Empresas de saúde registram alta de atendimentos médicos devido à piora da qualidade do ar em SP


As queimadas ocorridas em várias regiões repercutem na saúde, aumentando sobretudo a incidência de problemas respiratórios

Por Beatriz Capirazi
Atualização:

Operadoras de planos de saúde e hospitais, incluindo Rede D’Or, Hapvida e Bradesco Saúde, registraram um aumento nos atendimentos médicos em suas redes de hospitais durante estes primeiros dias de setembro em decorrência das queimadas ocorridas em várias regiões do Estado de São Paulo.

Nos últimos dias, nuvem de fumaça e poluição em decorrência das queimadas encobriu a capital paulista. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Segundo a Rede D’Or, dona da SulAmérica, entre os 9 e 13 de setembro, os atendimentos de emergência e consultórios na Região Metropolitana de São Paulo aumentaram cerca de 15% em relação à semana anterior. No mesmo período, a capital paulista atingiu a pior qualidade do ar registrada nos últimos 40 anos, segundo o índice de qualidade de ar divulgado pela empresa suíça IQAir.

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Já a Hapvida NotreDame Intermédica registrou um aumento de 30% em atendimentos de emergências respiratórias, de 1 a 12 de setembro, em comparação ao mês de julho deste ano. Em nota, a companhia afirmou, no entanto, que não é possível afirmar que essas internações estejam diretamente relacionadas às queimadas.

Bradesco Saúde, companhia controlada pelo Bradesco Seguros, que entrou no segmento hospitalar em 2021, também relatou ter visto um aumento de 16,3% nas internações clínicas por problemas respiratórios no País, de 1 de agosto a 12 de setembro de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. Apenas no Estado de São Paulo, o aumento foi de 30,5% no mesmo intervalo.

O País passa pela pior seca em sete décadas. A crise desencadeou incêndios florestais, majoritariamente criminosos segundo o governo, gerou ondas de fumaça, secou rios, dificultou o atendimento a comunidades isoladas e provocou problemas de saúde, especialmente respiratórios.

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No domingo, 15, o Estado de São Paulo registrava 11 municípios com focos de incêndio florestal. Até agora, cinco focos foram controlados, conforme informado pela Defesa Civil. O esforço para conter as chamas envolve o Corpo de Bombeiros e o suporte de 15 aeronaves.

Os focos ativos que recebem suporte aéreo estão localizados em Bananal (Vale do Paraíba), Caconde, Espírito Santo do Pinhal, Mococa, na região de Campinas, Itirapuã (região de Franca) e Castilho (região de Araçatuba).

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Diante da persistência do cenário, a Rede D’or informou ao Broadcast que tem adotado algumas medidas de alerta para a população, como fornecer orientação nas emergências quanto ao tratamento e já está com plano estabelecido de contingência caso aumentem as consultas.

Impacto nos resultados

Analistas de mercado avaliam que ainda é cedo para afirmar que este cenário terá impacto nos resultados do terceiro trimestre das companhias do setor, mas não descartam que haja um aumento da sinistralidade (MLR), indicador considerado um chave para o desempenho operacional das operadoras médico-hospitalares, das companhias e também nos custos, considerando a alta nos atendimentos.

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Os números do terceiro trimestre, no entanto, já são historicamente mais fracos porque os meses de abril a setembro são considerados períodos sazonais, em que o tempo mais frio leva ao aumento de doenças respiratórias, impactando negativamente o resultado financeiro das operadoras em comparação com o primeiro e o último trimestres.

Washington Alves, gerente de Habilitação e Estudos de Mercado da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), já tinha afirmado há algumas semanas que há a expectativa de um recuo no resultado financeiro. Com a chegada do verão, a ANS espera que as companhias retomem os ganhos no quarto trimestre.

Operadoras de planos de saúde e hospitais, incluindo Rede D’Or, Hapvida e Bradesco Saúde, registraram um aumento nos atendimentos médicos em suas redes de hospitais durante estes primeiros dias de setembro em decorrência das queimadas ocorridas em várias regiões do Estado de São Paulo.

Nos últimos dias, nuvem de fumaça e poluição em decorrência das queimadas encobriu a capital paulista. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Segundo a Rede D’Or, dona da SulAmérica, entre os 9 e 13 de setembro, os atendimentos de emergência e consultórios na Região Metropolitana de São Paulo aumentaram cerca de 15% em relação à semana anterior. No mesmo período, a capital paulista atingiu a pior qualidade do ar registrada nos últimos 40 anos, segundo o índice de qualidade de ar divulgado pela empresa suíça IQAir.

Já a Hapvida NotreDame Intermédica registrou um aumento de 30% em atendimentos de emergências respiratórias, de 1 a 12 de setembro, em comparação ao mês de julho deste ano. Em nota, a companhia afirmou, no entanto, que não é possível afirmar que essas internações estejam diretamente relacionadas às queimadas.

Bradesco Saúde, companhia controlada pelo Bradesco Seguros, que entrou no segmento hospitalar em 2021, também relatou ter visto um aumento de 16,3% nas internações clínicas por problemas respiratórios no País, de 1 de agosto a 12 de setembro de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. Apenas no Estado de São Paulo, o aumento foi de 30,5% no mesmo intervalo.

O País passa pela pior seca em sete décadas. A crise desencadeou incêndios florestais, majoritariamente criminosos segundo o governo, gerou ondas de fumaça, secou rios, dificultou o atendimento a comunidades isoladas e provocou problemas de saúde, especialmente respiratórios.

No domingo, 15, o Estado de São Paulo registrava 11 municípios com focos de incêndio florestal. Até agora, cinco focos foram controlados, conforme informado pela Defesa Civil. O esforço para conter as chamas envolve o Corpo de Bombeiros e o suporte de 15 aeronaves.

Os focos ativos que recebem suporte aéreo estão localizados em Bananal (Vale do Paraíba), Caconde, Espírito Santo do Pinhal, Mococa, na região de Campinas, Itirapuã (região de Franca) e Castilho (região de Araçatuba).

Diante da persistência do cenário, a Rede D’or informou ao Broadcast que tem adotado algumas medidas de alerta para a população, como fornecer orientação nas emergências quanto ao tratamento e já está com plano estabelecido de contingência caso aumentem as consultas.

Impacto nos resultados

Analistas de mercado avaliam que ainda é cedo para afirmar que este cenário terá impacto nos resultados do terceiro trimestre das companhias do setor, mas não descartam que haja um aumento da sinistralidade (MLR), indicador considerado um chave para o desempenho operacional das operadoras médico-hospitalares, das companhias e também nos custos, considerando a alta nos atendimentos.

Os números do terceiro trimestre, no entanto, já são historicamente mais fracos porque os meses de abril a setembro são considerados períodos sazonais, em que o tempo mais frio leva ao aumento de doenças respiratórias, impactando negativamente o resultado financeiro das operadoras em comparação com o primeiro e o último trimestres.

Washington Alves, gerente de Habilitação e Estudos de Mercado da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), já tinha afirmado há algumas semanas que há a expectativa de um recuo no resultado financeiro. Com a chegada do verão, a ANS espera que as companhias retomem os ganhos no quarto trimestre.

Operadoras de planos de saúde e hospitais, incluindo Rede D’Or, Hapvida e Bradesco Saúde, registraram um aumento nos atendimentos médicos em suas redes de hospitais durante estes primeiros dias de setembro em decorrência das queimadas ocorridas em várias regiões do Estado de São Paulo.

Nos últimos dias, nuvem de fumaça e poluição em decorrência das queimadas encobriu a capital paulista. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Segundo a Rede D’Or, dona da SulAmérica, entre os 9 e 13 de setembro, os atendimentos de emergência e consultórios na Região Metropolitana de São Paulo aumentaram cerca de 15% em relação à semana anterior. No mesmo período, a capital paulista atingiu a pior qualidade do ar registrada nos últimos 40 anos, segundo o índice de qualidade de ar divulgado pela empresa suíça IQAir.

Já a Hapvida NotreDame Intermédica registrou um aumento de 30% em atendimentos de emergências respiratórias, de 1 a 12 de setembro, em comparação ao mês de julho deste ano. Em nota, a companhia afirmou, no entanto, que não é possível afirmar que essas internações estejam diretamente relacionadas às queimadas.

Bradesco Saúde, companhia controlada pelo Bradesco Seguros, que entrou no segmento hospitalar em 2021, também relatou ter visto um aumento de 16,3% nas internações clínicas por problemas respiratórios no País, de 1 de agosto a 12 de setembro de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. Apenas no Estado de São Paulo, o aumento foi de 30,5% no mesmo intervalo.

O País passa pela pior seca em sete décadas. A crise desencadeou incêndios florestais, majoritariamente criminosos segundo o governo, gerou ondas de fumaça, secou rios, dificultou o atendimento a comunidades isoladas e provocou problemas de saúde, especialmente respiratórios.

No domingo, 15, o Estado de São Paulo registrava 11 municípios com focos de incêndio florestal. Até agora, cinco focos foram controlados, conforme informado pela Defesa Civil. O esforço para conter as chamas envolve o Corpo de Bombeiros e o suporte de 15 aeronaves.

Os focos ativos que recebem suporte aéreo estão localizados em Bananal (Vale do Paraíba), Caconde, Espírito Santo do Pinhal, Mococa, na região de Campinas, Itirapuã (região de Franca) e Castilho (região de Araçatuba).

Diante da persistência do cenário, a Rede D’or informou ao Broadcast que tem adotado algumas medidas de alerta para a população, como fornecer orientação nas emergências quanto ao tratamento e já está com plano estabelecido de contingência caso aumentem as consultas.

Impacto nos resultados

Analistas de mercado avaliam que ainda é cedo para afirmar que este cenário terá impacto nos resultados do terceiro trimestre das companhias do setor, mas não descartam que haja um aumento da sinistralidade (MLR), indicador considerado um chave para o desempenho operacional das operadoras médico-hospitalares, das companhias e também nos custos, considerando a alta nos atendimentos.

Os números do terceiro trimestre, no entanto, já são historicamente mais fracos porque os meses de abril a setembro são considerados períodos sazonais, em que o tempo mais frio leva ao aumento de doenças respiratórias, impactando negativamente o resultado financeiro das operadoras em comparação com o primeiro e o último trimestres.

Washington Alves, gerente de Habilitação e Estudos de Mercado da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), já tinha afirmado há algumas semanas que há a expectativa de um recuo no resultado financeiro. Com a chegada do verão, a ANS espera que as companhias retomem os ganhos no quarto trimestre.

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