OMS estuda validade de vacina fracionada para a febre amarela


Órgão ainda considera 1 ano de imunização em dose atenuada; Brasil aponta 8 anos com base em estudo com militares

Por Jamil Chade

GENEBRA - Pesquisadores da Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda tentam determinar qual o período de validade da vacina fracionada para a febre amarela. O Estado apurou que a entidade acompanha de perto campanhas em dois países africanos para determinar o prazo para que a população volte a ser vacinada. Por enquanto, usa como padrão que a dose fracionada tem validade de um ano. 

São Paulo.Vacina padrão causa longas filas; dose fracionada será distribuída em fevereiro Foto: Juca Rodrigues/Fotoarena

+++ Entidade internacional alerta para alta da febre amarela no Brasil

continua após a publicidade

No Brasil, o governo anunciou que começará com a campanha de vacinação em São Paulo, Minas Gerais e Bahia a partir de fevereiro - com doses fracionadas. Segundo o cientista Alejandro Costa, da Iniciativa para a Pesquisa de Vacinas da OMS, o governo brasileiro afirma ter evidências da validade desse imunizante por oito anos. 

+++ Chega a 3 o número de mortos por febre amarela no Estado do Rio

Em 2016, a OMS foi obrigada a destinar milhões de doses de um estoque internacional para Angola e República Democrática do Congo, na África, ambos sob o surto da doença. Segundo Costa, a opção naquele momento foi por fracionar a vacina. 

continua após a publicidade

+++ SP recebe nesta terça mais 500 mil vacinas contra febre amarela

Para ele, que esteve em reuniões com o Ministério da Saúde no mês passado, o fracionamento é uma solução real a ser considerada também no caso brasileiro. “É uma questão de emergência. Reconhecemos como uma solução prática e efetiva”, disse. “O que ainda não se sabe é o prazo pelo qual a vacina garante a proteção”, afirmou Costa. “Estudos mostravam proteção de um ano. No Brasil, eles têm evidências de que essa proteção é de oito anos.” 

Febre amarela: população encara longas filas nos postos de saúde para se vacinar

1 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
2 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
3 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
4 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
5 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
6 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
7 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Rafael Arbex/Estadão
8 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Rafael Arbex/Estadão
9 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Rafael Arbex/Estadão
10 | 13

Imunização em São João de Meriti

Foto: Fábio Motta/Estadão
11 | 13

Imunização em São João de Meriti

Foto: Fábio Motta/Estadão
12 | 13

Imunização em São João de Meriti

Foto: Fábio Motta/Estadão
13 | 13

Imunização em São João de Meriti

Foto: Fábio Motta/Estadão
continua após a publicidade

Costa relata que, no ano passado, a OMS voltou à República Democrática do Congo para testar as pessoas vacinadas no surto de 2016 e constatou que a dose tem tido validade acima do prazo padrão da entidade. “O governo congolês quer saber quando deve voltar a vacinar e é isso que estamos acompanhando agora para determinar.” Ele aponta que, enquanto esse acompanhamento não estiver concluído, o estoque mundial coordenado pela OMS continuará a considerar o fracionamento válido para um ano. 

Questionado, o Ministério da Saúde do Brasil afirmou que “reitera a segurança e eficácia” do fracionamento. Para definir a validade de oito anos para a dose fracionada, usou como base estudo realizado no laboratório Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz com 319 militares vacinados dessa forma em 2009. “Oito anos depois, 85,3% dos militares ainda tinham anticorpos contra a doença.”

Seu navegador não suporta esse video.

Depois de dez anos o Brasil voltou a registrar um surto de febre amarela. Veja em um minuto quais os sintomas e tratamentos da doença.

continua após a publicidade

Fornecimento

Para a comunidade internacional, a intensificação das campanhas de vacinação no Brasil a partir de 2017 significou um corte no fornecimento de doses da Bio-Manguinhos. “O governo priorizou a vacinação no Brasil”, confirmou Costa. 

Ele explicou que, quando o estoque global foi criado, em 2014, a OMS optou por não fechar acordo com a Bio-Manguinhos, julgando que não havia garantia de fornecimento. A aposta agora é de que a alta na produção brasileira seja sustentável. / COLABOROU FABIANA CAMBRICOLI 

continua após a publicidade

GENEBRA - Pesquisadores da Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda tentam determinar qual o período de validade da vacina fracionada para a febre amarela. O Estado apurou que a entidade acompanha de perto campanhas em dois países africanos para determinar o prazo para que a população volte a ser vacinada. Por enquanto, usa como padrão que a dose fracionada tem validade de um ano. 

São Paulo.Vacina padrão causa longas filas; dose fracionada será distribuída em fevereiro Foto: Juca Rodrigues/Fotoarena

+++ Entidade internacional alerta para alta da febre amarela no Brasil

No Brasil, o governo anunciou que começará com a campanha de vacinação em São Paulo, Minas Gerais e Bahia a partir de fevereiro - com doses fracionadas. Segundo o cientista Alejandro Costa, da Iniciativa para a Pesquisa de Vacinas da OMS, o governo brasileiro afirma ter evidências da validade desse imunizante por oito anos. 

+++ Chega a 3 o número de mortos por febre amarela no Estado do Rio

Em 2016, a OMS foi obrigada a destinar milhões de doses de um estoque internacional para Angola e República Democrática do Congo, na África, ambos sob o surto da doença. Segundo Costa, a opção naquele momento foi por fracionar a vacina. 

+++ SP recebe nesta terça mais 500 mil vacinas contra febre amarela

Para ele, que esteve em reuniões com o Ministério da Saúde no mês passado, o fracionamento é uma solução real a ser considerada também no caso brasileiro. “É uma questão de emergência. Reconhecemos como uma solução prática e efetiva”, disse. “O que ainda não se sabe é o prazo pelo qual a vacina garante a proteção”, afirmou Costa. “Estudos mostravam proteção de um ano. No Brasil, eles têm evidências de que essa proteção é de oito anos.” 

Febre amarela: população encara longas filas nos postos de saúde para se vacinar

1 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
2 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
3 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
4 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
5 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
6 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
7 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Rafael Arbex/Estadão
8 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Rafael Arbex/Estadão
9 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Rafael Arbex/Estadão
10 | 13

Imunização em São João de Meriti

Foto: Fábio Motta/Estadão
11 | 13

Imunização em São João de Meriti

Foto: Fábio Motta/Estadão
12 | 13

Imunização em São João de Meriti

Foto: Fábio Motta/Estadão
13 | 13

Imunização em São João de Meriti

Foto: Fábio Motta/Estadão

Costa relata que, no ano passado, a OMS voltou à República Democrática do Congo para testar as pessoas vacinadas no surto de 2016 e constatou que a dose tem tido validade acima do prazo padrão da entidade. “O governo congolês quer saber quando deve voltar a vacinar e é isso que estamos acompanhando agora para determinar.” Ele aponta que, enquanto esse acompanhamento não estiver concluído, o estoque mundial coordenado pela OMS continuará a considerar o fracionamento válido para um ano. 

Questionado, o Ministério da Saúde do Brasil afirmou que “reitera a segurança e eficácia” do fracionamento. Para definir a validade de oito anos para a dose fracionada, usou como base estudo realizado no laboratório Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz com 319 militares vacinados dessa forma em 2009. “Oito anos depois, 85,3% dos militares ainda tinham anticorpos contra a doença.”

Seu navegador não suporta esse video.

Depois de dez anos o Brasil voltou a registrar um surto de febre amarela. Veja em um minuto quais os sintomas e tratamentos da doença.

Fornecimento

Para a comunidade internacional, a intensificação das campanhas de vacinação no Brasil a partir de 2017 significou um corte no fornecimento de doses da Bio-Manguinhos. “O governo priorizou a vacinação no Brasil”, confirmou Costa. 

Ele explicou que, quando o estoque global foi criado, em 2014, a OMS optou por não fechar acordo com a Bio-Manguinhos, julgando que não havia garantia de fornecimento. A aposta agora é de que a alta na produção brasileira seja sustentável. / COLABOROU FABIANA CAMBRICOLI 

GENEBRA - Pesquisadores da Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda tentam determinar qual o período de validade da vacina fracionada para a febre amarela. O Estado apurou que a entidade acompanha de perto campanhas em dois países africanos para determinar o prazo para que a população volte a ser vacinada. Por enquanto, usa como padrão que a dose fracionada tem validade de um ano. 

São Paulo.Vacina padrão causa longas filas; dose fracionada será distribuída em fevereiro Foto: Juca Rodrigues/Fotoarena

+++ Entidade internacional alerta para alta da febre amarela no Brasil

No Brasil, o governo anunciou que começará com a campanha de vacinação em São Paulo, Minas Gerais e Bahia a partir de fevereiro - com doses fracionadas. Segundo o cientista Alejandro Costa, da Iniciativa para a Pesquisa de Vacinas da OMS, o governo brasileiro afirma ter evidências da validade desse imunizante por oito anos. 

+++ Chega a 3 o número de mortos por febre amarela no Estado do Rio

Em 2016, a OMS foi obrigada a destinar milhões de doses de um estoque internacional para Angola e República Democrática do Congo, na África, ambos sob o surto da doença. Segundo Costa, a opção naquele momento foi por fracionar a vacina. 

+++ SP recebe nesta terça mais 500 mil vacinas contra febre amarela

Para ele, que esteve em reuniões com o Ministério da Saúde no mês passado, o fracionamento é uma solução real a ser considerada também no caso brasileiro. “É uma questão de emergência. Reconhecemos como uma solução prática e efetiva”, disse. “O que ainda não se sabe é o prazo pelo qual a vacina garante a proteção”, afirmou Costa. “Estudos mostravam proteção de um ano. No Brasil, eles têm evidências de que essa proteção é de oito anos.” 

Febre amarela: população encara longas filas nos postos de saúde para se vacinar

1 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
2 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
3 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
4 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
5 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
6 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
7 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Rafael Arbex/Estadão
8 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Rafael Arbex/Estadão
9 | 13

Imunização em São Paulo

Foto: Rafael Arbex/Estadão
10 | 13

Imunização em São João de Meriti

Foto: Fábio Motta/Estadão
11 | 13

Imunização em São João de Meriti

Foto: Fábio Motta/Estadão
12 | 13

Imunização em São João de Meriti

Foto: Fábio Motta/Estadão
13 | 13

Imunização em São João de Meriti

Foto: Fábio Motta/Estadão

Costa relata que, no ano passado, a OMS voltou à República Democrática do Congo para testar as pessoas vacinadas no surto de 2016 e constatou que a dose tem tido validade acima do prazo padrão da entidade. “O governo congolês quer saber quando deve voltar a vacinar e é isso que estamos acompanhando agora para determinar.” Ele aponta que, enquanto esse acompanhamento não estiver concluído, o estoque mundial coordenado pela OMS continuará a considerar o fracionamento válido para um ano. 

Questionado, o Ministério da Saúde do Brasil afirmou que “reitera a segurança e eficácia” do fracionamento. Para definir a validade de oito anos para a dose fracionada, usou como base estudo realizado no laboratório Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz com 319 militares vacinados dessa forma em 2009. “Oito anos depois, 85,3% dos militares ainda tinham anticorpos contra a doença.”

Seu navegador não suporta esse video.

Depois de dez anos o Brasil voltou a registrar um surto de febre amarela. Veja em um minuto quais os sintomas e tratamentos da doença.

Fornecimento

Para a comunidade internacional, a intensificação das campanhas de vacinação no Brasil a partir de 2017 significou um corte no fornecimento de doses da Bio-Manguinhos. “O governo priorizou a vacinação no Brasil”, confirmou Costa. 

Ele explicou que, quando o estoque global foi criado, em 2014, a OMS optou por não fechar acordo com a Bio-Manguinhos, julgando que não havia garantia de fornecimento. A aposta agora é de que a alta na produção brasileira seja sustentável. / COLABOROU FABIANA CAMBRICOLI 

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.