O que é a demência frontotemporal que afeta Maurício Kubrusly? Entenda


Condição é rara e atinge principalmente as funções cognitivas e comportamentais; trata-se do mesmo problema diagnosticado no ator americano Bruce Willis

Por Roberta Jansen
Atualização:

Maurício Kubrusly recebeu uma homenagem no Fantástico deste domingo, 1. Ele foi descrito como um “grande jornalista” que teria mudado a forma de cobrir cultura no Brasil. O pretexto para a matéria foi o lançamento do documentário Kubrusly: Mistério Sempre Há de Pintar Por Aí (leia a crítica aqui).

O jornalista foi diagnosticado com demência frontotemporal (DFT). É uma condição progressiva e degenerativa que atinge principalmente as funções cognitivas e comportamentais e afeta as regiões frontais e temporais do cérebro - áreas diferentes daquelas afetadas pelo Alzheimer, por exemplo.

A DFT é causada pela degeneração das células nervosas nessas áreas do cérebro, levando a uma deterioração das funções cognitivas como memória, linguagem, julgamento e tomada de decisão.

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Esse tipo de demência pode levar a mudanças no comportamento, como falta de inibição, perda de empatia e interesse reduzido em atividades sociais. A DFT é relativamente rara em relação a outros casos de demência, como Alzheimer, e ocorre com mais frequência em pessoas com idade inferior a 65 anos. O diagnóstico é feito por meio de avaliação clínica.

Mauricio Kubrusly durante evento no Teatro Alfa, em São Paulo, em 2019 Foto: Iara Morselli/ESTADÃO

“As DFTs são raras, respondem por 1% a 4% dos quadros demenciais, enquanto que o Alzheimer representa de 50% a 60% dos casos”, explicou o neurologista Ivan Okamoto, do Núcleo de Excelência em Memória (Nemo) do Hospital Albert Einstein. “Elas costumam ser mais predominantes entre pessoas mais jovens, com menos de 65 anos; nesta faixa etária respondem por 15% a 20% dos casos.” As DFTs foram descritas inicialmente nos anos 1980.

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Maurício Kubrusly deixou São Paulo e hoje vive no sul da Bahia com a esposa, Beatriz Goulart, e com Shiva, seu simpático cachorro.

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O ator americano Bruce Willis, de 68 anos, também foi diagnosticado com demência frontotemporal. Com a carreira em pausa desde abril do ano passado, o protagonista de Duro de Matar havia recebido inicialmente o diagnóstico de afasia, um distúrbio de linguagem que afeta a capacidade de comunicação. No entanto, segundo seus familiares, a condição progrediu e a busca por respostas mais claras persistiu até a doença neurológica identificada neste ano.

“Pode reparar que, nos últimos filmes, ele não fala quase nada”, afirmou Okamoto. “O tipo de DFT que o atingiu afeta mais a linguagem.”

Existem três tipos principais de demência frontotemporal:

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Variante Comportamental: É o tipo mais comum de demência frontotemporal. Os sintomas incluem mudanças comportamentais e de personalidade, como desinibição, perda de empatia, falta de julgamento, impulsividade e comportamentos compulsivos.

Variante Semântica: Esse tipo de demência afeta a linguagem e a compreensão. Os sintomas incluem dificuldade de encontrar as palavras certas, redução do vocabulário e incapacidade de compreender o significado das palavras.

Progressiva não fluente: Essa forma da demência afeta com mais gravidade a fala e a linguagem. Os sintomas incluem dificuldade de concluir frases, repetição constante de palavras ou frases e dificuldade de compreensão da linguagem.

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Segundo Okamoto, o diagnóstico da doença é feito clinicamente.

“Como se trata de um problema menos incidente entre os quadros demenciais há pouco investimento”, contou o especialista. “Mas é importante fazer o diagnóstico diferencial do Alzheimer porque alguns remédios usados nos casos de Alzheimer podem piorar sintomas das DFTs.”

Não há tratamento para o problema. Os médicos costumam indicar remédios para alguns dos sintomas, como compulsão ou depressão, por exemplo.

Maurício Kubrusly recebeu uma homenagem no Fantástico deste domingo, 1. Ele foi descrito como um “grande jornalista” que teria mudado a forma de cobrir cultura no Brasil. O pretexto para a matéria foi o lançamento do documentário Kubrusly: Mistério Sempre Há de Pintar Por Aí (leia a crítica aqui).

O jornalista foi diagnosticado com demência frontotemporal (DFT). É uma condição progressiva e degenerativa que atinge principalmente as funções cognitivas e comportamentais e afeta as regiões frontais e temporais do cérebro - áreas diferentes daquelas afetadas pelo Alzheimer, por exemplo.

A DFT é causada pela degeneração das células nervosas nessas áreas do cérebro, levando a uma deterioração das funções cognitivas como memória, linguagem, julgamento e tomada de decisão.

Esse tipo de demência pode levar a mudanças no comportamento, como falta de inibição, perda de empatia e interesse reduzido em atividades sociais. A DFT é relativamente rara em relação a outros casos de demência, como Alzheimer, e ocorre com mais frequência em pessoas com idade inferior a 65 anos. O diagnóstico é feito por meio de avaliação clínica.

Mauricio Kubrusly durante evento no Teatro Alfa, em São Paulo, em 2019 Foto: Iara Morselli/ESTADÃO

“As DFTs são raras, respondem por 1% a 4% dos quadros demenciais, enquanto que o Alzheimer representa de 50% a 60% dos casos”, explicou o neurologista Ivan Okamoto, do Núcleo de Excelência em Memória (Nemo) do Hospital Albert Einstein. “Elas costumam ser mais predominantes entre pessoas mais jovens, com menos de 65 anos; nesta faixa etária respondem por 15% a 20% dos casos.” As DFTs foram descritas inicialmente nos anos 1980.

Maurício Kubrusly deixou São Paulo e hoje vive no sul da Bahia com a esposa, Beatriz Goulart, e com Shiva, seu simpático cachorro.

O ator americano Bruce Willis, de 68 anos, também foi diagnosticado com demência frontotemporal. Com a carreira em pausa desde abril do ano passado, o protagonista de Duro de Matar havia recebido inicialmente o diagnóstico de afasia, um distúrbio de linguagem que afeta a capacidade de comunicação. No entanto, segundo seus familiares, a condição progrediu e a busca por respostas mais claras persistiu até a doença neurológica identificada neste ano.

“Pode reparar que, nos últimos filmes, ele não fala quase nada”, afirmou Okamoto. “O tipo de DFT que o atingiu afeta mais a linguagem.”

Existem três tipos principais de demência frontotemporal:

Variante Comportamental: É o tipo mais comum de demência frontotemporal. Os sintomas incluem mudanças comportamentais e de personalidade, como desinibição, perda de empatia, falta de julgamento, impulsividade e comportamentos compulsivos.

Variante Semântica: Esse tipo de demência afeta a linguagem e a compreensão. Os sintomas incluem dificuldade de encontrar as palavras certas, redução do vocabulário e incapacidade de compreender o significado das palavras.

Progressiva não fluente: Essa forma da demência afeta com mais gravidade a fala e a linguagem. Os sintomas incluem dificuldade de concluir frases, repetição constante de palavras ou frases e dificuldade de compreensão da linguagem.

Segundo Okamoto, o diagnóstico da doença é feito clinicamente.

“Como se trata de um problema menos incidente entre os quadros demenciais há pouco investimento”, contou o especialista. “Mas é importante fazer o diagnóstico diferencial do Alzheimer porque alguns remédios usados nos casos de Alzheimer podem piorar sintomas das DFTs.”

Não há tratamento para o problema. Os médicos costumam indicar remédios para alguns dos sintomas, como compulsão ou depressão, por exemplo.

Maurício Kubrusly recebeu uma homenagem no Fantástico deste domingo, 1. Ele foi descrito como um “grande jornalista” que teria mudado a forma de cobrir cultura no Brasil. O pretexto para a matéria foi o lançamento do documentário Kubrusly: Mistério Sempre Há de Pintar Por Aí (leia a crítica aqui).

O jornalista foi diagnosticado com demência frontotemporal (DFT). É uma condição progressiva e degenerativa que atinge principalmente as funções cognitivas e comportamentais e afeta as regiões frontais e temporais do cérebro - áreas diferentes daquelas afetadas pelo Alzheimer, por exemplo.

A DFT é causada pela degeneração das células nervosas nessas áreas do cérebro, levando a uma deterioração das funções cognitivas como memória, linguagem, julgamento e tomada de decisão.

Esse tipo de demência pode levar a mudanças no comportamento, como falta de inibição, perda de empatia e interesse reduzido em atividades sociais. A DFT é relativamente rara em relação a outros casos de demência, como Alzheimer, e ocorre com mais frequência em pessoas com idade inferior a 65 anos. O diagnóstico é feito por meio de avaliação clínica.

Mauricio Kubrusly durante evento no Teatro Alfa, em São Paulo, em 2019 Foto: Iara Morselli/ESTADÃO

“As DFTs são raras, respondem por 1% a 4% dos quadros demenciais, enquanto que o Alzheimer representa de 50% a 60% dos casos”, explicou o neurologista Ivan Okamoto, do Núcleo de Excelência em Memória (Nemo) do Hospital Albert Einstein. “Elas costumam ser mais predominantes entre pessoas mais jovens, com menos de 65 anos; nesta faixa etária respondem por 15% a 20% dos casos.” As DFTs foram descritas inicialmente nos anos 1980.

Maurício Kubrusly deixou São Paulo e hoje vive no sul da Bahia com a esposa, Beatriz Goulart, e com Shiva, seu simpático cachorro.

O ator americano Bruce Willis, de 68 anos, também foi diagnosticado com demência frontotemporal. Com a carreira em pausa desde abril do ano passado, o protagonista de Duro de Matar havia recebido inicialmente o diagnóstico de afasia, um distúrbio de linguagem que afeta a capacidade de comunicação. No entanto, segundo seus familiares, a condição progrediu e a busca por respostas mais claras persistiu até a doença neurológica identificada neste ano.

“Pode reparar que, nos últimos filmes, ele não fala quase nada”, afirmou Okamoto. “O tipo de DFT que o atingiu afeta mais a linguagem.”

Existem três tipos principais de demência frontotemporal:

Variante Comportamental: É o tipo mais comum de demência frontotemporal. Os sintomas incluem mudanças comportamentais e de personalidade, como desinibição, perda de empatia, falta de julgamento, impulsividade e comportamentos compulsivos.

Variante Semântica: Esse tipo de demência afeta a linguagem e a compreensão. Os sintomas incluem dificuldade de encontrar as palavras certas, redução do vocabulário e incapacidade de compreender o significado das palavras.

Progressiva não fluente: Essa forma da demência afeta com mais gravidade a fala e a linguagem. Os sintomas incluem dificuldade de concluir frases, repetição constante de palavras ou frases e dificuldade de compreensão da linguagem.

Segundo Okamoto, o diagnóstico da doença é feito clinicamente.

“Como se trata de um problema menos incidente entre os quadros demenciais há pouco investimento”, contou o especialista. “Mas é importante fazer o diagnóstico diferencial do Alzheimer porque alguns remédios usados nos casos de Alzheimer podem piorar sintomas das DFTs.”

Não há tratamento para o problema. Os médicos costumam indicar remédios para alguns dos sintomas, como compulsão ou depressão, por exemplo.

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