OMS recomenda a brasileiras considerar adiar gravidez


Após visita a locais com surto de zika, estrangeiras com sintomas devem esperar pelo menos seis meses para gestação e sem, dois

Por Jamil Chade

GENEBRA - A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que casais que vivem em locais com o surto do vírus zika adiem ou pelo menos considerem adiar uma gravidez. Para os estrangeiros ou mesmo pessoais locais que apresentaram algum sintoma, a sugestão publicada nesta terça-feira, 31, pela entidade é de que esperem pelo menos seis meses para iniciar uma gravidez. 

Essa é a primeira vez que a OMS publica de forma clara um prazo para o início da gestação diante do problema de saúde causado pelo vírus. Para estrangeiros que visitam locais com surtos e que não têm sintomas, a recomendação pede pelo menos 2 meses de espera até que uma gravidez seja iniciada. 

Dicas para evitar o mosquito 'Aedes aegypti'

1 | 7

'Aedes aegypti'

Foto: James Gathany/CDC/AP
2 | 7

Lixo

Foto: Daniel Teixeira/Estadão
3 | 7

Piscinas

Foto: Daniel Teixeira/Estadão
4 | 7

Pneus

Foto: Fábio Motta/Estadão
5 | 7

Vasos

Foto: Epitácio Pessoa/Estadão
6 | 7

Garrafas

Foto: HÉLVIO ROMERO/AE
7 | 7

Caixa d'água

Foto: Paulo Liebert/Estadão
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A sugestão está sendo publicada depois que novos estudos realizados pela entidade e cientistas apontarem que o vírus tem um período maior de permanência no sêmen, além do que se previa. Alguns estudos chegaram a indicar que a carga do vírus em um sêmen é 100 mil vezes maior do que no sangue e que ele pode permanecer ativo por 14 dias.

"Nossa sugestão é de que pessoas em locais com surto adiem ou considerem adiar uma gravidez", disse Christian Lindmeier, porta-voz da OMS. Para ele, mulheres nesses países devem ter acesso a informação e medidas de prevenção, como preservativos. 

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A Organização Mundial da Saúde anunciou novas recomendações contra o zika nesta terça-feira e orientou que as pessoas que passar por áreas afetadas pelo vírus devem se abster de sexo ou proteger-se durante 'pelo menos oito semanas', e não apenas quatro.

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Em casos de estrangeiros que visitam o Brasil e tenham sintomas como febre e conjuntivite, a sugestão é de que a espera seja de seis meses. "Isso é uma forma de garantir que o vírus deixe o corpo", apontou Lindmeier. "Decidimos rever nossas recomendações, diante das novas informações que temos sobre o vírus."

Outra mudança se refere também a casais que tenham estado no Brasil, mesmo sem dar sinais de sintomas. "Essas pessoas devem esperar oito semanas ao voltar de locais afetados", indicou. Antes, a recomendação falava em quatro semanas.

O mosquito 'Aedes aegypti' transmite dengue, zika e chikungunya Foto: Felipe Dana/AP Photo
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O problema maior se refere aos brasileiros, principalmente em locais com o surto. Se um estrangeiro pode contar de forma mais clara os dois meses a partir do momento em que esteve em uma cidade com zika, para um morador do local afetado essa conta não tem uma data para começar.

A OMS também aponta para estudos que indicaram a presença do vírus na urina e na saliva. Mas afirma que os resultados ainda não são conclusivos. "Mais estudos são necessários", disse o porta-voz.

A organização, porém, insiste que a recomendação não significa que irá mudar a forma pela qual avalia o risco dos Jogos Olímpicos no Rio. Para a entidade, cancelar o evento não terá um impacto em impedir a proliferação da doença. A cada ano, 10 milhões de pessoas entram e saem do Brasil.

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Reportagem acompanha o trabalho de pesquisadores em Sergipe, onde permanece um mistério: O Estado tem um grande número de casos de microcefalia, mas nenhum caso confirmado de infecção por zika vírus. Cientistas querem entender porquê

GENEBRA - A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que casais que vivem em locais com o surto do vírus zika adiem ou pelo menos considerem adiar uma gravidez. Para os estrangeiros ou mesmo pessoais locais que apresentaram algum sintoma, a sugestão publicada nesta terça-feira, 31, pela entidade é de que esperem pelo menos seis meses para iniciar uma gravidez. 

Essa é a primeira vez que a OMS publica de forma clara um prazo para o início da gestação diante do problema de saúde causado pelo vírus. Para estrangeiros que visitam locais com surtos e que não têm sintomas, a recomendação pede pelo menos 2 meses de espera até que uma gravidez seja iniciada. 

Dicas para evitar o mosquito 'Aedes aegypti'

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'Aedes aegypti'

Foto: James Gathany/CDC/AP
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Foto: Daniel Teixeira/Estadão
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Foto: Daniel Teixeira/Estadão
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Foto: Fábio Motta/Estadão
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Vasos

Foto: Epitácio Pessoa/Estadão
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Foto: HÉLVIO ROMERO/AE
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Caixa d'água

Foto: Paulo Liebert/Estadão

A sugestão está sendo publicada depois que novos estudos realizados pela entidade e cientistas apontarem que o vírus tem um período maior de permanência no sêmen, além do que se previa. Alguns estudos chegaram a indicar que a carga do vírus em um sêmen é 100 mil vezes maior do que no sangue e que ele pode permanecer ativo por 14 dias.

"Nossa sugestão é de que pessoas em locais com surto adiem ou considerem adiar uma gravidez", disse Christian Lindmeier, porta-voz da OMS. Para ele, mulheres nesses países devem ter acesso a informação e medidas de prevenção, como preservativos. 

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A Organização Mundial da Saúde anunciou novas recomendações contra o zika nesta terça-feira e orientou que as pessoas que passar por áreas afetadas pelo vírus devem se abster de sexo ou proteger-se durante 'pelo menos oito semanas', e não apenas quatro.

Em casos de estrangeiros que visitam o Brasil e tenham sintomas como febre e conjuntivite, a sugestão é de que a espera seja de seis meses. "Isso é uma forma de garantir que o vírus deixe o corpo", apontou Lindmeier. "Decidimos rever nossas recomendações, diante das novas informações que temos sobre o vírus."

Outra mudança se refere também a casais que tenham estado no Brasil, mesmo sem dar sinais de sintomas. "Essas pessoas devem esperar oito semanas ao voltar de locais afetados", indicou. Antes, a recomendação falava em quatro semanas.

O mosquito 'Aedes aegypti' transmite dengue, zika e chikungunya Foto: Felipe Dana/AP Photo

O problema maior se refere aos brasileiros, principalmente em locais com o surto. Se um estrangeiro pode contar de forma mais clara os dois meses a partir do momento em que esteve em uma cidade com zika, para um morador do local afetado essa conta não tem uma data para começar.

A OMS também aponta para estudos que indicaram a presença do vírus na urina e na saliva. Mas afirma que os resultados ainda não são conclusivos. "Mais estudos são necessários", disse o porta-voz.

A organização, porém, insiste que a recomendação não significa que irá mudar a forma pela qual avalia o risco dos Jogos Olímpicos no Rio. Para a entidade, cancelar o evento não terá um impacto em impedir a proliferação da doença. A cada ano, 10 milhões de pessoas entram e saem do Brasil.

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Reportagem acompanha o trabalho de pesquisadores em Sergipe, onde permanece um mistério: O Estado tem um grande número de casos de microcefalia, mas nenhum caso confirmado de infecção por zika vírus. Cientistas querem entender porquê

GENEBRA - A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que casais que vivem em locais com o surto do vírus zika adiem ou pelo menos considerem adiar uma gravidez. Para os estrangeiros ou mesmo pessoais locais que apresentaram algum sintoma, a sugestão publicada nesta terça-feira, 31, pela entidade é de que esperem pelo menos seis meses para iniciar uma gravidez. 

Essa é a primeira vez que a OMS publica de forma clara um prazo para o início da gestação diante do problema de saúde causado pelo vírus. Para estrangeiros que visitam locais com surtos e que não têm sintomas, a recomendação pede pelo menos 2 meses de espera até que uma gravidez seja iniciada. 

Dicas para evitar o mosquito 'Aedes aegypti'

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'Aedes aegypti'

Foto: James Gathany/CDC/AP
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Foto: Daniel Teixeira/Estadão
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Foto: Daniel Teixeira/Estadão
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Foto: Fábio Motta/Estadão
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Foto: Epitácio Pessoa/Estadão
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Foto: HÉLVIO ROMERO/AE
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Caixa d'água

Foto: Paulo Liebert/Estadão

A sugestão está sendo publicada depois que novos estudos realizados pela entidade e cientistas apontarem que o vírus tem um período maior de permanência no sêmen, além do que se previa. Alguns estudos chegaram a indicar que a carga do vírus em um sêmen é 100 mil vezes maior do que no sangue e que ele pode permanecer ativo por 14 dias.

"Nossa sugestão é de que pessoas em locais com surto adiem ou considerem adiar uma gravidez", disse Christian Lindmeier, porta-voz da OMS. Para ele, mulheres nesses países devem ter acesso a informação e medidas de prevenção, como preservativos. 

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A Organização Mundial da Saúde anunciou novas recomendações contra o zika nesta terça-feira e orientou que as pessoas que passar por áreas afetadas pelo vírus devem se abster de sexo ou proteger-se durante 'pelo menos oito semanas', e não apenas quatro.

Em casos de estrangeiros que visitam o Brasil e tenham sintomas como febre e conjuntivite, a sugestão é de que a espera seja de seis meses. "Isso é uma forma de garantir que o vírus deixe o corpo", apontou Lindmeier. "Decidimos rever nossas recomendações, diante das novas informações que temos sobre o vírus."

Outra mudança se refere também a casais que tenham estado no Brasil, mesmo sem dar sinais de sintomas. "Essas pessoas devem esperar oito semanas ao voltar de locais afetados", indicou. Antes, a recomendação falava em quatro semanas.

O mosquito 'Aedes aegypti' transmite dengue, zika e chikungunya Foto: Felipe Dana/AP Photo

O problema maior se refere aos brasileiros, principalmente em locais com o surto. Se um estrangeiro pode contar de forma mais clara os dois meses a partir do momento em que esteve em uma cidade com zika, para um morador do local afetado essa conta não tem uma data para começar.

A OMS também aponta para estudos que indicaram a presença do vírus na urina e na saliva. Mas afirma que os resultados ainda não são conclusivos. "Mais estudos são necessários", disse o porta-voz.

A organização, porém, insiste que a recomendação não significa que irá mudar a forma pela qual avalia o risco dos Jogos Olímpicos no Rio. Para a entidade, cancelar o evento não terá um impacto em impedir a proliferação da doença. A cada ano, 10 milhões de pessoas entram e saem do Brasil.

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Reportagem acompanha o trabalho de pesquisadores em Sergipe, onde permanece um mistério: O Estado tem um grande número de casos de microcefalia, mas nenhum caso confirmado de infecção por zika vírus. Cientistas querem entender porquê

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