Otimizar serviços de saúde demanda inteligência na aplicação de recursos, tarefa mais fácil com IA


Médico e diretor da Lean Saúde, Francisco Junior apresentou exemplos de uso da tecnologia no Summit Saúde e Bem-Estar

Por Giovanna Castro

Medicamentos, equipamentos, profissionais qualificados. Oferecer uma boa assistência médica custa dinheiro e torná-la acessível a mais pessoas é conta difícil de fechar. Mas a inteligência artificial pode ajudar a encontrar respostas para isso, conforme Francisco Junior, médico e diretor de tecnologia da startup Lean Saúde, de análise e inteligência de dados para otimização da gestão em saúde.

Francisco Junior durante apresentação no Summit Saúde e Bem-Estar Foto: Tiago Queiroz

“Eficiência remete muito a custos evitáveis e temos um sistema de saúde, seja no SUS (Sistema Único de Saúde), seja na saúde complementar, que precisa traçar estratégias para reduzir custos e falhas”, disse o executivo no Summit Saúde e Bem-Estar, realizado pelo Estadão nesta segunda-feira, 14.

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“Estamos falando de mirar o desperdício, o que é fraude, má indicação ou erro de conduta e não no que realmente precisa”, acrescentou Junior.

O Brasil vive uma concentração no mercado de planos de saúde que afeta os consumidores, reduzindo as opções e os recursos para negociação. A dificuldade de concorrência é imposta, entre outros, pelos altos custos do serviço, que acaba sufocando empresas de pequeno e médio porte.

Como mostrou o Estadão, houve nos últimos anos um aumento das aquisições por gigantes da saúde. Quando uma operadora de saúde compra outra, há redução no número de competidores e verticalização da gestão de clínicas e hospitais. Isso permite que as operadoras exerçam maior controle sobre seus serviços referenciados.

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Ferramentas para otimizar o sistema

Criar ferramentas para que operadoras menores possam se manter no mercado, competindo ainda que de maneira desigual com as maiores, é essencial para manter uma concorrência saudável no setor da saúde complementar. E a inteligência artificial, nesse sentido, pode colaborar ao organizar os dados e identificar pontos de potencial otimização.

“Nós temos cirurgias de alto custo, por exemplo, que nem sempre são bem indicadas (...) Em um dos nossos cases, identificamos um excedente médico de mais de R$ 38 mil em procedimentos e materiais solicitados a mais ou desnecessários”, afirmou o diretor.

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O sistema da Lean Saúde identifica fraudes em reembolsos, faltas em consultas, os beneficiários considerados de alto custo, quais pacientes podem receber alta com a liberação de um home care (mais barato do que manter a internação) e quais cirurgias não têm recomendação adequada.

Segundo o executivo, identificar esses desperdícios, falhas e fraudes em pedidos de procedimentos, exames e internações pode colaborar para a sustentabilidade do sistema, incluindo do SUS, que tem como desafio atender bem ao maior número de pessoas possível, com os recursos que possui.

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O executivo ressaltou, no entanto, que é preciso conciliar a inteligência, que mira nas planilhas e dados do sistema de saúde, com a análise humana, médica. “Nós verificamos a eficiência das internações de alta complexidade com visitas médicas qualificadas a cada dois ou três dias para entender o quadro do paciente e se ele já pode ir para uma internação de menor complexidade”, exemplificou.

O “Summit Saúde e Bem-Estar - O futuro da saúde já chegou″ aconteceu nos dias 13 e 14 de outubro, no Espaço de Eventos do Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Veja aqui outros temas discutidos nesta edição.

Medicamentos, equipamentos, profissionais qualificados. Oferecer uma boa assistência médica custa dinheiro e torná-la acessível a mais pessoas é conta difícil de fechar. Mas a inteligência artificial pode ajudar a encontrar respostas para isso, conforme Francisco Junior, médico e diretor de tecnologia da startup Lean Saúde, de análise e inteligência de dados para otimização da gestão em saúde.

Francisco Junior durante apresentação no Summit Saúde e Bem-Estar Foto: Tiago Queiroz

“Eficiência remete muito a custos evitáveis e temos um sistema de saúde, seja no SUS (Sistema Único de Saúde), seja na saúde complementar, que precisa traçar estratégias para reduzir custos e falhas”, disse o executivo no Summit Saúde e Bem-Estar, realizado pelo Estadão nesta segunda-feira, 14.

“Estamos falando de mirar o desperdício, o que é fraude, má indicação ou erro de conduta e não no que realmente precisa”, acrescentou Junior.

O Brasil vive uma concentração no mercado de planos de saúde que afeta os consumidores, reduzindo as opções e os recursos para negociação. A dificuldade de concorrência é imposta, entre outros, pelos altos custos do serviço, que acaba sufocando empresas de pequeno e médio porte.

Como mostrou o Estadão, houve nos últimos anos um aumento das aquisições por gigantes da saúde. Quando uma operadora de saúde compra outra, há redução no número de competidores e verticalização da gestão de clínicas e hospitais. Isso permite que as operadoras exerçam maior controle sobre seus serviços referenciados.

Ferramentas para otimizar o sistema

Criar ferramentas para que operadoras menores possam se manter no mercado, competindo ainda que de maneira desigual com as maiores, é essencial para manter uma concorrência saudável no setor da saúde complementar. E a inteligência artificial, nesse sentido, pode colaborar ao organizar os dados e identificar pontos de potencial otimização.

“Nós temos cirurgias de alto custo, por exemplo, que nem sempre são bem indicadas (...) Em um dos nossos cases, identificamos um excedente médico de mais de R$ 38 mil em procedimentos e materiais solicitados a mais ou desnecessários”, afirmou o diretor.

O sistema da Lean Saúde identifica fraudes em reembolsos, faltas em consultas, os beneficiários considerados de alto custo, quais pacientes podem receber alta com a liberação de um home care (mais barato do que manter a internação) e quais cirurgias não têm recomendação adequada.

Segundo o executivo, identificar esses desperdícios, falhas e fraudes em pedidos de procedimentos, exames e internações pode colaborar para a sustentabilidade do sistema, incluindo do SUS, que tem como desafio atender bem ao maior número de pessoas possível, com os recursos que possui.

O executivo ressaltou, no entanto, que é preciso conciliar a inteligência, que mira nas planilhas e dados do sistema de saúde, com a análise humana, médica. “Nós verificamos a eficiência das internações de alta complexidade com visitas médicas qualificadas a cada dois ou três dias para entender o quadro do paciente e se ele já pode ir para uma internação de menor complexidade”, exemplificou.

O “Summit Saúde e Bem-Estar - O futuro da saúde já chegou″ aconteceu nos dias 13 e 14 de outubro, no Espaço de Eventos do Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Veja aqui outros temas discutidos nesta edição.

Medicamentos, equipamentos, profissionais qualificados. Oferecer uma boa assistência médica custa dinheiro e torná-la acessível a mais pessoas é conta difícil de fechar. Mas a inteligência artificial pode ajudar a encontrar respostas para isso, conforme Francisco Junior, médico e diretor de tecnologia da startup Lean Saúde, de análise e inteligência de dados para otimização da gestão em saúde.

Francisco Junior durante apresentação no Summit Saúde e Bem-Estar Foto: Tiago Queiroz

“Eficiência remete muito a custos evitáveis e temos um sistema de saúde, seja no SUS (Sistema Único de Saúde), seja na saúde complementar, que precisa traçar estratégias para reduzir custos e falhas”, disse o executivo no Summit Saúde e Bem-Estar, realizado pelo Estadão nesta segunda-feira, 14.

“Estamos falando de mirar o desperdício, o que é fraude, má indicação ou erro de conduta e não no que realmente precisa”, acrescentou Junior.

O Brasil vive uma concentração no mercado de planos de saúde que afeta os consumidores, reduzindo as opções e os recursos para negociação. A dificuldade de concorrência é imposta, entre outros, pelos altos custos do serviço, que acaba sufocando empresas de pequeno e médio porte.

Como mostrou o Estadão, houve nos últimos anos um aumento das aquisições por gigantes da saúde. Quando uma operadora de saúde compra outra, há redução no número de competidores e verticalização da gestão de clínicas e hospitais. Isso permite que as operadoras exerçam maior controle sobre seus serviços referenciados.

Ferramentas para otimizar o sistema

Criar ferramentas para que operadoras menores possam se manter no mercado, competindo ainda que de maneira desigual com as maiores, é essencial para manter uma concorrência saudável no setor da saúde complementar. E a inteligência artificial, nesse sentido, pode colaborar ao organizar os dados e identificar pontos de potencial otimização.

“Nós temos cirurgias de alto custo, por exemplo, que nem sempre são bem indicadas (...) Em um dos nossos cases, identificamos um excedente médico de mais de R$ 38 mil em procedimentos e materiais solicitados a mais ou desnecessários”, afirmou o diretor.

O sistema da Lean Saúde identifica fraudes em reembolsos, faltas em consultas, os beneficiários considerados de alto custo, quais pacientes podem receber alta com a liberação de um home care (mais barato do que manter a internação) e quais cirurgias não têm recomendação adequada.

Segundo o executivo, identificar esses desperdícios, falhas e fraudes em pedidos de procedimentos, exames e internações pode colaborar para a sustentabilidade do sistema, incluindo do SUS, que tem como desafio atender bem ao maior número de pessoas possível, com os recursos que possui.

O executivo ressaltou, no entanto, que é preciso conciliar a inteligência, que mira nas planilhas e dados do sistema de saúde, com a análise humana, médica. “Nós verificamos a eficiência das internações de alta complexidade com visitas médicas qualificadas a cada dois ou três dias para entender o quadro do paciente e se ele já pode ir para uma internação de menor complexidade”, exemplificou.

O “Summit Saúde e Bem-Estar - O futuro da saúde já chegou″ aconteceu nos dias 13 e 14 de outubro, no Espaço de Eventos do Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Veja aqui outros temas discutidos nesta edição.

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