Novo medicamento é testado contra a febre amarela em dois Estados


Remédio é geralmente usado para casos de hepatite C, mas, diante de bons resultados, virou opção em SP e MG

Por Paula Felix

SÃO PAULO - O aumento de casos de febre amarela no Estado de São Paulo desencadeou uma série de ações para buscar meios de tratar a doença e produzir avanços na identificação de áreas que podem ser atingidas pelo vírus. Depois dos transplantes de fígado em pessoas que desenvolveram a forma grave da doença, realizados no Hospital das Clínicas e na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pacientes de São Paulo e de Minas Gerais começaram neste mês a receber tratamento com um remédio para hepatite C, técnica que será estudada por pesquisadores dos dois Estados para ver se é possível começar a tratar a doença utilizando medicamentos. A febre amarela não tem tratamento específico.

Imunização.Capital teve corrida aos postos por vacina Foto: Gabriela Biló/Estadão

+++ Nova vacina contra febre amarela está em análise na Fiocruz

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“Percebeu-se que o vírus da febre amarela é do mesmo grupo do vírus da hepatite C, que se beneficiou muito com o tratamento. A primeira possibilidade foi avaliar se era possível fazer a mesma coisa com o vírus da febre amarela”, explica o secretário de Estado da Saúde, David Uip.

+++ Ministro da Saúde garante que há vacina para imunizar brasileiros contra a febre amarela

Nesta fase inicial, a oferta está sendo feita por meio do uso compassivo. “É quando um laboratório consente em usar o remédio para outra definição, o pesquisador acha que vai dar certo e o paciente e seus familiares permitem que isso seja feito. Está ocorrendo neste mês de janeiro em alguns hospitais do Estado de São Paulo e também de Minas Gerais. Percebeu-se que isso pode ser uma alternativa e isso está sendo transformado em protocolo de pesquisa”, diz Uip.

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+++ Mulher de 57 anos morre com suspeita de reação à vacina em Jaú

Segundo ele, todas as fases do protocolo clínico voltado para o uso desses medicamentos para casos de febre amarela serão realizadas, como os testes e a análise pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), mas o objetivo é que haja agilidade na pesquisa. “Todas as etapas serão respeitadas.” O estudo será realizado pela Universidade de São Paulo (USP), pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas e por um hospital de Minas.

Até o momento, já foram realizados seis transplantes de fígado em pacientes com a doença e um deles, de Campinas, morreu. “Isso é inusitado, é a primeira vez que se faz no mundo. O Hospital das Clínicas já fez cinco transplantes e a Unicamp fez um. Temos São José do Rio Preto apto a fazer transplantes e outros centros que também farão. Talvez estejamos diante de uma possibilidade de curar a hepatite fulminante (causada) pelo vírus da febre amarela.”

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Depois de dez anos o Brasil voltou a registrar um surto de febre amarela. Veja em um minuto quais os sintomas e tratamentos da doença.

Corredores

O mapeamento dos corredores ecológicos, levando em consideração as áreas de matas existente e em reflorestamento, foi considerada uma medida inédita. “Isso se mostrou correto, porque, quando chegou em Mairiporã, nós já estávamos prevendo chegar a essa região pela pesquisa com os corredores ecológicos. Foi uma descoberta inédita, é um trabalho muito importante que vai ser publicado na Science, uma das revistas mais prestigiadas do mundo, porque é uma descoberta nova em relação a como caminha a febre amarela fora da região endêmica normal dela”, diz Marcos Boulos, coordenador de Controle de Doenças da pasta.

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O estado de São Paulo tenta conter uma onda de pânico diante do aumento do número de casos de febre amarela. Desde dezembro já foram registrados 58 casos da doença, sendo 28 letais.

SÃO PAULO - O aumento de casos de febre amarela no Estado de São Paulo desencadeou uma série de ações para buscar meios de tratar a doença e produzir avanços na identificação de áreas que podem ser atingidas pelo vírus. Depois dos transplantes de fígado em pessoas que desenvolveram a forma grave da doença, realizados no Hospital das Clínicas e na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pacientes de São Paulo e de Minas Gerais começaram neste mês a receber tratamento com um remédio para hepatite C, técnica que será estudada por pesquisadores dos dois Estados para ver se é possível começar a tratar a doença utilizando medicamentos. A febre amarela não tem tratamento específico.

Imunização.Capital teve corrida aos postos por vacina Foto: Gabriela Biló/Estadão

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“Percebeu-se que o vírus da febre amarela é do mesmo grupo do vírus da hepatite C, que se beneficiou muito com o tratamento. A primeira possibilidade foi avaliar se era possível fazer a mesma coisa com o vírus da febre amarela”, explica o secretário de Estado da Saúde, David Uip.

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Nesta fase inicial, a oferta está sendo feita por meio do uso compassivo. “É quando um laboratório consente em usar o remédio para outra definição, o pesquisador acha que vai dar certo e o paciente e seus familiares permitem que isso seja feito. Está ocorrendo neste mês de janeiro em alguns hospitais do Estado de São Paulo e também de Minas Gerais. Percebeu-se que isso pode ser uma alternativa e isso está sendo transformado em protocolo de pesquisa”, diz Uip.

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Segundo ele, todas as fases do protocolo clínico voltado para o uso desses medicamentos para casos de febre amarela serão realizadas, como os testes e a análise pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), mas o objetivo é que haja agilidade na pesquisa. “Todas as etapas serão respeitadas.” O estudo será realizado pela Universidade de São Paulo (USP), pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas e por um hospital de Minas.

Até o momento, já foram realizados seis transplantes de fígado em pacientes com a doença e um deles, de Campinas, morreu. “Isso é inusitado, é a primeira vez que se faz no mundo. O Hospital das Clínicas já fez cinco transplantes e a Unicamp fez um. Temos São José do Rio Preto apto a fazer transplantes e outros centros que também farão. Talvez estejamos diante de uma possibilidade de curar a hepatite fulminante (causada) pelo vírus da febre amarela.”

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Corredores

O mapeamento dos corredores ecológicos, levando em consideração as áreas de matas existente e em reflorestamento, foi considerada uma medida inédita. “Isso se mostrou correto, porque, quando chegou em Mairiporã, nós já estávamos prevendo chegar a essa região pela pesquisa com os corredores ecológicos. Foi uma descoberta inédita, é um trabalho muito importante que vai ser publicado na Science, uma das revistas mais prestigiadas do mundo, porque é uma descoberta nova em relação a como caminha a febre amarela fora da região endêmica normal dela”, diz Marcos Boulos, coordenador de Controle de Doenças da pasta.

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Nesta fase inicial, a oferta está sendo feita por meio do uso compassivo. “É quando um laboratório consente em usar o remédio para outra definição, o pesquisador acha que vai dar certo e o paciente e seus familiares permitem que isso seja feito. Está ocorrendo neste mês de janeiro em alguns hospitais do Estado de São Paulo e também de Minas Gerais. Percebeu-se que isso pode ser uma alternativa e isso está sendo transformado em protocolo de pesquisa”, diz Uip.

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Segundo ele, todas as fases do protocolo clínico voltado para o uso desses medicamentos para casos de febre amarela serão realizadas, como os testes e a análise pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), mas o objetivo é que haja agilidade na pesquisa. “Todas as etapas serão respeitadas.” O estudo será realizado pela Universidade de São Paulo (USP), pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas e por um hospital de Minas.

Até o momento, já foram realizados seis transplantes de fígado em pacientes com a doença e um deles, de Campinas, morreu. “Isso é inusitado, é a primeira vez que se faz no mundo. O Hospital das Clínicas já fez cinco transplantes e a Unicamp fez um. Temos São José do Rio Preto apto a fazer transplantes e outros centros que também farão. Talvez estejamos diante de uma possibilidade de curar a hepatite fulminante (causada) pelo vírus da febre amarela.”

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Depois de dez anos o Brasil voltou a registrar um surto de febre amarela. Veja em um minuto quais os sintomas e tratamentos da doença.

Corredores

O mapeamento dos corredores ecológicos, levando em consideração as áreas de matas existente e em reflorestamento, foi considerada uma medida inédita. “Isso se mostrou correto, porque, quando chegou em Mairiporã, nós já estávamos prevendo chegar a essa região pela pesquisa com os corredores ecológicos. Foi uma descoberta inédita, é um trabalho muito importante que vai ser publicado na Science, uma das revistas mais prestigiadas do mundo, porque é uma descoberta nova em relação a como caminha a febre amarela fora da região endêmica normal dela”, diz Marcos Boulos, coordenador de Controle de Doenças da pasta.

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