PANC na cozinha: cartilha ensina a usar plantas não convencionais na rotina; veja vantagens


Espécies como ora-pro-nóbis, taioba e beldroega muitas vezes são confundidas com mato, já que crescem em calçadas, parques e canteiros; valorizá-las promove a biodiversidade e ajuda na obtenção de nutrientes importantes

Por Beatriz Bulhões

Com a intenção de promover o maior conhecimento sobre as plantas alimentícias não convencionais, conhecidas pelo acrônimo PANCs, a Organização Não Governamental (ONG) WWF Brasil e o Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper lançaram uma cartilha sobre essas espécies. No material, que pode ser baixado gratuitamente, há imagens das plantas, além de dicas de onde encontrá-las e como aproveitá-las na cozinha.

O grupo é composto por espécies pouco usuais no dia a dia, como beldroega, capuchinha, ora-pro-nóbis, taioba e bertalha. Mas, segundo a cartilha, partes desconhecidas de plantas convencionais também fazem parte das PANCs. Alguns exemplos são o coração da banana verde e o tronco do mamoeiro.

A ora-pro-nóbis é considerada uma planta alimentícia não convencional. Ela pode ser consumida fresca, como hortaliça folhosa, e também em pratos quentes. Foto: cabuscaa/Adobe Stock
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O termo “PANC” foi criado pela nutricionista Irany Arteche em 2008. Ela percebeu que o modo de falar esse acrônimo lembraria imediatamente o termo usado para se referir ao movimento surgido nos anos 1970 e que desafiava os padrões da época, ou seja, o punk – e apostou que essa associação ajudaria a popularizar essas plantas.

“Não deixa de ser parecido. Os dois [PANC e punk] têm esse olhar para o não convencional. As PANC também trazem uma certa rebeldia”, argumenta. Afinal, valorizá-las significa sair da monotonia alimentar e ampliar os horizontes à mesa.

Cabe destacar ainda que essas espécies proporcionam uma variedade valiosa de nutrientes. A ora-pro-nóbis, por exemplo, que tem se popularizado cada vez mais, é rica em magnésio, zinco e cobre, além de fornecer boas doses de compostos antioxidantes, conhecidos por proteger as células e reduzir o risco de doenças. As folhas têm um tipo especial de fibra, que beneficia o intestino – e também dá viscosidade às receitas. Já a taioba, uma planta gigante, cujas folhas chegam a 80 centímetros de comprimento e 60 centímetros de largura, fornece ferro, vitamina A, magnésio, fibras e fósforo. A capuchinha, por sua vez, tem luteína, substância que faz bem à saúde ocular, além de compostos antioxidantes.

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Histórico

Quem primeiro identificou essas plantas no Brasil foi o biólogo Valdely Kinupp, autor do livro “Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil” e mestre em botânica. Na época em que conheceu Irany, ele defendia sua tese na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) sobre as 311 plantas comestíveis que encontrou ao redor de Porto Alegre.

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Irany, formada em nutrição e aluna da pós-graduação, se interessou pela ideia de inserir elementos pouco conhecidos na rotina da população. No trabalho em conjunto, os dois pesquisadores visitaram assentamentos agrários da região para identificar essas plantas e mostrar as formas de consumo para a população que vivia ali – com pouco dinheiro e quase nenhum acesso a fogão.

Educação ambiental e alimentar

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A WWF e o Insper defendem que pensar sobre o tema significa aprofundar e ampliar a consciência sobre a relação com os alimentos, daí o lançamento de uma cartilha. A artista Regina Fukuhara, autora do material, conta que só começou a se interessar por plantas e meio ambiente em 2014, quando São Paulo viveu uma de suas maiores secas.

Com medo do avanço das mudanças climáticas, decidiu se juntar a atividades ligadas à ecologia, até conhecer as PANCs, assunto sobre o qual dá aulas desde 2016. A ideia dela e dos outros organizadores do documento é “inspirar não apenas a integração das PANCs na alimentação cotidiana, mas também fomentar um olhar mais cuidadoso e conectado com o mundo natural”.

Boa parte das plantas, das flores, dos frutos e até dos galhos mais encontrados no Brasil são comestíveis. “Tem bastante conteúdo hoje na internet. Uma foto e uma busca no Google te levam para um mundo de receitas deliciosas”, diz Regina. Algumas plantas podem ser consumidas cruas, enquanto outras devem passar por processos de cozimento e/ou trituração para serem usadas.

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Mas, atenção: não é recomendável sair pegando plantas que nascem nas ruas e levá-las para a cozinha. Segundo a cartilha, elas podem ter contaminantes e materiais poluentes, sobretudo se cresceram em áreas com postos de gasolina, oficinas mecânicas e locais de descarte de materiais químicos. “Se não tiver certeza de que é uma planta comestível, não coma”, alerta o documento.

Com a intenção de promover o maior conhecimento sobre as plantas alimentícias não convencionais, conhecidas pelo acrônimo PANCs, a Organização Não Governamental (ONG) WWF Brasil e o Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper lançaram uma cartilha sobre essas espécies. No material, que pode ser baixado gratuitamente, há imagens das plantas, além de dicas de onde encontrá-las e como aproveitá-las na cozinha.

O grupo é composto por espécies pouco usuais no dia a dia, como beldroega, capuchinha, ora-pro-nóbis, taioba e bertalha. Mas, segundo a cartilha, partes desconhecidas de plantas convencionais também fazem parte das PANCs. Alguns exemplos são o coração da banana verde e o tronco do mamoeiro.

A ora-pro-nóbis é considerada uma planta alimentícia não convencional. Ela pode ser consumida fresca, como hortaliça folhosa, e também em pratos quentes. Foto: cabuscaa/Adobe Stock

O termo “PANC” foi criado pela nutricionista Irany Arteche em 2008. Ela percebeu que o modo de falar esse acrônimo lembraria imediatamente o termo usado para se referir ao movimento surgido nos anos 1970 e que desafiava os padrões da época, ou seja, o punk – e apostou que essa associação ajudaria a popularizar essas plantas.

“Não deixa de ser parecido. Os dois [PANC e punk] têm esse olhar para o não convencional. As PANC também trazem uma certa rebeldia”, argumenta. Afinal, valorizá-las significa sair da monotonia alimentar e ampliar os horizontes à mesa.

Cabe destacar ainda que essas espécies proporcionam uma variedade valiosa de nutrientes. A ora-pro-nóbis, por exemplo, que tem se popularizado cada vez mais, é rica em magnésio, zinco e cobre, além de fornecer boas doses de compostos antioxidantes, conhecidos por proteger as células e reduzir o risco de doenças. As folhas têm um tipo especial de fibra, que beneficia o intestino – e também dá viscosidade às receitas. Já a taioba, uma planta gigante, cujas folhas chegam a 80 centímetros de comprimento e 60 centímetros de largura, fornece ferro, vitamina A, magnésio, fibras e fósforo. A capuchinha, por sua vez, tem luteína, substância que faz bem à saúde ocular, além de compostos antioxidantes.

Histórico

Quem primeiro identificou essas plantas no Brasil foi o biólogo Valdely Kinupp, autor do livro “Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil” e mestre em botânica. Na época em que conheceu Irany, ele defendia sua tese na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) sobre as 311 plantas comestíveis que encontrou ao redor de Porto Alegre.

Irany, formada em nutrição e aluna da pós-graduação, se interessou pela ideia de inserir elementos pouco conhecidos na rotina da população. No trabalho em conjunto, os dois pesquisadores visitaram assentamentos agrários da região para identificar essas plantas e mostrar as formas de consumo para a população que vivia ali – com pouco dinheiro e quase nenhum acesso a fogão.

Educação ambiental e alimentar

A WWF e o Insper defendem que pensar sobre o tema significa aprofundar e ampliar a consciência sobre a relação com os alimentos, daí o lançamento de uma cartilha. A artista Regina Fukuhara, autora do material, conta que só começou a se interessar por plantas e meio ambiente em 2014, quando São Paulo viveu uma de suas maiores secas.

Com medo do avanço das mudanças climáticas, decidiu se juntar a atividades ligadas à ecologia, até conhecer as PANCs, assunto sobre o qual dá aulas desde 2016. A ideia dela e dos outros organizadores do documento é “inspirar não apenas a integração das PANCs na alimentação cotidiana, mas também fomentar um olhar mais cuidadoso e conectado com o mundo natural”.

Boa parte das plantas, das flores, dos frutos e até dos galhos mais encontrados no Brasil são comestíveis. “Tem bastante conteúdo hoje na internet. Uma foto e uma busca no Google te levam para um mundo de receitas deliciosas”, diz Regina. Algumas plantas podem ser consumidas cruas, enquanto outras devem passar por processos de cozimento e/ou trituração para serem usadas.

Mas, atenção: não é recomendável sair pegando plantas que nascem nas ruas e levá-las para a cozinha. Segundo a cartilha, elas podem ter contaminantes e materiais poluentes, sobretudo se cresceram em áreas com postos de gasolina, oficinas mecânicas e locais de descarte de materiais químicos. “Se não tiver certeza de que é uma planta comestível, não coma”, alerta o documento.

Com a intenção de promover o maior conhecimento sobre as plantas alimentícias não convencionais, conhecidas pelo acrônimo PANCs, a Organização Não Governamental (ONG) WWF Brasil e o Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper lançaram uma cartilha sobre essas espécies. No material, que pode ser baixado gratuitamente, há imagens das plantas, além de dicas de onde encontrá-las e como aproveitá-las na cozinha.

O grupo é composto por espécies pouco usuais no dia a dia, como beldroega, capuchinha, ora-pro-nóbis, taioba e bertalha. Mas, segundo a cartilha, partes desconhecidas de plantas convencionais também fazem parte das PANCs. Alguns exemplos são o coração da banana verde e o tronco do mamoeiro.

A ora-pro-nóbis é considerada uma planta alimentícia não convencional. Ela pode ser consumida fresca, como hortaliça folhosa, e também em pratos quentes. Foto: cabuscaa/Adobe Stock

O termo “PANC” foi criado pela nutricionista Irany Arteche em 2008. Ela percebeu que o modo de falar esse acrônimo lembraria imediatamente o termo usado para se referir ao movimento surgido nos anos 1970 e que desafiava os padrões da época, ou seja, o punk – e apostou que essa associação ajudaria a popularizar essas plantas.

“Não deixa de ser parecido. Os dois [PANC e punk] têm esse olhar para o não convencional. As PANC também trazem uma certa rebeldia”, argumenta. Afinal, valorizá-las significa sair da monotonia alimentar e ampliar os horizontes à mesa.

Cabe destacar ainda que essas espécies proporcionam uma variedade valiosa de nutrientes. A ora-pro-nóbis, por exemplo, que tem se popularizado cada vez mais, é rica em magnésio, zinco e cobre, além de fornecer boas doses de compostos antioxidantes, conhecidos por proteger as células e reduzir o risco de doenças. As folhas têm um tipo especial de fibra, que beneficia o intestino – e também dá viscosidade às receitas. Já a taioba, uma planta gigante, cujas folhas chegam a 80 centímetros de comprimento e 60 centímetros de largura, fornece ferro, vitamina A, magnésio, fibras e fósforo. A capuchinha, por sua vez, tem luteína, substância que faz bem à saúde ocular, além de compostos antioxidantes.

Histórico

Quem primeiro identificou essas plantas no Brasil foi o biólogo Valdely Kinupp, autor do livro “Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil” e mestre em botânica. Na época em que conheceu Irany, ele defendia sua tese na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) sobre as 311 plantas comestíveis que encontrou ao redor de Porto Alegre.

Irany, formada em nutrição e aluna da pós-graduação, se interessou pela ideia de inserir elementos pouco conhecidos na rotina da população. No trabalho em conjunto, os dois pesquisadores visitaram assentamentos agrários da região para identificar essas plantas e mostrar as formas de consumo para a população que vivia ali – com pouco dinheiro e quase nenhum acesso a fogão.

Educação ambiental e alimentar

A WWF e o Insper defendem que pensar sobre o tema significa aprofundar e ampliar a consciência sobre a relação com os alimentos, daí o lançamento de uma cartilha. A artista Regina Fukuhara, autora do material, conta que só começou a se interessar por plantas e meio ambiente em 2014, quando São Paulo viveu uma de suas maiores secas.

Com medo do avanço das mudanças climáticas, decidiu se juntar a atividades ligadas à ecologia, até conhecer as PANCs, assunto sobre o qual dá aulas desde 2016. A ideia dela e dos outros organizadores do documento é “inspirar não apenas a integração das PANCs na alimentação cotidiana, mas também fomentar um olhar mais cuidadoso e conectado com o mundo natural”.

Boa parte das plantas, das flores, dos frutos e até dos galhos mais encontrados no Brasil são comestíveis. “Tem bastante conteúdo hoje na internet. Uma foto e uma busca no Google te levam para um mundo de receitas deliciosas”, diz Regina. Algumas plantas podem ser consumidas cruas, enquanto outras devem passar por processos de cozimento e/ou trituração para serem usadas.

Mas, atenção: não é recomendável sair pegando plantas que nascem nas ruas e levá-las para a cozinha. Segundo a cartilha, elas podem ter contaminantes e materiais poluentes, sobretudo se cresceram em áreas com postos de gasolina, oficinas mecânicas e locais de descarte de materiais químicos. “Se não tiver certeza de que é uma planta comestível, não coma”, alerta o documento.

Com a intenção de promover o maior conhecimento sobre as plantas alimentícias não convencionais, conhecidas pelo acrônimo PANCs, a Organização Não Governamental (ONG) WWF Brasil e o Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper lançaram uma cartilha sobre essas espécies. No material, que pode ser baixado gratuitamente, há imagens das plantas, além de dicas de onde encontrá-las e como aproveitá-las na cozinha.

O grupo é composto por espécies pouco usuais no dia a dia, como beldroega, capuchinha, ora-pro-nóbis, taioba e bertalha. Mas, segundo a cartilha, partes desconhecidas de plantas convencionais também fazem parte das PANCs. Alguns exemplos são o coração da banana verde e o tronco do mamoeiro.

A ora-pro-nóbis é considerada uma planta alimentícia não convencional. Ela pode ser consumida fresca, como hortaliça folhosa, e também em pratos quentes. Foto: cabuscaa/Adobe Stock

O termo “PANC” foi criado pela nutricionista Irany Arteche em 2008. Ela percebeu que o modo de falar esse acrônimo lembraria imediatamente o termo usado para se referir ao movimento surgido nos anos 1970 e que desafiava os padrões da época, ou seja, o punk – e apostou que essa associação ajudaria a popularizar essas plantas.

“Não deixa de ser parecido. Os dois [PANC e punk] têm esse olhar para o não convencional. As PANC também trazem uma certa rebeldia”, argumenta. Afinal, valorizá-las significa sair da monotonia alimentar e ampliar os horizontes à mesa.

Cabe destacar ainda que essas espécies proporcionam uma variedade valiosa de nutrientes. A ora-pro-nóbis, por exemplo, que tem se popularizado cada vez mais, é rica em magnésio, zinco e cobre, além de fornecer boas doses de compostos antioxidantes, conhecidos por proteger as células e reduzir o risco de doenças. As folhas têm um tipo especial de fibra, que beneficia o intestino – e também dá viscosidade às receitas. Já a taioba, uma planta gigante, cujas folhas chegam a 80 centímetros de comprimento e 60 centímetros de largura, fornece ferro, vitamina A, magnésio, fibras e fósforo. A capuchinha, por sua vez, tem luteína, substância que faz bem à saúde ocular, além de compostos antioxidantes.

Histórico

Quem primeiro identificou essas plantas no Brasil foi o biólogo Valdely Kinupp, autor do livro “Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil” e mestre em botânica. Na época em que conheceu Irany, ele defendia sua tese na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) sobre as 311 plantas comestíveis que encontrou ao redor de Porto Alegre.

Irany, formada em nutrição e aluna da pós-graduação, se interessou pela ideia de inserir elementos pouco conhecidos na rotina da população. No trabalho em conjunto, os dois pesquisadores visitaram assentamentos agrários da região para identificar essas plantas e mostrar as formas de consumo para a população que vivia ali – com pouco dinheiro e quase nenhum acesso a fogão.

Educação ambiental e alimentar

A WWF e o Insper defendem que pensar sobre o tema significa aprofundar e ampliar a consciência sobre a relação com os alimentos, daí o lançamento de uma cartilha. A artista Regina Fukuhara, autora do material, conta que só começou a se interessar por plantas e meio ambiente em 2014, quando São Paulo viveu uma de suas maiores secas.

Com medo do avanço das mudanças climáticas, decidiu se juntar a atividades ligadas à ecologia, até conhecer as PANCs, assunto sobre o qual dá aulas desde 2016. A ideia dela e dos outros organizadores do documento é “inspirar não apenas a integração das PANCs na alimentação cotidiana, mas também fomentar um olhar mais cuidadoso e conectado com o mundo natural”.

Boa parte das plantas, das flores, dos frutos e até dos galhos mais encontrados no Brasil são comestíveis. “Tem bastante conteúdo hoje na internet. Uma foto e uma busca no Google te levam para um mundo de receitas deliciosas”, diz Regina. Algumas plantas podem ser consumidas cruas, enquanto outras devem passar por processos de cozimento e/ou trituração para serem usadas.

Mas, atenção: não é recomendável sair pegando plantas que nascem nas ruas e levá-las para a cozinha. Segundo a cartilha, elas podem ter contaminantes e materiais poluentes, sobretudo se cresceram em áreas com postos de gasolina, oficinas mecânicas e locais de descarte de materiais químicos. “Se não tiver certeza de que é uma planta comestível, não coma”, alerta o documento.

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