ONG desenvolve novo método de monitoramento do 'Aedes aegypti'


Projeto piloto da WWF em Rio Branco, no Acre, usa armadilhas de garrafas PET e aplicativo para contar ovos com a ajuda da população

Por Fabio de Castro

SÃO PAULO - A dificuldade para monitorar as populações do mosquito Aedes aegypti tem sido um obstáculo para o combate eficaz a doenças como zika, dengue e chikungunya. Em Rio Branco, capital do Acre, um novo projeto, ainda em fase experimental, tentará superar o problema contando com a ajuda da população, aliada a uma tecnologia de baixo custo.

Tutorial disponívelno site da Aetrappensina como fazer uma armadilha por meio de garrafas PET comuns Foto: Aetrapp

Lançado pela Organização Não Governamental (ONG) WWF-Brasil, o projeto piloto começou a ser implantado há uma semana, de acordo com Marcelo Oliveira, especialista em conservação do Programa Amazônia, da ONG. 

continua após a publicidade

A ferramenta, de acordo com Oliveira, possibilitará a comparação da presença dos mosquitos em diferentes localidades e a dinâmica populacional nos locais onde for instalada.

Dicas para evitar o mosquito 'Aedes aegypti'

1 | 7

'Aedes aegypti'

Foto: James Gathany/CDC/AP
2 | 7

Lixo

Foto: Daniel Teixeira/Estadão
3 | 7

Piscinas

Foto: Daniel Teixeira/Estadão
4 | 7

Pneus

Foto: Fábio Motta/Estadão
5 | 7

Vasos

Foto: Epitácio Pessoa/Estadão
6 | 7

Garrafas

Foto: HÉLVIO ROMERO/AE
7 | 7

Caixa d'água

Foto: Paulo Liebert/Estadão

"Os resultados da análise desses dados poderão ser usados no planejamento de operações da vigilância e do controle do vetor", disse Oliveira ao Estado

continua após a publicidade

O método baseia-se em a armadilhas extremamente simples, construídas pelos próprios usuários com garrafas PET comuns. Nas garrafas, preenchidas com água, uma paleta de papel padronizada é parcialmente mergulhada, para reter os ovos depositados pelas fêmeas.

Depois de uma semana, os usuários utilizam um aplicativo batizado de Aetrapp para fotografar a paleta. Os dados são enviados pelo aplicativo a um servidor, que utiliza um algoritmo especialmente desenvolvido para contar os ovos. 

Seu navegador não suporta esse video.

Reportagem acompanha o trabalho de pesquisadores em Sergipe, onde permanece um mistério: O Estado tem um grande número de casos de microcefalia, mas nenhum caso confirmado de infecção por zika vírus. Cientistas querem entender porquê

continua após a publicidade

Adaptação. "As armadilhas são uma adaptação das ovitrampas, que são utilizadas pelos agentes de saúde para o monitoramento dos ovos. Mas o problema é que apenas esses agentes são capazes de manipular os dispositivos, limitando muito o alcance do monitoramento", explicou.

Com a metodologia atual, segundo Oliveira, poucos bairros de Rio Branco têm sido monitorados a cada ano. A ideia é que o novo método, se funcionar, seja utilizado em todo o território nacional, após a validação da metodologia.

"Já temos 47 armadilhas instaladas, e o projeto piloto prevê a instalação de 200, no total, em dez diferentes bairros de Rio Branco."

continua após a publicidade

O número de ovos em cada amostra, assim como datas, horários e coordenadas geográficas do local, ficarão disponíveis em um mapa aberto para qualquer pessoa ter acesso, segundo Oliveria.

"Assim, as comunidades e agentes públicos poderão visualizar os focos de transmissão, fazer comparativos de quantidades de mosquitos em diferentes localidades e analisar séries históricas."

SÃO PAULO - A dificuldade para monitorar as populações do mosquito Aedes aegypti tem sido um obstáculo para o combate eficaz a doenças como zika, dengue e chikungunya. Em Rio Branco, capital do Acre, um novo projeto, ainda em fase experimental, tentará superar o problema contando com a ajuda da população, aliada a uma tecnologia de baixo custo.

Tutorial disponívelno site da Aetrappensina como fazer uma armadilha por meio de garrafas PET comuns Foto: Aetrapp

Lançado pela Organização Não Governamental (ONG) WWF-Brasil, o projeto piloto começou a ser implantado há uma semana, de acordo com Marcelo Oliveira, especialista em conservação do Programa Amazônia, da ONG. 

A ferramenta, de acordo com Oliveira, possibilitará a comparação da presença dos mosquitos em diferentes localidades e a dinâmica populacional nos locais onde for instalada.

Dicas para evitar o mosquito 'Aedes aegypti'

1 | 7

'Aedes aegypti'

Foto: James Gathany/CDC/AP
2 | 7

Lixo

Foto: Daniel Teixeira/Estadão
3 | 7

Piscinas

Foto: Daniel Teixeira/Estadão
4 | 7

Pneus

Foto: Fábio Motta/Estadão
5 | 7

Vasos

Foto: Epitácio Pessoa/Estadão
6 | 7

Garrafas

Foto: HÉLVIO ROMERO/AE
7 | 7

Caixa d'água

Foto: Paulo Liebert/Estadão

"Os resultados da análise desses dados poderão ser usados no planejamento de operações da vigilância e do controle do vetor", disse Oliveira ao Estado

O método baseia-se em a armadilhas extremamente simples, construídas pelos próprios usuários com garrafas PET comuns. Nas garrafas, preenchidas com água, uma paleta de papel padronizada é parcialmente mergulhada, para reter os ovos depositados pelas fêmeas.

Depois de uma semana, os usuários utilizam um aplicativo batizado de Aetrapp para fotografar a paleta. Os dados são enviados pelo aplicativo a um servidor, que utiliza um algoritmo especialmente desenvolvido para contar os ovos. 

Seu navegador não suporta esse video.

Reportagem acompanha o trabalho de pesquisadores em Sergipe, onde permanece um mistério: O Estado tem um grande número de casos de microcefalia, mas nenhum caso confirmado de infecção por zika vírus. Cientistas querem entender porquê

Adaptação. "As armadilhas são uma adaptação das ovitrampas, que são utilizadas pelos agentes de saúde para o monitoramento dos ovos. Mas o problema é que apenas esses agentes são capazes de manipular os dispositivos, limitando muito o alcance do monitoramento", explicou.

Com a metodologia atual, segundo Oliveira, poucos bairros de Rio Branco têm sido monitorados a cada ano. A ideia é que o novo método, se funcionar, seja utilizado em todo o território nacional, após a validação da metodologia.

"Já temos 47 armadilhas instaladas, e o projeto piloto prevê a instalação de 200, no total, em dez diferentes bairros de Rio Branco."

O número de ovos em cada amostra, assim como datas, horários e coordenadas geográficas do local, ficarão disponíveis em um mapa aberto para qualquer pessoa ter acesso, segundo Oliveria.

"Assim, as comunidades e agentes públicos poderão visualizar os focos de transmissão, fazer comparativos de quantidades de mosquitos em diferentes localidades e analisar séries históricas."

SÃO PAULO - A dificuldade para monitorar as populações do mosquito Aedes aegypti tem sido um obstáculo para o combate eficaz a doenças como zika, dengue e chikungunya. Em Rio Branco, capital do Acre, um novo projeto, ainda em fase experimental, tentará superar o problema contando com a ajuda da população, aliada a uma tecnologia de baixo custo.

Tutorial disponívelno site da Aetrappensina como fazer uma armadilha por meio de garrafas PET comuns Foto: Aetrapp

Lançado pela Organização Não Governamental (ONG) WWF-Brasil, o projeto piloto começou a ser implantado há uma semana, de acordo com Marcelo Oliveira, especialista em conservação do Programa Amazônia, da ONG. 

A ferramenta, de acordo com Oliveira, possibilitará a comparação da presença dos mosquitos em diferentes localidades e a dinâmica populacional nos locais onde for instalada.

Dicas para evitar o mosquito 'Aedes aegypti'

1 | 7

'Aedes aegypti'

Foto: James Gathany/CDC/AP
2 | 7

Lixo

Foto: Daniel Teixeira/Estadão
3 | 7

Piscinas

Foto: Daniel Teixeira/Estadão
4 | 7

Pneus

Foto: Fábio Motta/Estadão
5 | 7

Vasos

Foto: Epitácio Pessoa/Estadão
6 | 7

Garrafas

Foto: HÉLVIO ROMERO/AE
7 | 7

Caixa d'água

Foto: Paulo Liebert/Estadão

"Os resultados da análise desses dados poderão ser usados no planejamento de operações da vigilância e do controle do vetor", disse Oliveira ao Estado

O método baseia-se em a armadilhas extremamente simples, construídas pelos próprios usuários com garrafas PET comuns. Nas garrafas, preenchidas com água, uma paleta de papel padronizada é parcialmente mergulhada, para reter os ovos depositados pelas fêmeas.

Depois de uma semana, os usuários utilizam um aplicativo batizado de Aetrapp para fotografar a paleta. Os dados são enviados pelo aplicativo a um servidor, que utiliza um algoritmo especialmente desenvolvido para contar os ovos. 

Seu navegador não suporta esse video.

Reportagem acompanha o trabalho de pesquisadores em Sergipe, onde permanece um mistério: O Estado tem um grande número de casos de microcefalia, mas nenhum caso confirmado de infecção por zika vírus. Cientistas querem entender porquê

Adaptação. "As armadilhas são uma adaptação das ovitrampas, que são utilizadas pelos agentes de saúde para o monitoramento dos ovos. Mas o problema é que apenas esses agentes são capazes de manipular os dispositivos, limitando muito o alcance do monitoramento", explicou.

Com a metodologia atual, segundo Oliveira, poucos bairros de Rio Branco têm sido monitorados a cada ano. A ideia é que o novo método, se funcionar, seja utilizado em todo o território nacional, após a validação da metodologia.

"Já temos 47 armadilhas instaladas, e o projeto piloto prevê a instalação de 200, no total, em dez diferentes bairros de Rio Branco."

O número de ovos em cada amostra, assim como datas, horários e coordenadas geográficas do local, ficarão disponíveis em um mapa aberto para qualquer pessoa ter acesso, segundo Oliveria.

"Assim, as comunidades e agentes públicos poderão visualizar os focos de transmissão, fazer comparativos de quantidades de mosquitos em diferentes localidades e analisar séries históricas."

SÃO PAULO - A dificuldade para monitorar as populações do mosquito Aedes aegypti tem sido um obstáculo para o combate eficaz a doenças como zika, dengue e chikungunya. Em Rio Branco, capital do Acre, um novo projeto, ainda em fase experimental, tentará superar o problema contando com a ajuda da população, aliada a uma tecnologia de baixo custo.

Tutorial disponívelno site da Aetrappensina como fazer uma armadilha por meio de garrafas PET comuns Foto: Aetrapp

Lançado pela Organização Não Governamental (ONG) WWF-Brasil, o projeto piloto começou a ser implantado há uma semana, de acordo com Marcelo Oliveira, especialista em conservação do Programa Amazônia, da ONG. 

A ferramenta, de acordo com Oliveira, possibilitará a comparação da presença dos mosquitos em diferentes localidades e a dinâmica populacional nos locais onde for instalada.

Dicas para evitar o mosquito 'Aedes aegypti'

1 | 7

'Aedes aegypti'

Foto: James Gathany/CDC/AP
2 | 7

Lixo

Foto: Daniel Teixeira/Estadão
3 | 7

Piscinas

Foto: Daniel Teixeira/Estadão
4 | 7

Pneus

Foto: Fábio Motta/Estadão
5 | 7

Vasos

Foto: Epitácio Pessoa/Estadão
6 | 7

Garrafas

Foto: HÉLVIO ROMERO/AE
7 | 7

Caixa d'água

Foto: Paulo Liebert/Estadão

"Os resultados da análise desses dados poderão ser usados no planejamento de operações da vigilância e do controle do vetor", disse Oliveira ao Estado

O método baseia-se em a armadilhas extremamente simples, construídas pelos próprios usuários com garrafas PET comuns. Nas garrafas, preenchidas com água, uma paleta de papel padronizada é parcialmente mergulhada, para reter os ovos depositados pelas fêmeas.

Depois de uma semana, os usuários utilizam um aplicativo batizado de Aetrapp para fotografar a paleta. Os dados são enviados pelo aplicativo a um servidor, que utiliza um algoritmo especialmente desenvolvido para contar os ovos. 

Seu navegador não suporta esse video.

Reportagem acompanha o trabalho de pesquisadores em Sergipe, onde permanece um mistério: O Estado tem um grande número de casos de microcefalia, mas nenhum caso confirmado de infecção por zika vírus. Cientistas querem entender porquê

Adaptação. "As armadilhas são uma adaptação das ovitrampas, que são utilizadas pelos agentes de saúde para o monitoramento dos ovos. Mas o problema é que apenas esses agentes são capazes de manipular os dispositivos, limitando muito o alcance do monitoramento", explicou.

Com a metodologia atual, segundo Oliveira, poucos bairros de Rio Branco têm sido monitorados a cada ano. A ideia é que o novo método, se funcionar, seja utilizado em todo o território nacional, após a validação da metodologia.

"Já temos 47 armadilhas instaladas, e o projeto piloto prevê a instalação de 200, no total, em dez diferentes bairros de Rio Branco."

O número de ovos em cada amostra, assim como datas, horários e coordenadas geográficas do local, ficarão disponíveis em um mapa aberto para qualquer pessoa ter acesso, segundo Oliveria.

"Assim, as comunidades e agentes públicos poderão visualizar os focos de transmissão, fazer comparativos de quantidades de mosquitos em diferentes localidades e analisar séries históricas."

Tudo Sobre

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.