de combater a desinformação”, comenta Marcia Abadi, diretora médica da MSD Brasil.

Para garantir cobertura vacinal adequada no Brasil, é preciso combater a desinformação Foto: Tiago Queiroz/Estadão

“É muito triste ouvir uma mãe dizer que não vai vacinar o filho. E nós, médicos, não fomos preparados para o enfrentamento do paciente. Não é preciso se defender, nem dar aula sobre vacina. Basta focar a importância dela”, diz Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Nesse contexto, as farmácias passaram a ter um papel importante na aplicação de imunizantes, com a responsabilidade de também reagir às fake news. “Treinamos nossos farmacêuticos para inibir a proliferação de desinformação no nosso público. Pela proximidade com os clientes, somos agentes nessa conscientização”, conta Marcos Colares, diretor comercial e de marketing do Grupo DPSP.

Usado como argumento pelos negacionistas, o tempo recorde de surgimento da vacina contra covid-19 é visto por Helton Santiago, professor e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), como uma virtude. “Apesar da velocidade, as vacinas contra covid foram testadas com todo o rigor científico. Isso mostrou a capacidade de atender a uma demanda emergencial”, relembra Santiago, que lidera o desenvolvimento da Spin-TEC, primeira vacina nacional contra a doença.

O impulsionamento de recursos gerado pela pandemia e as inúmeras possibilidades a partir da tecnologia do mRNA devem resultar, nos próximos anos, em imunizantes antes inimagináveis, principalmente no combate a diversos tipos de câncer.

Enquanto isso, celebra-se a evolução de vacinas já estabelecidas. “A versão nonavalente da vacina contra o HPV aumenta de 70% para 90% a prevenção do câncer de Marcoso de útero, além de proteger contra outros relacionados, como o câncer de vagina ou de canal anal. A vacina pneumocócica 15-valente aumenta a proteção contra outras doenças respiratórias invasivas, além da pneumonia”, explica Abadi. E ela complementa com uma informação que deveria ser suficiente contra os resistentes: “A vacina e o saneamento básico foram as duas grandes mudanças da saúde no mundo”.

No auge do combate à pandemia da covid-19, estabeleceu-se um paradoxo: o fortalecimento do discurso antivacina em um momento de apreensão pelo rápido desenvolvimento do imunizante. Apesar dessa oposição, a vacina foi decisiva para a redução de casos graves da doença – tanto que uma das tecnologias utilizadas, a do RNA mensageiro (mRNA), rendeu o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 2023 aos pesquisadores Katalin Karikó e Drew Weissman. Enquanto o trabalho dessa dupla tende a impactar o surgimento mais veloz de novas vacinas, há o desafio, em paralelo, de recuperar a cultura brasileira de vacinação.

Esse tema foi debatido durante o Summit Saúde & Bem-estar 2023, evento promovido pelo Estadão, com transmissão online, que reuniu especialistas de todo o Brasil.

Em 2021, a cobertura vacinal no Brasil ficou abaixo de 60%, segundo o Ministério da Saúde, que preconiza a média ideal de 95%. “Isso é gravíssimo. Por causa do Programa Nacional de Imunização (PNI), o brasileiro tem a mentalidade de se vacinar. É uma questão de combater a desinformação”, comenta Marcia Abadi, diretora médica da MSD Brasil.

Para garantir cobertura vacinal adequada no Brasil, é preciso combater a desinformação Foto: Tiago Queiroz/Estadão

“É muito triste ouvir uma mãe dizer que não vai vacinar o filho. E nós, médicos, não fomos preparados para o enfrentamento do paciente. Não é preciso se defender, nem dar aula sobre vacina. Basta focar a importância dela”, diz Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Nesse contexto, as farmácias passaram a ter um papel importante na aplicação de imunizantes, com a responsabilidade de também reagir às fake news. “Treinamos nossos farmacêuticos para inibir a proliferação de desinformação no nosso público. Pela proximidade com os clientes, somos agentes nessa conscientização”, conta Marcos Colares, diretor comercial e de marketing do Grupo DPSP.

Usado como argumento pelos negacionistas, o tempo recorde de surgimento da vacina contra covid-19 é visto por Helton Santiago, professor e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), como uma virtude. “Apesar da velocidade, as vacinas contra covid foram testadas com todo o rigor científico. Isso mostrou a capacidade de atender a uma demanda emergencial”, relembra Santiago, que lidera o desenvolvimento da Spin-TEC, primeira vacina nacional contra a doença.

O impulsionamento de recursos gerado pela pandemia e as inúmeras possibilidades a partir da tecnologia do mRNA devem resultar, nos próximos anos, em imunizantes antes inimagináveis, principalmente no combate a diversos tipos de câncer.

Enquanto isso, celebra-se a evolução de vacinas já estabelecidas. “A versão nonavalente da vacina contra o HPV aumenta de 70% para 90% a prevenção do câncer de Marcoso de útero, além de proteger contra outros relacionados, como o câncer de vagina ou de canal anal. A vacina pneumocócica 15-valente aumenta a proteção contra outras doenças respiratórias invasivas, além da pneumonia”, explica Abadi. E ela complementa com uma informação que deveria ser suficiente contra os resistentes: “A vacina e o saneamento básico foram as duas grandes mudanças da saúde no mundo”.

No auge do combate à pandemia da covid-19, estabeleceu-se um paradoxo: o fortalecimento do discurso antivacina em um momento de apreensão pelo rápido desenvolvimento do imunizante. Apesar dessa oposição, a vacina foi decisiva para a redução de casos graves da doença – tanto que uma das tecnologias utilizadas, a do RNA mensageiro (mRNA), rendeu o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 2023 aos pesquisadores Katalin Karikó e Drew Weissman. Enquanto o trabalho dessa dupla tende a impactar o surgimento mais veloz de novas vacinas, há o desafio, em paralelo, de recuperar a cultura brasileira de vacinação.

Esse tema foi debatido durante o Summit Saúde & Bem-estar 2023, evento promovido pelo Estadão, com transmissão online, que reuniu especialistas de todo o Brasil.

Em 2021, a cobertura vacinal no Brasil ficou abaixo de 60%, segundo o Ministério da Saúde, que preconiza a média ideal de 95%. “Isso é gravíssimo. Por causa do Programa Nacional de Imunização (PNI), o brasileiro tem a mentalidade de se vacinar. É uma questão de combater a desinformação”, comenta Marcia Abadi, diretora médica da MSD Brasil.

Para garantir cobertura vacinal adequada no Brasil, é preciso combater a desinformação Foto: Tiago Queiroz/Estadão

“É muito triste ouvir uma mãe dizer que não vai vacinar o filho. E nós, médicos, não fomos preparados para o enfrentamento do paciente. Não é preciso se defender, nem dar aula sobre vacina. Basta focar a importância dela”, diz Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Nesse contexto, as farmácias passaram a ter um papel importante na aplicação de imunizantes, com a responsabilidade de também reagir às fake news. “Treinamos nossos farmacêuticos para inibir a proliferação de desinformação no nosso público. Pela proximidade com os clientes, somos agentes nessa conscientização”, conta Marcos Colares, diretor comercial e de marketing do Grupo DPSP.

Usado como argumento pelos negacionistas, o tempo recorde de surgimento da vacina contra covid-19 é visto por Helton Santiago, professor e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), como uma virtude. “Apesar da velocidade, as vacinas contra covid foram testadas com todo o rigor científico. Isso mostrou a capacidade de atender a uma demanda emergencial”, relembra Santiago, que lidera o desenvolvimento da Spin-TEC, primeira vacina nacional contra a doença.

O impulsionamento de recursos gerado pela pandemia e as inúmeras possibilidades a partir da tecnologia do mRNA devem resultar, nos próximos anos, em imunizantes antes inimagináveis, principalmente no combate a diversos tipos de câncer.

Enquanto isso, celebra-se a evolução de vacinas já estabelecidas. “A versão nonavalente da vacina contra o HPV aumenta de 70% para 90% a prevenção do câncer de Marcoso de útero, além de proteger contra outros relacionados, como o câncer de vagina ou de canal anal. A vacina pneumocócica 15-valente aumenta a proteção contra outras doenças respiratórias invasivas, além da pneumonia”, explica Abadi. E ela complementa com uma informação que deveria ser suficiente contra os resistentes: “A vacina e o saneamento básico foram as duas grandes mudanças da saúde no mundo”.

No auge do combate à pandemia da covid-19, estabeleceu-se um paradoxo: o fortalecimento do discurso antivacina em um momento de apreensão pelo rápido desenvolvimento do imunizante. Apesar dessa oposição, a vacina foi decisiva para a redução de casos graves da doença – tanto que uma das tecnologias utilizadas, a do RNA mensageiro (mRNA), rendeu o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 2023 aos pesquisadores Katalin Karikó e Drew Weissman. Enquanto o trabalho dessa dupla tende a impactar o surgimento mais veloz de novas vacinas, há o desafio, em paralelo, de recuperar a cultura brasileira de vacinação.

Esse tema foi debatido durante o Summit Saúde & Bem-estar 2023, evento promovido pelo Estadão, com transmissão online, que reuniu especialistas de todo o Brasil.

Em 2021, a cobertura vacinal no Brasil ficou abaixo de 60%, segundo o Ministério da Saúde, que preconiza a média ideal de 95%. “Isso é gravíssimo. Por causa do Programa Nacional de Imunização (PNI), o brasileiro tem a mentalidade de se vacinar. É uma questão de combater a desinformação”, comenta Marcia Abadi, diretora médica da MSD Brasil.

Para garantir cobertura vacinal adequada no Brasil, é preciso combater a desinformação Foto: Tiago Queiroz/Estadão

“É muito triste ouvir uma mãe dizer que não vai vacinar o filho. E nós, médicos, não fomos preparados para o enfrentamento do paciente. Não é preciso se defender, nem dar aula sobre vacina. Basta focar a importância dela”, diz Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Nesse contexto, as farmácias passaram a ter um papel importante na aplicação de imunizantes, com a responsabilidade de também reagir às fake news. “Treinamos nossos farmacêuticos para inibir a proliferação de desinformação no nosso público. Pela proximidade com os clientes, somos agentes nessa conscientização”, conta Marcos Colares, diretor comercial e de marketing do Grupo DPSP.

Usado como argumento pelos negacionistas, o tempo recorde de surgimento da vacina contra covid-19 é visto por Helton Santiago, professor e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), como uma virtude. “Apesar da velocidade, as vacinas contra covid foram testadas com todo o rigor científico. Isso mostrou a capacidade de atender a uma demanda emergencial”, relembra Santiago, que lidera o desenvolvimento da Spin-TEC, primeira vacina nacional contra a doença.

O impulsionamento de recursos gerado pela pandemia e as inúmeras possibilidades a partir da tecnologia do mRNA devem resultar, nos próximos anos, em imunizantes antes inimagináveis, principalmente no combate a diversos tipos de câncer.

Enquanto isso, celebra-se a evolução de vacinas já estabelecidas. “A versão nonavalente da vacina contra o HPV aumenta de 70% para 90% a prevenção do câncer de Marcoso de útero, além de proteger contra outros relacionados, como o câncer de vagina ou de canal anal. A vacina pneumocócica 15-valente aumenta a proteção contra outras doenças respiratórias invasivas, além da pneumonia”, explica Abadi. E ela complementa com uma informação que deveria ser suficiente contra os resistentes: “A vacina e o saneamento básico foram as duas grandes mudanças da saúde no mundo”.

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