Os caminhos para o futuro


Terapias avançadas e medicamentos biológicos apontam para tratamentos mais eficazes e com menos efeitos colaterais. Conheça os tipos estudados

Por Estadão Blue Studio

Os produtos de terapias avançadas (PTA) e o uso de medicamentos biológicos têm se destacado como aposta da medicina para o tratamento de câncer. De acordo com Oswaldo Keith Okamoto, professor e pesquisador do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL), eles englobam materiais biológicos utilizados com fins terapêuticos e partem de células, genes, moléculas e vírus modificados para atacar a doença. “São pesquisas disruptivas, que incluem avaliação regulatória e estudos clínicos rigorosos, sendo consideradas uma alternativa às possibilidades disponíveis.” Atualmente, há seis PTA em investigação para tratamento oncológico no Brasil, com anuência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), todos com uso de células manipuladas.

Células manipuladas

Essas terapias partem de células do paciente ou de doadores, as quais são manipuladas em laboratório para identificar e atacar um tumor. Há vários tipos de pesquisas nessa linha, destacando-se no Brasil o uso das chamadas células CAR-T contra tumores hematológicos, como leucemia e linfoma. Há ainda estudos pré-clínicos para seu uso em tumores sólidos, tidos como os mais difíceis de tratar, além de linhas de pesquisas com linfócitos infiltrantes tumorais (TILs) para tratamento de câncer de pele do tipo melanoma e câncer metastático.

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Tratamentos combinados

De acordo com Okamoto, embora sejam estudos promissores, não existe “bala de prata” no tratamento para o câncer avançado e muitas vezes é necessária a combinação de duas ou mais modalidades para obter resultado duradouro. Um exemplo é imunoterapia combinada ao tratamento com inibidores de quinase, mas há também estudos com a combinação de células CAR-T com imunoterápicos e até com vírus oncolíticos. “Alguns tumores alteram o seu microambiente inibindo a ação das células imunológicas. Com o uso combinado a um vírus, por exemplo, elas podem penetrar melhor no tumor e se tornar mais ativas.”

Moléculas engajadoras

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São moléculas artificiais cujo mecanismo estimula a resposta imune contra tumores. Trata-se de uma nova classe de drogas imunoterápicas, sendo os anticorpos biespecíficos, as imunocitocinas e as moléculas multiespecíficas os principais exemplos. Atuam como uma cola, mantendo a célula imune em contato com o tumor e aumentando a resposta antitumoral. A maioria dos medicamentos aprovados reconhece apenas uma proteína tumoral. Contudo, segundo Okamoto, existem pesquisas com moléculas que identificam mais de uma proteína simultaneamente.

Vírus oncolíticos

São vírus com propriedade natural ou artificial de reconhecer e infectar células tumorais, causando sua destruição sem prejudicar significativamente as células normais. Tem como efeito secundário o aumento da resposta imune através da liberação de antígenos tumorais no organismo. Estados Unidos e Japão já contam com tratamentos aprovados nessa linha. No Brasil, estudos em fase de desenvolvimento pré-clínico são realizados no CEGH-CEL. Segundo Okamoto, que atua nessas pesquisas, um exemplo é o estudo com vírus zika, visando analisar sua segurança e eficiência para combater o câncer.

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Vacinas de RNA

Conhecido no tratamento de coronavírus, esse tipo de vacina também é pesquisado para o tratamento de câncer. Utilizam imunizantes de RNA mensageiro (mRNA) que incentivam o organismo a reconhecer células tumorais e atacá-las como se fossem invasores. Um dos grandes benefícios é a redução dos efeitos colaterais, comuns nos tratamentos como quimioterapia e radioterapia. O laboratório alemão BioNTech é o principal desenvolvedor desse tipo de pesquisa e pretende liberar uma vacina oncológica contra melanoma até 2030.

Os produtos de terapias avançadas (PTA) e o uso de medicamentos biológicos têm se destacado como aposta da medicina para o tratamento de câncer. De acordo com Oswaldo Keith Okamoto, professor e pesquisador do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL), eles englobam materiais biológicos utilizados com fins terapêuticos e partem de células, genes, moléculas e vírus modificados para atacar a doença. “São pesquisas disruptivas, que incluem avaliação regulatória e estudos clínicos rigorosos, sendo consideradas uma alternativa às possibilidades disponíveis.” Atualmente, há seis PTA em investigação para tratamento oncológico no Brasil, com anuência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), todos com uso de células manipuladas.

Células manipuladas

Essas terapias partem de células do paciente ou de doadores, as quais são manipuladas em laboratório para identificar e atacar um tumor. Há vários tipos de pesquisas nessa linha, destacando-se no Brasil o uso das chamadas células CAR-T contra tumores hematológicos, como leucemia e linfoma. Há ainda estudos pré-clínicos para seu uso em tumores sólidos, tidos como os mais difíceis de tratar, além de linhas de pesquisas com linfócitos infiltrantes tumorais (TILs) para tratamento de câncer de pele do tipo melanoma e câncer metastático.

Tratamentos combinados

De acordo com Okamoto, embora sejam estudos promissores, não existe “bala de prata” no tratamento para o câncer avançado e muitas vezes é necessária a combinação de duas ou mais modalidades para obter resultado duradouro. Um exemplo é imunoterapia combinada ao tratamento com inibidores de quinase, mas há também estudos com a combinação de células CAR-T com imunoterápicos e até com vírus oncolíticos. “Alguns tumores alteram o seu microambiente inibindo a ação das células imunológicas. Com o uso combinado a um vírus, por exemplo, elas podem penetrar melhor no tumor e se tornar mais ativas.”

Moléculas engajadoras

São moléculas artificiais cujo mecanismo estimula a resposta imune contra tumores. Trata-se de uma nova classe de drogas imunoterápicas, sendo os anticorpos biespecíficos, as imunocitocinas e as moléculas multiespecíficas os principais exemplos. Atuam como uma cola, mantendo a célula imune em contato com o tumor e aumentando a resposta antitumoral. A maioria dos medicamentos aprovados reconhece apenas uma proteína tumoral. Contudo, segundo Okamoto, existem pesquisas com moléculas que identificam mais de uma proteína simultaneamente.

Vírus oncolíticos

São vírus com propriedade natural ou artificial de reconhecer e infectar células tumorais, causando sua destruição sem prejudicar significativamente as células normais. Tem como efeito secundário o aumento da resposta imune através da liberação de antígenos tumorais no organismo. Estados Unidos e Japão já contam com tratamentos aprovados nessa linha. No Brasil, estudos em fase de desenvolvimento pré-clínico são realizados no CEGH-CEL. Segundo Okamoto, que atua nessas pesquisas, um exemplo é o estudo com vírus zika, visando analisar sua segurança e eficiência para combater o câncer.

Vacinas de RNA

Conhecido no tratamento de coronavírus, esse tipo de vacina também é pesquisado para o tratamento de câncer. Utilizam imunizantes de RNA mensageiro (mRNA) que incentivam o organismo a reconhecer células tumorais e atacá-las como se fossem invasores. Um dos grandes benefícios é a redução dos efeitos colaterais, comuns nos tratamentos como quimioterapia e radioterapia. O laboratório alemão BioNTech é o principal desenvolvedor desse tipo de pesquisa e pretende liberar uma vacina oncológica contra melanoma até 2030.

Os produtos de terapias avançadas (PTA) e o uso de medicamentos biológicos têm se destacado como aposta da medicina para o tratamento de câncer. De acordo com Oswaldo Keith Okamoto, professor e pesquisador do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL), eles englobam materiais biológicos utilizados com fins terapêuticos e partem de células, genes, moléculas e vírus modificados para atacar a doença. “São pesquisas disruptivas, que incluem avaliação regulatória e estudos clínicos rigorosos, sendo consideradas uma alternativa às possibilidades disponíveis.” Atualmente, há seis PTA em investigação para tratamento oncológico no Brasil, com anuência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), todos com uso de células manipuladas.

Células manipuladas

Essas terapias partem de células do paciente ou de doadores, as quais são manipuladas em laboratório para identificar e atacar um tumor. Há vários tipos de pesquisas nessa linha, destacando-se no Brasil o uso das chamadas células CAR-T contra tumores hematológicos, como leucemia e linfoma. Há ainda estudos pré-clínicos para seu uso em tumores sólidos, tidos como os mais difíceis de tratar, além de linhas de pesquisas com linfócitos infiltrantes tumorais (TILs) para tratamento de câncer de pele do tipo melanoma e câncer metastático.

Tratamentos combinados

De acordo com Okamoto, embora sejam estudos promissores, não existe “bala de prata” no tratamento para o câncer avançado e muitas vezes é necessária a combinação de duas ou mais modalidades para obter resultado duradouro. Um exemplo é imunoterapia combinada ao tratamento com inibidores de quinase, mas há também estudos com a combinação de células CAR-T com imunoterápicos e até com vírus oncolíticos. “Alguns tumores alteram o seu microambiente inibindo a ação das células imunológicas. Com o uso combinado a um vírus, por exemplo, elas podem penetrar melhor no tumor e se tornar mais ativas.”

Moléculas engajadoras

São moléculas artificiais cujo mecanismo estimula a resposta imune contra tumores. Trata-se de uma nova classe de drogas imunoterápicas, sendo os anticorpos biespecíficos, as imunocitocinas e as moléculas multiespecíficas os principais exemplos. Atuam como uma cola, mantendo a célula imune em contato com o tumor e aumentando a resposta antitumoral. A maioria dos medicamentos aprovados reconhece apenas uma proteína tumoral. Contudo, segundo Okamoto, existem pesquisas com moléculas que identificam mais de uma proteína simultaneamente.

Vírus oncolíticos

São vírus com propriedade natural ou artificial de reconhecer e infectar células tumorais, causando sua destruição sem prejudicar significativamente as células normais. Tem como efeito secundário o aumento da resposta imune através da liberação de antígenos tumorais no organismo. Estados Unidos e Japão já contam com tratamentos aprovados nessa linha. No Brasil, estudos em fase de desenvolvimento pré-clínico são realizados no CEGH-CEL. Segundo Okamoto, que atua nessas pesquisas, um exemplo é o estudo com vírus zika, visando analisar sua segurança e eficiência para combater o câncer.

Vacinas de RNA

Conhecido no tratamento de coronavírus, esse tipo de vacina também é pesquisado para o tratamento de câncer. Utilizam imunizantes de RNA mensageiro (mRNA) que incentivam o organismo a reconhecer células tumorais e atacá-las como se fossem invasores. Um dos grandes benefícios é a redução dos efeitos colaterais, comuns nos tratamentos como quimioterapia e radioterapia. O laboratório alemão BioNTech é o principal desenvolvedor desse tipo de pesquisa e pretende liberar uma vacina oncológica contra melanoma até 2030.

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