Outubro Rosa: é possível prevenir o câncer?


A ciência já comprovou que uma alimentação balanceada, exercícios físicos e bons hábitos reduzem as chances de desenvolver a doença. Mas não há garantias

Por Adriana Moreira

Um artigo científico publicado no início de setembro na revista Public Health in Practice, com o título Does Pink October Really Impact Breast Cancer Screening? (“O Outubro Rosa realmente causa impacto nas mamografias?” – em tradução livre), demonstrou os impactos da campanha de prevenção do câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o estudo, o número de mamografias aumenta em 33% em outubro – e segue em alta nos meses seguintes (39% em novembro e 22% em dezembro).

O diagnóstico precoce é fundamental para o êxito no tratamento do câncer de mama – quando descoberto no estágio inicial, as possibilidades de cura chegam a 95%. Os pesquisadores, liderados pelo dr. Marcelo Antonini, do Conselho Científico da Sociedade Brasileira de Mastologia de São Pulo (SBM-SP), acreditam que as campanhas deveriam ser mais constantes. No Brasil, 40% dos casos só são diagnosticados em fase já avançada.

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Embora os exames de rastreio, como mamografia e papanicolau, sejam fundamentais, o ideal, claro, é diminuir a probabilidade de o câncer aparecer – embora, por ser uma doença multifatorial, nada seja 100% garantido. “Em câncer de mama os dados são muito robustos. Os dados de prevenção são muito bem estabelecidos”, explica o oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein e do Instituto Vencer o Câncer Abraão Dornellas, que dá, a seguir, algumas dicas de bons hábitos.

Ao menos 30 minutos de caminhada, 5 vezes por semana, são essenciais Foto: Felipe Rau/Estadão

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Cuidados com a balança

Obesidade é um grande problema”, explica o dr. Abraão. Segundo ele, o tecido adiposo tem capacidade de produzir estrogênio, hormônio que está ligado ao desenvolvimento de câncer de mama. “Uma mulher obesa tem níveis de estrogênio muito altos”, diz. O médico afirma que os hormônios também aumentam as probabilidades de o câncer voltar em pessoas já curadas.

Alimentação

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Descascar mais, desembrulhar menos. Pense nisso na hora em que estiver fazendo suas compras. Alimentos ultraprocessados. como biscoitos, congelados, salgadinhos, macarrão instantâneo, refrigerantes e sucos prontos estão na lista de comidas que devem ser a exceção, e não a regra. Por outro lado, uma dieta rica em legumes, verduras, gorduras boas e proteínas auxilia o bom funcionamento do organismo.

No entanto, o dr. Abraão esclarece que não há alimentos milagrosos. “O importante é ter uma dieta equilibrada”, destaca.

Exercícios físicos

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Segundo o dr. Abraão, é preciso manter uma prática regular, com pelo menos 150 minutos de atividade física na semana. Isso não significa, segundo ele, passar horas numa academia de ginástica – uma caminhada de 30 minutos, diária, já faz diferença. Ele avisa, no entanto, que é importante ter elevação cardíaca e suar.

Estilo de vida

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Nunca é demais repetir as advertências sobre os riscos do tabagismo – não apenas em relação ao câncer de pulmão, mas com outros tipos, incluindo o de mama e o de útero. “Cigarro aumenta os riscos de doença coronariana, AVC, faz mal para o corpo como um todo”, alerta o médico. “O cigarro eletrônico pode ser um mal maior ainda. Não sabemos os riscos reais que oferecem, mas são iguais ou maiores que os do tabagismo.”

O consumo de álcool também tem relação direta com o câncer de mama, explica o médico. “Para a mulher, o máximo seria uma dose por dia, desde que o consumo não seja regular.” É preciso ainda tomar cuidado com o sol – use filtro solar. De acordo com números do Instituto Nacional de Câncer (Inca) de 2020, a estimativa é que sejam diagnosticados no Brasil mais de 170 mil novos casos de câncer de pele por ano, com um risco estimado em 80,12 para cada 100 mil homens e 86,65 para cada 100 mil mulheres.

Vida fértil

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Além de ser fundamental para o desenvolvimento e saúde do bebê, a amamentação traz diversos benefícios para a mãe – um deles é ajudar a reduzir os riscos de câncer de mama. Quanto à reposição hormonal na menopausa, dr. Abraão recomenda ter cautela. “Ainda não está claro. Mas sabe-se que a exposição prolongada a hormônios feminino favorece o desenvolvimento de tumores”, adverte. “Eu recomendaria fazer apenas num ambiente muito controlado, mantendo em dia os exames de rastreio.”

Autoconhecimento

Conhecer o próprio corpo é importante para notar possíveis mudanças que indiquem que algo está errado. O autoexame das mamas, contudo, não deve substituir exames tradicionais, como a mamografia. Além disso, conversar com pessoas da família ajuda a esclarecer se há um risco genético. Essa informação pode ser importante para a realização de exames precocemente – a mamografia, por exemplo, é indicada a partir dos 40 anos, mas pode ser antecipada.

Um eventual exame genético pode ser pedido para verificar se você carrega algum dos genes cancerígenos. Vale dizer que ter os genes não significa que você terá a doença (e a ausência deles não é garantia de não desenvolvê-la), mas pode indicar ao médico onde concentrar mais atenção.

Um artigo científico publicado no início de setembro na revista Public Health in Practice, com o título Does Pink October Really Impact Breast Cancer Screening? (“O Outubro Rosa realmente causa impacto nas mamografias?” – em tradução livre), demonstrou os impactos da campanha de prevenção do câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o estudo, o número de mamografias aumenta em 33% em outubro – e segue em alta nos meses seguintes (39% em novembro e 22% em dezembro).

O diagnóstico precoce é fundamental para o êxito no tratamento do câncer de mama – quando descoberto no estágio inicial, as possibilidades de cura chegam a 95%. Os pesquisadores, liderados pelo dr. Marcelo Antonini, do Conselho Científico da Sociedade Brasileira de Mastologia de São Pulo (SBM-SP), acreditam que as campanhas deveriam ser mais constantes. No Brasil, 40% dos casos só são diagnosticados em fase já avançada.

Embora os exames de rastreio, como mamografia e papanicolau, sejam fundamentais, o ideal, claro, é diminuir a probabilidade de o câncer aparecer – embora, por ser uma doença multifatorial, nada seja 100% garantido. “Em câncer de mama os dados são muito robustos. Os dados de prevenção são muito bem estabelecidos”, explica o oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein e do Instituto Vencer o Câncer Abraão Dornellas, que dá, a seguir, algumas dicas de bons hábitos.

Ao menos 30 minutos de caminhada, 5 vezes por semana, são essenciais Foto: Felipe Rau/Estadão

Cuidados com a balança

Obesidade é um grande problema”, explica o dr. Abraão. Segundo ele, o tecido adiposo tem capacidade de produzir estrogênio, hormônio que está ligado ao desenvolvimento de câncer de mama. “Uma mulher obesa tem níveis de estrogênio muito altos”, diz. O médico afirma que os hormônios também aumentam as probabilidades de o câncer voltar em pessoas já curadas.

Alimentação

Descascar mais, desembrulhar menos. Pense nisso na hora em que estiver fazendo suas compras. Alimentos ultraprocessados. como biscoitos, congelados, salgadinhos, macarrão instantâneo, refrigerantes e sucos prontos estão na lista de comidas que devem ser a exceção, e não a regra. Por outro lado, uma dieta rica em legumes, verduras, gorduras boas e proteínas auxilia o bom funcionamento do organismo.

No entanto, o dr. Abraão esclarece que não há alimentos milagrosos. “O importante é ter uma dieta equilibrada”, destaca.

Exercícios físicos

Segundo o dr. Abraão, é preciso manter uma prática regular, com pelo menos 150 minutos de atividade física na semana. Isso não significa, segundo ele, passar horas numa academia de ginástica – uma caminhada de 30 minutos, diária, já faz diferença. Ele avisa, no entanto, que é importante ter elevação cardíaca e suar.

Estilo de vida

Nunca é demais repetir as advertências sobre os riscos do tabagismo – não apenas em relação ao câncer de pulmão, mas com outros tipos, incluindo o de mama e o de útero. “Cigarro aumenta os riscos de doença coronariana, AVC, faz mal para o corpo como um todo”, alerta o médico. “O cigarro eletrônico pode ser um mal maior ainda. Não sabemos os riscos reais que oferecem, mas são iguais ou maiores que os do tabagismo.”

O consumo de álcool também tem relação direta com o câncer de mama, explica o médico. “Para a mulher, o máximo seria uma dose por dia, desde que o consumo não seja regular.” É preciso ainda tomar cuidado com o sol – use filtro solar. De acordo com números do Instituto Nacional de Câncer (Inca) de 2020, a estimativa é que sejam diagnosticados no Brasil mais de 170 mil novos casos de câncer de pele por ano, com um risco estimado em 80,12 para cada 100 mil homens e 86,65 para cada 100 mil mulheres.

Vida fértil

Além de ser fundamental para o desenvolvimento e saúde do bebê, a amamentação traz diversos benefícios para a mãe – um deles é ajudar a reduzir os riscos de câncer de mama. Quanto à reposição hormonal na menopausa, dr. Abraão recomenda ter cautela. “Ainda não está claro. Mas sabe-se que a exposição prolongada a hormônios feminino favorece o desenvolvimento de tumores”, adverte. “Eu recomendaria fazer apenas num ambiente muito controlado, mantendo em dia os exames de rastreio.”

Autoconhecimento

Conhecer o próprio corpo é importante para notar possíveis mudanças que indiquem que algo está errado. O autoexame das mamas, contudo, não deve substituir exames tradicionais, como a mamografia. Além disso, conversar com pessoas da família ajuda a esclarecer se há um risco genético. Essa informação pode ser importante para a realização de exames precocemente – a mamografia, por exemplo, é indicada a partir dos 40 anos, mas pode ser antecipada.

Um eventual exame genético pode ser pedido para verificar se você carrega algum dos genes cancerígenos. Vale dizer que ter os genes não significa que você terá a doença (e a ausência deles não é garantia de não desenvolvê-la), mas pode indicar ao médico onde concentrar mais atenção.

Um artigo científico publicado no início de setembro na revista Public Health in Practice, com o título Does Pink October Really Impact Breast Cancer Screening? (“O Outubro Rosa realmente causa impacto nas mamografias?” – em tradução livre), demonstrou os impactos da campanha de prevenção do câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o estudo, o número de mamografias aumenta em 33% em outubro – e segue em alta nos meses seguintes (39% em novembro e 22% em dezembro).

O diagnóstico precoce é fundamental para o êxito no tratamento do câncer de mama – quando descoberto no estágio inicial, as possibilidades de cura chegam a 95%. Os pesquisadores, liderados pelo dr. Marcelo Antonini, do Conselho Científico da Sociedade Brasileira de Mastologia de São Pulo (SBM-SP), acreditam que as campanhas deveriam ser mais constantes. No Brasil, 40% dos casos só são diagnosticados em fase já avançada.

Embora os exames de rastreio, como mamografia e papanicolau, sejam fundamentais, o ideal, claro, é diminuir a probabilidade de o câncer aparecer – embora, por ser uma doença multifatorial, nada seja 100% garantido. “Em câncer de mama os dados são muito robustos. Os dados de prevenção são muito bem estabelecidos”, explica o oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein e do Instituto Vencer o Câncer Abraão Dornellas, que dá, a seguir, algumas dicas de bons hábitos.

Ao menos 30 minutos de caminhada, 5 vezes por semana, são essenciais Foto: Felipe Rau/Estadão

Cuidados com a balança

Obesidade é um grande problema”, explica o dr. Abraão. Segundo ele, o tecido adiposo tem capacidade de produzir estrogênio, hormônio que está ligado ao desenvolvimento de câncer de mama. “Uma mulher obesa tem níveis de estrogênio muito altos”, diz. O médico afirma que os hormônios também aumentam as probabilidades de o câncer voltar em pessoas já curadas.

Alimentação

Descascar mais, desembrulhar menos. Pense nisso na hora em que estiver fazendo suas compras. Alimentos ultraprocessados. como biscoitos, congelados, salgadinhos, macarrão instantâneo, refrigerantes e sucos prontos estão na lista de comidas que devem ser a exceção, e não a regra. Por outro lado, uma dieta rica em legumes, verduras, gorduras boas e proteínas auxilia o bom funcionamento do organismo.

No entanto, o dr. Abraão esclarece que não há alimentos milagrosos. “O importante é ter uma dieta equilibrada”, destaca.

Exercícios físicos

Segundo o dr. Abraão, é preciso manter uma prática regular, com pelo menos 150 minutos de atividade física na semana. Isso não significa, segundo ele, passar horas numa academia de ginástica – uma caminhada de 30 minutos, diária, já faz diferença. Ele avisa, no entanto, que é importante ter elevação cardíaca e suar.

Estilo de vida

Nunca é demais repetir as advertências sobre os riscos do tabagismo – não apenas em relação ao câncer de pulmão, mas com outros tipos, incluindo o de mama e o de útero. “Cigarro aumenta os riscos de doença coronariana, AVC, faz mal para o corpo como um todo”, alerta o médico. “O cigarro eletrônico pode ser um mal maior ainda. Não sabemos os riscos reais que oferecem, mas são iguais ou maiores que os do tabagismo.”

O consumo de álcool também tem relação direta com o câncer de mama, explica o médico. “Para a mulher, o máximo seria uma dose por dia, desde que o consumo não seja regular.” É preciso ainda tomar cuidado com o sol – use filtro solar. De acordo com números do Instituto Nacional de Câncer (Inca) de 2020, a estimativa é que sejam diagnosticados no Brasil mais de 170 mil novos casos de câncer de pele por ano, com um risco estimado em 80,12 para cada 100 mil homens e 86,65 para cada 100 mil mulheres.

Vida fértil

Além de ser fundamental para o desenvolvimento e saúde do bebê, a amamentação traz diversos benefícios para a mãe – um deles é ajudar a reduzir os riscos de câncer de mama. Quanto à reposição hormonal na menopausa, dr. Abraão recomenda ter cautela. “Ainda não está claro. Mas sabe-se que a exposição prolongada a hormônios feminino favorece o desenvolvimento de tumores”, adverte. “Eu recomendaria fazer apenas num ambiente muito controlado, mantendo em dia os exames de rastreio.”

Autoconhecimento

Conhecer o próprio corpo é importante para notar possíveis mudanças que indiquem que algo está errado. O autoexame das mamas, contudo, não deve substituir exames tradicionais, como a mamografia. Além disso, conversar com pessoas da família ajuda a esclarecer se há um risco genético. Essa informação pode ser importante para a realização de exames precocemente – a mamografia, por exemplo, é indicada a partir dos 40 anos, mas pode ser antecipada.

Um eventual exame genético pode ser pedido para verificar se você carrega algum dos genes cancerígenos. Vale dizer que ter os genes não significa que você terá a doença (e a ausência deles não é garantia de não desenvolvê-la), mas pode indicar ao médico onde concentrar mais atenção.

Um artigo científico publicado no início de setembro na revista Public Health in Practice, com o título Does Pink October Really Impact Breast Cancer Screening? (“O Outubro Rosa realmente causa impacto nas mamografias?” – em tradução livre), demonstrou os impactos da campanha de prevenção do câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o estudo, o número de mamografias aumenta em 33% em outubro – e segue em alta nos meses seguintes (39% em novembro e 22% em dezembro).

O diagnóstico precoce é fundamental para o êxito no tratamento do câncer de mama – quando descoberto no estágio inicial, as possibilidades de cura chegam a 95%. Os pesquisadores, liderados pelo dr. Marcelo Antonini, do Conselho Científico da Sociedade Brasileira de Mastologia de São Pulo (SBM-SP), acreditam que as campanhas deveriam ser mais constantes. No Brasil, 40% dos casos só são diagnosticados em fase já avançada.

Embora os exames de rastreio, como mamografia e papanicolau, sejam fundamentais, o ideal, claro, é diminuir a probabilidade de o câncer aparecer – embora, por ser uma doença multifatorial, nada seja 100% garantido. “Em câncer de mama os dados são muito robustos. Os dados de prevenção são muito bem estabelecidos”, explica o oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein e do Instituto Vencer o Câncer Abraão Dornellas, que dá, a seguir, algumas dicas de bons hábitos.

Ao menos 30 minutos de caminhada, 5 vezes por semana, são essenciais Foto: Felipe Rau/Estadão

Cuidados com a balança

Obesidade é um grande problema”, explica o dr. Abraão. Segundo ele, o tecido adiposo tem capacidade de produzir estrogênio, hormônio que está ligado ao desenvolvimento de câncer de mama. “Uma mulher obesa tem níveis de estrogênio muito altos”, diz. O médico afirma que os hormônios também aumentam as probabilidades de o câncer voltar em pessoas já curadas.

Alimentação

Descascar mais, desembrulhar menos. Pense nisso na hora em que estiver fazendo suas compras. Alimentos ultraprocessados. como biscoitos, congelados, salgadinhos, macarrão instantâneo, refrigerantes e sucos prontos estão na lista de comidas que devem ser a exceção, e não a regra. Por outro lado, uma dieta rica em legumes, verduras, gorduras boas e proteínas auxilia o bom funcionamento do organismo.

No entanto, o dr. Abraão esclarece que não há alimentos milagrosos. “O importante é ter uma dieta equilibrada”, destaca.

Exercícios físicos

Segundo o dr. Abraão, é preciso manter uma prática regular, com pelo menos 150 minutos de atividade física na semana. Isso não significa, segundo ele, passar horas numa academia de ginástica – uma caminhada de 30 minutos, diária, já faz diferença. Ele avisa, no entanto, que é importante ter elevação cardíaca e suar.

Estilo de vida

Nunca é demais repetir as advertências sobre os riscos do tabagismo – não apenas em relação ao câncer de pulmão, mas com outros tipos, incluindo o de mama e o de útero. “Cigarro aumenta os riscos de doença coronariana, AVC, faz mal para o corpo como um todo”, alerta o médico. “O cigarro eletrônico pode ser um mal maior ainda. Não sabemos os riscos reais que oferecem, mas são iguais ou maiores que os do tabagismo.”

O consumo de álcool também tem relação direta com o câncer de mama, explica o médico. “Para a mulher, o máximo seria uma dose por dia, desde que o consumo não seja regular.” É preciso ainda tomar cuidado com o sol – use filtro solar. De acordo com números do Instituto Nacional de Câncer (Inca) de 2020, a estimativa é que sejam diagnosticados no Brasil mais de 170 mil novos casos de câncer de pele por ano, com um risco estimado em 80,12 para cada 100 mil homens e 86,65 para cada 100 mil mulheres.

Vida fértil

Além de ser fundamental para o desenvolvimento e saúde do bebê, a amamentação traz diversos benefícios para a mãe – um deles é ajudar a reduzir os riscos de câncer de mama. Quanto à reposição hormonal na menopausa, dr. Abraão recomenda ter cautela. “Ainda não está claro. Mas sabe-se que a exposição prolongada a hormônios feminino favorece o desenvolvimento de tumores”, adverte. “Eu recomendaria fazer apenas num ambiente muito controlado, mantendo em dia os exames de rastreio.”

Autoconhecimento

Conhecer o próprio corpo é importante para notar possíveis mudanças que indiquem que algo está errado. O autoexame das mamas, contudo, não deve substituir exames tradicionais, como a mamografia. Além disso, conversar com pessoas da família ajuda a esclarecer se há um risco genético. Essa informação pode ser importante para a realização de exames precocemente – a mamografia, por exemplo, é indicada a partir dos 40 anos, mas pode ser antecipada.

Um eventual exame genético pode ser pedido para verificar se você carrega algum dos genes cancerígenos. Vale dizer que ter os genes não significa que você terá a doença (e a ausência deles não é garantia de não desenvolvê-la), mas pode indicar ao médico onde concentrar mais atenção.

Um artigo científico publicado no início de setembro na revista Public Health in Practice, com o título Does Pink October Really Impact Breast Cancer Screening? (“O Outubro Rosa realmente causa impacto nas mamografias?” – em tradução livre), demonstrou os impactos da campanha de prevenção do câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o estudo, o número de mamografias aumenta em 33% em outubro – e segue em alta nos meses seguintes (39% em novembro e 22% em dezembro).

O diagnóstico precoce é fundamental para o êxito no tratamento do câncer de mama – quando descoberto no estágio inicial, as possibilidades de cura chegam a 95%. Os pesquisadores, liderados pelo dr. Marcelo Antonini, do Conselho Científico da Sociedade Brasileira de Mastologia de São Pulo (SBM-SP), acreditam que as campanhas deveriam ser mais constantes. No Brasil, 40% dos casos só são diagnosticados em fase já avançada.

Embora os exames de rastreio, como mamografia e papanicolau, sejam fundamentais, o ideal, claro, é diminuir a probabilidade de o câncer aparecer – embora, por ser uma doença multifatorial, nada seja 100% garantido. “Em câncer de mama os dados são muito robustos. Os dados de prevenção são muito bem estabelecidos”, explica o oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein e do Instituto Vencer o Câncer Abraão Dornellas, que dá, a seguir, algumas dicas de bons hábitos.

Ao menos 30 minutos de caminhada, 5 vezes por semana, são essenciais Foto: Felipe Rau/Estadão

Cuidados com a balança

Obesidade é um grande problema”, explica o dr. Abraão. Segundo ele, o tecido adiposo tem capacidade de produzir estrogênio, hormônio que está ligado ao desenvolvimento de câncer de mama. “Uma mulher obesa tem níveis de estrogênio muito altos”, diz. O médico afirma que os hormônios também aumentam as probabilidades de o câncer voltar em pessoas já curadas.

Alimentação

Descascar mais, desembrulhar menos. Pense nisso na hora em que estiver fazendo suas compras. Alimentos ultraprocessados. como biscoitos, congelados, salgadinhos, macarrão instantâneo, refrigerantes e sucos prontos estão na lista de comidas que devem ser a exceção, e não a regra. Por outro lado, uma dieta rica em legumes, verduras, gorduras boas e proteínas auxilia o bom funcionamento do organismo.

No entanto, o dr. Abraão esclarece que não há alimentos milagrosos. “O importante é ter uma dieta equilibrada”, destaca.

Exercícios físicos

Segundo o dr. Abraão, é preciso manter uma prática regular, com pelo menos 150 minutos de atividade física na semana. Isso não significa, segundo ele, passar horas numa academia de ginástica – uma caminhada de 30 minutos, diária, já faz diferença. Ele avisa, no entanto, que é importante ter elevação cardíaca e suar.

Estilo de vida

Nunca é demais repetir as advertências sobre os riscos do tabagismo – não apenas em relação ao câncer de pulmão, mas com outros tipos, incluindo o de mama e o de útero. “Cigarro aumenta os riscos de doença coronariana, AVC, faz mal para o corpo como um todo”, alerta o médico. “O cigarro eletrônico pode ser um mal maior ainda. Não sabemos os riscos reais que oferecem, mas são iguais ou maiores que os do tabagismo.”

O consumo de álcool também tem relação direta com o câncer de mama, explica o médico. “Para a mulher, o máximo seria uma dose por dia, desde que o consumo não seja regular.” É preciso ainda tomar cuidado com o sol – use filtro solar. De acordo com números do Instituto Nacional de Câncer (Inca) de 2020, a estimativa é que sejam diagnosticados no Brasil mais de 170 mil novos casos de câncer de pele por ano, com um risco estimado em 80,12 para cada 100 mil homens e 86,65 para cada 100 mil mulheres.

Vida fértil

Além de ser fundamental para o desenvolvimento e saúde do bebê, a amamentação traz diversos benefícios para a mãe – um deles é ajudar a reduzir os riscos de câncer de mama. Quanto à reposição hormonal na menopausa, dr. Abraão recomenda ter cautela. “Ainda não está claro. Mas sabe-se que a exposição prolongada a hormônios feminino favorece o desenvolvimento de tumores”, adverte. “Eu recomendaria fazer apenas num ambiente muito controlado, mantendo em dia os exames de rastreio.”

Autoconhecimento

Conhecer o próprio corpo é importante para notar possíveis mudanças que indiquem que algo está errado. O autoexame das mamas, contudo, não deve substituir exames tradicionais, como a mamografia. Além disso, conversar com pessoas da família ajuda a esclarecer se há um risco genético. Essa informação pode ser importante para a realização de exames precocemente – a mamografia, por exemplo, é indicada a partir dos 40 anos, mas pode ser antecipada.

Um eventual exame genético pode ser pedido para verificar se você carrega algum dos genes cancerígenos. Vale dizer que ter os genes não significa que você terá a doença (e a ausência deles não é garantia de não desenvolvê-la), mas pode indicar ao médico onde concentrar mais atenção.

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